segunda-feira, 29 de junho de 2009

COPA DAS CONFEDERAÇÕES - FINAL

FINAL – BRASIL 3 X 2 EUA
3o e 4o LUGAR – ESPANHA 3 X 2 ÁFRICA DO SUL

Olá amigos do FUTEBOLA!

A Copa das Confederações foi sensacional e o principal responsável por isso foi a Seleção Brasileira. Todos os jogos em que o Escrete Canarinho esteve em campo foram jogaços. A partida de estréia do Brasil, contra o Egito, foi dramática até o fim, assim como a semi-final contra os donos da casa, quando Daniel Alves conseguiu a façanha de calar as divertidas vuvuzelas. Contra EUA e Itália, na fase de grupos, o Brasil deu show, principalmente contra os italianos, que mostraram como nenhuma equipe no mundo pode jogar de peito aberto contra nós. Para coroar a campanha brasileira, mais um jogo memorável: a finalíssima contra os Estados Unidos. Este duelo final, assim como toda a Copa das Confederações, fez o Brasil crescer muito como equipe. Foi um aprendizado enorme para o que realmente importa. Ela. A Copa do Mundo.

BRASIL 3 X 2 EUA

Que jogo!

Os Estados Unidos conseguiram, na 1ª etapa da final contra o Brasil, o que parecia impossível. A equipe atuou melhor do que na histórica vitória contra a Espanha. Novamente Onyewu e DeMerit, dupla de zaga americana, estiveram excelentes, assim como os defensivos laterais Spector e Bocanegra. Quem também estava com tudo na partida eram os meias Dempsey e Donovan. Se o primeiro é um jogagor moderno, que sabe atacar e defender, o segundo possui uma qualidade incrível para organizar contra-ataques. Sejamos sinceros. No 1º tempo, toda a equipe americana esteve magnífica. Se o primeiro gol marcado por Dempsey pareceu um golpe de sorte, o segundo, assinalado por Donovan, foi monumental. O contra-ataque armado por Donovan e Davies foi digno de se tornar video-aula. Algo do tipo “Como organizar um contra-ataque perfeito”. Minha única reação após assistir esta jogada foi aplaudir. E tem gente que diz que ver um jogo tático não é bonito.

Diante de um goleiro intransponível, defensores impecáveis, meias onipresentes e atacantes perigosíssimos, o que o Brasil poderia fazer para, após sair para o intervalo perdendo por 2 a 0, reverter este jogo? A partida parecia desenhada. Parecia que a história do futebol queria dar um capítulo para os Estados Unidos. Talvez alguns possam achar que estou exagerando nesta afirmação, mas o Brasil é a única Seleção no mundo capaz de virar uma partida destas. Não virar qualquer 2 a 0, mas virar este 2 a 0. Sabem o porque de eu achar isso? Por causa de Garrincha, de Pelé, de Zico, de Romário, de Ronaldo... Isso mesmo. Bastou 40 segundos do 2º tempo para Luís Fabiano marcar um gol. Não um gol comum, mas um gol que fez o adversário lembrar que estava enfrentando o Brasil. Fez o Brasil lembrar que é Brasil. O único Penta-campeão do Mundo. O páis do futebol. Toda a confiança americana acabou em 40 segundos. Agora eles estavam diante de uma equipe que iria dar tudo para vencer.

Se os contra-ataques americanos rarearam, a pressão brasileira se multiplicou. É impressionante como o Kaká, mesmo não jogando bem, joga muito. O “kara” não pára. Quando ele, em uma entrevista, disse estar pronto para liderar o Brasil, não estava mentindo. Sem querer diminuir a importância de Lúcio, Juan ou Gilberto Silva, mas Kaká é o líder que a Seleção precisava. Todos sabem que ele é o mais paparicado pela torcida e imprensa, porém nem por isso deixa de correr, marcar, dar carrinho, voltar para buscar jogo, cair pelas pontas, driblar, cabecear... Por falar em cabecear, Kaká teria marcado o gol de empate do Brasil em uma cabeçada, porém a arbitragem não viu a bola entrar e mandou o jogo seguir. Nesta altura, os americanos só se defendiam . Acabara o encanto. O “Yes, we can!” havia virado “Can we?”.

Devido à espetacular atuação do goleiro Howard, o segundo gol brasileiro só podia sair mesmo após muito sufoco. Depois que Kaká passou voando pelo lateral-direito Spector, que diga-se de passagem foi a única vez em que ele foi batido no jogo, a bola foi rolada com perfeição para Robinho carimbar o travessão. Metade do país deve ter soltado aquele palavrão, mas o alívio logo viria no rebote da baliza. Luís Fabiano, sempre ele, empatou o jogo. Amigos, o Fabuloso já faz parte dos maiores centroavantes do mundo. Além de ser infernal com a camisa do Sevilla, ele parece vestir a amarelinha como se fosse feita de seda, tamanha a leveza que a camisa parece ter em seu corpo. Queria pedir licença ao lendário Nélson Rodrigues para utilizar suas palavras. Em uma de suas crônicas, falando sobre Waldo, atacante tricolor na década de 50, Nélson Rodrigues disse o seguinte: “Tremendo esse Waldo! Muitos craques brasileiros sofrem, no estrangeiro, de tremendo descontrole emocional e jogam pedrinhas. Waldo, não. Em Niterói, na Patagônia ou na Groenlândia, é o mesmíssimo monstro do gol.”. Faço destas, minhas palavras para elogiar Luís Fabiano.

O jogo estava empatado e faltavam pouco mais de 15 minutos. Os EUA queriam a prorrogação. O Brasil a vitória. Como é bom ver o Brasil jogando com raça. Raça. Uma palavra que lembra nosso capitão Lúcio. Um jogador que mesmo quando nossa equipe foi de uma apatia jamais vista, como na Copa do Mundo de 2006, conseguiu ser símbolo de força de vontade. Se muitos jogadores mereciam marcar o gol do título, era Lúcio quem mais merecia. O cruzamento de Elano foi perfeito. Se fosse no primeiro tempo, a confiança teria feito o zagueiro americano pular mais alto e cortar a bola. Mas ela havia acabado com o primeiro gol de Luís Fabiano. A pelota tinha endereço certo. A cabeça de Lúcio. O fundo da rede. Era o gol da conquista. O choro do Lúcio me lembrou o de Branco, na Copa de 94, quando também colocou um 3 a 2 no placar, na ocasião, contra a Holanda. Que isso seja um bom presságio.

CAMPEONATO BRASILEIRO 2009 - 8ª RODADA

SÉRIE A

São Paulo 2 x 0 Náutico
Barueri 4 x 2 Atlético Mineiro
Atlético Paranaense 1 x 0 Corinthians
Cruzeiro 1 x 0 Avaí
Botafogo 1 x 4 Goiás
Palmeiras 1 x 1 Santos
Internacional 3 x 0 Coritiba
Vitória 4 x 1 Santo André
Sport 3 x 1 Grêmio
Fluminense 0 x 0 Flamengo

SÉRIE B

Ipatinga 0 x 1 Fortaleza
América 1 x 2 Ponte Preta
Guarani 1 x 0 São Caetano
Juventude 1 x 1 Vila Nova
Duque de Caxias 0 x 0 Bahia
Bragantino 1 x 2 Portuguesa
Figueirense 1 x 1 Vasco
Atlético Goianiense 2 x 0 ABC
Ceará 2 x 0 Campinense
Paraná 0 x 2 Brasiliense

Olá amigos do FUTEBOLA!

A 8ª rodada do Brasileirão, apesar dos clássicos Fla x Flu e Palmeiras x Santos, ficará marcada pela perda da invencibilidade do líder Atlético Mineiro, que mesmo com 2 gols de Diego Tardelli, caiu diante do surpreendente Barueri. A rodada também foi importante para deixar o torcedor do Botafogo com todas as pulgas atrás da orelha. Com a goleada sofrida, em pleno Engenhão, para o Goiás, o Fogão está segurando a lanterna do torneio. Confesso que não imaginava que o Maiocosuel fosse fazer tanta falta ao Glorioso. Sobre o Fla-Flu, foi um jogo apenas morno, principalmente depois da preliminar ter sido o sensacional Brasil 3 x 2 EUA. Vamos aos comentários sobre o clássico.

Fluminense 0 x 0 Flamengo – Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)

MANDOU BEM!

- O 2º tempo jogado pelo Flamengo foi de muito bom nível. Mesmo com Íbson não estando em uma noite inspirada, o Flamengo conseguiu organizar boas jogadas ofensivas e assustar bastante o Tricolor. Alguns podem dizer que o jogo teve um time dominando cada tempo, porém na 1ª etapa, quando o Flu teve maior posse de bola, o Flamengo ainda conseguiu levar perigo ao goleiro Ricardo Berna, enquanto na 2ª etapa, o Flamengo foi muito superior. Tem um jogador que cada dia me agrada mais na equipe rubro-negra: o atacante Emerson. Com o tempo, o “Sheik da Gávea” vem mostrando boas características ofensivas, tanto jogando mais enfiado na área, como caindo pelos lados. O centroavante Denis Marques, recém-contratado pelo Flamengo, terá que brigar, e bastante, pela posição. Junto com a boa atuação de Emerson, acredito que o maior motivo de o Flamengo der pressionado o Fluminense, após o intervalo, foi a vantagem obtida nas bolas aéreas. O Rubro-negro não estava nem muito bem postado ofensivamente, principalmente pela já citada razoável partida de Íbson, mas conseguia, em quase toda bola alçada na área, criar uma boa chance de vencer. Se o gol não saiu, pelo menos ficou o mérito de a equipe saber se recuperar de um primeiro tempo ruim.

- Durante praticamente todo o 2º tempo, período em que o Flamengo dominou o jogo, o goleiro Ricardo Berna ganhou muitos pontos com a torcida tricolor. Confesso que ainda não encontrei motivos para a barração de Fernando Henrique, pois se ele não é um goleiro de primeiro nível, já salvou o Flu por várias vezes. Acho até que a torcida pega muito no seu pé. Porém, também não vejo nenhuma loucura em colocá-lo no banco e, uma prova disso, foi a boa atuação de Ricardo Berna no clássico. Mesmo tendo aparecido bem mais na 2ª etapa, foi antes do intervalo que Berna fez sua defesa mais difícil. Após um cruzamento de Juan que desviou na zaga, o goleiro tricolor teve que mostrar toda sua elasticidade para impedir o Flamengo de abrir o placar. Na briga pelo posto de número 1 do Fluzão, Ricardo Berna deu um grande passo.

MANDOU MAL!

- Durante toda a semana, muito falou-se no duelo Adriano x Fred. Posso até estar exagerando um pouco em colocar a dupla de atacantes aqui, mas pelo que eu esperava da atuação deles, fiquei muito decepcionado. Claro que como centroavantes eles são dependentes da boa atuação de seus companheiros e, nesta partida, jogadores como Íbson, Juan, Thiago Neves e Conca, que seriam os principais fornecedores de criatividade em campo, não estiveram bem. Mesmo assim, ficou a sensação de que eles podiam ter aparecido melhor. Não mais, pois ambos se esforçaram bastante e até fiquei surpreso com a movimentação de Adriano, mas sim com melhor qualidade.

- Sou um grande fã do futebol do Thiago Neves e, após a Olimpíada de Pequim, defendia sua convocação para a Seleção principal. Como apreciador do bom futebol, fiquei muito feliz com seu retorno ao Fluminense, mesmo sabendo que duraria pouco tempo, principalmente pela alegria que o jogador mostrou. O tempo passou como um relâmpago e chegou a hora da saída de Thiago Neves. Acredito que todo torcedor tricolor está pensando o mesmo que eu: “Parece que não foi o Thiago Neves que retornou”. Espero que o camisa 10 tricolor consiga, bem rápido, a tão sonhada independência financeira e volte para nossos gramados, pois com certeza ele tem muito mais bola para mostrar do que mostrou nestes últimos meses.

- O Adriano deve agradecer ao bandeirinha, por um bom tempo, pelo impedimento marcado no lance em que perdeu uma chance, literalmente, na linha do gol. Se o lance estivesse valendo, entraria para a história do futebol. Claro, pela porta dos fundos.

JOGADA RÁPIDA!

