quinta-feira, 30 de junho de 2011

BIBLIOTECA DO FUTEBOLA - DEUSES DA BOLA

Um baita livro sobre os principais momentos da Seleção Brasileira em todos os tempos. É excelente para aqueles que querem dar um pontapé inicial no conhecimento sobre a nossa Seleção. Foi um dos primeiros livros sobre futebol que li na minha vida e a sensação de estar aprendendo algo novo a cada parágrafo dele foi ótima.



Deuses da Bola
Autores: Eugênio Goussinsky e João Carlos Assumpção
Editora: DBA

CAMPEONATO BRASILEIRO 2011 - 7ª RODADA






RESULTADOS
Vasco 0 x 3 Cruzeiro
Grêmio 2 x 2 Avaí
América Mineiro 2 x 3 Flamengo
São Paulo 0 x 2 Botafogo
Figueirense 2 x 1 Santos
Bahia 0 x 1 Corinthians

QUINTA-FEIRA, 30 DE JUNHO
Palmeiras x Atlético Goianiense
Coritiba x Ceará
Fluminense x Atlético Paranaense
Atlético Mineiro x Internacional

ARTILHARIA
5 Gols
Ronaldinho (Flamengo)
4 Gols
Alessandro (América Mineiro)
Bernardo (Vasco)
Deivid (Flamengo)
Elkeson (Botafogo)
Liedson (Corinthians)
Luan (Palmeiras)
Montillo (Cruzeiro)

São Paulo 0 x 2 Botafogo – Morumbi, São Paulo (SP)

Com uma atuação completa, esteve bem no ataque e na defesa, o Botafogo venceu o então líder do Brasileirão, São Paulo, em pleno Morumbi, e se manteve entre os primeiros na tabela.

Na busca de um bom resultado para esquecer a goleada histórica sofrida diante do rival Corinthians, no último domingo, o treinador, Carpegiani esquematizou um desfalcadíssimo São Paulo, sem Welington, Lucas e Dagoberto, no 4-3-1-2, com: Rogério Ceni; Ilsinho, Xandão, Luiz Eduardo e Juan; Jean, Rodrigo Souto e Casemiro; Marlos; Fernandinho e Willian José. Pelo lado do Botafogo, também desfalcado de importantes nomes, como Jefferson, Marcelo Mattos e Loco Abreu, o objetivo era a vitória para continuar dentro do tão desejado G4. Para isso, Caio Junior repetiu o esquema adotado nos recentes bons resultados, o 4-2-3-1, e mandou a campo: Renan; Alessandro, Antônio Carlos, Fábio Ferreira e Márcio Azevedo; Somália e Lucas Zen; Maicosuel, Elkeson e Éverton; Herrera.

Nos primeiros minutos do confronto, o Botafogo apresentou um futebol mais ousado que o do rival e quase abriu o placar através de um arremate do Herrera. Depois do impetuoso início, o Fogão diminuiu o volume, porém permaneceu mais perigoso que o Tricolor, como mostra a cabeçada do Antônio Carlos, aos 18 minutos, que exigiu boa defesa do Rogério Ceni. Até o relógio apontar o minuto 30, o São Paulo só havia conseguido um gol do Casemiro bem anulado por impedimento. Fora isso, o Tricolor foi de uma buracracia palpável. Marlos não se mostrou capaz de organizar as ações ofensivas, assim como Casemiro, que atuou mais adiantado após o péssimo início da equipe. Além do mais, os laterais Juan e Ilsinho, reconhecidos pelo poder ofensivo, pouco auxiliaram no campo de ataque, principalmente o segundo. O resultado da melhor atuação botafoguense veio aos 36 minutos, quando Somália roubou a pelota do Jean e armou contra-ataque que terminou com o chute longo do Elkeson e um frango sem tamanho do Rogério Ceni. 1 x 0 Fogão!

Na volta do intervalo, tudo que o treinador Caio Junior e o torcedor alvinegro mais queriam aconteceu, ou seja, um gol para esfriar qualquer ímpeto que o São Paulo pudesse ter adquirido no vestiário. O autor do tento foi o Herrera, que converteu pênalti cometido pelo Luiz Eduardo no Maicosuel. O lance da penalidade máxima mostra mais do que a destacada habilidade do Maicosuel. Durante a 1ª etapa, Maicosuel atuou aberto pela direita no tripé de meias e, apesar de alguns belos dribles, nada produziu de concreto. Após o intervalo, porém, o camisa 7 foi para o meio do tripé, deixando o Elkeson pela direita, e precisou de apenas 5 minutos para originar a jogada do gol. Em minha opinião, o lugar do do Maicosuel é na meiúca, com liberdade para flutuar pelo campo ofensivo, e não preso no flanco direito.

Com a considerável vantagem, o Botafogo adotou uma postura mais cautelosa. E já que o São Paulo permaneceu sem um pingo de criatividade ofensiva, mesmo após as entradas do Rivaldo e do Henrique, e o sistema defensivo alvinegro se postou de maneira bem organizada e com muita dedicação, o placar final terminou 2 x 0.

Esta vitória eleva o moral do Botafogo e deve servir de exemplo para os próximos compromissos difíceis que a equipe enfrentar. Enquanto isso, nada abala mais a confiança são-paulina do que ver o ídolo Rogério Ceni nesta fase, digamos, estranha.

TRÊS TOQUES!

- Apesar das infantis falhas defensivas e dos péssimos últimos 20 minutos do 1º tempo, que resultaram na virada do América-MG, o Flamengo retomou a frente no placar e se manteve invicto. E para a alegria do torcedor rubro-negro, o agora artilheiro do Brasileirão, Ronaldinho, novamente foi decisivo para o triunfo, com o golaço de falta que abriu o placar e o da virada, este aos 39 minutos da 2ª etapa. Quem também jogou um bolão foi o argentino Bottinelli, que entrou de volante no lugar do Willians e, em 20 minutos, deu dois perigosos arremates longos e a assistência para o terceiro gol.

- Da mesma maneira que não era justo criticar o trabalho do Abel Braga após as duas derrotas iniciais que teve no comando do Flu, ainda é muito cedo para elogiar o trabalho do Joel Santana no Cruzeiro. No entanto, as vitórias sobre o Coritiba e, agora, sobre o Vasco, em São Januário, são um indício do que “Papai” Joel pode aprontar com este bom elenco cruzeirense.

- O torcedor corintiano tem mais motivos para comemorar a derrota do São Paulo do que pelo prazer da rivalidade. Com o resultado no Morumbi e a excelente vitória do Corinthians sobre o Bahia, em Pituaçu, o Timão assumiu a liderança do Brasileirão, mesmo com um jogo a menos que a maioria dos rivais.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

UMA IMAGEM...




Maradona a caminho do exame antidoping, após o duelo contra a Nigéria na Copa do Mundo de 1994. O teste acusaria a presença de efedrina e o maior ídolo da história do futebol argentino não pôde prosseguir no Mundial.

domingo, 26 de junho de 2011

CAMPEONATO BRASILEIRO 2011 - 6ª RODADA





RESULTADOS
Flamengo 4 x 1 Atlético Mineiro
Atlético Paranaense 0 x 2 Bahia
Cruzeiro 2 x 1 Coritiba
Corinthians 5 x 0 São Paulo
Botafogo 2 x 1 Grêmio
Avaí 0 x 1 Fluminense
Ceará 2 x 0 Palmeiras
Atlético Paranaense 0 x 1 Vasco
Internacional 4 x 1 Figueirense
Santos x América Mineiro – 02 de julho

ARTILHEIROS – 4 gols
Bernardo (Vasco)
Liedson (Corinthians)
Luan (Palmeiras)

Atlético Goianiense 0 x 1 Vasco – Serra Dourada, Goiânia (GO)

Com uma atuação de gala do goleiro Fernando Prass, o Vasco venceu o Atlético Goianiense no Serra Dourada e chegou ao 5º lugar na classificação do Campeonato Brasileiro.

