A derrocada brasileira na Copa do Mundo não foi reflexo de
uma única fraqueza, um erro solitário ou um apagão de seis minutos. Pensar
desta forma reducionista seria tapar o sol com o Parreira, ops... com a
peneira. No entanto, os equívocos táticos da seleção foram tão gritantes que
ser repetitivo sobre o tema se torna obrigação. Se por um lado seria inocência
acreditar que Felipão tem capacidade e conhecimento para montar uma equipe
taticamente primorosa, por outro é inadmissível que um treinador do escrete
nacional cometa erros tão básicos.
Às vésperas das oitavas de final, Felipão encheu o peito para
dizer que já sabia do potencial do Chile fazia tempos. Em campo, porém, a
seleção se viu aos desesperos com a marcação por pressão e a movimentação dos
comandados de Jorge Sampaoli. Passamos pelo Chile apenas na disputa de
pênaltis, enfiamos o cacete e dois gols de bola parada na Colômbia e chegamos
para enfrentar a Alemanha. A Alemanha que qualquer pedregulho sabe ter sua
força no preenchimento do meio-campo e na bola de pé em pé em pé em pé em pé....
O que faz Felipão? Decide apostar na alegria das pernas de Bernard e escancara
toda a meiúca para Khedira, Kroos e Schweinsteiger.
Humilhados fomos para a inútil disputa pela terceira
colocação. Amigos, façam o exercício. Escolham qualquer pessoa de qualquer
idade e qualquer sexo que tenha assistido apenas um – basta um – jogo da
Holanda nesta Copa e perguntem qual é o ponto mais forte da Laranja. A resposta
virá de bate-pronto: a arrancada do Robben. Aí me vem a seleção e perde de três
a zero com três gols originados pelos pés do Robben. Fosse antes do jogo ou
durante este, Felipão foi incapaz de realizar uma alteração que impedisse o
carequinha de nos destruir.
Como foi falado anteriormente, a queda brasileira não se deu
apenas por motivos táticos. Tem muito mais para ser dissecado neste defunto. Mas
é inaceitável que uma comissão técnica responsável por comandar o Brasil numa
Copa do Mundo em casa se mostre tão incompetente a ponto de dar a impressão de sequer
ter assistido aos jogos dos adversários.
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HISTÓRIA DA COPA DO MUNDO
A decisão deste Mundial marcará o sétimo confronto entre
Alemanha (contando também o currículo da Alemanha Ocidental) e Argentina na
história da competição. Outros dois duelos também ocorreram sete vezes pela
Copa do Mundo: Brasil e Suécia e Alemanha (novamente considera-se o retrospecto
da Alemanha Ocidental) e Sérvia (levando-se em conta a Iugoslávia).
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