sexta-feira, 31 de agosto de 2012

ELÓIGICO E SUAS LÓGICAS
















Elóigico é um fanático torcedor do São Sebastião Futebol Clube que sempre coloca a paixão à frente da razão – como quase todos os torcedores, né? E quem fica perdida com tanto fanatismo de Elóigico é sua filha,Edinha, que mora junto com seu pai em uma simples casinha que vive futebol 24 horas por dia.

Desenho de Paulo Sales e roteiro de Diano Massarani.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

UMA IMAGEM



















Fla-Flu com um tempero adicional: um dilúvio digno de Noé e sua arca.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

FIGURINHA CARIMBADA - ZAGUE




















Nome José Luís Alves dos Santos
Data de nascimento 10 de agosto de 1934
Posição Centroavante

Clubes:
Botafogo (BA) – até 1956
Corinthians – 1956 a 1961
Santos – 1961
América (MEX) – 1961 a 1970
Veracruz (MEX) – 1970 a 1971

Títulos:
Copa México – América – 62/63 e 63/64
Liga Mexicana – América – 65/66

Destaques:

- Um dos grande celeiros de craques do nosso futebol é a Bahia. Foi lá, na “Terra de Todos os Santos” que o menino José Alves começou a se tornar amigo da bola e ganhou o apelido que carregaria por toda a vida: Zague. O apelido tem origem na criatividade de uma de suas tias, que sempre o via correr em zigue-zague pelas areias das praias de Salvador. Zague já não era mais criança quando começou a marcar gols pelo Botafogo-BA, gols estes que o levariam para o Corinthians, em 1956.

- No “Timão”, Zague teve aquilo que pode se chamar, sem tirar nem por, de estreia perfeita. Em plena Vila Belmiro, o jovem de 22 anos não tomou conhecimento do Santos, colocou dois “peixes na rede” – como diria o saudoso locutor Waldir Amaral – e ajudou seu Corinthians a golear por quatro a zero. O tempo mostraria que estes seriam somente os primeiros dois de mais de cem gols com a camisa corintiana, número que o coloca na seleta lista de 17 artilheiros centenários do clube.

- Depois de uma rápida passagem pelo Santos, onde atuou ao lado do “Rei” Pelé, Zague aportou no México em 1961, para vestir o uniforme do América. Amigos, é bem provável que nem o próprio centroavante imaginasse o sucesso que lhe esperava. Com um futebol aguerrido, letal e, claro, muitos gols, Zague não tardou a se tornar um ídolo azulcrema. Devido ao seu posicionamento sempre à frente dos seus companheiros de ataque, a espera da redonda que, invariavelmente, ele empurraria para o fundo do barbante, Zague recebeu dos mexicanos o apelido de “Lobo Solitário”. Ao final de sua passagem pelo América, o saldo era de encher os olhos. Zague se tornara o maior goleador estrangeiro da história do clube – novamente com mais de cem gols marcados – e conquistara duas Copas e uma Liga Mexicana, esta, tão importante, que é merecedora de um capítulo à parte nos livros sobre o América.

- A importância do título da Liga na temporada 65/66 se dá pelo fato de ter sido o primeiro do América na era profissional do futebol mexicano (iniciada em 1943) e por ter colocado fim a uma fila de 37 anos. E esta foi uma conquista com tempero brasileiro, já que, além de Zague, artilheiro do torneio com 20 tentos anotados, o América contava com o Bicampeão Mundial Vavá, o autor do primeiro gol do Estádio Azteca, Arlindo, e o canhoto habilidoso Moacyr.

- A ligação de Zague com o América foi tão intensa que passou para o seu filho, Luís Roberto Alves. Zaguinho, como previsivelmente ficou conhecido, deu continuação ao trabalho do pai de maneira irretocável e acabou por se tornar, simplesmente, o maior artilheiro da história do América (209 gols). Mexicano de nascimento, Zaguinho disputou, entre muitas competição com “La Verde”, a Copa do Mundo de 1994.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

BATE-PAPO COM CARLOS ROBERTO, CRAQUE DO BOTAFOGO NOS ANOS 60 E 70


Um encontro com Carlos Roberto, meio-campista botafoguense no inesquecível time do final dos anos 60 e, atualmente, treinador, rendeu um precioso bate-papo, onde o craque comentou momentos-chave de sua carreira dentro das quatro linhas. Espero que os amigos aproveitem...

Os treinos nas categorias de base nos anos 60, quando o preparo físico ganha espaço e relevância.
Depois da Copa do Mundo de 1966 o futebol mudou muito, virou o “futebol força”. Para nós, brasileiros, porém, foi uma maravilha, pois conseguimos aliar a habilidade à força. Ficamos com uma condição física mais evoluída sem abdicar das qualidades técnicas. Hoje em dia, não vemos mais isso, e sim a pura força física, o que é ruim para o futebol brasileiro. O DNA do nosso futebol é a ginga, a malícia, a alegria, sem deixar de ser competitivo.

A mescla da experiência e da prata-da-casa para formar um grande esquadrão.
Aquele time do Botafogo, Campeão da Taça Brasil de 1968, Bicampeão da Taça Guanabara 67/68, Bicampeão Carioca 67/68, e que excursionava sempre, foi todo formado na escolinha, nas divisões de base do clube. A espinha dorsal do time tinha o Manga no gol, o Leônidas na zaga e o Gérson, que viera do Flamengo. Os demais eram jogadores feitos no próprio clube.