Para tentar explorar o seu conhecimento do elenco adversário, Paulo Cesar Gusmão, ex-treinador vascaíno, organizou o Atlético Goianiense no 4-3-1-2, com: Márcio; Adriano, Gilson, Anderson e Thiago Feltri; Bida, Agenor e Pituca; Vitor Junior; Marcão e Anselmo. Pelo lado de São Januário, que buscava, assim como o rival, a terceira vitória no torneio, Ricardo Gomes manteve o já costumeiro 4-3-1-2 e o Vasco entrou em campo com: Fernando Prass; Fágner, Dedé, Anderson Martins e Márcio Careca; Eduardo Costa, Rômulo e Felipe; Diego Souza; Eder Luis e Alecsandro.

O juiz mal havia soprado o apito pela primeira vez no jogo e o Vasco já estava na frente no placar, pois o Felipe aproveitou bom avanço do volante Rômulo pela direita e finalizou com perfeição para sacudir o barbante. O gol, é claro, deu maior tranquilidade ao Vasco, porém esta em excesso quase fez mal ao clube, que viu o Atlético crescer e, em jogadas de bola parada, obrigar o Fernando Prass a realizar duas defesas dificílimas, uma em cabeçada do Anderson e outra em chute longo do Bida. Na metade final do 1º tempo, o duelo apresentou grande equilíbrio e dificuldades de ambas as equipes em arquitetar tramas ofensivas de qualidade. Enquanto o Atlético tentava manter a posse de bola e esbarrava nas suas próprias limitações técnicas, o Vasco apostava, sem obter sucesso, nos contra-ataques. Assim, o jogo foi para o intervalo com a vitória parcial obtida pelos cariocas logo no primeiro minutinho.

Apesar dos prováveis pedidos do Ricardo Gomes para que o Vasco voltasse do intervalo com mais valorização da posse de bola, a equipe se postou na 2ª etapa do mesmo modo que nos últimos 20 minutos do 1º tempo, ou seja, recuada e na espera do espaço para contra-atacar. Estes espaços até apareceram, mas o Vasco não conseguiu transformá-los em boas oportunidades ofensivas. Por outro lado, o Atlético Goianiense partiu com tudo em busca do empate, conquistou o domínio territorial do jogo e só não balançou as redes porque Fernando Prass, em noite inspiradíssima, defendeu arremates do Bida e do Anselmo e, na única bola que o goleiro não alcançaria, uma cabeçada do Agenor aos 26 minutos, explodiu no travessão.

Devido à vantagem obtida logo no início do confronto, o Vasco poderia ter realizado uma apresentação muito melhor e não tinha a necessidade de dar um domínio territorial tão amplo ao Atlético. Estes importantes três pontos conquistados fora de casa estão creditados na conta do Fernando Prass, que, como disse um amigo meu, merecia ganhar, sozinho, o bicho desta vitória.

TRÊS TOQUES!

- A maior fatia das críticas feitas ao Ronaldinho Gaúcho neste momento deveriam ser direcionadas ao comportamento do ex-melhor do mundo fora de campo. Torcedores e dirigentes rubro negros possuem todo o direito de não aceitar os excessos de Ronaldinho nas noites cariocas. No entanto, dentro das quatro linhas, vejo como pesadas as críticas ao camisa 10. Não que Ronaldinho esteja com aquele futebol que o colocou na galeria dos imortais do Barcelona, longe disso, mas dos seis jogos do Flamengo no Brasileirão, Ronaldinho decidiu dois deles (contra o Avaí, na estréia, e o Atlético Mineiro, nesta rodada) e atuou bem no empate diante do Corinthians. A meu ver, as críticas da mídia e de parte dos torcedores estão acima do tom.

- Com um 2º tempo impecável, o Corinthians sapecou 5 x 0 no até então 100% São Paulo. Além dos numerosos desfalques – Juan, Rodrigo Souto, Casemiro e Lucas, por exemplo – o São Paulo teve de jogar toda a etapa final com um homem a menos, devido à expulsão do Carlinhos Paraíba, e não agüentou a força do Corinthians. Comandado por um participativo e inspirado Danilo e um artilheiro de primeira linha como o Liedson, a superioridade do Timão foi tamanha que o a contagem das finalizações apontou 27 x 4. Não somente por esta sonora goleada diante do rival, mas, até o momento, o Corinthians é a equipe mais sólida do Brasileirão.

- Além das já citadas vitórias de Flamengo e Vasco, Fluminense e Botafogo também triunfaram e fizeram da 6ª rodada uma rodada perfeita para o futebol do Rio de Janeiro. Enquanto o Tricolor se aproveitou da crítica situação do Avaí para conquistar a primeira vitória pós-retorno do Abel Braga, o Botafogo venceu o Grêmio, em um Engenhão que mais uma vez enfrentou problemas de iluminação, e se coloca como o carioca mais bem posicionado no Brasileirão.

sábado, 25 de junho de 2011

PAPO CABEÇA - O QUE ESPERAR DE NEYMAR?

O protagonismo na conquista da Copa Libertadores de 2011, ainda aos 19 anos, deixou no ar a pergunta: “O que esperar de Neymar?”.

Pelo estilo e até pelo clube por onde apareceu para o mundo, a primeira tentativa de previsão para o futuro de Neymar aponta para Robinho. O “Rei das Pedaladas” é um dos jogadores de mais alto nível do futebol mundial – possui nada menos do que cinco títulos de Campeonatos Nacionais, com o Santos (2002 e 2004), o Real Madrid (2007 e 2008) e o Milan (2011), todos, em menor intensidade no clube merengue, com destacada participação. No entanto, espero mais do Neymar.

Em relação aos novos craques de sua faixa etária, com destaques para o companheiro Ganso, o tricolor Lucas e o mais experiente, apesar de apenas 21 anos, Alexandre Pato, Neymar começa a se sobressair. Ganso, Lucas e Pato são jogadores que prometem um futuro mais brilhante do que o presente, o que é de deixar o torcedor brasileiro com um largo sorriso, mas espero mais do Neymar.

É claro, lógico, óbvio e evidente que o extrovertido craque santista ainda tem muito a aprender e a evoluir. Fisicamente precisa se tornar mais forte, sem, porém, perder a ginga; taticamente vai saber a ser útil sem a bola nos pés, tanto ao ajudar na marcação como para aproveitar o medo que os defensores possuem dele e abrir espaços para os companheiros; psicologicamente vai aprender o que a vida ainda tem para ensinar a um garoto de 19 anos; tecnicamente vai potencializar este dom divino para tratar a bola que lhe foi dado.

Hoje, penso que o Neymar será capaz de conquistar tudo que os grandes nomes do nosso futebol conseguiram. Que o seu futebol irá conquistar o mundo. Talvez seja difícil explicar com palavras o por quê de eu esperar tanto deste menino de cabelo estranho, mas quando a bola está nos seus pés e ele avança rumo à meta adversária, vejo as portas do mundo se escancararem.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

BIBLIOTECA DO FUTEBOLA - ZICO: 50 ANOS DE FUTEBOL

Um dos maiores historiadores do futebol brasileiro, Roberto Assaf recebe a companhia de Roger Garcia para contar a vida do maior jogador da história do Flamengo. O livro foi lançado em 2003, ano no qual o "Galinho de Quintino" completou 50 anos, e este é o motivo do título. Impredível não só para os rubro negros, mas para todos os que amam o futebol.


Zico: 50 anos de futebol
Autores: Roberto Assaf e Roger Garcia
Editora: Record



COPA LIBERTADORES - FINAL - SANTOS X PEÑAROL - SANTOS CAMPEÃO

Santos 2 x 1 Peñarol – Pacaembu, São Paulo (SP)

Agora quem dá bola é o Santos! Em uma decisão com cara de Libertadores, o Santos, com gols de Neymar e Danilo, bateu o Peñarol e chegou ao Tricampeonato Continental, título que, indiscutivelmente, coloca Neymar e Ganso galeria dos grandes ídolos santistas.