É bom os torcedores de Flamengo e Vasco começarem a rezar. Se Íbson e Carlos Alberto forem embora, as equipes sentirão na pele o que o Botafogo está sentindo após a saída de Maicosuel. E tem mais. Após o Cruzeiro vender o Ramires, o palmeirense Keirrison também está de malas prontas. Quem for o último a sair, não esqueça de apagar a luz.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

COPA DAS CONFEDERAÇÕES - SEMI-FINAL

EUA 2 X 0 ESPANHA
BRASIL 1 X 0 ÁFRICA DO SUL

Olá amigos do FUTEBOLA!

Sensacional a rodada semi-final da Copa das Confederações. A favoritíssima Espanha ficou pelo meio do caminho ao levar um verdadeiro nó tático dos Estados Unidos. Como é na derrota que conhecemos as grandes Seleções, veremos como a Espanha vai reagir diante desta grande decepção. Na outra semi-final, a África do Sul fez uma partida equilibradíssima contra o Brasil e por muito pouco não conseguiu um resultado histórico. O treinador Dunga, presente no duelo entre Brasil e EUA, na Copa do Mundo de 1994, já imaginava que seria difícil enfrentar um time que joga com a torcida. Acredito que isto tenha ajudado muito o Brasil na difícil vitória.

EUA 2 X 0 ESPANHA

Histórico! Assim pode ser definido o triunfo dos Estados Unidos sobre a Espanha. Em 1950, o Brasil foi palco de uma das maiores surpresas da história do futebol quando, no Estádio Independência, em Minas Gerais, os norte-americanos venceram os ingleses por 1 a 0. Na época, era a primeira Copa do Mundo disputada pela Inglaterra, os “Pais do Futebol”, e todos davam os ingleses como favoritos até para a conquista do torneio. Quase 60 anos depois, os Estados Unidos estão presente em outro jogo que ficará marcado para sempre.

Vamos entender melhor o momento vivido pela Seleção da Espanha, antes do duelo contra os EUA. A “Fúria” não perdia há 35 jogos e destes, vencido os últimos 15 sofrendo apenas 2 gols e marcando 38. Apenas adversários fáceis? Que nada. A atual Campeã Européia bateu nesta trajetória de 35 jogos de invencibilidade, Itália, Alemanha, Inglaterra, França, Rússia, Suécia, Dinamarca... Sem dúvida alguma, esta Espanha está incluída entre as grandes Seleções da atualidade e, por que não, de todos os tempos. O duelo contra os EUA, pela semi-final da Copa das Confederações, parecia valer um pouco mais para os espanhóis. Em caso de vitória, a Seleção da Espanha se tornaria aquela com maior sequência de partidas sem derrotas da história do futebol, ultrapassando o Brasil.

O jogo começa e 9 em cada 10 (pra fazer justiça ao meu amigo Ivan que disse que a Espanha iria perder) apreciadores do bom futebol apostam na fácil vitória da Espanha. Mesmo com o incisivo início dos Estados Unidos, que começaram dando trabalho ao Casillas, eu acreditava que rapidamente os espanhóis se situariam em campo e começariam a impor seu paciente estilo de jogo. Aos 26 minutos, porém, o meia Dempsey fez excelente jogada e Altidore arrematoua para o fundo do gol. Neste momento do jogo, a defesa americana já se mostrava de uma solidez impressionante mas, mesmo após o gol marcado, só passei a acreditar que os EUA poderiam vencer quando Fernando Torres, sozinho no meio de campo, dominou uma bola na canela. Ali comecei a pensar que a Espanha poderia não reverter o jogo.

As tão conhecidas paciência e controle da bola, da Seleção Espanhola, eram vistas em campo, entretanto, a “Fúria” não tinha nenhum poder de penetração. Na 2ª etapa, assim como no jogo contra o Iraque, a Espanha procurou os lados do campo para tentar furar a muralha americana. Nada conseguiram. Todo o sistema defensivo dos EUA estava ótimo, mas Onyewu e DeMerit estavam magníficos. A bola podia chegar por cima, por baixo ou em meia altura que não importava para a dupla de zaga americana. Eles estavam impecáveis e intransponíveis. E mais! Como se quisesse mostrar aos espanhóis e ao mundo que não sabiam apenas se defender, os americanos foram mais uma vez ao ataque e Dempsey, que é muito bom jogador, definiu a partida.

Nem de longe tenho dúvidas em afirmar que os EUA mereceram a vaga na final. E não tem nada daquilo de “futebol feio”, não. Sempre achei muito bonito de se ver jogar, uma equipe que sabe o que tem que fazer em campo e que, ciente de suas limitações, se esforça cada vez mais para se igualar a um adversário tecnicamente mais forte. O que fez a defesa norte-americana em campo, assim como todo o time, foi sim muito bonito.

BRASIL 1 X 0 ÁFRICA DO SUL

Amigos, deu orgulho do Joel Santana. Durante os dias que antecederam o jogo, Joel sempre disse que iria atacar o Brasil, o que causou muitos risos em quem não o considera um treinador, digamos, “sério”. Seu estilo boleiro, com sua característica prancheta, e , agora, seu inglês simples, fazem muitos engravatados da bola desdenharem dos seus métodos. Porém, Joel conseguiu dar consciência tática para a Seleção da África do Sul, o que em minha opinião é uma tarefa tão trabalhosa quanto as suas recentes façanhas com o Flamengo.

Como de bobo o Joel não tem nada, ele sabia que sua equipe só poderia atacar o Brasil se estivesse bem postada defensivamente. Jogar contra o Brasil de peito aberto não é nem um pouco aconselhável, não é Itália? Com uma defesa muito sólida e sabendo anular os principais pontos fortes do Brasil, que em minha opinião são Maicon e Kaká, a Seleção Africana pôde sair para o jogo. Foi sabendo valorizar a posse de bola ao máximo que volta e meia os sul-africanos ameaçavam Júlio César. Um chute longo do Gaxa aqui, uma cabeçada do Mokoena ali, uma bomba do Tschabalala lá, outra do Pienaar acolá e, no fim do 1º tempo, como queria Joel, a África do Sul atacou o Brasil. Para não ser injusto, o Brasil também conseguiu levar um certo perigo ao gol africano e, também, foi com chutes longos. Os arremates de Ramires e Kaká foram os mais perigosos. O maior mérito dos “Bafana Bafana” na primeira metade do jogo foi saber anular a velocidade do ataque brasileiro, ocupando sempre os espaços certos, e não abdicar do ataque em momento algum.

