segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

PAPO CABEÇA - A NAU VASCAÍNA ESTÁ À DERIVA

Com a derrota no “Clássico dos Milhões” para o Flamengo neste último domingo, o Vasco alcançou a nada gloriosa marca de quatro derrotas nos quatro primeiros jogos do Cariocão e, consequentemente, o pior início de sua história na competição.

Uma tarefa das mais difíceis ao se analisar o péssimo momento vivido pelo Vasco da Gama é apontar o principal culpado. Desde o presidente Roberto Dinamite até aqueles que suam a camisa dentro de campo, passando pelo badalado diretor executivo de futebol, Rodrigo Caetano, todos têm a sua parcela de culpa. Extra campo, Dinamite, Caetano e outros diretores não encontram um caminho para superar a herança deixada pelo Eurico Miranda, criam novas dívidas trabalhistas e, por este motivo, deixam de receber integralmente o patrocínio da Eletrobrás. E é claro, lógico e evidente que estes problemas financeiros atingem a formação do elenco vascaíno, que após um ano de 2010 apagado, iniciou a temporada 2011 com contratações de nível, no máximo, mediano, como Anderson Martins, Eduardo Costa, Misael e Marcel.

No entanto, seria um exagero e um equívoco culpar somente as falhas do alto comando cruzmaltino por derrotas para equipes como Resende, Nova Iguaçu e Boavista. Estes três tropeços que marcaram o início do Vasco no Cariocão estão diretamente relacionados com o péssimo trabalho desenvolvido pelo treinador PC Gusmão e pela falta de rendimento de jogadores como Déde, Ramón, Felipe, Carlos Alberto e Éder Luís, para ficar somente naqueles que os torcedores cruzmaltinos mais acreditavam no começo de 2011. Dedé e Éder Luís não são nem sombra dos jogadores que se destacaram no ano passado, Ramón não vem justificando o esforço do clube em repatriá-lo junto ao Internacional e Carlos Alberto e Felipe decepcionaram, e muito, na missão de liderar a equipe, tanto tecnicamente quanto psicologicamente.

Como é impossível mudar todo o elenco e os problemas administrativos não serão resolvidos da noite para o dia, o torcedor vascaíno deposita suas esperanças na contratação de um treinador que consiga, pelo menos, levantar o moral os jogadores e dar um mínimo de consistência tática para a equipe.

CAMPEONATO CARIOCA 201 - TAÇA GUANABARA - 4ª RODADA



RESULTADOS

GRUPO A
Nova Iguaçu 2 x 0 América
Resende 1 x 0 Volta Redonda
Americano 2 x 3 Boavista
Vasco 1 x 2 Flamengo

GRUPO B
Botafogo 3 x 1 Olaria
Duque de Caxias 3 x 3 Madureira
Cabofriense 2 x 4 Fluminense
Macaé 2 x 2 Bangu


Vasco 1 x 2 Flamengo – Engenhão

No primeiro “Clássico dos Milhões” de 2011, o embalado Flamengo bateu um Vasco em crise e, de quebra, ainda tornou matematicamente impossível a classificação vascaína para as semi finais da Taça Guanabara.

Ao analisar a atuação de uma equipe durante os 90 minutos de uma partida costumo levar em consideração os fatores técnicos, táticos, físicos e psicológicos, dando à eles igual relevância. Neste duelo entre Flamengo e Vasco, principalmente na 1ª etapa, o Rubronegro se mostrou superior ao Cruzmaltino em três destes quatro fatores. Se no fator físico Flamengo e Vasco mostraram uma igualdade que é consequência do nivelamento gerado pelo início de temporada, tecnicamente, taticamente e psicologicamente o Clube da Gávea foi claramente superior ao seu rival. Vamos por partes, iniciando pela análise psicológica. Enquanto o Flamengo vive um momento de enorme felicidade por estar com 100% de aproveitamento no Cariocão e pela proximidade da estréia de Ronaldinho Gaúcho, São Januário está um verdadeiro caos, com Carlos Alberto e Felipe afastados, o primeiro por ter discutido com o presidente Dinamite, técnico demitido, protestos e mais protestos dos torcedores... Chega a ser palpável a diferença psicológica entre rubronegros e vascaínos.

Taticamente falando, o Flamengo iniciou o clássico com um esquemabem redondinho, contando com Léo Moura, Welington, David e Egídio formando a linha de quatro defensores à frente do Felipe, Maldonado, Willians e Renato compondo um sólido tripé de meio-campo e Vander e Thiago Neves com a missão de organizar as tramas ofensivas que seriam finalizadas pelo centroavante Deivid. Neste esquema, o Flamengo pôde explorar os avanços de Léo Moura, como o que resultou no primeiro gol marcado pelo Deivid, sem deixar buracos defensivos, e o Renato centralizado foi muito mais produtivo, tanto defensivamente quanto ofensivamente, do que se estivesse aberto pela meia esquerda. Um lance que exemplifica a boa atuação do Renato pela meiúca foi o lindo passe que ele deu para o Thiago Neves aplicar um lençol sensacional no goleiro Fernando Prass e marcar um gol mais lindo ainda. Por outro lado, o Vasco veio à campo em um 4-3-1-2, com Fernando Prass; Fagner, Dedé, Anderson Martins e Ramón; Allan, Eduardo Costa e Rômulo; Jéferson; Éder Luís e Marcel. E quais foram os principais pecados táticos do Vasco? O primeiro, e em minha opinião o mais importante, foi ter deixado apenas o Jéferson com a missão de arquitetar as jogadas de ataque da equipe. Em segundo, a falta de trabalho do Éder Luís com o Fágner e o Ramón pelos lados do campo, que poderiam resultar em bolas alçadas para o centroavante Marcel. E, por fim, a ausência de uma marcação mais forte no Thiago Neves. Não que o Vasco tivesse que ter colocado um jogador colado no meia rubronegro, mas não poderia, de maneira alguma, deixá-lo ter a liberdade que teve, principalmente no 1º tempo.

E no confronto técnico, apesar de contar novamente com um retaguarda insegura, principalmente a dupla de zaga, o Flamengo também esteve um nível acima do Vasco. A superioridade técnica flamenguista pode ser vista mais claramente no setor de meio-campo. Enquanto Thiago Neves bateu um bolão nos primeiros 45 minutos, com direito até a um Golaço, assim mesmo com “G” maiúsculo, Jéferson só apareceu no jogo ao sofrer algumas faltas. Ainda no meio-campo, Maldonado, Willians e Renato tiveram uma atuação muito mais consistente e produtiva do que Allan, Eduardo Costa e Rômulo. Outro exemplo: pela lateral-direita, Léo Moura participou do jogo com mais intensidade do que o Fagner.

Foram estes os motivos que fizeram o Flamengo atuar praticamente uma hora, ou seja, até os 15 minutos da 2ª etapa, com uma tranquilidade e superioridade que não são normais em um clássico, principalmente em um Flamengo x Vasco. Nos últimos 30 minutos de jogo, porém, para revolta do treinador Luxemburgo, o Flamengo recuou demasiadamente, buscando explorar os contra-ataques, e quase pagou o pato por ter chamado o Vasco pro seu campo. O gol vascaíno, marcado pelo volante Rômulo, aos 30 minutos da 2ª etapa, após falha bisonha do zagueiro Welington, colocou fogo no jogo e fez o Vasco crescer na partida. Não que os problemas citados anteriormente tivessem sumido do Vasco, mas no futebol não é nada raro uma equipe conseguir seus objetivos na base do abafa. Sendo assim, se aproveitando do equívoco do Flamengo em recuar excessivamente, o Vasco buscou, na base da força de vontade, superar suas limitações e chegar ao empate, mas o Flamengo conseguiu conter o ímpeto do rival.

Se, antes do clássico, os torcedores de Flamengo e Vasco já viviam situações completamente opostas, agora o espaço entre os dois é ainda maior. Enquanto o flamenguista conta os dias para ver o Ronaldinho Gaúcho estrear em uma equipe que conquistou quatro vitórias em quatro jogos, o vascaíno vê, pela primeira vez na história, sua equipe perder as quatro primeiras partidas de um Campeonato Carioca.

JOGADA RÁPIDA!

- No jogo que marcou o surpreendentemente rápido retorno do Conca aos gramados, apenas 33 dias após operar o joelho, o Fluminense precisou suar muito para vencer a Cabofriense. E o suor não foi devido somente ao calor danado que fazia no Moacyrzão, em Macaé, mas também porque a Cabofriense conseguiu o que parecia impossível: equilibrar o duelo contra o atual Campeão Brasileiro. No final das contas, porém, a exuberante fase do artilheiro Fred, autor de dois belos gols, foi o suficiente para o Fluzão superar os seus já rotineiros problemas defensivos e a aplicada equipe da Região dos Lagos. O destaque negativo do equilibrado confronto ficou por parte do bafafá originado quando o Leandro Euzébio mandou um bicão numa bola que já estava fora de campo e acertou o treinador adversário Waldemar Lemos, que invadiu o campo para tirar satisfações com o zagueiro do Flu e acabou expulso.

sábado, 29 de janeiro de 2011

COPA DA ÁSIA 2011 - FINAL

Japão 1 x 0 Austrália – Estádio Internacional Khalifa, Doha

Em um duelo equilibradíssimo, o Japão bateu a Austrália na prorrogação e se tornou o primeiro Tetracampeão da história da Copa da Ásia.

Somente pelo fato de estarem decidindo a Copa da Ásia 2011, já era possível esperar um confronto muito igual entre Japão e Austrália. Se levarmos em consideranção que os dois são os países afiliados à Federação Asiática mais bem colocados no ranking da FIFA, esta previsão de igualdade se torna ainda mais coerente. No entanto, eu esperava uma partida com maior qualidade técnica e maior diversidade ofensiva, tanto por parte dos japoneses quanto por parte dos australianos. A etapa inicial, por exemplo, foi de uma infertilidade só. Dentre os motivos principais para a falta de poder de ataque participação da dupla de volantes Endo e em ambas as equipes, destaco, pelo lado do Japão, a pouca Hasebe e a enorme falta que fez o contundido Kagawa. Já pela Austrália, apesar da boa presença do lateral-direito Wilkshire em avanços por seu setor, acredito que os meias abertos, Holman e McKay, poderiam ter aparecido mais. O McKay, por exemplo, foi autor de três assistências na goleada diante do Uzbequistão, na fase semi final, mas esteve completamente apagado neste 1º tempo.

Após o intervalo, logo no comecinho do 2º tempo, o Wilkshire deu mostras de que era mesmo a melhor arma da Austrália no jogo e, em mais um avanço pela direita, acertou um cruzamento/chute no travessão japonês. Sempre muito equilibrado, o jogo contava com uma Austrália mais constante no campo ofensivo e o Japão não conseguindo encaixar as jogadas de velocidade, até pela atuação ruim que o meia Honda realizava. A primeira boa trama japonesa na 2ª etapa, surgiu aos 20 minutos, quando o Nagatomo arrancou pela esquerda e colocou a pelota na cabeça do Okasaki, que a desviou e tirou tinta da trave. A resposta australiana não tardou, e Kewell, após falha bisonha do zagueiro Iwamasa, teve uma grande chance em seus pés, arrematando em cima do goleiro Kawashima. Após este lance do Kewell, que ocorreu quando o relógio marcava 26 minutos, as oportunidades de gols sumiram novamente, até pelo medo que as equipes tinham de sofrer um gol que poderia ser irreversível, já que a 2ª etapa chegava ao seu fim. Sendo assim, o Japão nada mais fez, a Austrália construiu um bom lance finalizado sem sucesso pelo lateral-esquerdo Carney e a final foi mesmo para a prorrogação.

A 1ª etapa da prorrogação caminhava no mesmo ritmo dos 90 minutos regulamentares quando, de súbito, quatro chances de balançar as redes foram criadas em um intervalo de três minutos. Pela Austrália, o McKay enfim apareceu na partida e iniciou uma jogada finalizada pelo Emerton e mandou um chute longo perigoso. E entre estes dois lances a Austrália teve a sua melhor oportunidade na partida, em cruzamento do Emerton que o Kruse cabeceou para sensacional defesa do Kawashima. Durante este bombardeio australiano, o Japão conseguiu escapar em velocidade com o Honda, que arrematou de longe e assustou o goleiro Schwarzer.