No último jogo da caminhada rumo ao Tri da Libertadores, o Santos contou com os importantes retornos do capitão Edu Dracena, do experiente lateral Léo e do camisa 10 Paulo Henrique Ganso. Assim, Muricy Ramalho organizou a equipe no 4-3-1-2, com: Rafael; Danilo, Edu Dracena, Durval e Léo; Elano, Adriano e Arouca; Ganso; Neymar e Zé Eduardo. Já o Peñarol, maior finalista da história da Libertadores, foi para a sua 10ª decisão esquematizado pelo treinador Diego Aguirre no 4-4-2, com: Sosa; González, Valdéz, Guillermo Rodríguez e Darío Rodríguez; Corujo, Freitas, Aguiar e Mier; Martinuccio e Olivera.

Os primeiros 10 minutos do confronto apresentaram um Peñarol que marcava forte e um Santos com dificuldades para trabalhar a bola. Porém, mesmo sem conseguir os domínios territorial e da pelota, o Peixe ainda assustou o goleiro Sosa em uma cabeçada do Durval e um chute longo do Elano. Depois deste período, o Santos jogou 20 minutos de um futebol precário, com Ganso, que esteve bem nos primeiros minutos, sumido do jogo, Elano com erros nas bolas paradas e Neymar improdutivo. Porém, como o Peñarol pensava somente em se defender, o Santos começou a criar lances de perigo, mesmo longe de estar em uma noite tecnicamente brilhante. As mais destacadas oportunidades de balançar as redes foram uma cobrança de falta do Elano e uma finalização de direita do Léo que passou rente à trave.

Para o 2º tempo, era imaginado um Santos mais nervoso em busca da vitória. Contudo, logo no primeiro minutinho, Arouca, que havia realizado uma péssima 1ª etapa, tabelou com o Ganso e rolou a pelota para Neymar abrir o placar. O gol do garoto de ouro do futebol brasileiro teve duas consequências. A primeira foi na arquibancada do Pacaembu, que explodiu de alegria, e a segunda, esta dentro de campo, foi no Peñarol, que perdeu a cabeça, começou a cometer faltas duríssimas e parecia não saber nem onde estava. O resultado desta pane aurinegra foi o melhor possível para a equipe brasileira, que chegou ao segundo gol com Danilo, aos 23 minutos. Com uma mão e quatro dedos da outra na taça, o Peixe só não podia cair no erro de recuar excessivamente, o que, para a apreensão de cada santista, foi o que ocorreu.

Todo encolhido e abusando dos chutões para frente, o Santos deu ao Peñarol o espaço necessário para, aos 34 minutos, Estoyanoff avançar pela direita, cruzar a pelota para a área e o Durval empurrar para o fundo do próprio gol. Bom para o Santos que o Peñarol é um poço vazio de qualidade técnica – o único jogador ofensivo de destaque, o Martinuccio, foi completamente anulado por uma atuação de encher os olhos do volante Adriano. Assim, os uruguaios conseguiram apenas alçar um punhado de bolas na área que não levaram perigo ao goleiro Rafael, enquanto o Santos ainda teve claríssimas chances de marcar o terceiro gol, mas Ganso, Neymar e, principalmente, Zé Eduardo, pecaram nas finalizações.

O apito final veio para coroar Neymar, Ganso e companhia, além, é claro, do treinador Muricy Ramalho, que enfim conquistou sua primeira Libertadores. Todos sabiam que seria difícil vencer um dos mais tradicionais clubes do planeta bola, como é o Peñarol, e o Santos foi um gigante, que soube segurar o ímpeto do rival no Centenário e decidir em casa. Agora, o Peñarol é passado. Que venha o Barcelona!

PARABÉNS, SANTOS!!!

segunda-feira, 20 de junho de 2011

UMA IMAGEM...



Imagina tentar pedalar assim...

foto: Lemyr Martins

CAMPEONATO BRASILEIRO 2011 - 5ª RODADA





RESULTADOS
Fluminense 0 x 1 Bahia
América Mineiro 1 x 1 Cruzeiro
Palmeiras 5 x 0 Avaí
Flamengo 0 x 0 Botafogo
Grêmio 1 x 1 Vasco
Figueirense 2 x 0 Atlético Paranaense
Ceará 0 x 2 São Paulo
Atlético Mineiro 2 x 2 Atlético Goianiense
Coritiba 1 x 1 Internacional
Santos x Corinthians – quarta-feira, 10/08

ARTILHEIROS
4 GOLS
Bernardo (Vasco)
Luan (Palmeiras)
3 GOLS
Alessandro (América Mineiro)
Anderson Aquino (Coritiba)
Borges (Santos)
Elton (Vasco)
Jobson (Bahia)
Lucas (São Paulo)
Willian (Corinthians)

Flamengo 0 x 0 Botafogo – Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)

Em um clássico de baixo nível técnico e que não agradou torcedores de nenhum dos lados, Flamengo e Botafogo empataram sem gols. Em termos de tabela, o resultado foi ruim para o Flamengo, que chegou ao seu quarto empate consecutivo, e para o Botafogo, que, em caso de vitória, poderia alcançar até o 3º lugar.

Com o objetivo de aumentar a mobilidade e o poder ofensivo do Flamengo, Vanderlei Luxemburgo decidiu escalar Diego Maurício no lugar do Wanderley e adiantar o Ronaldinho Gaúcho. Assim, o Rubro Negro foi para o clássico organizado no 4-2-2-2, com: Felipe; Léo Moura, Welinton, David Braz e Junior César; Willians e Renato; Thiago Neves e Bottinelli; Diego Maurício e Ronaldinho. No Botafogo, o treinador Caio Junior repetiu o onze que conseguiu uma bela vitória sobre o Coritiba na última rodada e novamente apostou na qualidade técnica do trio de meias formado por Maicosuel, Elkeson e Éverton. O Fogão, deste modo, iniciou o duelo no 4-2-3-1, com: Jefferson; Alessandro, Antônio Carlos, Fábio Ferreira e Cortês; Lucas Zen e Marcelo Mattos; Maicosuel, Elkeson e Éverton; Herrera.

Nos primeiros 20 minutos do clássico, o Botafogo foi superior ao Flamengo. Com Éverton e Elkeson participativos e um meio-campo bem arrumado, o Fogão, sempre pela esquerda, incomodou bastante a retaguarda rival, sem, no entanto, conseguir transformar o maior poder ofensivo em chances de gols. E se o faltoso Flamengo se mostrava incapaz de produzir qualquer jogada de qualidade, a situação ficou ainda pior quando, aos 23 minutos, Bottinelli tentou cavar um pênalti, recebeu seu segundo cartão amarelo e foi mais cedo para o chuveiro. Com isso o Botafogo cresceu mais ainda no jogo e suas tramas ofensivas se tornaram mais perigosas, certo? Errado. Com exceção de dois arremates longos, que não levaram perigo ao goleiro Felipe, o Alvinegro nada fez em mais de 20 minutos com um homem a mais.

Para a 2ª etapa, Luxemburgo adotou a cautela e sacou Diego Maurício para a entrada do volante Luiz Antônio. Pelo outro lado, Caio Junior modificou o meio – Bruno Thiago no lugar de Lucas Zen – e o ataque, com o centroavante Alex no lugar do Elkeson. O Botafogo melhorou em relação à metade final do 1º tempo e, nos primeiros 25 minutos da etapa final, voltou a ser produtivo ofensivamente. Neste período, além de destacados avanços do Herrera pela direita, o Bota contou com uma boa presença de área do Alex, que teve três oportunidades, além de uma trama entre o Bruno Thiago e o Maicosuel que exigiu grande defesa do Felipe. No entanto, a falta do gol fez o Botafogo diminuir seu ritmo ofensivo, e, após o minuto 35, Thiago Neves acertou dois contra-ataques e o Flamengo quase conseguiu sair do Engenhão com a vitória. Foi, sem dúvidas, o melhor momento do Fla na partida, já que a equipe, assim como na última rodada diante do Atlético Paranaense, passou mais de uma hora sem organizar sequer uma jogada de qualidade com a pelota rolando. Aos 41 minutos, porém, Luxemburgo decidiu tirar Thiago Neves e Ronaldinho de campo, tendo a saída do primeiro, já que o segundo pouco fez, colocado fim ao pequeno ímpeto flamenguista.