Após o intervalo, o jogo se manteve equilibradíssimo, apesar de os chutes ao gol terem rareado. A exceção foi uma jogada bem trabalhada pelos meias Pienaar e Modise, que diga-se de passagem são jogadores bastante criativos e referências técnica da equipe, que terminou com uma defesa de Júlio César digna do uniforme negro, semelhante ao do lendário Lev Yashin, o “Aranha Negra”. Este lance foi aos 12 minutos e, até os 42, a batalha tornou-se mais tática do que já se mostrava. Com Robinho, Kaká, Luís Fabiano e Ramires, ou seja, o quarteto ofensivo brasileiro, sem criatividade, a muralha africana parecia impenetrável. Mas eis que surgiu aquela que vem salvando a Seleção Brasileira com frequência: a bola parada. Daniel Alves, que havia acabado de entrar em campo, cobrou com perfeição uma falta sofrida por Ramires. Que golaço! Que estrela! O que Dunga vai fazer para colocar Maicon e Daniel Alves em campo?

Os que não assistiram ao jogo, que devem ter sido muitos, já que o horário não foi dos melhores, podem querer meter o pau na Seleção por ter vencido a África do Sul por apenas 1 a 0. Não devem. A África do Sul fez uma partida sensacional e soube muito bem tirar a força que seus torcedores, com suas ensurdecedoras cornetas, mandaram das arquibancadas. Provavelmete Joel Santana deve estar satisfeto com o desempenho de sua equipe, mas vencedor do jeito que é, deve estar lamentando o fato de quase ter feito história.

terça-feira, 23 de junho de 2009

COPA DAS CONFEDERAÇÕES - 3ª RODADA

ÁFRICA DO SUL 0 X 2 ESPANHA
IRAQUE 0 X 0 NOVA ZELÂNDIA
EUA 3 X 0 EGITO
BRASIL 3 X 0 ITÁLIA

Olá amigos do FUTEBOLA!

A última rodada da Copa das Confederações foi sensacional. Uma vitória do Iraque teria gerado uma crise monstruosa na Seleção da África Sul, faltando um ano para a Copa. Um gol teria salvado a Itália do fiasco de ser eliminada na fase de grupos, mas o Brasil não permitiu. Um gol teria clássificado o Egito, que deu sufoco no Brasil, venceu a Itália, mas tomou uma chinelada dos Eua. Repetindo o que venho falando, esta Copa das Confederações está melhor do que a encomenda.

BRASIL 3 X 0 ITÁLIA

Atualmente, não é nem um pouco difícil encontrar pessoas que gostem de futebol, são torcedoras fanáticas pelos seus times e não se importam com a Seleção Brasileira. Elas não sabem o que estão perdendo. A relação do torcedor (que vive a Seleção não só em época Copa do Mundo) com o Escrete Canarinho é como outra qualquer e também está sujeita a passar por períodos ruins. Confesso que saí completamente desiludido do Engenhão quando o Brasil não conseguiu marcar sequer um golzinho na Bolívia. Após, desta vez pela tv, assistir o Equador nos massacrar, também foi uma revolta só. Nos momentos de tormenta, cada um escolhe os seus culpados, e eu escolhi os meus. Criticava Dunga, Elano, Gilberto Silva, Maicon... Agora, amigos, tudo mudou. Já imaginava que a fraca atuação contra o Egito não seria repetida contra os EUA, porém não esperava, nem de longe, ver o que eu vi contra a Itália.

Em 45 minutos contra os Campeões do Mundo, balançamos as redes por três vezes e colocamos 2 bolas na trave. A tão badalada defesa azul (que não é de agora que está vivendo apenas da tradição) ficou em pânico diante dos nossos ataques e contra-ataques. Isso mesmo, conseguimos, no 1º tempo, ter maior posse de bola e sermos eficientes nos contra-golpes. Desde a doce loucura de Lúcio até o rápido gatilho de Luís Fabiano, passando pela fineza das finas pernas de Ramires, o Brasil teve uma atuação quase perfeita. Se os italianos já conheciam o potencial de Maicon e Kaká, a única coisa que eles conseguiram foi mais motivos para admirá-los. Se Robinho foi individualista, foi porque ele podia, ele queria, ele estava devendo para ele mesmo ser mais Robinho.

Jogamos por música. Não como uma orquestra clássica, mas sim como um moderno rock progressivo. Alternamos momentos em que a bola, lentamente, passava pelos pés de nossos meias com ataques velozes e mortais. Uma hora a Itália perdia a bola que fazia o seguinte trajeto: Felipe Melo.......... Gilberto Silva.......... André Santos.......... Lúcio.......... Já uma outra bola perdida resultava em: robinhokakáramiresluísfabiano. A Itália não tinha idéia do que fazer pra se defender. Se voltava rápido a marcação, o Brasil controlava o jogo, se retardava o retorno dos defensores, levava o contra-golpe. A 1ª etapa da partida pode ser resumida em uma aula de como comandar um jogo. Já após o intervalo foi um pouco diferente, mas se a Espanha pode se poupar contra o Iraque e ninguém fala nada, quem é que vai nos criticar por descansar contra a Itália. Isso mesmo, descansamos em campo no 2º tempo.

A maior prova da excelente atuação da Seleção de Dunga é ter a certeza de que os Campeões do Mundo de 1970 se sentiram devidamente presenteados no dia do aniversário do Tri. E nós, torcedores que vivemos a Seleção Brasileira, estamos com o sorriso de orelha à orelha. Com todo respeito ao Joel Santana e aos Estados Unidos. QUE VENHA A FÚRIA!

segunda-feira, 22 de junho de 2009

CAMPEONATO BRASILEIRO 2009 - 7ª RODADA

SÉRIE A

Atlético Paranaense 2 x 2 Palmeiras

Vitória 4 x 3 Botafogo

Santo André 2 x 1 Sport

Grêmio 2 x 2 Goiás

Náutico 0 x 1 Coritiba

Avaí 3 x 2 Fluminense

Santos 2 x 3 Atlético Mineiro

Corinthians 3 x 1 São Paulo

Flamengo 4 x 0 Internacional

Cruzeiro 2 x 4 Barueri

SÉRIE B

Portuguesa 0 x 1 Brasiliense

Ceará 2 x 1 São Caetano

Vasco 0 x 0 Duque de Caxias

Juventude 1 x 0 Bragantino

Figueirense 1 x 0 Paraná

Campinense 2 x 4 Fortaleza

Ponte Preta 0 x 1 Guarani

Vila Nova 2 x 3 Atlético Goianiense

América 1 x 0 ABC

Bahia 1 x 1 Ipatinga

Olá amigos do FUTEBOLA!

