O texto da boa vitória sobre a boa Colômbia estava pronto.
Faltava só publicar quando a rede mundial de computadores, esta internet que
tudo sabe e sabe rápido, avisou: Neymar está fora da Copa do Mundo.
Neste exato o momento, a Seleção tem duas saídas. A primeira
delas é começar a listar o que se perde sem o camisa dez. Esta lista iria
exigir incontáveis páginas do Word e
o triplo de minutos. Reescrever a Bíblia em folha pautada e letra de forma
seria mais rápido. Pode-se ir mais longe e perguntar: teria fim uma lista com
os malefícios de perder um gênio como Neymar?
Não, amigos, a melhor saída não é chorar a ausência daquele
que, desde meados de 2013, é o melhor jogador de seleção do mundo. A Seleção não
pode se abraçar às desculpas formadas, igual àqueles times que já entram
derrotados para jogar na altitude porque sabem que a justificativa pelo revés vai
ser aceita por todos. Os uruguaios passaram dias pensando na mordida do Luís
Suárez e se esqueceram de deixar a alma no Maracanã, contra a Colômbia. Não
podemos repetir este erro.
Encarar um duelo com a Alemanha, valendo uma vaga na final de
uma Copa do Mundo realizada em nosso solo, sem Neymar e o suspenso Thiago Silva,
talvez seja o maior desafio da história quase centenária da Seleção. Não
podemos entrar com desculpas pré-fabricadas neste momento. Se a Seleção vinha
jogando por 200 milhões, agora terá que jogar por 200 milhões e mais dois.
Então, é hora de gritar mais forte o hino, de endurecer mais o
pé nas divididas, de cada um correr por três quando já se pede que se corra por
dois, de cobrir os espaços até do companheiro que não deixa espaços. Estamos
longe de ser um time de pernas de pau, mas se não der pra ir na técnica, que vá
no físico, no tático e no psicológico. Vai que dá! Vamos que dá!
------------------------------------------
HISTÓRIA DA COPA DO MUNDO
Na primeira fase da Copa do Mundo de 1986, Uruguai e Escócia
empataram sem gols. Foi neste duelo que, aos 56 segundos de jogo, o uruguaio
Batista um recebeu cartão vermelho dado pelo árbitro francês Joel Quiniou,
naquela que é a expulsão mais rápida da história dos Mundiais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário