domingo, 29 de março de 2015

CAMPEONATO CARIOCA 2015 – 13ª RODADA – VASCO X BOTAFOGO


Vasco 1 x 1 Botafogo – Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)

Em clássico parelho e quente, Vasco e Botafogo empatam no Maracanã e deixam a briga pelo G4 ainda mais embolada.

Amigos, sabem quem é o maior responsável pela agitação que tem estado presente nos clássicos recentes no Maracanã? O Madureira. Com impressionante campanha, o Tricolor Suburbano se colocou de tal maneira na briga por uma vaga nas semifinais que os quatro cachorros grandes tem lutado até o fim quando se enfrentam. E o duelo entre os alvinegros foi mais um exemplo desta dedicação.

Desde o início do embate, Vasco e Botafogo demonstraram dificuldade de fazer a bola chegar redonda ao ataque, e as ligações diretas deram o tom na maior parte do clássico. Mais solto, o Vasco esboçou um domínio, mas logo o Bota se aproveitou das bolas paradas para assustar o rival. Foi assim que, aos 17, Carleto arriscou para boa defesa do cruz-maltino Jordi, e, aos 25, o mesmo Jordi caçou borboleta e Giaretta acertou o travessão.

O crescimento ofensivo, entretanto, não deu mais solidez ao Botafogo, e o Vasco logo começou a criar suas oportunidades. Primeiro vieram dois bons chutes longos, um com Yago e outro com Julio dos Santos. Depois, já aos 43, numa rara jogada bem tramada, Madson (excelente jornada!) encontrou Gilberto, que tocou bem e abriu o escore.

A desvantagem e a necessidade fizeram do Botafogo um time mais ligado no início do segundo tempo, e o resultado não tardou a aparecer: aos 6, Roger Carvalho, de cabeça, empatou. Este poderia ter sido um bom momento para o Bota pressionar, só que não só o time não conseguiu se impor como o Vasco não acusou o golpe.

Os treinadores priorizavam as substituições no setor ofensivo, prova do desejo pelos três pontos. O passar dos minutos deu mais a bola para os pés vascaínos e o contra-ataque para os pulmões botafoguenses. Até o apito final, o clube de São Januário rondou mais a área bem defendida pelo Renan e o de General Severiano quase virou em escapada do Jobson, mas nenhum dos dois criou o suficiente para tirar a igualdade do placar final.

Vasco: Jordi; Madson, Anderson Salles, Rodrigo e Christiano; Serginho (Lucas) e Guiñazu; Julio dos Santos, John Cley (Thalles) e Yago (Lorran); Gilberto. Técnico: Doriva.


Botafogo: Renan; Gilberto, Renan Fonseca, Roger Carvalho (Alisson) e Carleto; Diego Giaretta,  Willian Arão, Tomas Bastos e Gegê (Élvis); Jobson e Bill (Tássio). Técnico: René Simões.  

quinta-feira, 26 de março de 2015

CAMPEONATO CARIOCA 2015 – 12ª RODADA – FLAMENGO X BANGU


Flamengo 2 x 1 Bangu – Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)

Flamengo corta um dobrado, mas vence o Bangu por 2 a 1 e se aproxima ainda mais da classificação para a fase semifinal do Carioca.

O Flamengo entrou em campo precisando de uma vitória por dois ou mais gols de diferença para dormir na liderança. Logo aos 6 minutos, Eduardo da Silva, de cabeça, acertou o travessão e deu a impressão de que o Flamengo não demoraria à alcançar a ponta da tabela. Mas foi apenas uma ilusão, pois o Bangu, confiante e organizado, rapidamente endureceu o embate e chegou até a conseguir boas trocas de passes no ataque.

O cenário equilibrado seguiu durante toda a etapa inicial, na qual o Flamengo ainda criaria mais duas boas oportunidades: aos 21, Eduardo arrematou fraco, e, aos 41, o zagueiro banguense Luis Filipe desviou um cruzamento contra o próprio patrimônio e carimbou o travessão. Por parte do Bangu, a melhor chance até terminou em bola na rede, mas o gol que seria de Bruno Luis acabou anulado corretamente por impedimento.

aquela impressão que o Flamengo dera no início do jogo de que seria avassalador se confirmou apenas nos primeiros 10 minutos da segunda etapa, quando, com Everton voando pela esquerda, Marcelo Cirino trucidando pela direita e muita intensidade, o Rubro-Negro escapou duas vezes em velocidade e colocou 2 a 0 no placar, gols de Alecsandro e Pará.

O Bangu acusou o golpe e o treinador Mário Marques percebeu, realizando alterações no time que, somadas ao relaxamento do Fla, fizeram renascer o clube de Moça Bonita. Renascimento este que foi coroado com um golaço do camisa 10 Almir, aos 29. Forte, inteligente e preciso em todos os tipos de passes, Almir vem mostrando que pode ser útil a muitos times que disputarão o Brasileiro.

Com 15 minutos por jogar, o Bangu se empolgou e foi à frente. Necessitando de mais um gol para ser líder, o Flamengo também foi à frente. O bom jogo ficou ainda melhor. Chances rubro-negras com Eduardo, Luiz Antônio e Everton. Chances alvirrubras com Matheus Pimenta e Luis Filipe, esta no último lance do jogo, como que para confirmar o quanto o triunfo flamenguista foi suado.

Flamengo: Paulo Victor; Pará, Marcelo, Frauches e Thallyson (Jorge); Luiz Antônio e Márcio Araújo; Gabriel (Everton), Eduardo da Silva e Marcelo Cirino (Matheus Sávio); Alecsandro. Técnico: Vanderlei Luxemburgo.


Bangu: Márcio; Iago, Sérgio Raphael, Luis Filipe e Guilherme; Magno e Ives (Igor Alves); Rafael Augusto (Anderson Penna), Almir e Deivison (Matheus Pimenta); Bruno Luis. Técnico: Mário Marques. 

domingo, 22 de março de 2015

CAMPEONATO CARIOCA 2015 – 11ª RODADA – FLAMENGO X VASCO


Flamengo 2 x 1 Vasco – Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)

Em clássico com paralisação por chuva, quatro expulsões e dois gols de Alecsandro, Flamengo vence Vasco e ultrapassa o rival na tabela.

Mesmo em um gramado como um tapete e com as melhores condições climáticas, Flamengo e Vasco, por suas limitações, não fariam uma partida que primasse pelo brilho técnico. Assim, não é complicado imaginar qual foi o cenário do clássico diante da chuva digna de Noé e sua arca que assolou o Maracanã e resultou até em uma paralisação de 50 minutos: muita ligação direta, quase 50 faltas e mais disposição do que inspiração.

O baixo nível técnico, porém, não foi sinônimo de pouca emoção, pois os times sempre buscaram os três pontos e muitas chances de gols foram criadas. A primeira delas, aos 17, nasceu de uma bobeira do goleiro vascaíno Martín Silva, que saiu a bola de forma imprudente para um campo ensopado e o atento Alecsandro aproveitou para fazer um a zero. No lance seguinte, Julio dos Santos carimbou o poste e quase empatou.

Veio a paralisação e quem voltou desta com tudo foi o Vasco, que assustou com Bernardo, aos 26 e, logo depois igualou o placar com Gilberto. Placar que por pouco não voltou a ser favorável ao Rubro-Negro em arremate do Canteros. O jogo era quente e assim voltou do intervalo. A entrada de Everton melhorou o Fla, que se não foi às redes com Canteros, aos 3, o fez aos 6, em pênalti cometido por Guiñazu em Marcelo e convertido por Alecsandro.

O Vasco respondeu de forma rápida em faltas cobradas por Rodrigo e Bernardo e defendidas por Paulo Victor. Aos 20, Alecsandro deu lugar a Paulinho no Fla e Serginho a Thalles, no Vasco. As propostas eram claras: os da Gávea queriam o contra-ataque e os de São Januário, a pressão. Assim o tenso clássico seguiu até que, aos 40, um pegapracapá resultou nas expulsões dos rubro-negros Paulinho e Anderson Pico e dos vascaínos Guiñazu e Bernardo.

Com oito na linha de cada lado, os espaços só não eram mais abundantes do que os chutões para frente. Aos 46, Rodrigo, de cabeça, não empatou por centímetros. E foi só. Sem exageros: um jogo com cara de decisão do início ao fim.

Flamengo: Paulo Victor; Pará, Bressan, Wallace e Anderson Pico; Jonas (Cáceres), Canteros e Márcio Araújo; Gabriel (Everton), Marcelo Cirino e Alecsandro (Paulinho). Técnico: Vanderlei Luxemburgo.


Vasco: Martín Silva; Madson, Rodrigo, Anderson Salles e Christiano; Serginho (Thalles) e Guiñazu; Julio dos Santos, Jhon Cley (Yago) e Dagoberto (Bernardo); Gilberto. Técnico: Doriva.

quinta-feira, 19 de março de 2015

COPA LIBERTADORES 2015 – FASE DE GRUPOS – SÃO PAULO X SAN LORENZO


São Paulo 1 x 0 San Lorenzo – Morumbi, São Paulo (SP)

São Paulo luta até o fim, bate San Lorenzo com gol no apagar das luzes e se recupera no Grupo da Morte da Libertadores.

A mistura de um Morumbi com mais de 30 mil torcedores cantantes e uma cabeçada do Michel Bastos na trave com menos de um minuto deu a impressão de que o São Paulo iria pressionar o San Lorenzo como se sua vida na Libertadores dependesse de uma vitória nesta partida. Pura ilusão... Durante todo restante da primeira etapa, Michel Bastos, Pato (depois Centurión, que o substituiu aos 17 por contusão), Ganso e Luis Fabiano se viram encaixotados na muito bem armada retaguarda argentina, que bloqueou a meiúca e os flancos e deu toda a segurança à meta defendida pelo arqueiro Torrico.

Bem resguardado na defesa, o San Lorenzo pouco subiu ao ataque no primeiro tempo, porém, quando o fez, levou perigo ao Rogério Ceni em chute longo do Musses e cabeçada do Caruzzo. O desejo dos argentinos era uma segunda etapa semelhante à primeira, mas isso seria péssimo para o São Paulo, que voltou do intervalo mais intenso.

Se é verdade que Ganso seguiu apagado, o segundo tempo do Tricolor teve Carlinhos voando pela esquerda, Centurión confiante nas jogadas individuais, Michel Bastos produtivo no flanco direito e Luis Fabiano mais acionado. Foi assim que o Sampa começou a encontrar buracos na defesa argentina e a criar oportunidades. Carlinhos obrigou Torrico a boa defesa, Luis Fabiano acertou o poste, Centurión fez gol mal anulado pela arbitragem e, depois, cruzou uma bola que ninguém apareceu para finalizar...

O Sampa criava, mas não marcava, enquanto o San Lorenzo, acuado, porém sorrateiro, volta e meia dava sinal de vida e assustava, como em uma finalização do Barrientos que Ceni pegou. Aí, com o apito final se aproximando, o Tricolor fez valer seus dois maiores méritos na partida: o de não desistir e o de não se desesperar. Foi assim que, aos 44, a bola trabalhada chegou ao Carlinhos que cruzou para Michel Bastos, de peixinho, decretar o importantíssimo triunfo paulista.


São Paulo: Rogério Ceni; Bruno, Rafael Toloi, Lucão e Carlinhos; Souza (Alan Kardec) e Denilson; Ganso (Boschilia) e Michel Bastos; Pato (Centurión) e Luis Fabiano. Técnico: Muricy Ramalho.

San Lorenzo: Torrico; Buffarini, Caruzzo, Yepes e Más; Ortigoza (Mercier), Kalinski, Mussis e Barrientos; Blanco (Romagnoli) e Cauteruccio (Matos). Técnico: Edgardo Bauza.


domingo, 15 de março de 2015

CAMPEONATO CARIOCA 2015 – 10ª RODADA – MACAÉ X FLUMINENSE


Macaé 1 x 0 Fluminense – Moacyrzão, Macaé (RJ)

Pela primeira vez no ano sem o artilheiro Fred, Fluminense cai diante do Macaé e termina a rodada fora do G4.

Quando Fluminense e Macaé escutaram o apito inicial, Vasco, Flamengo, Madureira e Volta Redonda, todos candidatos às vagas na fase semifinal, haviam vencido seus jogos, o que tornava o empate no Moacyrzão um péssimo resultado tanto para tricolores como para macaenses.

O primeiro tempo começou e terminou com o Macaé em cima do Flu. Nos minutos iniciais, com Pipico voando baixo pelo flanco direito, os anfitriões fizeram o lateral-esquerdo tricolor Fernando comer o pão que o diabo amassou.

O Fluminense, na maior parte da etapa, tentou valorizar a posse de bola e realizar a transição pelo chão, porém encontrou enormes dificuldades para se aproximar da meta defendida pelo goleiro Ricardo Berna. Por outro lado, nos últimos minutos antes do intervalo, já com Pipico fazendo fumaça pelo lado esquerdo, o Macaé chegou pertinho da vantagem em finalizações de Max e Brinner.

No comecinho do segundo tempo, Wellington Silva apareceu livre dentro da área e obrigou Berna à saída rápida para evitar o que poderia ser o primeiro gol tricolor. O lance, porém, não intimidou o Macaé, que com passes precisos do Fernando Santos logo construiu dois lances perigosos finalizados por Pipico e Giancarlo.

Mesmo com as substituições ofensivas realizadas pelo treinador Cristóvão Borges, o Fluminense mostrava-se incapaz de criar um daqueles chamados melhores momentos televisivos. Já o Macaé, bem postado e sem se afobar, assustava Cavalieri sempre que podia.

Foi assim que, aos 25, o centroavante Giancarlo, na pequena área, desperdiçou assistência açucarada de Pipico, o nome do jogo. E foi assim que, aos 31, Juninho, que entrou em campo cheio de confiança nas jogadas individuais, cobrou falta com perfeição e fez o gol da vitória macaense.

Sim, o gol da vitória, pois com mais de 15 minutos por jogar, o improdutivo Fluminense não conseguiu mais do que uma cabeçada do Edson em bola parada. Se o empate já seria ruim para o clube das Laranjeiras, a derrota foi tenebrosa.

Macaé: Ricardo Berna; Max, Brinner, Filipe Machado e Diego; Alisson e Dos Santos; Pipico (Marquinho), Éberson (Juninho) e Fernando Santos (Tiago Pedra); Giancarlo. Técnico: Josué Teixeira.

Fluminense: Diego Cavalieri; Wellington Silva, Gum, Marlon e Fernando; Edson, Jean, Gerson (Vinícius) e Wágner (Michael); Marcos Junior (Lucas Gomes) e Walter. Técnico: Cristóvão Borges.

quinta-feira, 12 de março de 2015

CAMPEONATO CARIOCA 2015 – 9ª RODADA – FLAMENGO X VOLTA REDONDA


Flamengo 2 x 1 Volta Redonda – Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)

Alecsandro e Paulinho saem do banco, vão às redes e Flamengo bate Volta Redonda de virada para se manter no G4.

O desejo deste Flamengo é o de se fechar no próprio campo e buscar os contra-ataques em velocidade. O desejo deste bem montado Volta Redonda, diante de um adversário de maior poderio, também era o de se resguardar e esperar o momento certo para dar o bote. Assim, os dois desejavam jogar no contra-golpe, mas como é o Fla que tem a obrigação de terminar no G4, coube a ele tomar a iniciativa. Porém, amigos, encontrar espaços em uma retaguarda organizada é algo da maior dureza para o Rubro-Negro, ainda mais em uma noite em que Marcelo Cirino não acertava nada e Eduardo da Silva acertava menos.

Sólido e confiante atrás, o Volta Redonda encaixou o contra-ataque tão sonhado aos 18, quando Kayo Dias acionou Niltinho e após este finalizar na trave Henrique aproveitou o rebote para, de barriga, fazer um a zero. Em desvantagem, o Flamengo somou impaciência à falta de criatividade e passou a alçar bolas na área sem muito pensar. Para não dizer que o Rubro-Negro nada fez no primeiro tempo, Gabriel, aos 35, quase transformou um lançamento do goleiro Paulo Victor no empate.

