A conquista maiúscula da Copa das Confederações, com
direito à atuação esplêndida na final contra a merecidamente badalada Espanha,
encheu o Brasil de imponência para a Copa do Mundo. No entanto, a aparente
perda de poder do hino nacional gritado, a necessidade de todo o talento de
Neymar para vencer Croácia e Camarões, e os duelos encardidos e iguais contra
México e Chile parecem ter tirado a Seleção do pedestal.
Um passeio pela imprensa colombiana nos permitirá ver um
exalar de confiança que seria incomum há alguns anos, para não dizer dias,
diante de um embate contra o Brasil no Brasil. Colunistas do jornal El Tiempo, Diego Umaña diz que “hoje,
como estão jogando, Colômbia é muito mais”, enquanto André Viveros afirma que “não
se sabe se no futuro existirá outra oportunidade como a de amanhã, com uma
grande Colômbia e um Brasil não tão bom”.
A imprensa colombiana já percebeu que é quando a bola rola
que a história se desenrola. E esta deve ser a mensagem, com outras palavras, que
o treinador José Pekerman não se cansa de passar aos seus comandados. James
Rodríguez está esbanjando. Cuadrado está voando. Os cafeteros jogam tudo o que se esperava e não veio em 1994. O estilo
do time colombiano é o de tomar a iniciativa, o que dá indícios de que eles
virão para cima. Agora, mais do que nunca neste Mundial, é hora de o Brasil se
agigantar.
É hora de o hino gritado voltar a ser combustível para uma infernal
pressão inicial. É hora dos mais privilegiados tecnicamente deixarem a
individualidade aflorar. É hora de não permitir o rival se impor taticamente. É
hora de ganhar as divididas, o corpo a corpo. É hora de chamar a torcida a cada
lateral conquistado. É hora dos colombianos viverem o pesadelo que os
espanhóis viveram no Maracanã, há um ano. É hora de os jogadores fazerem as
cinco estrelas da camisa brasileira brilharem, e não esperar que as cinco estrelas
os façam brilhar.
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HISTÓRIA DA COPA DO MUNDO
Na Copa do Mundo de 2002, brasileiros e alemães se
enfrentaram pela primeira vez na história dos Mundiais. O duelo ocorreu na
final e foi a sétima decisão disputada tanto pelo Brasil, que se sagrou campeão
com a vitória por 2 x 0, quanto pela Alemanha. Com esta marca de sete aparições,
Brasil e Alemanha são os recordistas de participações em finais do Mundial.
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