Apesar da pressão realizada pela Austrália nos minutos finais do 1º tempo da prorrogação, estava muito difícil cravar quem seria o Campeão, e o contra-ataque puxado pelo Honda mostrou que o jogo estava mesmo indefinido. Bastou começar a 2º etapa do tempo extra, porém, para o Japão colocar a mão na taça. Logo aos 4 minutos o Nagatomo avançou pela esquerda e cruzou para o centroavante Lee que livre, leve e solto mandou, com rara beleza, a bola pro fundo do gol. Golaçoaçoaço! Como a Austrália não encontrou forças para reagir e buscar o empate, o gol do Lee, que veio do banco de reservas já na prorrogação, ficará para a história como o gol do título japonês. Ou melhor, o gol do Tetracampeonato.

PARABÉNS, JAPÃO!

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

COPA DA ÁSIA 2011 - PRÉVIA DA FINAL JAPÃO X AUSTRÁLIA

Olá amigos do FUTEBOLA!

Neste próximo sábado Japão e Austrália irão decidir a Copa da Ásia em um duelo que promete ser muito interessante. Ao lado da Seleção Sul-Coreana, eliminada na fase semi final pelo Japão na disputa por pênaltis e que terminou o torneio em 3º lugar, não tenho dúvidas em dizer que japoneses e australianos são, atualmente, as maiores potências do futebol asiático. Não custa nada lembrar, mas se alguém está estranhando a Austrália disputar a Copa da Ásia, este foi um pedido dos próprios australianos para poderem evoluir, já que o futebol ainda engatinha na Oceania. Vamos, então, analisar os finalistas da Copa da Ásia 2011.

JAPÃO

PONTO POSITIVO: De todas as Seleções presentes nesta Copa da Ásia, a Japonesa é a que apresenta mentalidade mais ofensiva. Na própria Copa do Mundo de 2010 foi possível perceber que os japoneses não entravam em campo pensando apenas em se defender. E mais, além de valorizarem mais o ataque do que a defesa, os japoneses sabem o que fazer quando possuem a redonda nos pés. O quarteto ofensivo formado pelo centroavante Maeda e os meias Kagawa, Honda e Okasaki apresenta um futebol bastante incisivo e que incomoda muito a retaguarda rival. No entanto, o ponto forte desta ofensividade japonesa se encontra nos volantes Endo e Hasebe, que são jogadores com notável qualidade na troca de passes e dão bastante consistência para as tramas ofensivas da equipe.

TODO CUIDADO É POUCO: Assim como toda moeda tem dois lados, o que o Japão possui de dinâmica ofensiva possui também, na mesma intensidade, de fragilidade defensiva. Em termos táticos, físicos e técnicos, a linha de quatro defensores japonesa precisa evoluir bastante para ser considerada segura. Como também está longe de ser seguro o goleiro Kawashima. Um dado para exemplificarmos a falta de solidez da retaguarda japonesa: Enquanto nos dois duelos da fase final o Japão sofreu um total de quatro gols, dois do Qatar e dois da Coréia do Sul, a Austrália passou por Iraque e Uzbequistão sem sofrer sequer um golzinho.

COMO ATUA: A Seleção Japonesa está organizada no que eu gosto de chamar de “esquema da moda”, ou seja, o 4-2-3-1. Á frente do goleiro Kawashima o Japão possui sua linha de quatro defensores formada pelo lateral-direito Ushida, os zagueiros Yoshida e Konno e o lateral-esquerdo Nagatomo. No setor de meio-campo está a dupla de volantes formada por Endo e Hasebe e, mais à frente, os meias Okasaki, Honda e Kagawa, assim dispostos da direita para a esquerda. Como único atacante, mas nem por isso isolado, já que os meias se aproximam bem dele, encontra-se o centroavante Maeda.

AUSTRÁLIA

PONTO POSITIVO: Diferente de seu rival nesta decisão, a Austrália apresenta uma equipe bem mais equilibrada, com os três setores, defesa, meio-campo e ataque, bem qualificados. Os 13 gols marcados e apenas um sofrido nos cinco jogos disputados até o momento, o que confere uma média de 2,6 gols feitos por jogo e 0,2 gol sofrido/jogo, são um importante indicador deste equilíbrio que possui a Seleção Australiana. E além de estar apoiada nesta segurança defensiva fornecida por duas linhas de quatro marcadores e na badalada dupla de ataque formada por Kewell e Cahill, a Austrália também possui a experiência de seus jogadores como ponto forte. Schwarzer, Neill, Wilkshire, Emerton, Cahill e Kewell, só para citar os jogadores que participaram da semi final contra o Uzbequistão, disputaram as Copas do Mundo de 2006 e 2010.

TODO CUIDADO É POUCO: Apesar de contar com bons números ofensivos e com uma destacada dupla de frente, a Austrália é daquelas Seleções que preferem esperar o surgimento espaços antes de atacar. Até mesmo na acachapante goleada por 6 x 0 sobre o Uzbequistão, na fase semi final, os australianos adotaram esta postura, como mostra a sua posse de bola de aproximadamente 40% neste duelo. Chamar o adversário para o jogo, roubar-lhe a pelota e sair com velocidade para o ataque é uma tática que pode dar certo, como vem dando até o momento para a Austrália. No entanto, o Japão possui uma força ofensiva maior do que qualquer adversário que os australianos já enfrentaram no torneio e não seria muito aconselhável deixá-lo criar raízes no campo de ataque.

COMO ATUA: A Seleção Autraliana atua no mais do que tradicional 4-4-2 da escola inglesa. O goleiro Schwarzer é protegido por uma linha formada por Wilkshire, Neill, Ognenovski e Carney, da direita para a esquerda. A linha de meio-campistas conta com Jedinak e Valeri centralizados, Holman aberto pela direita e McKay pela esquerda. Na frente, formando o ataque, a dupla Kewell e Cahill.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

CAMPEONATO CARIOCA 2011 - TAÇA GUANABARA 3ª RODADA





RESULTADOS

GRUPO A
Boavista 3 x 1 Vasco
GRUPO B
Fluminense 3 x 1 Macaé

Boavista 3 x 1 Vasco – Engenhão

Seguindo ao pé da letra o ditado que diz que “não há nada ruim que não possa ficar pior”, o Vasco perdeu de 3 x 1 para o Boavista e chegou a sua terceira derrota seguida no Cariocão.

Antes do apito inicial, o torcedor vascaíno poderia estar pensando que as estréias dos zagueiros Dedé e Anderson Martins e do volante Eduardo Costa colocariam um ponto final na rotina recente de perder para os clubes de menor investimento. No entanto, bastou a bola rolar para este mesmo torcedor perceber que o poço vascaíno estava longe do fundo. Ofensivamente, o Cruzmaltino não conseguia produzir uma mísera jogada de qualidade. Felipe e Carlos Alberto não tinham nenhum sucesso na tarefa de organizar as tramas ofensivas, Fagner e Ramón não chegavam à linha de fundo com força, Éder Luís não apresentava um pingo da impetuosidade do ano passado... Resumindo: o ataque do Vasco era um verdadeiro Sertão, tamanha a infertilidade. Por outro lado, o Boavista mostrava uma organização tática surpreendente e, apesar de não se postar de maneira ofensiva, contava com jogadores em condições de dar trabalho ao Fernando Prass. Alguns deles bastante conhecidos do torcedor carioca, como os meias Erick Flores, formado nas divisões de base do Flamengo, e Tony, que já teve uma passagem pelo Botafogo mas sempre se destacou mesmo com a camisa verde do Boavista. E está foi mais uma partida na qual o Tony bateu um bolão. Mesmo exercendo uma função mais defensiva do que de costume, era quase um volante pela direita, Tony foi essencial na produção ofensiva da equipe de Bacaxá, tendo marcado um gol de falta, aos 16 minutos, e alçado a pelota na área no lance que a defesa vascaína bobeou e o argentino Frontini colocou 2 x 0 no placar, aos 27 minutos. O treinador PC Gusmão, vendo a situação vascaína ficar cada vez mais preta, trocou os improdutivos Felipe e Ramón, este por motivo de contusão, por Jéferson e Max. Apesar do Jéferson ter entrado bem na partida, se movimentando e finalizando com perigo – chegou até a acertar a trave aos 42 minutos - o Boavista esteve mais perto de ampliar a vantagem do que o Vasco de diminuí-la. O Boavista só não foi para o intervalo com um placar mais elástico pois o goleiro Fernando Prass defendeu dois arremates, um do Frontini e outro do André Luís.

Para a 2ª etapa, o Boavista diminuiu o volume ofensivo e o Vasco, totalmente na base do abafa, conseguiu sacudir o filó aos 12 minutos. Para provar que os ataques vascaínos ocorriam sem uma gota de organização, o gol surgiu após o zagueiro Dedé, longe da área adversária, alçar a bola e o Marcel a cabecear para o fundo do gol. O gol deu uma esquentada no jogo, que viu o Boavista quase voltar a ter dois gols de vantagem após o Tony lançar e o André Luís finalizar uma boa jogada pela direita, e o Vasco quase empatar com o Enrico, aos 17 minutos. No entanto, a empolgação vascaína durou pouco e a falta de qualidade ofensiva voltou a dar as caras. Nos últimos 25 minutos de partida, o panorama foi de um Vasco tentando pressionar o adversário, mas sem apresentar condições técnicas, táticas, físicas e psicológicas para isto. Querem a prova? Depois do já citado arremate do Enrico, aos 17 minutos, o Vasco não levou mais nenhum perigo à meta defendida pelo Thiago. Se o Vasco já havia encontrado dificuldades no 1º tempo, quando o Boavista contava com "apenas" os zagueiros Santiago e Gustavo dentro da sua área, na 2ª etapa, com as entradas dos defensores Fábio Fidélis, aos 11 minutos, e Pessanha, aos 29, o bloqueio verde dificultou ainda mais a vida vascaína. E foi assim, defendendo com segurança e atacando só na boa, que o Boavista acertou a trave, em linda cobrança de falta do Tony, e voltou as redes com o André Luís, aos 43 minutos, após contra-ataque puxado pelo ex-botafoguense Joílson, que, diga-se de passagem, foi um dos melhores jogadores em campo.

Muitas são as justificativas para esta derrota do Vasco diante do Boavista, desde a tensão vivida pelo clube de São Januário até o fraco trabalho desempenhado pelo treinador PC Gusmão, passando, é claro, pelo fato de que Santiago, Joílson, Tony, Frontini e cia jogaram um futebol de maior qualidade do que que Dedé, Ramón, Carlos Alberto, Felipe, Éder Luís...

CAMPEONATO CARIOCA 2011 - TAÇA GUANABARA - 3ª RODADA

GRUPO A
Volta Redonda 1 x 1 Nova Iguaçu
América 1 x 4 Resende
Flamengo 2 x 0 Americano
Boavista x Vasco – 27 de janeiro

GRUPO B
Bangu 1 x 0 Duque de Caxias
Olaria 2 x 0 Cabofriense
Botafogo 4 x 1 Madureira
Fluminense x Macaé – 27 de janeiro


Botafogo 4 x 1 Madureira – Engenhão

Depois de sapecar 5 x 0 na Cabofriense no último fim de semana, o Botafogo goleou o Madureira por 4 x 1, se tornou o ataque mais positivo e manteve os 100% de aproveitamento no Cariocão.

Novamente organizado no 3-5-2, o Botafogo adentrou o gramado com Jefferson, João Felipe, Antônio Carlos e Márcio Rosário; Lucas, Bruno Thiago, Marcelo Mattos, Somália e Renato Cajá; Loco Abreu e Herrera. Pelo lado do Madureira, o treinador Antônio Carlos Roy mandou sua equipe para o campo com o mesmo esquema tático do adversário: Cléber; Victor Silva, Edmílson e Douglas Assis; Valdir, Rodrigo, Vinícius, Da Costa e Michel; Maciel e Adriano Magrão.