Estava claro que algo precisava mudar no Fla, e o time voltou do intervalo com Paulinho, Alecsandro e mais intensidade. Agora, Canteros buscava passes verticais, Marcelo e Pará forçavam pela direita e, principalmente, Paulinho incendiava. Após mais de seis meses longe dos gramados, Paulinho precisou de apenas 26 minutos para empatar com arremate preciso, perder uma chance clara de cabeça, finalizar de primeira na trave e obrigar o goleiro Douglas a bela defesa em chute longo.

Foi somente depois de mais de meia hora da etapa final que o Volta conseguiu respirar um pouco, mas logo após a puxada de ar, Alecsandro, aos 40, recebeu assistência suculenta de Luiz Antônio e fez 2 a 1 para o Fla, placar que acabou por ser o final, já que nos últimos minutos, o camisa dez aurinegro Magnum desperdiçou duas ótimas oportunidade de cabeça para igualar tudo.

Flamengo: Paulo Victor; Pará, Bressan, Wallace e Anderson Pico (Luiz Antônio); Canteros e Márcio Araújo; Eduardo da Silva (Alecsandro), Mugni (Paulinho) e Gabriel; Marcelo. Técnico: Vanderlei Luxemburgo.

Volta Redonda: Douglas; Henrique, Luan, Reniê e Pedro Rosa; Bruno Barra, Kayo Dias (Pedro) e Diego Paulista (Magnum); Niltinho (Alan Carius), Hugo e Adeílson. Técnico: Marcelo Cabo.


domingo, 8 de março de 2015

CAMPEONATO CARIOCA 2015 – 8ª RODADA – FLUMINENSE X BOTAFOGO


Fluminense 3 x 1 Botafogo – Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)

Em clássico aberto, Fluminense mostra poder ofensivo com Fred e garotos Kenedy e Gérson, bate o até então invicto Botafogo e retorna ao G4.

Com apenas dois minutos, uma paçocada do zagueiro Marlon só não deixou o Flu em péssimos lençóis porque Giovanni cometeu falta em Jóbson na entrada da área. O sinal estava dado: o Botafogo responderia de forma letal qualquer bobeada tricolor. Logo depois, aos 9, com a bola de pé em pé, Gérson encontrou Fred e, desta vez, foi o goleiro Jefferson quem evitou a inauguração do escore.

Este cenário com o Bota à espera para dar o bote e o Flu com paciência na troca de passes perdurou durante boa parte da etapa inicial, e, nestas estratégias, tanto o tricolor Jean como o alvinegro Jóbson estiveram perto de sacudir o barbante. Porém, vejam só como é o futebol, aos 30 minutos, o Botafogo, que até então não havia trabalhado a posse de bola, tramou uma jogada pra lá de refinada que terminou com Jóbson, livre, concluindo em gol para fazer um a zero.

Um pouco atordoado, o Flu quase viu a desvantagem ficar maior em cabeçada do zagueiro Renan Fonseca, mas a igualdade e a tranquilidade retornariam ao clube das Laranjeiras aos 36, em arremate cruzado de Kenedy. O Tricolor até poderia pressionar em busca da virada ainda no primeiro tempo, mas só o fez no início da etapa final, quando, em menos de cinco minutos, Fred obrigou Jefferson à defesa digna de arqueiro da Seleção e Edson soltou uma bomba que passou raspando o poste.

Menos conservador, o Botafogo adiantou o posicionamento, algo que diminuiu a pressão adversária, é verdade, mas deixou mais buracos atrás. Buracos estes que o menino Gérson aproveitou para bater Marcelo Mattos na corrida e virar o placar, aos 25. E buracos que ficaram ainda maiores com as ousadas substituições de René Simões, que mandou o Alvinegro com tudo ao ataque e deixou o caminho aberto para Fred receber lançamento do lateral Giovanni e, aos 39, decretar o triunfo tricolor por 3 a 1, pois só houve mais tempo para Marcelo Mattos ser expulso.

Fluminense: Diego Cavalieri; Wellington Silva, Marlon, Henrique e Giovanni; Edson, Jean, Wágner (Rafinha) e Gerson (Vinícius); Kenedy (Marcos Junio) e Fred. Técnico: Cristóvão Borges.


