Todas as seleções que passaram pela fase de grupos na
primeira colocação avançaram às quartas de final. Brasil, Holanda, Alemanha,
França e Argentina entraram em campo como favoritas (quase) indiscutíveis e viveram
momentos delicados. Os goleiros Júlio César, Ospina, Ochoa, Navas, Neuer, M’Bolhi
e Howard protagonizaram atuações cinematográficas, com defesas que nos deixam
mais exigentes quanto ao que é impossível sob as traves. É muito assunto no ar,
amigos, e o escolhido por esta coluna será a atuação da Bélgica na suada
vitória sobre os Estados Unidos.
Como um olhar artístico viu o triunfo belga: Que atuação
estratosférica a dos Diables Rouges!
Foram incríveis 38 finalizações, 27 delas na direção da meta americana. A
Bélgica não economizou em termos ofensivos. Atacou com seis, sete e até oito
homens ao mesmo tempo. Os laterais, Vertonghen e Auderweireld, avançavam sem
medo de ser feliz. Os meias pelo centro, De Bruyne e Fellaini, atacavam como se
não houvesse amanhã. Mais à frente, Hazard, Mertens (depois Mirallas) e Origi
(depois Lukaku) só recebiam e entregavam bola no pé. Foi uma avalanche com
ataques de todas as direções, altura e velocidade. A arte em forma de futebol chegou
à vitória na prorrogação.
Como um olhar pragmático viu o triunfo belga: É inaceitável a
quantidade de chances de gol desperdiçadas pela Bélgica. Uma equipe que se
propõe a jogar e a deixar jogar não pode se permitir perder tantas oportunidades.
Mais assustador do que criar 21 dos chamados “melhores momentos televisivos” em
uma única partida é desperdiçar 19 deles e converter apenas dois. Pela primeira
vez nesta Copa do Mundo a Bélgica conseguiu impor seu estilo de bola no pé, de técnica
individual refinada e de jogo coletivo com um quê de carrossel. No entanto, foi
incapaz de nocautear o adversário e até passou um sufoco no final. Se o Lukaku
não entrasse como um trem bala na prorrogação, a impressão era a de que os
belgas ficariam a perder gols para sempre. A Bélgica não pode se esquecer de
que a única justiça no futebol é a justiça dos gols.
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HISTÓRIA DA COPA DO MUNDO
Como já era de se esperar, Pelé possui diversos recordes na
Copa do Mundo. Em 1958, ele se tornou o jogador mais jovem a marcar um gol, a
marcar três gols em um mesmo jogo e a balançar as redes em uma final de
Mundial. Pelé está ao lado do também brasileiro Vavá, de Zinedine Zidane (FRA)
e de Geoff Hurst (ING) como os que conseguiram anotar três gols em finais de
Copa do Mundo. Ao lado dos alemães Uwe Seeler e Miroslav Klose, Pelé sacudiu o
barbante e quatro diferentes edições da Copa do Mundo. Por fim, e o seu
principal recorde, Pelé é o único a ter conquistado três títulos mundiais.
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