Se após a vitória na estréia do Carioca, sobre o Duque de Caxias, Loco Abreu opinou que o Botafogo estava atuando de maneira exageradamente defensiva, o uruguaio deve ter adorado os primeiros 15 minutos da sua equipe nesta partida. Poucos segundos após o apito inicial Marcelo Mattos realizou uma jogada de outro mundo, dando dois chapéus seguidos e arrematando de fora da área. A bola passou perto da trave, mas se entrasse seria um dos gols mais lindos da história do Cariocão. Embalado por este lindo lance, o Fogão continuou bem postado ofensivamente, chegando perto de abrir o placar com o zagueiro-artilheiro Antônio Carlos e com o argentino Herrera. E o gol iria sair dos pés do próprio Herrera, que aproveitou cruzamento do Lucas e falha do zagueiro Victor Silva e só teve o trabalho de empurrar a redonda para o fundo do gol.

Com a vantagem no marcador, toda a alegria do Loco Abreu em ver o Fogão pressionando o adversário deve ter ido embora. Bastou o gol do Herrera para a postura alvinegra mudar e aquela equipe que atacava em quantidade e com qualidade deu lugar a uma que apenas se defendia e não conseguia arquitetar mais uma trama ofensiva. Diante desta atitude do Botafogo, o Madureira colocou as manguinhas de fora e partiu em busca do empate. Em um intervalo de 10 minutos, entre o minuto 30 e o 40, o Madureira deu um trabalho enorme ao goleirão Jefferson, criando nada menos do que quatro boas oportunidades de gols. Em ordem cronológica: Da Costa invadiu a área pela esquerda e mandou uma bomba que Jefferson defendeu e a pelota ainda explodiu na trave, Adriano Magrão deu passe para Maciel arrematar para fora, Adriano Magrão finalizou quase à queima roupa para magnífica defesa do Jefferson e, por último, Valdir cobrou córner e Adriano Magrão quase empatou de cabeça. Foi uma baita pressão do Tricolor Suburbano. Porém, para dar mais um exemplo àqueles que adoram dizer que “quem não faz, leva”, Loco Abreu sacudiu o filó em cobrança de pênalti aos 43 minutos. No lance que originou a penalidade, o zagueiro Douglas Assis recebeu cartão vermelho por impedir com o braço o que seria gol do Antônio Carlos.

Para a 2ª etapa, Joel Santana resolveu mandar o “Talismã” Caio para o jogo, com o objetivo de explorar os espaços que iriam surgir no sistema defensivo do Madureira pela expulsão do Douglas Assis. E o Caio entrou muito bem na partida, dando a movimentação ofensiva que o Herrera não estava conseguindo e tentando organizar as jogadas que deveriam ser organizadas pelo sumido Renato Cajá. No entanto, apesar da vontade com a qual o Caio entrou na partida, o Fogão parecia mesmo querer levar o jogo em banho maria. Até os 25 minutos da 2ª etapa, período no qual o Madureira praticamente só se defendeu, o Botafogo, sem se esforçar nem um pouco, assustou muito pouco o goleiro Cléber, conseguindo apenas arremates do Lucas e do Renato Cajá, ambos em assistências do Caio, e um chute longo do Marcelo Matos, que, diga-se de passagem, realizou boa partida.

O jogo apresentava este panorama de um Botafogo atacando sem pressionar e o Madureira recuado quando, aos 29 minutos, o ala-direito tricolor Valdir, o melhor jogador do Madueira em campo, aproveitou uma bobeada do sistema defensivo alvinegro e diminuiu o escore. O gol do Madureira poderia complicar a partida para o Botafogo, porém ocorreu justamente o contrário. Sentindo que a zabra tricolor poderia surgir a qualquer momento, o Fogão reacendeu e chegou ao terceiro gol aos 36 minutos com o Alessandro, que entrara em campo 5 minutos antes, recebendo suculento passe do Caio. Poucos tempo depois, aos 43, foi a vez de Caio receber cruzamento do Renato Cajá e deixar a sua marca. Este foi o terceiro gol do “Talismã” no Cariocão e o colocou no topo da artilharia do torneio.

Com a vitória, o “Glorioso” alcançou a liderança isolada do grupo B e só saíra de lá caso o Fluminense goleie o Macaé nesta quinta-feira por uma diferença de cinco gols.

JOGADA RÁPIDA!

Mesmo com um homem a mais desde os 19 minutos da 1ª etapa, o Flamengo suou muito para vencer o Americano. Os motivos para a dificuldade encontrada pelo Flamengo são diversos: Um estreante Thiago Neves totalmente fora de tempo de jogo, Léo Moura mais apagado do do que nas partidas anteriores, Renato Abreu não rendendo o esperado por estar deslocado para a lateral-esquerda, Deivid novamente perdido no ataque... A vitória rubronegra só chegou pois a retaguarda campista bobeou duas vezes e o nada badalado centroavante Wanderley mostrou um surpreendente cheiro de gol, sacudindo o filó por duas vezes.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

RADINHO NO OUVIDO

1976 Fluminense 1 x 0 Vasco, Maracanã

Narração: Jorge Curi

Após três turnos e uma fase final, o Campeonato Carioca de 1976 foi decidido em um histórico Fluminense x Vasco. O jogo foi de um equilíbrio só, e a "Máquina Tricolor" de Carlos Alberto Torres, Rivelino, Paulo Cézar Caju e cia chegou ao Bicampeonato com o famoso "gol de orelha" do argentino Doval, aos 13 minutos do segundo tempo da prorrogação. Quem nos conta como foi é o inadjetivável Jorge Curi.


terça-feira, 25 de janeiro de 2011

BIBLIOTECA DO FUTEBOLA

Se você gosta de rir com o futebol, nada melhor do que ler um livro do José Roberto Torero. Todos que eu li até hoje são excelentes, e por isso estou indicando um deles para os amigos. "Santos - Um time dos céus", que foi escrito em dupla com Marcus Aurelius Pimenta, conta a história de um dos gigantes do nosso futebol de maneira leve, agradável e muito, mas muito mesmo, informativa. Tenho a certeza de que quem começar a ler não vai conseguir parar.



Santos - Um time dos céus
Autores: José Roberto Torero e Marcus Aurelius Pimenta
Editora: Realejo

COPA SÃO PAULO DE FUTEBOL JÚNIOR 2011 - FINAL

Bahia 1 x 2 Flamengo – Pacaembu, São Paulo (SP)

É Campeão! Depois de 21 anos o Flamengo volta a conquistar a Copa São Paulo de Futebol Júnior com uma equipe de destacado nível técnico e jogadores que prometem um futuro brilhante. O título veio em uma vitória suada (e coloca suada nisso, pois o sol não deu um minutinho de trégua) sobre o bom time do Bahia, por 2 x 1, em um Pacaembu que recebeu um público digno das tradições do Rubronegro Carioca e do Tricolor Baiano.

Antes mesmo do apito inicial, o Flamengo já era motivo de comentários devido à opção do treinador Paulo Henrique Junior por mandar sua equipe à campo com o veloz e impetuoso Rafinha no lugar do volante Maycon, ou seja, decidindo por uma formação mais ofensiva. E o jogo mal havia começado e o Flamengo conseguia aquilo que toda equipe sonha em uma decisão: marcar um gol cedo para diminuir a tensão de um jogo que vale título. O relógio marcava 7 minutos quando Adryan cobrou córner que, após desvio do Marllon e assistência do Lucas, terminou com o zagueiro Frauches arrematando para o fundo do gol. No entanto, de maneira semelhante ao que ocorrera no duelo pela fase 16 avos de final contra o Cruzeiro, quando também havia saído na frente do placar, o Flamengo parou de produzir ofensivamente. O meio-campo não se apresentava sólido o suficiente para robar as bolas que iria iniciar os contra-ataques e a comissão de frente, formada por Rafinha, Adryan, Negueba e Lucas, pouco participava da partida. Resultado: o Bahia cresceu em campo, se postou melhor em seu campo de ataque e chegou ao empate em pênalti sofrido e convertido pelo centroavante Rafael. E se antes de empatar o escore o Bahia já havia obrigado o excelente goleiro rubronegro César à dificílima defesa, em cabeçada do Rafael, após alcançar a igualdade o Tricolor continuou pressionando e só não foi para o intervalo com a vitória parcial pois o César realizou outra ótima defesa, dessa vez um arremate longo do Brendon.

Os primeiros 15 minutos após o intervalo não foram diferentes da 1ª etapa, ou seja, o Flamengo esperava os espaços para encaixar seu jogo de velocidade enquanto o Bahia permanecia controlando as ações ofensivas. Sendo assim, mais trabalho para o goleiro César, que foi exigido em uma arrancada pela esquerda do Brendon e um chute longo do Felipe. No entanto, mesmo com maior produtividade ofensiva durante praticamente todo o jogo, o Bahia bobeou. E contra uma equipe que está postada para contra-atacar, ainda mais se tiver a qualidade deste Flamengo, não se pode bobear. Aos 21 minutos, Luís Felipe “Muralha” recuperou a pelota no meio-campo e deu grande passe para Thomás ser derrubado pelo Dudu dentro da área. Como o Dudu havia dado uma entrada criminosa no atacante Lucas, entrada esta que fez o rubronegro ser substituído pelo Thomás, o zagueiro baiano recebeu o segundo amarelo e foi mais cedo para o chuveiro. Era tudo que o Flamengo precisava: uma penalidade máxima e o restante do jogo com um homem a mais. Negueba cobrou o pênalti de maneira perfeita e recolou o Flamengo na frente do placar. Daí até o relógio apontar 45 minutos, o Flamengo conseguiu segurar o resultado com tranquilidade, trocando passes com enorme categoria, no ritmo do olé da galera, e até criando mais oportunidades de gols, com o Thomás e o Pedrinho. Porém, o arqueiro César, herói do jogo, ainda não havia acabado a sua participação na ensolarada manhã paulista. Já nos acréscimos, o incansável Bahia criou duas chances de levar a partida para a disputa por pênaltis, em arremate de dentro da área do Laércio e lindo três dedos do Fábio, mas ambas pararam em defesas do César, que garantiram a vitória rubronegra.

Apesar da atuação excepcional na finalíssima, onde, sem nenhuma dúvida, foi o melhor em campo, seria um equívoco enorme destacar somente o goleiro nesta excelente equipe flamenguista. Os laterais gêmeos Alex e Anderson, a dupla de zaga Marllon e Frauches, os volantes Lohan e Muralha, os meias e atacantes Rafinha, Negueba, Adryan, Thomás e Lucas, além de outros que também participaram desta vitoriosa campanha, merecem muita atenção por parte Vanderlei Luxemburgo. Este é o momento perfeito para o Luxemburgo trabalhar junto com Paulo Henrique Junior, que também merece todos os aplausos, para o Flamengo poder voltar a dizer a plenos pulmões: “Craque o Flamengo faz em casa!”

PARABÉNS, MENGÃO!

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

FLAMENGO - CAMPEÃO DA COPA SÃO PAULO DE FUTEBOL JÚNIOR DE 1990


Em pé: Fábio Augusto, Piá, Edmílson, Júnior Baiano, Mário Carlos e Adriano. Agachados: Rodrigo, Luis Antônio, Djalminha, Fabinho e Nélio.
Nota: Marquinhos, Marcelinho Carioca e Paulo Nunes participaram da campanha rubronegra, mas não estão nesta foto pois foram convocados, antes da final, para a Seleção Brasileira sub-20.


Junior Baiano, Rogério, Piá, Djalminha, Paulo Nunes, Fabinho, Nélio, Marquinhos, Luís Antônio, Marcelinho Carioca e Adriano. Quando começo a contar uma história por estes 11 jogadores, muitos terão em sua cabeça a imagem do Flamengo Campeão Brasileiro de 1992. Porém, a homenagem hoje será para uma outra importante conquista do Rubronegro da Gávea: a Copa São Paulo de Futebol Júnior de 1990.