Botafogo: Jefferson; Gilberto, Renan Fonseca, Diego Giaretta e Carleto; Marcelo Mattos, Willian Arão, Tomas (Sassá) e Gegê (Tássio); Jóbson (Diego Jardel) e Bill. Técnico: René Simões.

quinta-feira, 5 de março de 2015

PONTOS CORRIDOS X MATA-MATA, UM NOVO CAPÍTULO


Na última segunda-feira a CBF criou uma comissão de clubes para estudar o formato do Brasileirão e eis que o embate entre pontos corridos e fase classificatória seguida de mata-mata voltou às manchetes esportivas. Poucas discussões são tão interessantes no nosso futebol como esta, tanto por ser ela repleta de variantes, como por jamais ter fim, já que não existe um formato definitivamente melhor do que o outro.

O objetivo aqui não é defender o mata-mata ou os pontos corridos, nem mesmo apresentar uma alternativa híbrida, algo que já foi feito em outras oportunidades. O desejo destes parágrafos e tentar manter este interessante debate vivo, pois o que se vê cada vez mais é comentarista esportivo, profissional ou não, tratando a superioridade dos pontos corridos como indiscutível e a ideia da volta do mata-mata como um câncer a ser curado.

Dois dos principais motivos para o formato com a reta final em mata-mata ser diminuído pelos defensores dos pontos corridos não são intrínsecos ao próprio formato. Em primeiro lugar, critica-se o mata-mata pelo fato de ele ser apoiado por figuras nefastas como Eurico Miranda, Marco Polo Del Nero e a entidade TV Globo. Porém, não podemos nos esquecer que o maléfico Ricardo Teixeira foi um incentivador dos pontos corridos.

Em segundo lugar, menospreza-se o mata-mata porque as principais ligas europeias não o adotam, como se a igualdade de formatos fosse um passo a ser obrigatoriamente dado para tornar o nosso futebol tão evoluído como o do Velho Continente. Tal visão é bastante questionável, ainda mais se lembrarmos que todas as épocas de ouro do futebol brasileiro se deram em paralelo a campeonatos nacionais sem formato por pontos corridos.

Sendo repetitivo, o desejo aqui não é defender este ou aquele formato, mas tentar lembrar aos amantes do futebol que os pontos corridos não são indiscutíveis. Pelo contrário, desde que a discussão se foque nas vantagens e desvantagens intrínsecas aos formatos, o debate entre pontos corridos e mata-mata é dos mais prazerosos.



COPA LIBERTADORES 2015 – FASE DE GRUPOS – SAN LORENZO X CORINTHIANS



San Lorenzo 0 x 1 Corinthians – Estádio Nuevo Gasometro, Buenos Aires (Argentina)

Corinthians aproveita ausência de torcida contrária, vence o San Lorenzo em Buenos Aires e se consolida na liderança do Grupo da Morte.

Quando com apenas três minutos de jogo o avante Blanco desperdiçou uma oportunidade claríssima de fazer um a zero, a torcida anfitriã, caso estivesse presente, imporia ao Corinthians aqueles famosos minutos iniciais de pressão que um visitante sofre na Argentina. Porém, ela estava proibida de entrar no estádio e isso foi determinante para o San Lorenzo não conseguir transformar o bom início em pressão.

Assim, durante meia hora, o San Lorenzo teve a bola em seus pés, uma interessante movimentação do meia Romagnoli e só. Trabalho mesmo, o Cássio só teve para dar os chutões para frente que eram a única alternativa corintiana de saída de jogo, até que, aos 31, Elias e Danilo tramaram um perigoso contra-golpe e o Timão quase largou na frente.

No segundo tempo, Renato Augusto deu lugar ao Cristian, tornando o Corinthians menos técnico, da mesma forma que a troca do Mendoza pelo Petros, esta aos 17. A entrada de Petros foi a confirmação de como o Corinthians estava feliz com o empate, pois se deu logo após o San Lorenzo passar perto de inaugurar o escore em duas finalizações do centroavante Mattos, uma dentro da pequena área que bateu na trave.