O Imperador Adriano deu mais um importante passo rumo a galeria de ídolos do Flamengo. Quem olhar de longe pode achar que uma vitória sobre um desfalcadíssimo Internacional, que está diante de duas decisões ( Copa do Brasil e Recopa Sul-Americana), não foi nada demais. Porém, em um momento onde o clima na Gávea era pesadíssimo, Adriano marcou nada menos do que três gols e trouxe a paz de volta. Já no Vasco, o ambiente não está dos melhores. Se o sistema defensivo está dando conta do recado e a equipe não leva gols, o ataque não os marca. Contra o Duque de Caxias, o Vasco, pela terceira vez seguida, saiu de campo com o 0 a 0 no placar.

Um fato que fez esta 7ª rodada ser muito emocionante, foram os gols marcados no final das partidas. Palmeiras, Vitória, Grêmio, Santo André e Avaí, marcaram gols decisivos após os 40 minutos do 2º tempo. Aguenta coração!

Vamos aos destaques dos jogos que consegui assistir:

Vasco 0 x 0 Duque de Caxias – São Januário, Rio de Janeiro (RJ)

Flamengo 4 x 0 Internacional – Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)

MANDOU BEM!

- Se existisse a sessão “MANDOU MAIS OU MENOS”, o jovem vascaíno Philippe Coutinho estaria nela pela sua estréia. Porém, entre dizer se sua participação contra o Duque de Caxias foi positiva ou negativa, fico com a primeira opção. Para um garoto de 17 anos, estrear no profissional é algo que deve consumir horas e mais horas de sono e fazer surgir várias espinhas no rosto. O nervosismo é incontrolável. Mesmo assim, e sem a ajuda de seus companheiros, já que o Vasco esteve péssimo em campo, Philippe conseguiu mostrar que tem intimidade com a pelota. Achei sua atuação no 2º tempo mais destacada, quando atuou como meia, ao invés de segundo atacante. Se o chute que ele deu de dentro da área, que o goleiro do Duque de Caxias, Vinícius, salvou, tivesse entrado, ele iria ter muito mais tranquilidade nos próximos jogos. Acredito que ele ainda será muito útil ao Vasco na longa caminhada rumo à elite, mas vamos ter calma com o garoto.

- Espetacular a atuação do Imperador Adriano contra o Internacional. Durante a semana de treinamentos do Flamengo, na Granja Comary, foi constante a presença das brincadeiras de Adriano com seus companheiros, para tentar trazer paz ao conturbado ambiente flamenguista. Porém, sua atitude que mais trouxe tranquilidade ao Flamengo foi mostrada dentro de campo. Com o oportunismo que sempre mostrou em seus melhores momentos, Adriano foi simplesmente mortal e acabou com o Colorado. No primeiro gol, mesmo contando com a ajuda do arqueiro Lauro, que demorou uma eternidade para sair do gol, Adriano evidenciou toda sua categoria em um leve e lindo toque para o fundo das redes. Depois, sua qualidade nas bolas paradas foi mostrada em uma belíssima cobrança de falta e uma eficiente batida de pênalti. Pelo menos por uma semana, a paz está de volta ao Rubro-Negro.

- Que a atuação de Adriano foi sensacional é indiscutível, porém o maior ponto positivo da vitória do Flamengo, em minha opinião, foi a atuação de Léo Moura. Antes da partida entre Flamengo e Internacional, estava lendo uma entrevista do “Capitão do Tri”, Carlos Alberto Torres, ao diário Lance!, onde perguntado sobre os laterais-direito da Seleção Brasileira, Maicon e Daniel Alves, respondeu o seguinte: “Pelo que estão fazendo hoje, merecem estar lá (na Seleção). Mas o Leonardo Moura, para mim, é diferente dos demais por ter habilidade. Ele tenta mais os dribles e as jogadas individuais, o que poucos fazem. Mas esse era o Léo Moura de 2008 e do Carioca deste ano. Sem dúvida, seria titular da Seleção se voltasse a jogar como antes.”. Acredito que agora já está tarde para Léo Moura recuperar sua vaga na Seleção, porém que ele jogou muito contra o Inter, isso jogou. Até chegar na linha de fundo, o que ele não fazia há tempos, ele fez. Foi assim que, após uma jogada linda, Léo colocou a pelota nos pés de Emerson, que também teve ótima atuação, marcar o segundo gol do Flamengo. O que mais lembrou o “velho” Léo Moura, entretanto, foi o pênalti que ele sofreu. Depois de uma bela inversão de jogada de Juan, Léo já dominou a bola, já dando o drible no colorado Glaydson, que teve como único recurso cometer a penalidade. Léo Moura e Adriano foram sim os destaques do Mengão, mas no geral, a equipe teve uma ótima atuação. Emerson, como citado antes, participou bem do jogo, apesar de em algumas jogadas ter sido muito individualista, Toró esteve implacável na marcação de Andrezinho e Íbson distribuiu o jogo com a qualidade de sempre.

MANDOU MAL!

- Como citei anteriormente, a equipe vascaína fez uma péssima partida contra o Duque de Caxias. Paulo Sérgio esteve mal, Élton esteve péssimo, Jeferson e Léo Lima foram antônimos de criatividade, e por aí vai. Porém, as recentes más atuações de Ramón é o que eu venho mais estranhando nas últimas partidas do Vasco. Depois de um Cariocão excelente, Ramón tinha tudo para estar voando na Série B. Jogador de boa capacidade técnica e física, é essencial para a organização ofensiva do Vasco. Quando Carlos Alberto não pode atuar, o que acontece toda hora, Ramón deveria ser a principal arma do Vasco, fato que não vem ocorrendo. Será que a possível ida para Europa afetou a concentração de Ramón? Olho nele Dorival!