Muitos dos que acompanham o futebol brasileiro insistem na tese de que o melhor caminho para se formar uma grande equipe é investir nas divisões de base. Para estes, poucos argumentos são mais consistentes do que o Flamengo Campeão da Copinha em 1990. Repetindo o número citado anteriormente, até porque por ser tão expressivo ele merece ser repetido, nada menos do que 11 dos garotos que levantaram o caneco da mais renomada competição brasileira de futebol junior conquistariam, dois anos depois, o Brasileirão pelo Flamengo. É claro que uma equipe Campeã Brasileira não se forma só de garotos, daí as essenciais presenças do goleirão Gilmar Rinaldi, do “Xerife” Wilson Gottardo, do Charles Guerreiro, do “Vovô Garoto” Júnior, do implacável Uidemar e do centroavante Gaúcho no Mengão de 1992. No entanto, a geração surgida na Copinha de 1990 foi utilizada com tanta sabedoria pelo treinador Carlinhos que sua importância para a conquista é inegável. Mas como eu havia prometido, hoje não é dia de falar do Brasileirão de 1992, e sim da Copinha de 1990.

Na 1ª fase da competição, que contava com seis grupos de seis clubes cada, o Flamengo caiu no grupo C. Teoricamente o adversário mais forte do Fla era o Santos, mas o “Peixe” não chegou nem a se classificar para a fase seguinte. Apesar de ter se classificado como segundo do grupo, atrás do Botafogo de Ribeirão Preto, o Flamengo passou invicto por esta fase. Eis os resultados:

Botafogo-SP 1-1 Flamengo
Flamengo 1-0 Nacional-SP
Flamengo 2-0 Central Brasileira-SP
Criciúma 1-2 Flamengo
Santos 0-0 Flamengo (vitória do Fla nos pênaltis por 5 x 4)

Nos dois jogos seguintes, o Flamengo bateu o Tuna Luso-PA por 3 x 1 e a Portuguesa nos pênaltis por 4 x 1, após empatar no tempo normal por 1 x 1. Com estes resultados, o Flamengo garantiu a classificação para a fase que, como alguns gostam de dizer, só tem briga de cachorro grande. Era a chamada quarta fase da Copinha, que contava com dois grupos de três equipes cada, sendo que os dois primeiros de cada grupo se classificavam para a semi final e o Fla estava no Grupo Amarelo, pelo qual começou perdendo para o Juventus-SP por 2 x 1. O “Moleque Travesso” não perdia por esperar. Na partida seguinte, Flamengo e Corinthians, que também perdera para o Juventus, disputavam a vaga, no duelo que prometia ser o mais difícil até aquele momento para o Mengão. Apenas prometia, pois o jogo foi um verdadeiro show rubronegro e terminou com uma incrível goleada de 7 x 1.

Veio o Internacional na fase semi final e mais uma vitória com a marca de um Campeão, 3 x 0 para o Fla. A decisão seria contra o Juventus, único time que havia derrotado o Flamengo no torneio. Além deste fato, de enfrentar uma equipe para a qual perdera poucos dias antes, o Flamengo não poderia contar com Marquinhos, Marcelinho Carioca e Paulo Nunes para a finalíssima, pois o trio estaria defendendo a Seleção Brasileira sub-20. Mas o Mengão superou as ausências e a derrota anterior e conquistou o caneco com uma vitória por 1 x 0, gol do zagueirão Junior Baiano.

CAMPEONATO CARIOCA 2011 - TAÇA GUANABARA - 2ª RODADA






RESULTADOS

Grupo A

América 1 x3 Flamengo
Volta Redonda 0 x 1 Boavista
Resende 1 x 1 Americano
Nova Iguaçu 3 x 2 Vasco

Grupo B
Duque de Caxias 4 x 1 Macaé
Madureira 0 x 1 Bangu
Fluminense 6 x 2 Olaria
Cabofriense 0 x 5 Botafogo

Fluminense 6 x 2 Olaria – Engenhão

Com o artilheiro Fred em jornada inspirada, o Fluminense conseguiu transformar uma partida que tinha tudo para ser complicada em uma goleada portentosa e conquistou sua segunda vitória no Cariocão.

Os primeiros 20 minutos de jogo no Engenhão foram de fazer o torcedor não piscar os olhos, com Fluminense e Olaria pulando a parte de estudar o adversário e partindo com tudo em busca da vitória. Aos 11 minutos, Fred, que já havia dado um perigoso arremate longo, recebeu passe de Mariano e com um toque de letra magnífico deixou Marquinho livre, leve e solto para abrir o placar pro Fluzão. O torcedor tricolor ainda comemorava o golaço quando o volante David arrancou pela meiúca e deu bela assistência para Felipe empatar o escore, que 5 minutos mais tarde já apontava 2 x 1 para o Olaria após o meia Renan Silva converter um pênalti cometido pelo Valencia sobre o Ivan. Alguns devem ter achado, e me incluo neste grupo, que a parada técnica ocorrida aos 20 minutos iria diminuir o volume do jogo. Puro engano. O relógio marcava 26 minutos quando Deco deu passe na medida para Fred mostrar todo seu poder de finalização e igualar novamente o marcador. E nem mesmo a substituição do Deco pelo atacante Rodriguinho, aos 29 minutos, por motivo de contusão, esfriou o Fluminense. A prova: em um intervalo menor que 10 minutos, o Flu acertou duas bolas na trave, uma em um cruzamento/chute do Mariano e outra com o Rodriguinho, e ainda sacudiu o véu da noiva aos 42 minutos, com Fred aproveitando bola alçada na área pelo Mariano e completando pro fundo do gol de cabeça. Apesar de todo esforço realizado pelo Olaria nos primeiros 45 minutos, são poucos os times que conseguem segurar o Fred quando ele está com tudo.

Após o intervalo, o equilíbrio, que deu as cartas em boa parte do 1º tempo, sumiu e o Fluminense pouco a pouco construiu sua goleada. Rodriguinho, provando que o Muricy conhece perfeitamente o elenco que possui em mãos, já que acertou em cheio na substituição realizada, chegou às redes duas vezes. Primeiro, com apenas 1 minuto da 2ª etapa, o atacante aproveitou cruzamento de Marquinho para marcar de cabeça e depois, aos 19, quem o assistiu foi o Tartá. O jogo já estava praticamente definido, pois o Olaria, apesar da boa qualidade nos contra-ataques, não apresenta condições técnicas para pressionar o Fluminense e correr atrás de três gols de desvantagem. Desvantagem esta que aumentou aos 37 minutos, após indefensável cobrança de falta de Marquinho. No fim, quase nos acréscimos, o Olaria ainda acertaria o poste do goleiro Ricardo Berna, mas a fatura já estava liquidada.

Se por um lado o torcedor tricolor tem todos os motivos para comemorar o excelente início de ano do Fred, o sistema defensivo da equipe está longe de empolgar. Contra o Bangu, na estréia, a retaguarda do Flu, apesar de não ter sofrido gols, não apresentou um futebol sólido, permitindo à equipe de Moça Bonita diversas oportunidades de gols. Agora, diante do Olaria, a defesa do Flu cometeu erros e permitiu ataques que não condizem com uma equipe que começará a disputar uma Libertadores em menos de um mês. Como o Fluminense não deve contar com reforços para o setor em um período próximo, o Muricy Ramalho precisará trabalhar para arrumar a cozinha tricolor.

JOGADA RÁPIDA!

- Exageros históricos à parte, a equipe do Nova Iguaçu mereceu o apelido de “Carrosel da Baixada” durante os primeiros 20 minutos do duelo contra o Vasco, quando conseguiu colocar 2 x 0 no placar, gols de Alex Moraes e Maycon. Depois, mesmo sem jogar um futebol perto do que pode ser chamado de razoável, o Vasco se aproveitou da vantagem de estar com um homem a mais desde o minuto 37 da 1ª etapa e conseguiu igualar o escore aos 14 minutos do 2º tempo, com Rômulo e Marcel balançando as redes. No entanto, para desespero do torcedor cruzmaltino, Felipe errou feio na saída de bola e o jovem William deu a vitória para o Nova Iguaçu. E o Carlos Alberto ainda saiu de campo contundido e chorando. Parece que a crise vai chegar cedo em São Januário neste ano de 2011.

domingo, 23 de janeiro de 2011

UMA IMAGEM...



Conhecida como "O Deus de calção e chuteira", esta foto tirada no estádio da Portuguesa, na Ilha do Governador, é uma das mais belas existentes no mundo do futebol. O esforço dos fãs para "apenas" tocar em Roberto Dinamite o faz parecer, realmente, um personagem bíblico.

Foto: Ronaldo Theobald

sábado, 22 de janeiro de 2011

COPA SÃO PAULO DE FUTEBOL JÚNIOR 2011 - SEMI FINAL

Desportivo Brasil (0) 0 x 0 (3) Flamengo

O Flamengo bateu o Desportivo Brasil (SP) na disputa por pênaltis e conquistou a vaga na finalíssima da Copa São Paulo. Antes do apito inicial, Flamengo e Desp. Brasil possuíam o mesmo número de gols marcados (19) e sofridos (5), ou seja, era de se esperar uma partida equilibrada. E foi justamente o que ocorreu. Na etapa inicial, o trio ofensivo rubronegro formado por Adryan, Negueba e Lucas não funcionou e a equipe só conseguiu assustar em dois chutes longos do Luís Felipe "Muralha", enquanto pelo lado do Desp. Brasil as jogadas ofensivas também não foram muito férteis. Sendo assim, o duelo foi para o intervalo com o placar mudo. No 2º tempo, o jogo abriu e as chances de gols começaram a surgir com maior intensidade, principalmente após a entrada do veloz Rafinha na equipe do Flamengo. Apesar das diversas chances de gols que surgiram na partida, o placar permaneceu inalterado, pois os atacantes não estavam com os pés calibrados ou chegavam um segundinho depois dos cruzamentos. Com o fim dos 90 minutos e o placar apontando 0 x 0, o duelo foi para a disputa de penalidades e o Flamengo levou a melhor. Se não acertou todas as suas cobranças, como havia ocorrido na classificação diante do Cruzeiro, o Flamengo converteu três dos seus quatro chutes e contou com a enorme ineficiência do adversário, que errou todos os seus. Agora, o Flamengo disputa a decisão da Copinha contra o Bahia na terça-feira. O duelo contra o Tricolor Baiano promete ser duríssimo, no entanto os garotos do Flamengo já passaram por jogos dificílimos neste torneio e têm todas as condições de levantar o caneco, o segundo do clube na história da competição.

ENQUANTO ISSO PELO CARIOCÃO...

Com uma atuação tranquila e sabendo aproveitar sua força ofensiva pelo lado direito e nas bolas paradas, o Flamengo venceu o América por 3 x 1 sob um calor danado. Léo Moura colocou mais uma boa atuação em seu caderninho, Renato deu um show nas cobranças de falta, marcando um gol e dando uma assistência para o zagueiro David anotar outro, e o Marquinhos participou bastante da partida, mostrando que pode ser uma boa alternativa ofensiva quando o Luxemburgo precisar. O terceiro gol do Fla foi marcado pelo atacante Deivid, e a torcida rubronegra torce para que seja o primeiro de muitos em 2011, pois o atacante ainda não conseguiu mostrar o que dele se esperava.

GÊNIOS DAS PALAVRAS - PAULO MENDES CAMPOS

Salvo pelo Flamengo

Desde garotinho que não sou Flamengo, mas tenho pelo clube da Gávea uma dívida séria, que torno pública neste escrito. Em 1956, passei uma semana em Estocolmo, hospedado em um hotel chamado Aston. Era primavera, pelo menos teoricamente, havia um congresso internacional na cidade, os hotéis estavam lotados, criando contratempos para turistas do interior ou estrangeiros. A recepção do Aston, por exemplo, vivia sempre cheia de gente implorando por um quarto ou discutindo a respeito de uma reserva feita por um telegrama ou telefone.