Em uma partida com raras alternativas ofensivas de ambos os lados e com jogadores de qualidade técnica destacada, como Maicosuel, Léo Moura e Ronaldinho, sem um pingo de inspiração, Flamengo e Botafogo merecem ficar marcados como os responsáveis pelo primeiro 0 x 0 do Brasileirão.

TRÊS TOQUES!

- É claro, lógico e evidente que ainda é muito cedo para qualquer comentário mais aprofundado sobre o trabalho do Abel Braga no Fluminense. No entanto, não se pode deixar de analisar, mesmo que superficialmente, os resultados obtidos pelo treinador. Desde a chegada de Abelão, o Tricolor perdeu para o Corinthians e, agora, para o Bahia, com um gol do Jobson já nos acréscimos. Até pela expectativa causada pelo período de mais de dois meses de espera pela sua chegada, Abel precisa mostrar logo a que veio.


- Que Atlético Paranaense e Avaí fazem um Brasileirão sofrível ninguém dúvida. No entanto, o “prêmio” de maior decepção do torneio até o momento tem dono e ninguém tira: o Cruzeiro. Sem uma única vitória em cinco jogos, a Raposa contará agora com os conhecimentos de Joel Santana para tentar apresentar um futebol digno de uma equipe considerada uma das favoritas ao caneco. Palpite: “Papai Joel” vai erguer o Cruzeiro.


- “Quem vai parar o São Paulo?” - é a pergunta do momento. E com o futebol redondinho que o Tricolor Paulista está apresentando, parece que as esperanças dos adversários se depositam na Seleção Brasileira. Ou melhor, nas Seleções Brasileiras. Com as convocações de Lucas – para a Copa América – Bruno Uvini, Casemiro, Henrique e William – para o Mundial sub-20 – o treinador Paulo César Carpegiani perderá importantes peças titulares e de reposição.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

RADINHO NO OUVIDO

1992 – Flamengo 3 x 0 Botafogo, Maracanã


Narração: José Carlos Araújo


Em 1992, Flamengo e Botafogo fizeram a segunda final carioca da história do Campeonato Brasileiro – a primeira havia sido a vitória do Fluminense sobre o Vasco em 1984. Logo na primeira partida, o Mengão conseguiu uma excelente vitória por 3 x 0 e colocou uma mão na taça. A outra mão seria colocada após o empate de 2 x 2, no jogo seguinte. Vamos escutar, na voz do inigualável José Carlos Araújo, o gol do “Vovô Garoto” Júnior, que abriu o placar para o triunfo rubro negro no primeiro duelo.




COPA LIBERTADORES - FINAL - SANTOS X PEÑAROL

Peñarol 0 x 0 Santos – Centenário, Montevidéu (URU)

Diante de um Centenário lotado, Santos e Peñarol realizaram um duelo equilibrado e empataram sem gols na primeira partida decisiva da Libertadores. Na próxima quarta-feira será a vez da torcida santista encher o Pacaembu para empurrar o Santos rumo ao Tri continental.

Para sua 10ª final de Taça Libertadores – recorde do torneio – o Peñarol entrou em campo com o mesmo onze que conseguiu a histórica classificação diante do Vélez Sarsfield, na Argentina, esquematizado pelo treinador Aguirre no 4-4-2, com: Sosa; González, Valdéz, Guillermo Rodríguez e Darío Rodríguez; Corujo, Freitas, Aguiar e Mier; Martinuccio e Olivera. Pelo lado do Santos, que novamente não pôde contar com o camisa 10 Ganso, ainda contundido, Muricy Ramalho decidiu por organizar a equipe no 4-3-1-2, com: Rafael; Pará, Bruno Rodrigo, Durval e Alex Sandro; Arouca, Adriano e Danilo; Elano; Neymar e Zé Eduardo.

Uma das muitas missões do Santos nesta decisão de 180 minutos diante do Peñarol era impedir que a equipe uruguaia se aproveitasse do grande apoio da torcida – que, diga-se de passagem, fez uma festa espetacular – para ganhar o domínio territorial no início do duelo. E durante os primeiros 15 minutos o Santos teve sucesso em impedir uma possível pressão aurinegra, mesmo que, neste período, também não tenha conseguido ser produtivo ofensivamente. Entre os minutos 15 e 25, o Peixe viveu sem melhor momento na 1ª etapa, quando contou com os avanços do lateral-esquerdo Alex Sandro e a individualidade do Neymar como principais armas e chegou a acertar o travessão em cabeçada do zagueiro Bruno Rodrigo. Nos últimos 20 minutos do 1º tempo, o Peñarol aproveitou os excessivos chutões para frente do Santos, se fez mais presente no campo ofensivo e, na base do abafa, conseguiu assustar o goleiro Rafael nos minutos finais. Antes de falarmos sobre o 2º tempo, vale ressaltar que o zagueiro Durval realizou uma boa 1ª etapa, porém o meia Elano esteve em uma noite nada inspirada.

Com apenas 3 minutinhos após o reinício da partida, o Santos construiu sua melhor chance de balançar as redes quando Elano errou um arremate de fora da área e a pelota sobrou para Zé Eduardo chutar em cima do goleiro Sosa. Nos minutos após esta ótima oportunidade, o Peixe qualificou seus passes, valorizou mais a posse de bola e conseguiu controlar o jogo. E o resultado do domínio santista quase veio aos 26 minutos, novamente com Zé Eduardo, desta vez em cabeçada após bela jogada entre Alex Sandro – o melhor jogador em campo - e Neymar. No entanto, logo após o susto, o Peñarol provou que estava vivo e recolocou sua torcida no jogo ao, comandado pelo veterano Pacheco, criar três chances de abrir o placar em um intervalo de apenas dois minutos. O Santos sentiu o avanço adversário e, assim como na parte final da 1ª etapa, voltou a abdicar do ataque e a pensar somente em segurar o empate. Como os uruguaios pecavam na organização ofensiva e o Martinuccio, mais qualificado homem de frente da equipe, não estava em grande jornada, o máximo que o Aurinegro conseguiu foi um gol irregular bem anulado pela arbitragem.

Não restam dúvidas de que o empate foi um bom resultado para o Santos, que agora depende de uma vitória no Pacaembu para conquistar seu terceiro caneco da competição mais importante do continente. No entanto, vale lembrar que todos os 5 títulos da Libertadores que o Peñarol conquistou foram com o último jogo sendo disputado longe do Uruguai. Além do mais, nesta edição de 2011 do torneio a equipe aurinegra eliminou Internacional, Universidad Católica e Vélez Sarsfield sempre com o segundo jogo na casa do rival.

terça-feira, 14 de junho de 2011

BIBLIOTECA DO FUTEBOLA

Excelente dicionário com minibiografias sobre os maiores jogadores do nosso continente no século XX. Muito útil para quem quer conhecer um pouco sobre os grandes craques que fizeram parte de esquadrões como o uruguaio Peñarol na década de 60 ou o argentino Independiente na de 70.





Os melhores jogadores sul-americanos do século XX

Autor: Hans Henningsen

Editora: Mauad

segunda-feira, 13 de junho de 2011

UMA IMAGEM...



Seria o Diego Souza um mutante?