- Achei muito incoerente a atitude de Juan de se chatear com Adriano ter cobrado a penalidade que resultou no quarto gol do Flamengo. Uma vez eu li uma frase muito interessante, mas agora não me recordo do ex-jogador que a disse. Era algo do tipo: “O batedor oficial de pênaltis não é aquele que bate todos, mas sim o que bate o decisivo.” No momento em que o Flamengo vive, foi uma briga de egos desnecessária Juan querer impedir Adriano de ir em buscar da artilharia do Brasileiro.

JOGADA RÁPIDA!

- Quem vai parar o Atlético Mineiro e Diego Tardelli? A vitória sobre o Santos por 3 a 2, em plena Vila Belmiro, de virada, foi mesmo coisa de líder. Depois de um tempão, é muito legal ver o Galo Mineiro brigando no topo do futebol brasileiro. Um time com uma história linda e gloriosa, estava devendo isso para sua fanática torcida.

sábado, 20 de junho de 2009

FINAL DA COPA DO BRASIL - PARTE 1

Corinthians 2 x 0 Internacional – Pacaembu, São Paulo (SP)

Olá amigos do FUTEBOLA!

Meado de semana sensacional para o futebol brasileiro, com dois duelos envolvendo o que temos de melhor. O Internacional sem D´Alessandro e Nilmar não aguentou a força do Timão e a estrela de Ronaldo e saiu atrás na decisão da Copa do Brasil. Partida definida? Que nada, ainda tem muito jogo pela frente. Pela Taça Libertadores o Cruzeiro deu um verdadeiro show no Morumbi e não deixou o São Paulo passar perto da classificação para a fase semi-final. Que venha Grêmio x Cruzeiro. E que seja um jogaço. Vamos aos comentários sobre estes dois clássicos:

MANDOU BEM!

- Desde a época em que jogava no Botafogo que eu gostava bastante do futebol do atacante Jorge Henrique, porém devo admitir que ele está cada jogo melhor. Contra o Fluminense, pelas quartas-de-final, Jorge Henrique já havia tido uma atuação excelente e decisiva, participando dos dois gols marcados pelo Timão no empate em 2 a 2, no Maracanã, que classificou a equipe. Neste primeiro duelo final contra o Internacional, uma vez mais ele foi importante pois, além de participar de ótimas jogadas ofensivas, ajudou a marcação durante os 90 minutos de jogo. Jorge Henrique é daquele tipo de jogador que qualquer treinador gostaria de ter na equipe devido à sua grande utilidade e intensa participação do jogo. Excelente a jogada em que o Corinthians abriu o placar, onde Jorge iniciou o lance com um ótimo passe para o Marcelo Oliveira e depois finalizou com perfeição. Pelas partidas que tenho assistido do Corinthians este ano, estou quase no ponto de falar que Jorge Henrique é essencial para o bom funcionamento da equipe de Mano Menezes.

- Não sei se existe algum patrocinador da Copa do Brasil que dê prêmio para o melhor jogador em campo, mas se existe, este prêmio vai para a prateleira do goleiro corintiano Felipe. Nas principais chances de gols criadas pelo Internacional, Felipe esteve intransponível. Na primeira delas, Andrezinho cobrou uma falta com tanta perfeição que já saía para comemorar quando Felipe voou para salvar o Timão. Pouco mais de 10 minutos mais tarde, aos 29 do 2º tempo, o arqueiro realizou o lance da partida. Após belo passe de Andrezinho, Taison entrou na área fazendo todo torcedor corintiano prender a respiração. Foi aí que Felipe saiu e conseguiu defender o arremate. Se o Corinthians conseguir conquistar a Copa do Brasil, uma grande parte vai ser devido a esta defesa de Felipe.

- E o Ronaldo, uma vez mais, deixou sua marca em uma decisão. O Fenômeno fazia uma partida péssima, sem acertar sequer uma jogada. Mas bastou um erro da defesa colorada (mesmo que o erro tenha sido gerado por uma falha clamorosa, gigante, monumental, da arbitragem) para Ronaldo entortar o ótimo zagueiro Índio, sem nenhuma dificuldade, e colocar a pelota no fundo da rede. Que estrela!

- O Internacional teve que atuar em um Pacaembu lotado sem seus 2 principais jogadores: Nilmar e D´Alessandro. Na verdade, sem dois dos principais jogadores do futebol brasileiro. Apesar de Andrezinho ter atuado bem, é claro que o Colorado sentiu falta de seus craques. Um jogador, porém, buscou assumir a responsabilidade de liderar a equipe gaúcha. O jovem Taison jogou um bolão. Tudo bem que vai ficar na memória, principalmente se o Inter vencer a partida no Beira-Rio por 1 a 0, o gol que ele perdeu cara-a-cara com o goleiro do Timão Felipe, mas se analisarmos sua atuação como um todo, veremos que não seria coerente responsabilizá-lo pelo revés. Não é normal um jogador com sua idade comandar uma equipe, sem seus dois craques, em uma decisão contra o Corinthians e fora de casa. Taison, entretanto, não se escondeu do jogo e sempre buscou levar seu time à frente, principalmente quando o Corinthians recuou após marcar seu segundo gol. Discordando de alguns comentaristas, achei muito boa a atuação do Taison.

MANDOU MAL!

- Depois de várias partidas que assisti do Corinthians, o excelente zagueiro Chicão teve uma atuação ruim. Errou na cobertura, no saída para o jogo e no duelo individual. Quando Taison partiu para cima dele, pela ponta esquerda, ele fez uma falta que não foi dura, mas mereceia cartão pois o jovem colorado iria em direção do gol. Acredito, porém, que Chicão tem créditos de sobra com o torcedor corintiano. Só não pode ter uma atuação destas enfrentando Nilmar e D´Alessandro.

- Não gostei da atitude do Corinthians de recuar após marcar o segundo gol. Aqui mesmo, eu elogiei bastante a postura da equipe paulista quando enfrentou o Fluminense, no Maracanã, e possuía a vantagem no placar. Por que recuar se poderia manter o controle da posse de bola e impedir o Inter de fazer o que mais sabe, que é atacar? Não seria melhor tentar mais um gol jogando em casa do que dar a chance de Nilmar e D´Alessandro fazerem história? O Corinthians teve uma boa atuação, mas poderia ter se saído bem melhor.