Estava há dois ou três dias na cidade, quando me pediram para receber um brasileiro e encaminhá-lo ao hotel, onde lhe fora reservado de fato um apartamento. Era uma hora da madrugada quando entramos no hotel e me encaminhei até o empregado do balcão, dando-lhe o nome do meu amigo e lembrando-lhe da reserva. O funcionário, homem de uns sessenta anos e de uma honesta cara escandinava, tomou uma atitude estranha e difusa, que a princípio me surpreendeu e ia acabando por me indignar: ele não confirmava a existência da reserva, nem deixava de confirmar. Como começasse a protestar, vi que seu rosto tomava uma expressão aflita; eu entendendo cada vez menos. Quando passei a exigir o apartamento com alguma energia, o homem, trêmulo, nervoso, pediu-me desculpas e trouxe afinal a ficha de identificação. Foi aí que vi levantar-se da penumbra um homem forte, muito forte mesmo.

Se o leitor conhece um homem forte, muito forte mesmo, imagine uma pessoa mais forte, e terá idéia desse gigante que veio andando até nós, botando ódio pelos olhos e espetacularmente bêbado. O monstro passou por mim com desprezo e, agarrando o empregado pelo gola do uniforme, entrou a sacudi-lo e insultá-lo em sueco. Às vezes, éramos arrolados nessa invectiva, pois o gigante nos apontava enquanto dizia coisas. O empregado, demonstrando possuir um bom instinto de conservação, deixava-se sacolejar à vontade. Rosnando, o ciclope foi sentar-se de novo na saleta, onde só então dei a presença de outro sujeito, também bêbado, mas sinistramente silencioso.

É hoje, pensei. Sair do meu Brasilzinho tão bom, fazer uma viagem imensa, para ser trucidado sem explicação por um bêbado. O fato de ser na Suécia, onde arbitrários atos de violência não são comuns, ainda tornava mais absurdo, um absurdo existencialista, o meu triste fim.

Indaguei do empregado o que se passava. Ficou mudo. Insisti na pergunta, e ele, sussurrando desamparadamente, explicou-me que o gigante estava a pensar: primeiro, que não conseguira a vaga no hotel por ser sueco e estar embriagado; segundo, que nós conseguíramos por ser americanos, norte-americanos. Ora, se meu amigo de fato era meio ruivo, seu jeitão era mineiro; quanto a mim, se fosse americano, só poderia ser filho de portugueses. Por outro lado, o meu inglês amarrado não deixava a menor dúvida sobre a questão de ser ou não ser americano. Só mesmo um sueco bêbado em uma madrugada de neve e vento iria supor que fôssemos americanos. Mas agora era o próprio gigante que bradava para nós com sarcasmo e ira:

- American! American!

Fiquei um pouco mais esperançoso, acreditando que ele falasse inglês, e disse-lhe, exagerando minha alegria e meu orgulho por isso, que não éramos americanos coisa nenhuma, éramos brasileiros.

Não entendeu ou talvez pensou que estivéssemos covardemente a renegar nossa pátria, voltando a vociferar, em um esforço linguístico que contraía todos os músculos do seu rosto.

- American! Dollar! No like!

As palavras em si significavam pouco, mas a maneira de exprimi-las era de uma eloquência que teria destruído Catilina muito mais depressa que os disursos de Cícero. Durante alguns minutos mantivemos os dois um polêmica oratória nestes termos:

- American!
- No, Brazilian!
- American!
- Brazilian!

Essa versátil discussão ia levar-me ao abismo, quando de súbito me pareceu que a palavra “Brazilian” havia penetrado por fim em sua testa granítica. Descontraindo os músculos, o gigante me perguntou:

- Brazil?! No American? Brazil?

Não tinha certeza se ele estava me gozando, mas sua expressão era tão estranhamente deslumbrada e infantil que afirmei de entusiasmo:

- Yes, Brazil!

Ele se levantou, cambaleou, aproximou-se, apontou meu amigo:

- Brazil?
- Brazil, Brazil.

Veio chegando, sorrindo, em pleno estado de graça, e gritando com alma, como se saudasse o nascimento de um mundo novo:

- Flamengo! Flamengo!

Imediatamente, o gigante entrou em transe e começou a fazer problemáticas firulas com uma bola imaginária, mas dando a entender cabalmente o quanto ele admirava (admirava é pouco: o quanto ele amava) o malabarismo de nossos jogadores. O gigante se desencantara, virando menino. A certa altura, depois de fazer um passe de letra, parou e confessou-me com um orgulho caloroso:

- I Flamengo! I Rubens!

Ele não era sueco, não era gigante, não era bêbado, não era um ex-campeão de hóquei (conforme soube depois), era Flamengo, era Rubens. Depois cutucou-me o peito, tomado de perigosa dúvida:

- You! Flamengo?

Que o Botafogo me perdoe, mas era um caso de vida ou de morte, e também gritei descaradamente:

- Flamengo! Yes! Flamengo! The greatest one!
Retirado do livro "O gol é necessário" da Editora Civilização Brasileira

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

COPA DA ÁSIA 2011 - QUARTAS DE FINAL

Japão 3 x 2 Qatar – Estádio Al Gharafa, Doha

Jogão de bola! Assim pode ser definido o duelo no qual o Japão venceu o o anfitrião Qatar por 3 x 2 e garantiu classificação para a fase semi final do torneio.

De maneira até certo ponto surpreendente, o Qatar começou a partida com maior qualidade ofensiva do que o adversário. Enquanto os japoneses não conseguiam arquitetar boas tramas ofensivas, em grande parte pela pouca participação dos volantes Hasebe e Endo, o Qatar se fazia valer do excelente início de jogo do atacante uruguaio naturalizado Sebástian e do lateral-direito Mesaad para chegar à meta rival. Foi neste panorama que, aos 12 minutos, Sebástian arrancou em velocidade pela direita, driblou facilmente o zagueiro Yoshida e abriu o placar para os donos da casa. Com a desvantagem no placar, e até por ser uma equipe com características ofensivas, o Japão se viu obrigado a sair para o jogo. Contudo, Hasebe e Endo continuavam apagados e as jogadas japonesas, além de não nascerem com qualidade, possuíam pouca profundidade. Mesmo assim, aos 27 minutos, o trio de meias japonês apareceu, se aproveitou da fragilidade defensiva adversária e igualou o escore, em jogada iniciada pelo Honda, que passu pelo Okasaki e terminou com a finalização do Kagawa. O gol fez bem ao Japão que melhorou sua postura ofensiva e quase virou o placar com o Hasebe e com o Kagawa.

Após o intervalo, mais uma surpresa por parte do Qatar, que voltou pressionando o Japão em seu campo de defesa e com uma atitude de quem queria a vitória de qualquer maneira. Como o Japão não é uma equipe que prima pela solidez defensiva, a pressão qatariana surtiu efeito quando o zagueiro Yoshida, que já havia falhado feio no gol do Sebástian, recebeu o segundo cartão amarelo e foi mais cedo para o chuveiro. Para piorar ainda mais a situação dos japoneses, o brasileiro Fábio César, que entrara e campo havia poucos minutos, cobrou a falta cometida pelo Yoshida com inteligência e perfeição, recolou o Qatar na liderança do placar e transformou o estádio em uma verdadeira festa.

Com um homem a menos, o Japão precisaria mais do que nunca mostrar sua superioridade técnica para virar o placar. E foi a partir daí que o jogo, que já era ótimo, ficou sensacional. Talvez por inexperiência, talvez por nervosismo, talvez por falta de concentração, talvez por tudo junto, o fato é que o Qatar não conseguiu controlar o jogo como uma equipe que possui as vantagens no placar e de um jogador a mais deve fazer. E para a tristeza dos torcedores locais o poderio ofensivo japonês conseguiu superar o queijo suiço que era a defesa qatariana e o Japão virou o placar. Primeiro, aos 25 minutos, novamente o trio Honda, Okasaki e Kagawa apareceu, com o último sacudindo o barbante pela segunda vez na partida. Depois, com o relógio quase chegando no minuto 45, Hasebe deu uma assistência magistral para o imparável Kagawa, que entrou driblando na área qatariana e a redonda sobrou nos pés do lateral-direito Inoha, que não desperdiçou a chance e garantiu a classificação japonesa.

Maior Campeão da Copa da Ásia com três conquistas, ao lado de Irã e Arábia Saudita, o Japão ganhou mais força ainda após esta virada sensacional contra o Qatar. O adversário dos nipônicos na fase final sairá do duelo entre a experiente e equilibrada Austrália e o atual Campeão Asiático Iraque. Amigos, a Copa da Àsia tá pegando fogo e só tende a melhorar!

ENQUANTO ISSO NA COPINHA...

- Com uma goleada empolgante de 6 x 2 sobre o Coritiba, o Flamengo segue firme e forte na briga pelo título da Copa São Paulo. Se o Luxemburgo estava pensando em olhar a base rubronegra mais atentamente, isto virou uma obrigação, pois Rafinha, Negueba, Adryan e companhia estão realmente merecendo uma atenção especial. O próximo adversário do Mengão será o Desportivo Brasil, em jogo válido pela fase semi final.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

CAMPEONATO CARIOCA 2011 - TAÇA GUANABARA - 1ª RODADA

GRUPO A
Americano 1 x 1 Nova Iguaçu

GRUPO B
Olaria 1 x 0 Madureira
Botafogo 2 x 1 Duque de Caxias
Bangu 0 x 1 Fluminense
Macaé 3 x 0 Cabofriense

Nesta quinta-feira de feriado no Rio de Janeiro, Botafogo e Fluminense estrearam no Caioca 2011 em uma rodada dupla no Engenhão e ambos precisaram suar muito a camisa para sair de campo com os 3 pontos.

Na primeira partida, o Botafogo enfrentou o Duque de Caxias em jogo que ocorreu sob um baita sol. O Botafogo realizou um 1º tempo sem um pingo de criatividade, já que Renato Cajá e Somália, jogadores de meio-campo que deveriam arquitetar as tramas ofensivas, não estavam inspirados, o atacante Caio recuava muito para receber a redonda e o Loco Abreu não participava da partida. Sendo assim, o Fogão foi presa fácil para o sistema defensivo do Duque de Caxias, liderado pelo zagueiro-zagueiro Fábio Brás, e ainda saiu para o intervalo perdendo de 1 x 0, com o centroavante Somália convertendo pênalti sofrido pelo Geovane Maranhão. Para a 2ª etapa, porém, Joel Sanatana conseguiu dar outra cara ao ataque do Fogão, que se aproveitou do excessivo recuo do Caxias para pressionar e chegar à virada. Aos 33 minutos, após chute de Caio, a bola resvalou no braço do lateral Lucão e o juiz assinalou penalidade máxima, convertida pelo Loco Abreu. Três minutinhos depois, o Renato Cajá fez sua única boa jogada na partida e deu bela assistência para o talismã Caio sacudir o filó e decretar a virada do Glorioso.

Felizes com a vitória, os torcedores alvinegros permaneceram no Engenhão para acompanhar o duelo entre Fluminense e Bangu, torcendo, claro, pelo clube de Moça Bonita. E foi um jogo recheado de emoções, com um Bangu surpreendendo ao ser mais perigoso na 1ª etapa, devido às boas atuações de Ricardinho, Thiago Galhardo e Somália, e um 2º tempo fértil em oportunidades de gols. Com certeza todos já escutaram aquela tese de que o futebol seria mais emocionante com 10 jogadores de cada lado. Pois então, os defensores desta tese ganharam um belo exemplo, pois com as expulsões do tricolor Souza (38 minutos do 1º tempo) e do banguense Raphael (14 minutos do 2º tempo), o jogo ficou muito aberto, o famoso lá e cá. Enquanto Thiago Galhardo e Leandro Costa comandaram o Bangu ofensivamente, obrigando o goleiro Ricardo Berna a trabalhar bastante, o Fluminense respondeu com o Marquinhos em duas bolas paradas alçadas na área, que quase terminaram em gols do Gum e do Fred. Foi somente aos 36 minutos que o Fluzão conseguiu sacudir o barbante e garantir a vitória, após ótima jogada do Tartá e cabeçada perfeita do Fred.

