domingo, 8 de setembro de 2013

CAMPEONATO BRASILEIRO 2013 – 19ª RODADA – CRUZEIRO X FLAMENGO








RESULTADOS
Fluminense 1 x 0 Bahia
Vitória 1 x 1 Atlético Mineiro
Ponte Preta 1 x 3 Internacional
Santos 1 x 0 Goiás
Grêmio 3 x 2 Portuguesa
Corinthians 0 x 0 Náutico
Cruzeiro 1 x 0 Flamengo
Coritiba 2 x 0 São Paulo
Vasco 0 x 0 Atlético Paranaense
Criciúma 1 x 2 Botafogo

ARTILHARIA
12 Gols – Éderson (Atlético Paranaense)
11 Gols – William (Ponte Preta)
9 Gols – Alex (Coritiba)

Cruzeiro 1 x 0 Flamengo – Mineirão, Belo Horizonte (MG)

Com mais uma atuação medíocre, Flamengo sucumbe diante do líder Cruzeiro e segue na beirada do precipício.

Depois de confirmar o simbólico título de campeão do primeiro turno com uma rodada de antecedência, o Cruzeiro adentrou o Mineirão montado pelo Marcelo Oliveira no 4-2-3-1 com: Fábio; Ceará, Dedé, Bruno Rodrigo e Egídio; Nilton e Lucas Silva; Éverton Ribeiro, Ricardo Goulart e Willian; Borges. Pelo lado do Flamengo, o objetivo era se afastar da rabeira da tabela, e Mano Menzes organizou o time no 4-3-3 com: Paulo Victor; Léo Moura, Wallace, Samir e André Santos; Cáceres, Luiz Antônio e Elias; Rafinha, Gabriel e Hernane.

Pelo caminho que trilharam no Brasileiro até o momento, seria surpreendente se o duelo no Mineirão não se desenhasse em seu começo com a Raposa a ter a redonda em seus pés e a estudar como furar a retaguarda do Flamengo. Foi assim que o Cruzeiro chegou ao topo da tabela e é assim que sabe jogar. Quando quis apostar em um ferrolho – como ocorreu diante do próprio Flamengo, no Maracanã, pela Copa do Brasil –, teve uma atuação pífia e acabou eliminado.

De forma natural, o Cruzeiro não tardou a se impor e ganhar as rédeas da partida. Não foi avassalador, mas foi sólido, organizado e técnico o suficiente para construir as melhores oportunidades de gols da etapa inicial: um contra-ataque armado por William e Éverton Ribeiro, um torpedo de fora da área do mesmo Éverton Ribeiro (que hoje se coloca como um dos favoritos a melhor do campeonato) e uma cabeçada de Nilton que beijou o poste. E o Flamengo? Postado para contra-atacar, sentia o fato de problemas físicos deixarem Elias em “modo zumbi”, não acertava as saídas em velocidade e raramente se aproximava da meta de Fábio. Os rubro-negros davam a impressão de que armar uma trama ofensiva era a coisa mais difícil do planeta.

Após o intervalo, a única mudança de cenário foi a troca de lado dos times. O gol azul, maduro fazia tempo, veio aos 7 minutos, em jogada trabalhada com refino que chegou até Mayke e terminou com Goulart a completar para o fundo do barbante. Com o recuo proposital cruzeirense, o Fla até aumentou sua posse de bola, mas a falta de criatividade não o permitiu superar a boa atuação de Dedé e companhia. Pelo contrário, fosse em contra-golpes – onde acertou mais uma vez a trave, com Willian – ou com uma postura mais avançada – que voltou a adotar nos minutos finais – o Cruzeiro sempre esteve mais perto de ampliar o escore do que de deixar escapar os três pontos.

No Brasileirão, às vezes – mas só às vezes – o campo reflete o que se vê na tabela. Desta feita, no Mineirão, a diferença entre os desempenhos de Cruzeiro e Flamengo foi, exatamente, o ilustrado pelos agora 18 pontos que os separam na tabela.

CURTINHAS PELO BRASILEIRÃO!

- Nelson Rodrigues dizia que “o empate é o pior resultado do mundo. O torcedor sente-se roubado no dinheiro da entrada e inclinado a chamar os 22 jogadores, o juiz e os bandeirinhas de vigaristas. Acresce o seguinte: - de todos os empates o mais exasperante é o de 0 x 0”. E não é que o placar mudo em São Januário contrariou o inigualável cronista. Vasco e Atlético Paranaense realizaram um jogo com cara de tudo, menos de zero a zero, justamente o resultado ao apito final. Coisas do futebol...

- Rodada após rodada o Botafogo queima a língua dos que afirmavam que o elenco alvinegro não seria capaz de suportar as mazelas de um campeonato com 38 rodadas.

- Depois da boa partida de Rafinha e Willian no Independência, no empate contra o Atlético Mineiro, Biro Biro fez o gol da vitória do Fluminense diante do Bahia. É a garotada tricolor dando a cara a tapa.

- Se é verdade que Alex não joga sozinho no Coritiba, também é verdade que o Coritiba não joga sem Alex.

- E o São Paulo segue em busca do fundo do poço.


- Salvo uma arrancada milagrosa – como o Brasileirão já viu algumas vezes – o Náutico deve passar o segundo turno como o fator surpresa que, volta e meia, vai tirar de seus adversários pontos essenciais, como acabou de ocorrer com o Corinthians, no Pacaembu.

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