Foto: Alexandre Battibugli

domingo, 12 de junho de 2011

CAMPEONATO BRASILEIRO 2011 - 4ª RODADA






RESULTADOS
Avaí 2 x 2 América Mineiro
Cruzeiro 1 x 1 Santos
São Paulo 3 x 1 Grêmio
Vasco 1 x 1 Figueirense
Bahia 1 x 1 Atlético Mineiro
Atlético Goianiense 4 x 1 Ceará
Internacional 2 x 2 Palmeiras
Corinthians 2 x 0 Fluminense
Atlético Paranaense 1 x 1 Flamengo
Botafogo 3 x 1 Coritiba

ARTILHEIROS – 3 GOLS
Alessandro (América Mineiro)
Anderson Aquino (Coritiba)
Bernardo (Vasco)
Borges (Santos)
Elton (Vasco)
Willian (Corinthians)

Corinthians 2 x 0 Fluminense – Pacaembu, São Paulo (SP)

Na esperada estréia de Abel Braga, o Fluminense apresentou um futebol de péssima qualidade – tanto ofensiva quanto defensivamente – e foi superado pelo Corinthians, que com a vitória se manteve na 2ª colocação do Brasileiro.

Invicto no Brasileirão, o Corinthians entrou em campo com o mesmo esquema 4-2-3-1 apresentado no empate diante do Flamengo, na última rodada, e foi escalado pelo Tite com: Julio Cesar; Welder, Wallace, Leandro Castán e Fábio Santos; Paulinho e Ralf; Willian, Danilo e Jorge Henrique; Liedson. O Fluminense, que buscava alcançar a terceira vitória consecutiva no torneio, foi para o jogo organizado em um 4-2-2-2, com: Ricardo Berna; Mariano, Gum, Leandro Euzébio e Julio Cezar; Valencia e Edinho; Deco e Conca; Tartá e Fred.

O apito inicial mostrou um Corinthians ligado na tomada e um Fluminense tão sonolento quanto um urso em hibernação. E o resultado desta diferença de postura não tardou a aparecer. O relógio apontava 6 minutos quando Danilo cruzou a pelota da esquerda e Willian se antecipou ao Gum para, de cabeça, abrir o placar. De uma maneira inteligente, o Corinthians não recuou excessivamente para se aproveitar da vantagem e por pouco não ampliou o escore quando Gum, de maneira bisonha, entregou a redonda nos pés de Liedson, que arrematou nas mãos do Ricardo Berna. A partir do minuto 20, o Fluminense finalmente começou a apresentar algum poder ofensivo, principalmente pelo lado esquerdo, e quase chegou ao empate em cabeçada do Gum. No entanto, aos 28 minutos, Paulinho arriscou de fora da área, Ricardo Berna rebateu para frente e Leandro Euzébio cometeu pênalti em Liedson. Na cobrança, o meia-direita Willian confirmou a boa fase e chegou ao seu terceiro gol no torneio.

Do segundo gol corintiano até o intervalo, o Fluminense nada produziu ofensivamente e ainda viu Deco ser substituído pelo Marquinho, devido a uma contusão na coxa. No intervalo, o estreante Abel Braga deve ter dado uma baita de uma sacudida na equipe, que voltou para o 2º tempo com outra cara. Com o meia-direita Souza no lugar do volante Edinho e Conca mais participativo, o Tricolor encurralou o Corinthians em seu próprio campo e criou, em 12 minutos, mais oportunidades de gols do que em toda a 1ª etapa. No entanto, o goleiro Julio Cesar, agora com a sombra do ex-avaiano Renan, estava em tarde de grande inspiração impediu o Flu de diminuir. Depois do minuto 15, porém, o Corinthians, apesar de permanecer ausente do campo ofensivo, conseguiu controlar o Fluminense, que não foi capaz de transformar uma posse de bola de aproximadamente 60% em tramas ofensivas de qualidade. Vale ressaltar aqui o importante trabalho defensivo realizado pela dupla de meias Jorge Henrique e Willian, que, abertos pelos flancos, são importantíssimos para a solidez do Timão. Nos últimos 30 minutos do duelo os únicos lances de ataque dignos de nota foram um chute longo de Souza, que mais uma vez terminou com grande defesa do Julio Cesar, e um contra-ataque puxado pelo “Sheik” Emerson.

Com um ataque que só consegui ser produtivo por pouco mais de 10 minutos e um sistema defensivo perdido e com gigantescas deficiências técnicas, o Fluminense e Abel Braga precisarão trabalhar muito. Já o Corinthians inicia o torneio com um sólido esquema tático, um Willian em excelente fase e conquistando pontos relevantes para se manter entre os primeiros colocados.

TRÊS TOQUES!

- Com as vitórias sobre o Atlético Mineiro, na última quarta-feira, e sobre o Grêmio, no sábado, o São Paulo manteve os 100% de aproveitamento e comprovou o excelente início de Brasileirão. Apesar da pressão sofrida antes do início do campeonato, Paulo Cesar Carpeggiani merece créditos pelo bom momento tricolor, principalmente pelas apostas acertadas na garotada. Luiz Eduardo, Wellington, Casemiro e Lucas estão batendo uma bola redondinha.

- Vasco e Palmeiras bobearam nos últimos minutos e perderam pontos que poderão fazer falta no futuro. O Vasco, em clima de festa pelo título da Copa do Brasil e pelo retorno do ídolo Juninho Pernambucano, bobeou diante do Figueirense, enquanto o Palmeiras deixou de conquistar uma vitória preciosa sobre o Internacional, no Beira-Rio, ao levar um gol do Leandro Damião aos 45 minutos da etapa final. Como gosto de dizer, em campeonato de pontos corridos, pontos perdidos não voltam mais.

- No duelo entre Rio de Janeiro x Paraná quem se deu bem foi o Botafogo. Com uma bela vitória de virada sobre o Coritiba o Fogão alcançou a 5ª colocação e se tornou o melhor carioca do Brasileirão. Já Flamengo e Atlético Paranaense empataram em 1 x 1, resultado que, em termos de tabela, foi ruim para ambos, pois o Fla poderia, em caso de vitória, chegar ao 3º lugar, enquanto o Furacão continua sem vencer na competição.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

PAPO CABEÇA - INGLATERRA X FIFA

Aqueles que acompanham o futebol, mesmo que de longe, têm o conhecimento de que o berço do futebol moderno foi a Inglaterra. Porém, o que poucos sabem é que os ingleses não foram um dos fundoradores da FIFA. Isso mesmo, amigos, os países que em 21 de maio de 1904 fundaram a Fedération Internationale de Football Association foram: França, Bélgica, Dinamarca, Holanda, Espanha, Suécia e Suiça.

A explicação mais comum para ausência da Inglaterra entre os membros fundadores da FIFA se encontra no sentimento de superioridade futebolística, nutrido pelos que comandavam o futebol britânico, em relação aos países da Europa Continental. Um dado de enorme relevância ilustra como os ingleses não estavam nem aí para o que a FIFA fazia: a primeira Copa do Mundo que contou com a presença da Inglaterra foi a de 1950, aqui no Brasil.

Hoje, 65 anos após a Inglaterra se tornar membro da FIFA, um tremor voltou a abalar a relação entre estes dois símbolos do futebol. E este tremor tem o nome de corrupção. Ricardo Teixeira, presidente da CBF, e João Havelange, que presidiu a FIFA por 24 anos, são acusados de recebimento de propina paga pela ISL, empresa que negociava os contratos de marketing esportivo da FIFA; Lorde David Triesman, ex-dirigente da Associação Inglesa, denunciou ao Parlamento britânico que executivos da FIFA, entre eles novamente se encontra Ricardo Teixeira, pediram as mais diversas contribuições, financeiras ou não, para votar na candidatura inglesa para sede da Copa do Mundo de 2018; falando em compra de votos, a escolha do Catar para sediar o Mundial de 2022 também está sob suspeita; com exceção de Michel Platini, presidente da UEFA, mandatários de Confederações por todo o planeta estão envolvidos no oceano de lama que se tornou a FIFA – Mohammed Bin Hammam (Ásia), Issa Hayatou (África), Jack Warner (Concacaf) e Nicolás Leoz (Conmebol).