Gérson, Roberto Miranda, Paulo Cézar Caju, Jairzinho, Rogério... os craques do ataque ajudavam na marcação ou você corria por eles?
Quando falamos em time, falamos do entendimento entre defesa, meio-campo e ataque. Apesar de grandes jogadores, existia também muito entrosamento, que permitia um futebol que sabia a hora de defender e de atacar, sem deixar de ser vistoso e bonito, como fazia o Botafogo daquela época.

Ausência na Copa do Mundo de 1970
Era um parte da Seleção Brasileiro no ano de 1968. Depois, quando o Zagallo assumiu o cargo de treinadores, pensei que estaria dentro da lista. Porém, tive uma contusão a um mês da Copa do Mundo que me atrapalhou bastante. Fiquei na expectativa, entrei na relação inicial de 40 nomes, mas não aconteceu. Mas o Brasil foi muito bem representado pelo Piazza, que depois foi para a zaga, e pelo Clodoaldo.

A chegada ao Santos, em 1976, pós-Era Pelé
A saída do Pelé do Santos foi o divisor de águas. Todos sentiram muito, os torcedores, os diretores, e a confiança de alguns ficou abalada. Não a minha, pois estava de chegada do Rio de Janeiro, mas, apesar de bons nomes (Clodoaldo e Aílton Lira, por exemplo), não peguei uma fase boa. A cobrança era muito pesada e alguns jogadores não suportaram. 

domingo, 26 de agosto de 2012

OLHO TÁTICO - BAYERN DE MUNIQUE - BUNDESLIGA 2012/2013 - 1ª RODADA

















Para o duelo contra o estreante na Bundesliga, torneio que chega a sua 50ª edição, Greuther Fürth, o Bayern de Munique apresentou um esquema tático sem novidades em relação à última temporada, quando se sagrou vice-campeão da Champions League. Em outras palavras, os bávaros foram organizados pelo treinador Jupp Heynckes no 4-2-3-1. No entanto, causou estranheza o posicionamento do holandês Robben como meia aberto pela esquerda, o que lhe impedia de realizar sua jogada característica, o corte para dentro e o arremate de canhota.

Diante de um time que se defendeu praticamente os 90 minutos, pode-se dizer que o Bayern teve uma atuação modestíssima, apesar do placar de 3 a 0, fora de casa. A chamada “vitória de respeito”. Principalmente no 1º tempo, quando o Fürth conseguiu se proteger com mais energia, os bávaros foram de uma lentidão sonífera e pareciam engessados em campo. Nada de avanço dos laterais, dos volantes, de passes verticais, de tramas em velocidade, de tabelinhas... A única ação que gerava certa movimentação na estática equipe era quando Robben saía da esquerda para buscar espaço no seu lado natural, o direito.

O gol do Müller, nascido de bola parada, no finzinho do 1º tempo, se mostrou essencial para diminuir o ímpeto defensivo do adversário, que, até então, acreditava ferrenhamente na possibilidade de escutar o apito final com um empate mudo. Assim, nos últimos 45 minutos, Robben conseguiu encontrar mais liberdade para sua habilidade e, em dois lances seus, o Bayern deu números finais ao confronto. Primeiro, o holandês finalizou e o croata Mandzukic aproveitou o rebote e, depois, ele cruzou a pelota que desviou no zagueiro adversário e morreu no fundo do barbante.

Acerca dos brasileiros em campo, Luiz Gustavo poderia ter sido muito mais dinâmico e participativo ofensivamente, já que quase não teve trabalho para exercer sua função de proteção, enquanto o zagueiro Dante merece destaque pela bela cabeçada que gerou o rebote para Müller abrir o placar.  

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

UMA IMAGEM













Hoje, o Time do Céu ganhou um baita reforço. Descanse em paz, Tricampeão Félix!

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

PARABÉNS PELO CENTENÁRIO E MUITO OBRIGADO, NELSON RODRIGUES!


Existem momentos no qual o futebol transcende, e seus ramos brotam por outras áreas de nossa vida, não como algo secundário, mas como protagonista. Muitas destas vezes devido à política e outras tantas à guerras, mas houve um homem que precisou apenas de palavras para tornar o futebol um universo sem fim. O que os seus olhos enxergavam dentro e ao redor das quatro linhas nenhum outro alcançou, e, muito provavelmente, jamais alcançará. Este homem, este patrimônio nacional, esta lenda, Nelson Rodrigues, comemoraria, hoje, 100 anos, caso ainda tivéssemos o imensurável prazer de tê-lo entre nós.

O futebol era muito mais futebol nas crônicas de Nelson Rodrigues. O “complexo de vira-latas”, que, até Pelé, Garrincha e brilhante companhia, na Suécia, em 1958, não deixava nós, brasileiros, nos sentirmos em pé de igualdade com os europeus, é de uma grandeza sociológica que só os especiais são capazes de criar. Assim como o “Sobrenatural de Almeida”, uma obra-prima da relação entre misticismo e esporte, que faz até o mais cético dos céticos pensar duas vezes antes de desprezar sua existência.

Por sorte do futebol brasileiro, Nelson Rodrigues amava este esporte e lhe emprestava toda sua genialidade. Sem suas palavras, nossos craques e clubes, a Seleção Brasileira e até mesmo nós, os torcedores, seriam menores. Sabe quando algum inconveniente surge do nada, em um momento onde sua empolgação está no ápice, e diz: “Mas porque você gosta disso? São apenas homens correndo atrás da bola”. Pois, bem, amigos, graças a Nelson Rodrigues, o futebol se tornou muito – mas muito! – maior do que isso.

Muito obrigado, Nelson Rodrigues, e Parabéns!