Com certeza o futebol de Botafogo e Fluminense ainda vai evoluir durante a competição, mas estas estréias complicadas vão fazer com que tanto tricolores quanto alvinegros entrem mais atentos nos próximos jogos contra os pequenos.

CAMPENATO CARIOCA 2011 - TAÇA GUANABARA - 1ª RODADA

GRUPO A
Boavista 1 x 1 América
Vasco 0 x 1 Resende
Flamengo 2 x 0 Volta Redonda

Flamengo 2 x 0 Volta Redonda – Engenhão

Ainda sem poder contar com Ronaldinho Gaúcho e Thiago Neves, o Flamengo estreou no Cariocão com uma vitória de 2 x 0 sobre o Volta Redonda, gols de Vander e Wanderley, outros dois jogadores contratados para a temporada 2011.

Apesar de já ser um jogo válido pelo Carioca, Flamengo e Volta Redonda teve cara de amistoso. Uns poderão culpar a falta de preparo físico, outros o desentrosamento das equipes, mas o fato é que tanto Flamengo quanto o Voltaço estiveram em marcha lenta, principalmente na 1ª etapa. Do apito inicial até os 30 minutos, a partida careceu de criatividade ofensiva, com as duas equipes encontrando enormes dificuldades para arquitetar boas jogadas. Neste período, apenas dois lances foram dignos de nota, um chute longo do meia Lopes, por parte do Volta Redonda, e outro do rubronegro Renato. Nos últimos 15 minutos da etapa inicial, porém, o Flamengo fertilizou mais os seus ataques, principalmente pelas participações do meia-atacante Vander e do Léo Moura, e conseguiu abrir o placar. O relógio marcava 41 minutos quando Vander recebeu passe de Léo Moura na direita, entortou seu marcador, cruzou a redonda para área e o zagueiro Padovani a desviou para dentro da própria meta.

Após o intervalo, o Volta Redonda começou a colocar as manguinhas de fora e criou três chances de sacudir o filó em menos de 10 minutos, com o lateral-direito Thiago Maciel, o meia Gláuber e o zagueiro Ávalos. Vale dizer que na finalização do Gláuber o goleiro Felipe realizou linda defesa. No entanto, Luxemburgo rapidamente sentiu que o jogo poderia ficar complicado e trocou Fierro e Deivid (difícil saber qual dos dois estava mais apagado em campo) por Marquinhos e Wanderley, buscando aumentar o poder ofensivo da equipe, que apesar da vitória parcial estava devendo. Como uma prova de que está começando a conhecer o elenco rubronegro, Luxemburgo acertou em cheio, pois Marquinhos e Wanderley participaram muito mais do jogo do que os substituídos. Wanderley precisou de apenas três minutos para finalizar pro fundo do gol, de cabeça, uma grande jogada do Léo Moura, que entra ano, sai ano, continua dando aula de como ser lateral-direito. Com a vantagem flamenguista de 2 x 0 no placar, o Volta Redonda praticamente desistiu da partida e o Flamengo, mesmo sem se esforçar, esteve perto de ampliar o escore em três oportunidades, todas finalizadas pelo participativo e incisivo Marquinhos.

Levando em consideração que foi a estréia do Flamengo na competição, seria um exagero cobrar uma atuação melhor da equipe. A tendência é que o Flamengo melhore a cada rodada, tanto pela entrada de Maldonado, Thiago Neves, Ronaldinho e Diego Maurício, quanto pela evolução na forma física dos que estiveram em campo.

JOGADA RÁPIDA!

- Se o fato de Vasco e Resende terem feito uma partida equilibrada em São Januário já seria suficiente para colocar uma pulga atrás das orelhas vascaínas, o resultado final de 1 x 0 para o Resende faz a pulga ser trocada por uma zebra. Uma zebra atrás da orelha pode até parecer complicado, mas complicado mesmo é o Vasco iniciar 2011 com uma atuação tão ruim.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

COPA DA ÁSIA 2011 - QUARTAS DE FINAL

Olá amigos do FUTEBOLA!

O Iraque venceu a Coréia do Norte por 1 x 0 nesta quarta-feira e garantiu a última vaga para a fase quartas de final da Copa da Ásia. Vamos ver quais serão os confrontos desta fase, que promete muito equilíbrio.

UZBEQUISTÃO X JORDÂNIA

Duas equipes que surpreendentemente passaram pela fase de grupos de forma invicta. O Uzbequistão conseguiu bater o Qatar, anfitrião do torneio com certa facilidade, enquanto a Jordânia empatou com o Japão e venceu a Arábia Saudita, seleções de maior tradição. Duelo que, assim como os demais desta fase, será bastante equilibrado.

IRÃ X CORÉIA DO SUL

O Irã virou uma partida dificílima contra o rival Iraque, venceu a Coréia do Norte, Seleção que esteve na última Copa do Mundo, e atropelou os Emirados Árabes. A Coréia do Sul, desde que sediou a Copa do Mundo de 2002 ao lado do Japão, está evoluindo bastante. Na fase de grupos, os sul-coreanos fizeram um bom jogo no empate contra a Austrália e confirmaram o favoritismo diante do Bahrein e da Índia. Irã x Coréia do Sul será um confronto entre dois favoritos ao caneco e quem vencer sairá ainda mais fortalecido.

JAPÃO X QATAR

Depois de apresentar um futebol fraco e perder na estréia do torneio para o Uzbequistão, o Qatar conseguiu se recuperar e venceu seus dois jogos seguintes sem sofrer nenhum gol (2 x 0 contra a China e 3 x 0 contra o Kuwait). Empolgados com as vitórias seguidas e contando com o apoio da torcida, o Qatar pode sonhar em passar pelo Japão, uma equipe que apresenta qualidades táticas e técnicas bem interessantes e o melhor ataque da fase de grupos, com 8 gols marcados em 3 jogos.

AUSTRÁLIA X IRAQUE

Na análise sobre o duelo Irã 2 x 1 Iraque, escrevi aqui mesmo que, pelo futebol apresentado, o Iraque podia sonhar com a clasificação mesmo tendo perdido o seu primeiro jogo. E não é que eles conseguiram. Agora, se quiserem conquistar o Bicampeonato, os iraquianos vão ter que passar pela experiente, sólida e equilibrada equipe da Austrália, que possui a melhor defesa do torneio ao lado do Irã, com apenas um gol sofrido.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

COPA SÃO PAULO DE FUTEBOL JÚNIOR 2011 - OITAVAS DE FINAL

São Paulo 0 x 1 Flamengo

Depois de eliminar o atual Campeão Brasileiro sub-20, o Cruzeiro, o Flamengo venceu o São Paulo, Campeão da Copinha em 2010, e agora já pode ser considerado um dos favoritos para conquistar a edição 2011 deste torneio. Em sua 1ª etapa, o duelo entre rubronegros e tricolores foi bastante equilibrado e concentrado no setor de meio-campo. As chances de gols só surgiram em bom número na segunda metade da etapa final, que foi completamente dominada pelo Flamengo. Em um intervalo de 15 minutos, entre o minuto 22 e o 37, o Flamengo criou nada menos do que cinco excelentes oportunidades de sacudir o filó, obtendo sucesso com o lateral-direito Alex, após magnífica jogada onde o atacante Negueba passou por dois marcadores de um modo que só quem tem muita velocidade de raciocínio conseguiria. O gol rubronegro foi aos 35 minutos, e o São Paulo ainda passou perto do empate por duas vezes, nos minutos finais, no entanto o goleiro César estava inspirado e salvou o Flamengo. Depois de experimentar diversas formações durante a Copinha, parece que o treinador Paulo Henrique Junior encontrou o Flamengo ideal. Escalado com uma linha de quatro defensores (Alex, Marlon, Frauches e Anderson), um tripé de volantes (Muralha, Vítor Hugo e Lorran) e com Negueba, Adryan e o centroavante Lucas responsáveis pelas ações ofensivas, o Flamengo tem tudo para vencer o Coritiba e seguir rumo ao seu segundo caneco da Copa São Paulo. O que não pode ocorrer é a comissão técnica do Flamengo permitir que os garotos acreditem que por terem vencido o Cruzeiro e o São Paulo já são campeões.

GUIA FUTEBOLA CAMPEONATO CARIOCA 2011 - PARTE 2

Olá amigos do FUTEBOLA!

Hoje, nesta 2ª parte do GUIA FUTEBOLA CAMPEONATO CARIOCA 2011, o blog estará apresentando as análises sobre as equipes do Grupo B do Campeoanto Carioca. Se você ainda não leu sobre as equipes do Grupo A, não deixe de ver a 1ª parte do guia. Vamos ao Grupo B!






FLUMINENSE

ALEGRIA DA GALERA!

- Encontrar elogios para a equipe que conquistou o Brasileirão há menos de 2 meses é uma tarefa fácil. E se esta equipe contar com um quarteto formado por Conca, Deco, Fred e Emerson, os elogios devem ser multiplicados. Amigos, são poucas as equipes no mundo, isso mesmo, no mundo, que possuem tanta qualidade ofensiva quanto este Fluminense 2011. Em 2010, por motivos de contusões, este promissor quarteto praticamente não atuou junto, fato que se repetirá neste início de temporada, devido à recuperação do argentino Conca. No entanto, para a metade final do Cariocão e para a Libertadores, este quarteto tem tudo para fazer o Fluzão ser novamente chamado de “Máquina Tricolor”.

- Para conquistar o Campeonato Brasileiro em 2010, o Fluminense precisou provar que tinha um forte elenco, afinal os problemas médicos acompanharam a equipe durante toda a competição. Se o Muricy Ramalho tivesse apenas 11 grandes jogadores no elenco, provavelmente o torcedor tricolor não estaria comemorando a conquista nacional neste momento. E para este ano de 2011, o elenco do Flu está ainda mais forte. Das contratações realizadas pelo clube, apenas o goleiro Diego Cavalieri, que caso repita as atuações da época de Palmeiras pode brigar até por vaga na Seleção Brasileira, chega para ser titular. Os outros jogadores chegam para dar ao Muricy um maior número de alternativas para a disputa de torneios paralelos, já que a Libertadores ocorrerá simultaneamente ao Carioca e, depois, ao Brasileiro. No entanto, as chegadas do polivalente Souza, do marcador Edinho e do impetuoso Araújo reforçam ainda mais o vitorioso Flu-2010.

A PULGA ATRÁS DA ORELHA

- Seria uma enorme incoerência criticar o sistema defensivo tricolor, que foi, simplesmente, o melhor do último Brasileirão, com uma média de menos de um gol sofrido por partida (36 gols sofridos em 38 jogos). No entanto, o sistema defensivo não é só formado pela dupla, ou trio, de zagueiros. Para falar a verdade, no futebol atual, um sistema defensivo sólido depende até do trabalho dos atacantes. Se concordo em gênero, número e grau com a opinião de que o Flu tem um forte sistema defensivo, até porque esta é a especialidade do Muricy Ramalho, isso não me impede de acreditar que a equipe tricolor precise de zagueiros de maior solidez. Leandro Euzébio e Gum são jogadores que possuem algumas qualidades defensivas, porém, a meu ver, o Fluminense precisa de zagueiros do nível de um Miranda ou um Lugano, só para ficar em dois que, de acordo com a imprensa, estiveram nos planos do Clube das Laranjeiras. Se possui jogadores de nível de Seleção Brasileira no gol, na lateral, no meio-campo e no ataque, o Flu deveria pensar grande também na defesa.


SE EU FOSSE O MURICY...



Nota: Conca está ausente desta formação pois se encontra contundido.

BOTAFOGO

ALEGRIA DA GALERA!