Diante de tanta sujeira e da passividade de Joseph Blatter, reeleito esta semana em uma eleição onde era o único candidato, a Inglaterra resolveu dizer chega. Nos últimos dias, David Cameron, primeiro-ministro britânico, David Bernstein, presidente da FA, e diversos parlamentares britânicos demonstraram-se descontentes com o tratamento dado ao futebol por parte da FIFA e os pedidos por mudanças começaram a ganhar mais força.

Amigos, como eu queria que existissem dirigentes esportivos e políticos brasileiros com capacidade e vontade de fortalecer este movimento de limpeza do futebol mundial. Porém, como isto parece ser um pedido muito alto, ficaria satisfeito com a criação de uma Comissão de Ética que contasse com membros íntegros e totalmente externos à FIFA e tivesse como objetivo tirar do caminho do futebol os que querem destruí-lo.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

VASCO - CAMPEÃO DA COPA DO BRASIL 2011

Coritiba 3 x 2 Vasco – Couto Pereira, Curitiba (PR)


Que jogo! Em duelo emocionante e só decidido no apito final, o Vasco, no critério dos gols fora de casa, conquistou a primeira Copa do Brasil de sua história. Com o título, o Gigante da Colina é o primeiro clube brasileiro a garantir vaga na Taça Libertadores de 2012.


O Coritiba jogava para repetir 1985, quando conquistou o Brasileirão, seu único caneco de relevância nacional. Sem poder contar com o avante Anderson Aquino, suspenso, o treinador Marcelo Oliveira adotou uma postura cautelosa e esquematizou a equipe no 4-3-2-1, com: Edson Bastos; Jonas, Demerson, Emerson e Lucas Mendes; Marcos Paulo, Willian e Léo Gago; Davi e Rafinha; Bill. Na busca pelo primeiro título na elite nacional desde a Copa João Havelange de 2000, o Vasco entrou em campo organizado pelo Ricardo Gomes no já costumeiro 4-3-1-2, com: Fernando Prass; Allan, Dedé, Anderson Martins e Ramón; Eduardo Costa, Rômulo e Felipe; Diego Souza; Eder Luis e Alecsandro.


Se havia algo que o Vasco não podia fazer no início desta partida decisiva era se postar defensivamente e exagerar nos chutões para frente. Pois foi justamente o que ocorreu. Durante os primeiros 12 minutos, o Vasco apenas se defendeu, não conseguiu arquitetar sequer uma jogada e deixou o Coritiba ganhar o domínio territorial. Porém, se o máximo que o Coxa conseguiu neste período foi um bom arremate longo do Jonas, o Vasco precisou de apenas alguns segundos no ataque para abrir o placar, quando Diego Souza encontrou Eder Luis pela direita e o veloz ponta vascaíno deu perfeita assistência para Alecsandro sacudir o filó. O Coritiba acusou o golpe e o Vasco poderia ter se aproveitado para tomar as rédeas da partida, contudo, sem trabalhar a posse de bola, o Cruz-Maltino viu o rival recolocar fogo no jogo com dois gols surgidos de bolas alçadas na área pelo flanco esquerdo. Na primeira, aos 29 minutos, o lateral Jonas tocou de cabeça para a pequena área e Bill, entre Dedé e Anderson Martins, escorou para o fundo do gol. Depois, já aos 42, Davi aproveitou rebote de um arremate do Rafinha e, sem nenhuma marcação, finalizou com força para virar o escore.


O jogo voltou do intervalo com um Vasco mais acuado do que nunca e um Coritiba que só pensava em atacar. Foi então, neste panorama, que Eder Luis, o melhor homem em campo, chutou com efeito de fora da área e contou com a colaboração do goleiro Edson Bastos para empatar a decisão e silenciar os torcedores alviverdes. Com o placar igual e o Coritiba na necessidade de marcar dois gols o jogo deve ter esfriado, certo? Que nada! O treinador Marcelo Oliveira colocou Eltinho e Marcos Aurélio em campo e partiu para o tudo ou nada. Resultado: aos 21 minutos, o volante Willian mandou um tijolo de fora da área e marcou um Golaço, assim mesmo, com “G” maiúsculo. Com pouco mais de meia hora por jogar, a tensão era palpável no Couto Pereira. O nervosismo era tamanho que o Vasco não conseguia fazer nada além de chutar a pelota para onde o nariz apontava, enquanto o Coritiba só tinha condições psicológicas para cruzar bolas na área, de qualquer canto do gramado. A imagem que espelha a finalíssima é a de Felipe e Diego Souza, após serem substituídos, sentados, fora do banco de reservas, com as cabeças escondidas no capuz do casaco, sem forças para assistir ao final da partida. No fim das contas, o Coritiba não conseguiu transformar a pressão realizada na base do abafa no gol do título e o Vasco, que ainda teve duas oportunidades de gols em arrancadas do incansável Eder Luis, pôde, enfim, soltar o grito de “É Campeão!!!”.


Depois das três derrotas seguidas para times de menor investimento no início da Taça Guanabara, não havia quem apostasse um tostão no futuro do Vasco. Pois vejam como é o futebol: hoje, o Cruz-Maltino conta com um elenco de qualidade, jogadores do quilate de Fernando Prass, Dedé, Felipe, Diego Souza e Eder Luis, um treinador que caiu como uma luva em São Januário, Juninho Pernambucano de malas prontas para retornar e uma imensa torcida bem feliz.


PARABÉNS, VASCÃO!!!

quarta-feira, 8 de junho de 2011

DESPEDIDA DO RONALDO "FENÔMENO" - BRASIL X ROMÊNIA

Brasil 1 x 0 Romênia – Pacaembu, São Paulo (SP)


15 minutos. Este foi o tempo que Ronaldo permaneceu em campo e, apesar das oportunidades de gols desperdiçadas, contribuiu, com seu inadjetivável posicionamento e capacidade de empolgar a equipe, para o melhor período da Seleção Brasileira no amistoso diante da Romênia.


Cada brasileiro presente no Pacaembu ou em frente à televisão assistiu aos primeiros 30 minutos do amistoso contra a Romênia com o relógio na contagem regressiva. O Brasil apresentou, neste período inicial, um futebol mais solto e ofensivo do que aquele diante da Holanda, até pela maior fragilidade do rival, e comandado pelo trio Neymar, Jadson e Robinho conseguiu abrir o placar em gol do Fred. No entanto, todo o planeta bola queria ver Ronaldo em campo. E foi demais! Neymar e Robinho se empolgaram e tentaram de tudo quanto é maneira dar um gol de presente ao Ronaldo. E o Fenômeno teve três oportunidades, mas o goleiro Tatarusanu e a vontade excessiva de sacudir o barbante impediram o histórico gol. No intervalo, em discurso, Ronaldo agradeceu ao povo brasileiro pela companhia durante sua carreira e pediu desculpas por não ter conseguido marcar um gol nos 15 minutos que esteve em campo. Como se o MAIOR ARTILHEIRO DA HISTÓRIA DAS COPAS DO MUNDO precisasse pedir desculpas futebolísticas.


Com Nilmar no lugar do Fenômeno, o Brasil voltou para o 2º tempo. “Voltou?” – poderia perguntar ironicamente, já que os comandados de Mano Menezes retornaram com um futebol sonolento e a torcida não tardou a reclamar. Apesar de uma ou outra oportunidade de gol criada, a Seleção Brasileira passou toda a etapa final sem mostrar um pingo de qualidade. Podemos culpar o grande número de substituições, que colocou em campo um onze que nunca jogou e nunca mais vai jogar junto, mas o fato é que não é de agora que a Seleção do Mano Menezes está devendo.


No fim das contas, valeu pela festa e pela homenagem ao Ronaldo, pois como treino para a Copa América este duelo contra a Romênia passou longe de ser bem sucedido.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

PAPO CABEÇA - ABERTURA DO FUTEBOL BRASILEIRO

Em termos econômicos, está cada vez mais claro o protagonismo brasileiro na América do Sul. E o futebol, como não poderia deixar de ser, está no raio de alcance desta evolução econômica. Cada vez mais os clubes nacionais buscam o mercado sul-americano para a reposição das peças perdidas para a Europa e o resultado pôde ser visto no último Brasilerão, quando os argentinos Montillo e Conca brigaram pelo posto de melhor jogador do torneio.