- Os centroavantes colorados estiveram longe de dar o trabalho que Nilmar poderia, à defesa corintiana. Alecsandro não foi nem um pouco participativo enquanto esteve em campo, não estando presente em praticamente nenhuma boa jogada organizada pelo Internacional. Já a situação de Leandrão foi pior ainda. Entrou em campo para tentar marcar um golzinho que ajudaria muito sua equipe, mas preferiu optar pela infantilidade e cometer faltas inúteis, recebendo o cartão vermelho.

ENQUANTO ISSO, TAMBÉM EM SÃO PAULO...

- Um verdadeiro banho de bola que o Cruzeiro deu no São Paulo, na partida válida pelas quartas-de-final da Taça Libertadores. Precisando de uma simples vitória por 1 a 0 para avançar na competição, o torcedor do Tricolor Paulista mostrou confiança e lotou o Morumbi. O São Paulo, porém, não esteve perto, em nenhum momento, obter sucesso em sua tarefa. Enquanto o Cruzeiro tocava bem a bola, e ditava o ritmo do jogo, mesmo que as vezes com algumas precipitações, o São Paulo mostrava uma falta de criatividade absurda. No 2º tempo, após a expulsão do limitado Eduardo Costa, a diferença nas apresetações das duas equipes ficou ainda mais evidenciada. O Cruzeiro conseguiu controlar a posse de bola com melhor qualidade e Kléber, para variar, infernizava a defesa adversária. O São Paulo tentou ganhar um pouco de inspiração com as entradas de Hernanes e Dagoberto, porém continuou sem a mínima idéia do que deveria fazer para vencer o jogo. Sinceridade, parece que o Hernanes não é o Hernanes. A situação do Tricolor ficou ainda pior quando o jovem volante cruzeirense Henrique acertou um petardo do meio da rua, indefensável até para Rogério Ceni, e abriu o placar para a equipe mineira. A partir daí foi só o Cruzeiro admistrar o placar, criar mais chances de gols e Kléber, para variar, deixar sua marca. E por mais incrível que possa parecer, o Cruzeiro não sentiu falta do genial Ramires.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

COPA DAS CONFEDERAÇÕES - 2ª RODADA

ESPANHA 1 X 0 IRAQUE

ÁFRICA DO SUL 2 X 0 NOVA ZELÂNDIA

BRASIL 3 X 0 EUA

EGITO 1 X 0 ITÁLIA

Olá amigos do FUTEBOLA!

A 2ª rodada da Copa das Confederações foi completamente imprevisível. Quem acreditaria que a Espanha só iria conseguir fazer um golzinho no Iraque? E ainda foi depois do intervalo. Quem esperava uma atuação vistosa do Brasil, após o sufoco passado diante do Egito? E o mais incrível. Quem imaginava que o Egito, depois deste citado calor que deu no Brasil, iria vencer a tradicional Itália. Pois é, a Copa das Confederações está se saindo melhor que a encomenda.

Vamos aos destaques dos jogos que consegui assistir.

ESPANHA 1 X 0 IRAQUE

O jogo entre Espanha e Iraque mostrou mais atrativos do que prometia. Assim como na partida diante da África do Sul, a Seleção Iraquiana, comandada pelo lendário técnico Bora Milutinovic, conseguiu armar uma muralha na frente de sua área e bloquear os avanços adversários. Mesmo com sua paciência característica e valorização da posse de bola, a Espanha sofria para chegar ao gol defendido pelo ótimo arqueiro Kassid, pois insistia em jogar pelo meio. Porém, diferentemente da África do Sul, que não utilizou os lados do campo para transpor a barreira iraquiana, a Espanha soube enxergar o desenho do jogo.

Logo no início da 2ª etapa, já era visível a maior exploração espanhola dos lados do campo. Se antes do intervalo, apenas Sérgio Ramos tentava algo pelas laterais, agora, pelo lado esquerdo, Mata e Capdevila apareciam mais. Foi assim que saiu o gol da vitória da “Fúria”, em um belo cruzamento de Capdevila e cabeçada de David Villa. Sobre este meia, o Mata, confesso que não conhecia o seu futebol, mas gostei bastante do que vi. Aparecendo pelos lados do campo, ele alternou boas jogadas tanto pela direita quanto pela esquerda.

Foi uma bela atuação tática do Iraque, que se tudo correr como o previsto, dependerá apenas de um bom resultado contra a Nova Zelândia para conseguir uma histórica classificação. Já a Espanha fez o que devia. Sem se desgastar muito, pois em fim de temporada o preparo físico é um fator ainda mais relevante, a Espanha venceu na paciência e na qualidade técnica de seus atletas. Falando em qualidade técnica, realmente a Espanha vive um momento de ouro. Sem poder contar com Marcos Senna e Iniesta contundidos e Fábregas poupado, a equipe entra em campo com a dupla Xabi Alonso e Xavi. Que privilégio!

BRASIL 3 X 0 EUA

Quem diria que o Dunga iria dar uma lição em muitos treinadores experientes brasileiros. Não foi uma lição tática, mas sim de coerência. Dunga mostrou, no duelo contra os Estados Unidos, como se deve poupar jogadores em um time saturado. Sem cair na baboseira de muitos dos nossos técnicos, que decidem poupar o time inteiro e colocar em campo 11 jogadores que praticamente nunca atuaram juntos, Dunga fez o certo. Poupou quem necessitava, 4 jogadores, e manteve a base titular.

Com esta sua medida coerentíssima, Dunga permitiu que Maicon, Ramires, Miranda e André Santos, entrassem em um time ajustado (pelo menos, o mais ajustado possível pelos jogos recentes) e mostrassem um belo futebol. Posso até estar exagerando ao falar de Maicon, que já atuou várias vezes pela Seleção, porém os três jogadores que atuam em nossos campos, se sentiram muito mais à vontade. Ramires que o diga! Com muita movimentação, velocidade e qualidade técnica, podemos chegar ao ponto de falar que Ramires teve uma atuação magnífica. Com exceção de um pequeno período do jogo onde não esteve muito presente, Ramires participou da organização de muitas jogadas ofensivas. Para se ter uma idéia, o primeiro gol, marcado por Felipe Melo, foi originado de uma falta sofrida por ele. O segundo gol surgiu após uma arrancada sensacional de Ramires, percorrendo nada menos que 66 metros e deixando Robinho na cara do goleiro. O último tento também contou com sua participação, em uma triangulação na direita com Kaká e Maicon, que resultou no golaço do vigoroso lateral brasileiro.

