Flamengo 1 x 2 Atlético Paranaense – Moacyrzão, Macaé (RJ)
Desordenado e limitado, Flamengo perde para o Atlético
Paranaense e terminará a rodada na lanterninha do Brasileiro.
Sendo curto e um pouco grosso, o cenário do Flamengo é o
seguinte: um técnico que teria dificuldades para tirar leite de vaca tentando
tirar leite de pedra. Os 45 dias longe do gramado não trouxeram, pelo menos
nesta partida, nada de positivo ao clube da Gávea, que segue com uma pobreza
tática somente comparável à pobreza técnica.
O Flamengo iniciou o embate com um trio de zagueiros,
Alecsandro como centroavante e seis – seis! – homens concentrados no setor de
meio-campo. No entanto, assim como o poder ofensivo de uma equipe não está
associado ao número de atacantes, nem o defensivo ao de zagueiros, o
empacotamento de meio-campistas proporcionado por Ney Franco não resultou num
domínio flamenguista no setor.
Enquanto o Flamengo se mostrava incapaz de criar uma jogada
de ataque trabalhada, o Atlético se aproveitou para fazer funcionar sua
estratégia de chegar à meta adversária o mais rápido possível e escapuliu para abrir
o placar com Douglas Coutinho, aos 19. Placar que o Fla empatou, aos 34, com
Samir, de cabeça, em jogada de bola parada.
O intervalo fez bem ao Flamengo, que voltou com Léo Moura assanhado
pela direita e começou a esboçar um domínio territorial. Aos 10, Alecsandro
acertou o travessão e deu a impressão de que o gol carioca estava maduro, mas
quem teve frutos para celebrar foi o Furacão: aos 19, mesmo com toda a defesa
flamenguista dentro da área, Sueliton encontrou o zagueiro Cléberson, que não
perdoou: dois a um Furacão.
Com cerca de meia hora por jogar, Ney Franco mexeu aqui, mexeu
ali e o Flamengo se lançou para abafar um Atlético que se defendia com unhas,
dentes e bicudas para frente. Luiz Antônio, Mugni e Alecsandro até acertaram a
meta, mas o bom goleiro Weverton estava ligado o suficiente para garantir o
triunfo paranaense e empurrar o Flamengo para a posição mais horripilante de
toda a tabela.
Flamengo: Felipe; Wallace, Chicão e Samir (Nixon); Léo Moura,
Elano (Luiz Antônio), Recife e André Santos; Everton e Paulinho (Mugni);
Alecsandro. Técnico: Ney Franco
Atlético Paranaense: Weverton; Sueliton, Cléberson, Léo
Pereira e Lucas Olaza; Otávio e Derley (Paulo Dias); Douglas Coutinho, Bady (Marcelo)
e Marcos Guilherme; Éderson (João Paulo). Técnico: Doriva.
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