Agora, peço licença e convido os amigos a um exercício de imaginação. Vamos imaginar que um clube brasileiro, empolgado com o sucesso dos estrangeiros em nosso futebol, decida por contratar os 10 melhores “gringos” desta edição da Taça Libertadores – acreditem, em termos salariais isto seria totalmente plausível, pois há uma grande defasagem entre os salários pagos aqui e no resto do continente. O único obstáculo para que este nosso jogo de imaginação se torne real é a regra que permite cada clube convocar apenas três estrangeiros em cada partida. No entanto, amigos, esta regra pode estar com os dias contados.

Na última semana o presidente da Federação Gaúcha de Futebol, Francisco Noveletto, declarou ser a favor do fim da limitação de jogadores estrangeiros sul-americanos nos clubes brasileiros e que acreditava que o Ricardo Teixeira, presidente da CBF, poderia ajudar na causa. Isso mesmo, caso o desejo de Noveletto se realize, nada impediria um clube brasileiro de entrar em campo com 11 argentinos. À primeira vista, sou contra esta possibilidade por dois motivos.

O primeiro deles se encontra no fato de que esta liberação favoreceria mais os times da região Sul do que os das regiões Centro-Oeste, Nordeste e Norte. Por motivos culturais e climáticos, os jogadores sul-americanos tendem a preferir a região Sul ao restante do país. Esta afirmação ganha mais solidez quando lembramos que a proposta para o fim da limitação surgiu do presidente da FGF e que o Internacional conta com quatro estrangeiros em seu elenco (D’Alessandro, Guiñazu, Cavenaghi e Bolatti), mesmo tendo que deixar sempre um deles fora de cada jogo.

O segundo motivo pelo qual sou contra o fim da limitação está relacionado com o futuro das categorias de base em nossos clubes. Se hoje me dia, com as atuais condições de mercado, muitos clubes preferem ignorar os investimentos nas categorias de base e apostar em contratações, este panorama se ampliaria ainda mais sem o limite de estrangeiros.

No fundo, no fundo, não levo fé que esta proposta seja aceita. Nicolás Leoz, paraguaio e presidente da Conmebol, e Julio Grondona, presidente da AFA (Asociación del Fútbol Argentino), não permitiriam a aprovação de uma lei que enfraqueceria absurdamente o futebol do restante da América do Sul perante o brasileiro. E como o Ricardo Teixeira possui ambições no planeta bola, acredito que ele não estaria disposto a comprar esta briga com Leoz e Grondona.

domingo, 5 de junho de 2011

CAMPEONATO BRASILEIRO 2011 - 3ª RODADA





RESULTADOS
Palmeira 1 x 0 Atlético Paranaense
Fluminense 2 x 1 Cruzeiro
Ceará 2 x 2 Botafogo
Figueirense 2 x 0 Atlético Goianiense
Flamengo 1 x 1 Corinthians
Grêmio 2 x 0 Bahia
Coritiba 5 x 1 Vasco
Santos 3 x 1 Avaí
América Mineiro 2 x 4 Internacional
Atlético Mineiro x São Paulo – quarta-feira, 9 de junho

ARTILHEIROS – 3 GOLS
Anderson Aquino (Coritiba)
Bernardo (Vasco)

Flamengo 1 x 1 Corinthians – Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)

No jogo que marcou a despedida do ídolo Petkovic dos gramados, Flamengo e Corinthians empataram em 1 x1, no Engenhão. Durante os 45 minutos que esteve em campo, Pet mostrou a categoria de sempre e que vai deixar saudades.

Sem poder contar com seu melhor jogador na temporada, já que Thiago Neves está à disposição da Seleção Brasileira, o Flamengo entrou em campo com Petkovic no onze titular. Impossível não registrar a festa da torcida rubro negra na entrada de Petkovic, com um lindíssimo mosáico em homenagem ao sérvio. Taticamente, Luxemburgo decidiu por escalar o Fla no 4-2-3-1, com: Felipe; Léo Moura, Welinton, David Braz e Egídio; Willians e Renato; Bottinelli, Petkovic e Ronaldinho; Wanderley. Pelo lado do Corinthians, que não queria saber de festa e só pensava em se manter na parte de cima da tabela, Tite também organizou a equipe no 4-2-3-1, com: Julio Cesar; Weldinho, Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos; Paulinho e Ralf; Willian, Danilo e Jorge Henrique; Liédson.

O apito inicial apresentou um Corinthians mais ligado na partida e com menos de 10 minutos o “Timão” já havia tido três chances de abrir o placar, com Willian, Liédson e Jorge Henrique. O Flamengo até apresentava qualidade na troca de passes, principalmente com Ronaldinho e Petkovic, mas a maior impetuosidade corintiana deu resultado aos 19 minutos, quando o estreante lateral-direito Weldinho deixou o Egídio perdido e cruzou para Willian abrir o placar. A vantagem fez a equipe paulista adotar a estratégia de recuar para explorar os contra-golpes, mas esta não foi bem sucedida e o Flamengo ganhou o domínio territorial do jogo. Depois de quase empatar em excelente passe do Petkovic para o Wanderley, o Flamengo o fez, aos 39 minutos, em cobrança de falta que, apesar dos pedidos da torcida de “Pet! Pet! Pet!” foi cobrada com enorme precisão pelo Renato.

O intervalo foi de mais festa para o Petkovic, já que o sérvio não voltaria para a etapa final - o garoto Negueba entrou em seu lugar. Logo que o 2º tempo começou ambos os times chegaram perto do gol em cabeçadas do Renato e do Liédson que surgiram de cobranças de escanteio. Depois destes lances, contudo, o duelo diminuiu de ritmo, com o Flamengo sentindo falta da qualidade nos passes que o Pet deu no 1º tempo e o Corinthians preocupado apenas em segurar o empate. Entre os minutos 10 e 30 foram raras as tramas ofensivas bem arquitetadas por ambos os lados e vale destacar as péssimas atuações ofensivas do Léo Moura, que deve ter sentido a falta de ritmo, e do Jorge Henrique, importantes armas de suas equipes. Nos últimos 15 minutos o destaque maior ficou por conta de um chute longo do Ronaldinho que explodiu na trave e da estréia de um totalmente fora de forma Emerson “Sheik” pelo Corinthians. No fim, aos 42 minutos, o zagueiro Leandro Castán teve a última oportunidade de gol da partida, mas o placar terminou mesmo empatado.

Aqueles que acreditavam que o Flamengo não deveria homenagear o Pet em um “jogo de três pontos” viram um Fla melhor postado ofensivamente quando o sérvio esteve em campo. São muitos os jogadores que já vestiram a camisa 10 do Flamengo, mas poucos possuem a honra de poder dizer que é um legítimo “Camisa 10 da Gávea”. Apesar da recente história com o 43 as costas, Petkovic é um destes.

TRÊS TOQUES!

- No sábado, enquanto o centroavante Fred teve uma discretíssima atuação no empate mudo entre Brasil e Holanda, o seu substituto no Fluminense, Rafael Moura, fez os dois gols da vitória tricolor sobre o Cruzeiro. Mesmo sem ainda poder contar com o treinador Abel Braga, o Flu emplacou sua segunda vitória seguida. Parece que o Abelão vai encontrar um clima mais ameno do que esperava nas Laranjeiras.

- O “Expressinho” vascaíno saiu dos trilhos e foi goleado por 5 x 1 pelos reservas do Coritiba. Ricardo Gomes terá que trabalhar o psicológico do elenco para não deixar que este resultado influencie o ambiente para o jogo mais importante para o Vasco nos últimos anos: a decisão da Copa do Brasil, nesta quarta-feira, contra o mesmo “Coxa”.