Com um meio-campo muito pegador, Elias ganhou um posicionamento mais adiantado, o que tirou o fator surpresa de seus avanços mas não o impediu de, aos 20, em arrancada estupenda, colocar o Timão em vantagem. Atordoado, o San Lorenzo precisou de uns 10 minutos para se reencontrar e partir para o ataque, o que fez com ímpeto e ineficiência, pois construiu três chances limpas de empatar e parou sempre em defesas do goleiro Cássio.

Verdade seja dita, amigos, o Corinthians quis se defender e o fez pessimamente, pois o San Lorenzo teve sete ótimas chances. Quis contra-atacar e o fez pessimamente, pois encaixou apenas dois ataques velozes. E mesmo assim, coisas do futebol, saiu de campo com uma baita vitória.

San Lorenzo: Torrico; Buffarini, Cetto, Caruzzo e Más; Mercier e Quingnón (Cauteruccio); Mussis (Villalba), Romagnoli e Blanco (Alan Ruíz); Mauro Matos. Técnico: Edgardo Bauza.


Corinthians: Cássio; Fágner, Edu Dracena, Gil e Uendel; Ralf; Jadson (Edílson), Elias, Renato Augusto (Cristian) e Mendoza (Petros); Danilo. Técnico: Tite.

domingo, 1 de março de 2015

CAMPEONATO CARIOCA 2015 – 7ª RODADA – BOTAFOGO X FLAMENGO


Botafogo 1 x 0 Flamengo – Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)

Botafogo cresce no fim do clássico, vence Flamengo por 1 a 0 e termina a rodada na liderança isolada do Carioca.

Durante 75 minutos, ou seja, até os 30 da segunda etapa, o Flamengo foi quem mais procurou construir ações ofensivas no Maracanã. É verdade que a falta de criatividade do Fla fez com que o goleiro Jefferson precisasse mostrar suas qualidades de camisa um da Seleção Brasileira apenas em uma cabeçada contra do companheiro Diego Giaretta, mas, mesmo diante de ataques rubro-negros sem profundidade, os defensores botafoguenses trabalharam uma barbaridade.

No centro da zaga alvinegra, Roger Carvalho (depois Diego Giaretta) e, principalmente, Renan Fonseca, devem ter saído do jogo com a cabeça dolorida de tanto cortar bolas alçadas sobre a área, enquanto Carleto e Gilberto, os laterais, suaram bastante para bloquear os avanços de Pará, Léo Moura, Gabriel e Marcelo. Já à frente da área defendida por Jefferson, Willian Arão e o sempre combativo Marcelo Mattos precisaram de atenção integral para não deixar o Fla transformar posse de bola em chances de gol.

Longe de dizer que o Bota foi exemplar em termos defensivos. O próprio Renan Fonseca, impecável pelo alto, falhou em demasia por baixo, e os volantes deram ao argentino Canteros mais espaço do que ele poderia ter. Porém, mesmo sem a solidez de uma muralha, o Glorioso segurou o Flamengo o tempo que foi necessário e, depois, esbanjou eficiência ao precisar de pouco mais de 10 minutos de domínio ofensivo para concretizar sua vitória.

Aos 35, Carleto, em bola parada, carimbou a trave. Dois minutos depois foi Tomas, também de longe, que acertou o poste, mas, desta vez, a redonda bateu no estático goleiro Paulo Victor e morreu no fundo do barbante: um a zero Bota. E ainda houve tempo para os alvinegros desperdiçarem dois contra-ataques e voltarem a acertar a trave, agora com Gegê, também de fora da área.

Sete jogos, seis vitórias, nenhuma derrota e a liderança do Carioca. O ano botafoguense começa bem mais agradável do que o fim de 2014 prometia.

Botafogo: Jefferson; Gilberto, Roger Carvalho (Diego Giaretta), Renan Fonseca e Carleto; Marcelo Mattos, Willian Arão, Tomas e Diego Jardel (Sassá); Jóbson (Gegê) e Bill. Técnico: René Simões.

Flamengo: Paulo Victor; Léo Moura, Wallace, Samir (Bressan) e Pará; Jonas, Canteros e Márcio Araújo; Marcelo, Gabriel (Arthur Maia) e Alecsandro (Eduardo da Silva). Técnico: Vanderlei Luxemburgo.