- Se não realizou nenhuma contratação estelar, o treinador Joel Santana terá três bons novos nomes em sem elenco para 2011. Depois de aparecer com boas atuações pelo Atlético Paranaense, o jovem lateral-esquerdo Márcio Azevedo parece ter potencial para se firmar em uma posição que atualmente está carente de destaques no futebol brasileiro. Outro nome que acaba de chegar ao Fogão é Arévalo Ríos, volante uruguaio. Me recordo claramente de durante a última Copa do Mundo dizer para os meus amigos que “algum clube brasileiro precisava buscar este volante carequinha no Peñarol”. O raçudo Arévalo Ríos tem tudo para cair no gosto do torcedor botafoguense, assim como seu compatriota Loco Abreu e como o Leandro Guerreiro, antigo símbolo de força de vontade. O terceiro nome que chega ao Botafogo e que tem tudo para bater um bolão é o meia Éverton, que em 2009 realizou um excelente Brasileirão pelo Flamengo. Se conseguir repetir as atuaçãos dos tempos de Flamengo, Éverton formará com Maicosuel, quando este voltar de contusão, uma ótima dupla de armadores.

- Se existe alguém que conhece todos os atalhos do Campeonato Carioca, este é Joel Santana. O atual comandante do Botafogo já conquistou nada menos do que 8 títulos do torneio, sendo o último deles com o próprio Fogão, no ano passado. Com um elenco mais forte do que o que conquistou o último Estadual, principalmente se o Maicosuel conseguir retornar bem da sua séria contusão, Joel Santana é, sem dúvida, o melhor nome para liderar o Fogão à conquista do Bicampeonato, feito que não ocorre há mais de 20 anos, quando o clube conquistou os títulos de 1989 e 1990.

A PULGA ATRÁS DA ORELHA

- O Botafogo foi, ao lado de Flamengo e Ceará, o clube que mais empatou no Brasileirão 2010, fato que foi decisivo para o clube não ter conquistado a vaga para a Libertadores deste ano. É unanimidade entre os torcedores alvinegros que o Botafogo-2011 precisa deixar os empates de lado e partir em busca das vitórias. No entanto, uma dúvida pipoca na cabeça destes mesmos torcedores: com a contusão do Maicosuel e as saídas de Jóbson e Edno, será que a equipe conseguirá apresentar um maior ímpeto ofensivo do que a do Brasileiro? Um pontapé inicial para esta evolução ofensiva seria o “Papai” Joel dar ao Bota uma maior variedade ofensiva, pois a equipe não pode ficar vivendo somente dos gols de cabeça do Loco Abreu e dos zagueiros.


SE EU FOSSE O JOEL...


Nota: Maicosuel e Fábio Ferreira estão ausentes do esquema por motivos de contusão.

BANGU

Para fazer bonito não só no Cariocão, mas também na Copa do Brasil, o Bangu conta com um elenco pra lá de experiente. O lateral-direito China (30 anos), o zagueiro Asprilla (29 anos), o volante Marcão (38 anos), o meia Tiano (33 anos) e o atacante Charles Chad ( 29 anos) formam a já rodada espinha da equipe alvirubra. Contudo, não é só de veteranos que vive o Bangu, afinal o retorno do atacante Somália, que realizou um bom Cariocão 2010 pelo clube, torna o sistema ofensivo da equipe mais perigoso.

CABOFRIENSE

Depois de conquistar a Segundona em 2010, a Cabofriense entra no Cariocão 2011 com o objetivo de se manter na elite. O experiente treinador Luís Antônio Zaluar, que fez grande parte da carreira no Oriente Médio, terá em mãos um elenco modesto, onde o jogador mais conhecido é o lateral-direito Schneider, vice-campeão carioca em 2005 pelo Volta Redonda.

MACAÉ

É acreditando na base que realizou boa campanha na Série C do Brasileirão em 2010 e quase subiu para a Segundona Nacional que o Macaé espera surpreender neste Cariocão. E para animar ainda mais os torcedores do clube, o Estádio Cláudio Moacyr, o Moacyrzão, será, enfim, a casa do Macaé no torneio. Se os reforços ofensivos Luís Mário, que já atuou por Corinthians, Grêmio e Botafogo, e Vítor Saba, jovem de 19 anos emprestado pelo Flamengo, se encaixarem bem na equipe, o Macaé pode dar bastante trabalho aos quatro grandes.

MADUREIRA

Se somarmos a idade dos quatro atacantes presentes no elenco do Madureira, teremos nada menos do que 133 anos. Marcelo Ramos, grande goleador com passagens destacadas por Cruzeiro e Bahia, Edivaldo, ex-Botafogo e que no ano passado estava em boa forma pelo Macaé, Adriano Magrão, Campeão da Copa do Brasil pelo Fluminense em 2007, e Maciel, que traz a experiência de ter atuado no futebol europeu, são os quatro atacantes que o já conhecido técnico Antônio Carlos Roy possui em mãos. Junte a estes veteranos a base da equipe que no ano passado conseguiu o acesso para a Série C do Brasileirão e teremos um Madureira que pode realizar um bom Cariocão.

DUQUE DE CAXIAS

Único time do Rio de Janeiro na Série B do Brasileirão, o Duque de Caxias espera provar neste Carioca 2011 que está realmente em um nível superior às outras equipes consideradas pequenas e, se possível, surpreender os favoritos. Para esta tarefa, a equipe conta com jogadores conhecidíssimos do público carioca. São eles: o vigoroso zagueiro Fábio Braz, o lateral-esquerdo Jorginho Paulista, que já foi um dos destaques da posição no futebol brasileiro, o volante Lenon, ex-flamengo e o atacante Somália, que já é um verdadeiro ídolo no clube. O elenco ainda conta com jovens emprestados pelo Botafogo,como Rodrigo Dantas, Alex Lopes, Felipe Lima e Jougle, além do ex-são paulino Lenílson, que espera se destacar em seu primeiro Cariocão.

OLARIA

Depois de conseguir resultados surpreendentes no último Carioca (vitória de 1 x 0 sobre o Vasco e empates em 3 x 3 com o Flamengo e 0 x 0 com o Fluminense), o Olaria espera pelo menos repetir a campanha de 2010. E no ritmo do último Brasileirão, no qual os argentinos tiveram grande destaque, o Olaria conta com dois hermanos em seu elenco, Gonzalo Gil e Nicolas.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

GUIA FUTEBOLA CAMPEONATO CARIOCA 2011 - PARTE 1

Olá amigos do FUTEBOLA!

Esta semana começará o Campeonato Carioca 2011. Sou suspeito para elogiar este torneio pois sou um verdadeiro louco pelas histórias que o Cariocão já proporcionou. Quando surgem aqueles debates sobre o fim dos Estaduais sou sempre o primeiro a levantar a voz para defendê-los. Apesar de ter algumas ressalvas em relação aos Cariocas mais recentes, principalmente quando o assunto é o elevado número de 16 clubes, não consigo imaginar o que seria do futebol no Rio Janeiro sem o Campeonato Carioca. E, amigos, este Cariocão de 2011 promete muito. Em uma análise geral, faz tempo que os quatro grandes clubes do Rio não se mostravam tão fortes como neste ano que se inicia. O carisma e qualidade dos craques que irão desfilar pelos gramados cariocas são tão elevadas que até apagam um pouco a tristeza pela ausência do Maracanã. Conca, Emerson, Deco, Fred, Ronaldinho Gaúcho, Thiago Neves, Léo Moura, Loco Abreu, Maicosuel, Carlos Alberto, Felipe... Com craques deste quilate, lugar de torcedor é nas arquibancadas.

Hoje o blog está apresentando a primeira parte do GUIA FUTEBOLA CAMPEONATO CARIOCA 2011, que irá analisar os clubes que estão no Grupo A do torneio. Não deixem de ler, amanhã, a segunda parte do guia, que irá contar tudo sobre o Grupo B. Então, vamos ao que interessa!


FLAMENGO

ALEGRIA DA GALERA!

- Todos nós já estamos cansados de saber que futebol não se analisa pelo papel. No entanto, como não acreditar que uma dupla de meio-campo formada por Ronaldinho Gaúcho e Thiago Neves vá encher o torcedor rubronegro de alegria? E pelo pouco que deu para observar da postura dos dois até o momento, me parece que ambos estão loucos para escrever o nome na história do Mengão e mostrar ao Mano Menezes que a criatividade da Seleção Brasileira não precisa estar presente só em Neymar e Ganso. E mais! Se somarmos à qualidade ofensiva destes dois os avanços do Léo Moura e os passes do Renato Abreu, o Flamengo apresentará um baita repertório ofensivo. Sorte dos atacantes Deivid e Diego Maurício. E, claro, do torcedor rubronegro.

- O elenco que o Flamengo possui atualmente pode até não ser, e realmente não é, a 7ª maravilha do mundo. No entanto, a mescla entre jogadores experientes e jovens cheios de gás pode dar uma liga e tanto. Ronaldo Angelim, Léo Moura, Maldonado, Renato Abreu, Deivid e o próprio Ronaldinho são jogadores que já conhecem os atalhos do futebol e ainda possuem condições de atuar em alto nível, mesmo que o Ronaldo Angelim não seja mais aquele zagueiro constante de outros tempos e o Deivid ainda esteja devendo com a camisa rubronegra. Ao lado destes “bons velhinhos”, jovens como Welington, Marquinhos, Vander, Diego Maurício e até mesmo os garotos que estão se destacando nas divisões de base, casos do Romário, do Adryan, do Negueba, entre outros, podem evoluir bastante. O chef Vanderlei Luxemburgo tem tudo para conseguir deixar esta mistura no ponto.

A PULGA ATRÁS DA ORELHA

- Como citei poucas linhas acima, Ronaldo Angelim não possui mais aquele futebol de alguns anos atrás. E, a meu ver, os defensores presentes no elenco do Flamengo não contam com a qualidade suficiente para deixar a equipe com um sistema defensivo seguro. Welington, David Braz e Jean são jogadores que podem fazer parte do elenco rubronegro, porém o Flamengo precisa de no mínimo um zagueiro que chegue para fornecer a autoridade defensiva que a equipe necessita e estes citados acima não possuem. Ainda na defesa, o lateral-esquerdo Egídio também se encontra na mesma situação, ou seja, pode brigar para fazer parte do elenco do Fla, mas não parecer ter condições de assumir a titularidade absoluta da equipe. A primeira prova de que o torcedor rubronegro deve sofrer bastante se o sistema defensivo da equipe não for reforçado foi dada na vitória sobre o América-MG por 2 x 1, quando o Flamengo sofreu um gol, marcado de cabeça pelo zagueiro americano Gabriel, que uma defesa sólida não deveria sofrer.

SE EU FOSSE O LUXEMBURGO...



VASCO

ALEGRIA DA GALERA!

- O Vasco inicia esta temporada com uma retaguarda que merece ser destacada. Fernando Prass, Fagner, Dedé, Anderson Martins e Ramon são jogadores que podem render muito neste ano de 2011. Se Anderson Martins é o que produz o maior desconfiança dentre os que formam a defesa vascaína, a boa atuação e o gol marcado no amistoso contra o Cerro Porteño serviram para começar a colocar o zagueiro no gosto da torcida. Falando em gosto da torcida, Dedé conseguiu se transformar, após a excelente temporada 2010, em um ídolo dos vascaínos. Caso repita em 2011 o futebol do último ano, se colocará entre os melhores do país na posição. Fagner e Ramon formam uma dupla de laterais de boa qualidade ofensiva e, se o treinador PC Gusmão tomar as devidas precauções com os avanços de ambos, eles podem se tornar armas muito importantes para a equipe. Por fim tem o goleiro Fernando Prass, que fornece toda a segurança necessária para os jogadores que compõem o sistema defensivo cruzmaltino trabalharem com tranquilidade.