- “Não temos hoje um grupo em condições de ser campeão brasileiro”. Amigos, eu não concordo nem em gênero, nem em número e nem em grau com esta frase dita pelo Falcão, treinador do Internacional. Falcão tem sim material para montar um time com condições de brigar pelo caneco. Neste domingo, mesmo sem poder contar com o lateral-esquerdo Kléber, o volante argentino Bolatti e o centroavante Leandro Damião, o Internacional goleou o América Mineiro com: Renan, Nei, Bolívar, Rodrigo e Juan; Tinga e Guiñazu; Oscar e D’Alessandro; Cavenaghi e Zé Roberto. É ou não é um onze poderoso?

sábado, 4 de junho de 2011

AMISTOSO INTERNACIONAL - BRASIL X HOLANDA

Brasil 0 x 0 Holanda – Serra Dourada, Goiânia (GO)

Em mais uma fraca atuação diante de um rival de ponta do planeta bola, o Brasil empatou sem gols contra a Holanda e saiu de campo sob os gritos de “Timinho! Timinho! Timinho!”

Depois das derrotas para a Argentina e França, o Brasil esperava conseguir a primeira vitória sobre um dos tops do futebol mundial. Para isso, Mano Menezes organizou a equipe em um 4-3-3, com: Júlio César; Daniel Alves, Lúio, Thiago Silva e André Santos; Elano, Lucas Leiva e Ramires; Robinho, Fred e Neymar. Pela Holanda, que não sofre uma derrota desde a final da Copa do Mundo contra a Espanha, derrota esta que, por sinal, é a única do treinador Bert van Marwijk no comando da equipe, iniciou a partida esquematizada no 4-2-3-1 com: Krul; van der Wiel, Heitinga, Mathijsen e Pieters; de Jong e Strootman; Robben, Afellay e Kuyt; van Persie. Quatro dentre os brasileiros e seis dentre os holandeses estiveram presente no duelo válido pelas quartas-de-final da Copa do Mundo de 2010 que terminou com a “Laranja Mecânica” nos eliminando.

Depois de 10 minutos de jogo amarrado, o Brasil adiantou a equipe e ganhou o domínio do campo ofensivo. Entre os minutos 10 e 20 da 1ª etapa, o Brasil criou raízes no campo de ataque e a Holanda recuou todos seus jogadores para ajudar na marcação. No entanto, apesar do domínio territorial, o único lance brasileiro realmente perigoso não foi válido, pois o Robinho estava em posição irregular. Após este período, a Holanda cresceu no jogo e com velocidade e qualidade nos passes só não chegou às redes pois o Júlio César defendeu dois arremates do Afellay, o melhor homem em campo neste 1º tempo. Vale ressaltar, até para exemplificar o fraco desempenho ofensivo do Brasil nesta 1ª etapa, que o centroavante Fred não conseguiu finalizar sequer uma vez ao gol adversário.

O intervalo deve ter sido quente no vestiário brasileiro, pois a equipe voltou, apesar da mesma escalação inicial, com uma postura muito mais séria e em alta velocidade. Com Robinho pela esquerda, Neymar com mais liberdade para se movimentar e Elano projetado pelo flanco direito, a Seleção Brasileira criou, em menos de 15 minutos, nada menos do que cinco boas chances de abrir o placar. destaque para o Neymar, que obrigou o goleiro Krul a realizar duas difíceis defesas. Porém, a partir do minuto 18 o jogo praticamente não andou mais. O motivo? Os treinadores começaram a mexer a granel – foram cinco substituições de cada lado – e o jogo perdeu toda a intensidade. O Brasil ainda conseguiria mais uma boa finalização com o Neymar e um chute longo do Sandro, mas não foi o suficiente para conquistar a vitória. E vale dizer que se a Holanda forçasse um pouco poderia ter complicado a vida do Brasil, já que o Ramires, que depois de uma temporada péssima pelo Chelsea não merecia estar de titular da Seleção, foi expulso aos 33 minutos.

É mais do que sabido que não se deve comparar amistosos com jogos de campeonato. No entanto, para vencer uma Copa América sediada Argentina, a Seleção Brasileira precisará apresentar um futebol muito melhor do que este jogado contra os nossos algozes do último Mundial.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

UMA IMAGEM...


Existe gesto mais marcante na história do futebol?
foto: Domício Pinheiro

COPA DO BRASIL - FINAL - VASCO X CORITIBA

Vasco 1 x 0 Coritiba – São Januário, Rio de Janeiro (RJ)

O Gigante da Colina venceu a primeira batalha. Em uma partida bastante equilibrada e com cara de decisão, o Vasco fez valer o mando de campo sobre o Coritiba e, com a vitória pelo placar mínimo, garantiu a vantagem de poder empatar o jogo de volta, no Couto Pereira.

Depois de mais de uma década, desde a Copa João Havelange de 2000, para ser mais exato, o Vasco não disputava uma decisão em São Januário. Para esta partida marcante, o treinador Ricardo Gomes, que não contou com os contundidos Ramón e Eder Luis, organizou o Vasco em um 4-3-2-1, com: Fernando Prass; Allan, Dedé, Anderson Martins e Márcio Careca; Eduardo Costa, Rômulo e Felipe; Diego Souza e Bernardo; Alecsandro. No Coritiba, primeiro time paranaense a chegar a uma final de Copa do Brasil, o treinador Marcelo Oliveira também decidiu por escalar uma equipe com três volantes – com o camisa 10 Davi fazendo o papel de volante pela esquerda. Sendo assim, o Coxa foi para o duelo esquematizado no 4-3-2-1, com: Edson Bastos, Jonas, Demerson, Emerson e Lucas Mendes; William, Léo Gago e Davi; Rafinha e Anderson Aquino; Bill.

Os primeiros 45 minutos mostraram um confronto muito concentrado no meio-campo e com ambas as equipes apresentando dificuldade em criar jogadas ofensivas com profundidade suficiente para se transformar oportunidades de gols. O Vasco até se postou de maneira mais ofensiva que o “Coxa”, que preferiu apostar na estratégia de esperar o erro do rival e aproveitar a velocidade de seus homens ofensivos. Até os 20 minutos deste 1º tempo, o Vasco concentrou seus ataques pelo meio e conseguiu uma única boa jogada, quando o Felipe encontrou o Diego Souza que chutou para a defesa do Edson Bastos. Depois deste período, os ataques cruz-maltinos passaram a ocorrer pelos flancos, mas estes também se mostraram inférteis. Pelo Coritiba, destaque para o sólido sistema defensivo e para um chute longo do Bill que obrigou o Fernando Prass a realizar boa defesa.

Após o intervalo, tanto o Vasco quanto o Coritiba retornaram para o jogo com o mesmo onze inicial e, com apenas 5 minutinhos, o centroavante Alecsandro fez o “caldeirão” São Januário tremer. O gol surgiu de um cruzamento do lateral-direito Allan, que, diga-se de passagem, foi um jogador bastante acionado na 1ª etapa. Com a vantagem no placar, o Vasco ameaçou um recuo excessivo e, aos 16 minutos, permitiu ao Bill um perigoso arremate de dentro da área. No entanto, o Coritiba não apresentou poder suficiente para sufocar o Vasco, que por sua vez abdicava do ataque, e somente nos minutos finais as oportunidades de gols voltaram a surgir. Primeiro, Bernardo, que não conseguiu dar à equipe as alternativas ofensivas fornecidas pelo Eder Luis, cobrou falta que passou perto do travessão. Depois, nos últimos 5 minutos, foi a vez de o Coritiba viver seu melhor momento na partida. Momento este que só não foi convertido no gol de empate pois o zagueiro Demerson desperdiçou claríssima chance de sacudir o barbante, após ótima jogada do Rafinha, já nos acréscimos.

É claro, lógico e evidente que não está nada decidido na Copa do Brasil. Contudo, o próximo duelo, que será disputado no Couto Pereira, tem tudo para repetir o equilíbrio de São Januário e ser ainda mais nervoso. Com isso, a vantagem vascaína de poder empatar para levantar o caneco se torna ainda mais relevante.