Não faz sequer um ano que o treinador Guardiola estreou pelo
Bayern de Munique e a seleção alemã já troca passes ad eternum nos gramados brasileiros. Os germânicos são quem mais
tentam passes (3577 em cinco jogos), mais completam passes (2938 em cinco
jogos), possuem o maior índice de acerto de passes (82%) e contam com cinco dos
dez jogadores que mais acertaram passes no Mundial. Estes cinco são Lahm,
Kroos, Mertesacker, Boateng e Schweinsteiger, todos jogadores do meio-campo
para trás, o que nos conta muito sobre o estilo de jogo alemão.
A Alemanha não bica para o mato porque o jogo é de
campeonato. Nada disso. A bola invariavelmente chega redondinha ao trio formado
por Özil, Müller e mais um (Götze, Klose, Schürrle ou Podolski). E é este trio de
ataque que transforma o bola pra lá, bola pra cá, em melhores momentos
televisivos. A troca infinita de passes é a protagonista do repertório ofensivo
alemão. Um repertório que também tem as bolas paradas precisas alçadas na área pelo
Kross e um jogo potente para, se necessário, ir para o abafa.
O estilo de jogo alemão pede um Brasil mais povoado no meio
de campo, por isso retornar o descansado e incansável Luiz Gustavo no lugar do
gênio da imprevisibilidade Neymar se mostra uma boa opção. À frente de Maicon,
Dante, David Luiz e Marcelo (ótima linha, mesmo sem Thiago Silva), o Brasil
teria um trio central com Luiz Gustavo, Paulinho e Fernandinho para bater com o
trio central alemão (Schweinsteiger, Kroos e Khedira).
O combativo Oscar, que tem defendido com uma ferocidade que
não condiz com seus traços físicos, ficaria com a missão de levar a bola bem
saída à dupla de ataque, formada por Hulk e Fred. Hulk abrindo pelos lados e
fechando em diagonal. Fred saindo para o pivô e entrando para a finalização. Mas
Oscar, Hulk e Fred não devem buscar o gol sozinhos. Marcelo sabe tudo de
ataques pela esquerda, e Fernandinho e Paulinho conhecem os atalhos pela meiúca.
Números, pranchetas, setas, estatísticas... tudo muito
importante, sem dúvidas, mas somente quando a bola rolar que a história vai se
desenrolar.
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HISTÓRIA DA COPA DO MUNDO
Em 6 de maio de 2001, o togolês Souleymane Mamam, então com
13 anos e 310 dias, se tornou o jogador mais jovem a participar de uma partida
eliminatória para a Copa do Mundo, no duelo entre Togo e Zâmbia. Em Mundiais,
porém, é o norte-irlândes Norman Whiteside, com 17 anos e 41 dias, o mais novo
a entrar em campo. Isso ocorreu no confronto contra a Iugoslávia, que abriu a
participação da Irlanda do Norte na Copa do Mundo de 1982.
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