- No futebol é muito questionável a utilização do condicional “se”. Contudo, o “se” está na boca do torcedor vascaíno neste princípio de ano. Se o Carlos Alberto se livrar das lesões, se o Felipe encontrar a forma física ideal, se o Zé Roberto não for negociado com o Internacional e se o Éder Luís repetir a ótima temporada 2010, o Vasco contará com jogadores de grande qualidade ofensiva. E, amigos, convenhamos que não é nada impossível as condicionais acima se tornarem verdadeiras. Com esforço da diretoria, principalmente em relação ao problema dos salários, e dos jogadores, que precisam se dedicar com maior intensidade nos treinamentos, o Vasco deverá ter um 2011 bem melhor do que o apenas mediano 2010.

PULGA ATRÁS DA ORELHA

- O principal problema do Vasco para o Campeonato Carioca e também a Copa do Brasil é a falta de peças de reposição no elenco. Se nas posições de zagueiro e volante, Fernando, Cesinha, Nilton e Felippe Bastos até podem quebrar o galho quando os titulares não atuarem, nas laterais e no setor ofensivo o problema é enorme. Irrazábal e Márcio Careca, respectivos reservas de Fagner e Ramon, não apresentam a qualidade necessária para manter o nível dos titulares. Na linha de frente o problema é ainda maior. Para se ter uma idéia, o único jogador no elenco vascaíno com características de centroavante é o Marcel, que não apresentou, em seus últimos anos, futebol para ser o homem-referência do ataque vascaíno. Devido a esta carência de centroavantes (o Misael, que chegou do Ceará e se apresenta como uma boa aposta, é segundo atacante), é provável que o Carlos Alberto seja escalado algumas vezes como homem mais adiantado da equipe, posição que não é a de sua preferência.

SE EU FOSSE O PC...
Nota: Como a situação do Zé Roberto ainda está indefinida, preferi escalar a equipe vascaína sem a presença do meia-atacante.

AMÉRICA

Se depender da dupla que comanda o futebol do clube, o América vai longe. Gilson Gênio, um dos grandes craques que já vestiram a camisa vermelha do Ameriquinha, tem a função de ser o treinador da equipe, enquanto o cargo de diretor técnico é exercido por Edu, nada menos que o maior jogador da história do clube. Já dentro de campo, o que não falta ao América é DNA de craque. Na lateral-direita está Josimar Junior, filho do ex-lateral Josimar, autor de um dos gols mais bonitos da história da Copa do Mundo quando vestia a camisa da Seleção Brasileira em 1986. Com a missão de organizar as jogadas ofensivas da equipe vermelha está Thiago Coimbra, filho de Zico e sobrinho de Edu. Já no ataque, Felipe Adão, filho de Cláudio Adão, tem a responsabilidade de marcar os gols que podem fazer o América surpreender os favoritos. Se depender de personagens históricos e da árvore genealógica dos jogadores, este América vai longe.

AMERICANO

A última vez que o Americano conseguiu um papel destacado no Cariocão foi em 2006, ano que terminou na 4ª colocação. Desde então, a equipe de Campos vem brigando sempre na rabeira da tabela. Para 2011, o volante Índio, que já tem bastante tempo de casa, tentará comandar seus companheiros rumo a uma campanha melhor, apesar dos baixos investimentos no elenco. O destaque em termos de contratações ficou por parte da dupla Catatau e Felipe, que veio do América do Amazonas, clube que terminou a última Série D do Brasileirão em 2º lugar e se classificou para a Série C deste ano.

BOA VISTA

Apesar de não ter tido sucesso na contratação do atacante italiano Vieri, que diga-se de passagem seria excelente não só para o clube mas também para o Campeonato Carioca, o Boa Vista não estará a pesseio no Cariocão. Defensivamente a equipe conta com o experiente goleiro Sílvio Luís, ex-Vasco e São Caetano, além do zagueiro Santiago e do volante Ricardo Lopes, jogadores com algumas qualidades defensivas. Já no ataque, o clube de Bacaxá possui o rodado centroavante argentino Frontini e uma dupla de meias formada pelo ex-flamenguista Erick Flores e pelo Leandro Chaves, que já apresentou bom futebol atuando pelo América e pelo Duque de Caxias.

NOVA IGUAÇU

As principais armas do Nova Iguaçu para fazer um bom trabalho no Carioca não vestem chuteiras, caneleiras e uniformes. Uma delas é o treinador Josué Teixeira, que foi um dos grandes responsáveis por trazer o Nova Iguaçu de volta para a 1ª Divisão e é idolatrado no clube. O outro trunfo é o Estádio Jânio de Moraes, o Laranjão, que será utilizado nos duelos contra os outros clubes pequenos. Se o treinador Josué Teixeira repetir o bom trabalho de 2010 e a equipe fizer o dever de casa, o Nova Iguaçu poderá conseguir seu objetivo principal de permanecer na elite do Rio de Janeiro.

RESENDE

Será bastante difícil o Resende conseguir façanha semelhante à de 2009, quando se sagrou vice-campeão da Taça Guanabara. As esperanças da equipe estão depositadas nos atacantes Alexsandro, grande ídolo da torcida, e o jovem Peixoto, que chamou a atenção do clube pelos gols marcados quando atuava nos juniores do Central de Caruaru. No comando da equipe, o treinador Paulo Campos, que foi auxiliar do Vanderlei Luxemburgo no Real Madrid, busca seu espaço no cenário brasileiro.

VOLTA REDONDA

O que não falta ao Volta Redonda é jogador conhecido do torcedor brasileiro. Desde a defesa, que conta com o veterano Ávalos, até o atacante Jean, ex-Fla, Flu e Vasco, passando pelos centro-campistas Radamés, Jonílson e Lopes, o Volta Redonda possui uma equipe que pode render bons frutos neste Carioca. É claro que não é esperado que o clube repita a campanha de 2005, quando chegou ao vice-campeonato, mas se estes jogadores se entenderem em campo e com o treinador Márcio Bittencourt, o Voltaço tem tudo para conseguir uma posição melhor do que no ano passado, quando terminou a competição apenas em 10º lugar.

COPA SÃO PAULO DE FUTEBOL JÚNIOR 2011 - OITAVAS DE FINAL

Fluminense 1 x 2 América-MG
São Paulo x Flamengo – 18 de janeiro

Depois de uma excelente campanha na fase de grupos e de golear o Grêmio Prudente por 4 x 1 na fase 16 avos de final, o Fluminense realizou um 1º tempo horroso diante do América-MG e está eliminado da Copa São Paulo de Futebol Júnior. Completamente desorganizado defensivamente e sem conseguir organizar jogadas de ataque de qualidade, o Tricolor foi engolido pelo América-MG na 1ª etapa e saiu para o intervalo perdendo por 2 x 0. Pelo lado do “Coelho”, vale destacar neste 1º tempo as grandes atuações dos laterais Bryan e Jaílson, principalmente o segundo, que atuando pela direita foi o autor das duas assistências que originaram os gols mineiros. Elogios também para Calebe e Luís Felipe, que apesar de terem como missão principal arquitetar as jogadas para o centroavante Fred, marcaram os dois gols da equipe. Para o 2º tempo, o Fluminense voltou com maior ímpeto ofensivo e em menos de 10 minutos perdeu três boas oportunidades de gols, sendo uma delas um pênalti (que diga-se de passagem não existiu) desperdiçado pelo Welington. Depois de jogar no lixo a penalidade, o Flu diminui muito o seu ritmo e nem mesmo o gol marcado pelos Marcos Júnior, aos 29 minutos, reanimou a equipe. Na realidade, o América-MG esteve mais próximo de marcar o seu terceiro gol do que o Fluminense de empatar a partida. Somente no 2º tempo o meia-atacante Calebe, que esteve ótimo na etapa inicial, perdeu cinco claras oportunidades de balançar as redes. Que esta derrota sirva para ensinar aos garotos do Fluminense que uma partida deve ser jogada desde o primeiro minuto, caso o contrário a derrota poderá ser irreversível.

Amanhã, também pela fase oitavas de final, o Flamengo enfrentará o São Paulo, atual Campeão da Copinha, em uma partida que promete muitas emoções. Depois de ganhar da forte equipe do Cruzeiro, o Mengão tem todas as chances de seguir vivo na competição.

domingo, 16 de janeiro de 2011

PREMIER LEAGUE 2010/2011 - 23ª RODADA




RESULTADOS

Chelsea 2 - 0 Blackburn
Manchester City 4 - 3 Wolverhamptons
Stoke City 2 - 0 Bolton
West Bromwich 3 - 2 Blackpool
Wigan 1 - 1 Fulham
West Ham 0 - 3 Arsenal
Birmingham 1 - 1 Aston Villa
Sunderland 1 - 1 Newcastle
Liverpool 2 - 2 Everton
Tottenham 0 - 0 Manchester United

ARTILHEIROS

14 gols
Dimitar Berbatov (Manchester United)
Carlos Tévez (Manchester City)
11 gols
Andy Carrol (Newcastle)

COMENTÁRIOS

Tottenham 0 x 0 Manchester United – White Hart Lane, Londres

Uma briga de cachorro grande. Assim pode ser definido o equilibradíssimo confronto entre Tottenham e Manchester United que terminou empatado em 0 x 0 e recolocou os “Diabos Vermelhos” na liderança da competição. Apesar do Rooney ter assustado o goleiro Gomes com pouco mais de 1 minuto de jogo e do Peter Crouch quase ter aberto o placar para o Tottenham aos 8 minutos, a partida não foi recheada de lances emocionantes e nem de oportunidades de gols. No 1º tempo, pelo lado do Manchester United, o português Nani e o veterano Ryan Giggs não cumpriam bem o papel de arquitetar as jogadas ofensivas da equipe, enquanto, pelo lado do Tottenham, o “jogador da moda” Bale e o veloz Lennon suavam para superar o sistema defensivo rival. Para se ter uma idéia da dificuldade encontrada pelo ataque dos Spurs, a primeira boa jogada do Bale pela ponta-esquerda foi realizada somente aos 42 minutos, e terminou com uma perigosa finalização do Van Der Vaart. Para a 2ª etapa, o Manchester United retornou com as manguinhas ofensivas um pouco mais de fora, e criou três chances de sacudir o barbante em 16 minutos. Em ordem cronológica: Carrick após cruzamento do Ryan Giggs, Rooney em arremate de fora da área e, por fim, com lateral-direito Rafael, que em jogada espetacular deu um lindo lençol no Ekotto e finalizou para boa defesa do Gomes. Esta linda jogada do Rafael não foi a sua única aparição no campo de ataque, pelo contrário, o lateral esteve mais participativo ofensivamente do que defensivamente. No entanto, aos 28 minutos, Rafael estragou sua boa atuação quando recebeu o segundo cartão amarelo, ambos por faltas infantis, e foi mais cedo para o chuveiro. A expulsão de um jogador de defesa poderia ter desmantelado a retaguarda da equipe do Alex Fergusson, porém não foi isso que ocorreu. Nem a vantagem de estar com um homem a mais, nem a entrada do atacante Defoe no lugar do volante Palacios foram suficientes para o Tottenham levar vantagem sobre a mais do que sólida defesa vermelha. Defesa tão sólida que fez com que o zagueiro Vidic tenha sido o melhor jogador da partida. Se as vitórias fora de casa são raras para os “Diabos Vermelhos, foram apenas duas em 10 jogos, os empates são numerosos. Este foi o oitavo empate do Manchester United fora do Old Trafford, resultado que o mantém como único invicto da Premier League.

GIRANDO PELA “TERRA DA RAINHA”

- Em mais uma atuação vai pesar muito a seu favor na eleição de melhor jogador dessa Premier League, o argentino Tévez marcou 2 gols na vitória do Manchester City sobre o Wolverhampton e ajudou, e muito, a manter sua equipe na briga pelo topo da tabela. Se você ainda não viu o golaço no qual ele costurou três defensores rivais, veja. Foi sensacional!

- Se no início dessa 23ª rodada os rivais Liverpool e Everton estavam empatados na tabela e em ruim situação, o empate em 2 x 2 no clássico da Cidade do Beatles não ajudou nenhum dos dois. Após mais da metade do campeonato, Liverpool e Everton continuam na metade de baixo da tabela, respectivamente 13º e 12º lugares, ou seja, uma situação que não condiz com a força dos clubes, principalmente do Liverpool.