Por falar em Maicon, ele foi o dono do jogo. Engraçado o futebol. Enquanto estamos buscando, já faz um tempo, o substituto de Roberto Carlos na lateral-esquerda, o lado direito conta com Daniel Alves e Maicon, ambos em excelente forma. Pressionado pelas ótimas atuações que Daniel Alves vinha tendo, Maicon sabia que teria que mostrar trabalho contra os EUA, porém acho que nem ele acreditava que iria se sair tão bem. Disparado a melhor arma ofensiva do Brasil na partida, Maicon não parou de correr um minuto. Podia ser na marcação ou na criação, Maicon mostrou-se um verdadeiro “touro indomável”. Ninguém o parava. Mesmo voltando de contusão, fico impressionado com sua condição física. A vaga na lateral-esquerda está deixando Dunga com uma pulga atrás da orelha, mas quem irá ocupar o lado direito do campo também está consumindo o sono do treinador.

Muito bem coadjuvado por Kaká, Robinho, Gilberto Silva (boa atuação depois de tempos) e outros, Maicon e Ramires fizeram a Seleção vencer e convencer, fato com o qual eu já estava me desacostumando.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

COPA DAS CONFEDERAÇÕES - 1ª RODADA

África do Sul 0 x 0 Iraque
Espanha 5 x 0 Nova Zelândia
Brasil 4 x 3 Egito
Itália 3 x 1 EUA

Olá amigos do FUTEBOLA!

A Copa das Confederações começou melhor do que a encomenda. Tudo bem que o empate sem gols entre África do Sul e Iraque, o jogo de abertura, não foi lá muito empolgante, porém a Espanha já começou a mostrar que não tá pra brincadeira. Ou melhor, está brincando sim, de jogar bola. Não consegui assistir a partida da “Fúria”, pois foi no mesmo horário que o Brasileirão, mas como joga o Fernando Torres! Já nossa Seleção fez um jogo sensacional contra o Egito. Não que o Brasil tenha jogado muito, pelo contrário, por ter jogado um futebol sem muita inspiração, o Egito acreditou que poderia vencer a partida e o duelo ficou aberto.

Vamos aos comentários dos jogos que consegui assistir da 1ª rodada da Copa das Confederações.

África do Sul 0 x 0 Iraque

Não deu para analisar muito bem a África do Sul no duelo contra o Iraque, porém apesar do empate sem gols, a Seleção Africana se mostrou mais organizada do que eu esperava. Contra um Iraque completamente recuado, Joel Santana logo percebeu que podia liberar seus laterais,recuando um volante para o papel de zagueiro. Em nenhum momento da partida o gol sul-africano esteve ameaçado, por isso fica difícil analisar se a estrutura defensiva da equipe realmente apresenta alguma solidez. Já ofensivamente, achei que a equipe do Joel pecou muito em não utilizar mais os lados do campo para tentar furar a retranca do Iraque, pois diante de um verdadeiro aglomerado de iraquianos na frente da área, as laterais eram as melhores opções de ataque. Nos últimos 15 minutos de jogo, justamente quando o lateral-direito Gaxa foi mais incisivo, a África do Sul teve chances de vencer a partida. Acredito que através de muito tabalho Joel conseguirá fazer a África do Sul ter condições de passar da fase de grupos na Copa do Mundo, pois os jogadores sul-africanos possuem boas qualidades. Porém, para dar uma opinião mais contundente, prefiro esperar mais algumas partidas.

Brasil 4 x 3 Egito

Amigos, está difícil vencer a Seleção do Dunga. É muito diferente quando eu percebo que, atualmente, nós estamos longe de ser símbolos do futebol-arte.

Existe algo mais estranho do que em um duelo entre Brasil e Egito, nós marcarmos 3 gols de bola parada e o Egito 3 gols em jogadas trabalhadas? Não estou nem falando da situação de termos levado sufoco da Seleção Africana, pois não é a primeira vez que o Brasil se complica com uma Seleção mais fraca. O que me espanta é o fato de estarmos cada dia mais frios e calculistas. Para que atacar o Equador se eles criam 20 chances, nós apenas 3 e o jogo termina 1 a 1? Por que não esperar o Uruguai se cansar de atacar, abrir espaços e, aí sim nos aproveitamos para vencer? Contra o Egito, uma vez mais, ficou provado como estamos evoluindo como “time de laboratório”. E o resultado está aparecendo.

O meia africano Aboutrika infernizou a defesa brasileira com passes, movimentação e muita qualidade técnica. De seus pés, saíram dois dos gols de sua equipe. Já o meia brasileiro Elano “apenas” cobrou duas bolas paradas que resultaram nos gols de Luís Fabiano e Juan. Tem como constestar que ele foi eficiente? Se o treinador passa a maior parte do tempo treinando jogadas de bola parada, como criticar quando seu atleta acerta o que treinou? Enquanto o Egito constantemente apertava a marcação na saída de bola, dificultando, e muito, o nascimento das jogadas brasileiras, o Brasil preferia dar o campo para o Egito atacar e assim conseguir espaços para os contra-ataques. Não foi assim que goleamos o Uruguai? Chega a ser inacreditável, mais o Egito teve maior posse de bola na partida. Erro nosso? Não, apenas o estilo de jogo da nossa Seleção.

Repetindo o que havia dito na análise do jogo contra o Paraguai, acho que o padrão de jogo que a Seleção vai mostrar na Copa do Mundo é este que estamos assistindo. Pode ser que em algumas partidas, quando os adversários derem espaços para a qualidade individual dos nossos jogadores aparecer, vejamos algo próximo do futebol-arte. Fora isso, devemos nos contentar com contra-ataques, gols de bolas alçadas na área, bolas paradas, Júlio César se consagrando como melhor goleiro do mundo e alguns lampejos do Kaká...

Se sou à favor deste nosso estilo de jogo? Não, porém comemorei muito quando Kaká marcou o gol de pênalti e nos deu a vitória. Só me resta dizer: Amigos, bem-vindos ao futebol de resultados.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

CAMPEONATO BRASILEIRO 2009 - 6ª RODADA

SÉRIE A

São Paulo 1 x 1 Santo André
Sport 0 x 1 Atlético Paranaense
Botafogo 2 x 0 Santos
Coritiba 5 x 0 Flamengo
Fluminense 0 x 0 Grêmio
Goiás 0 x 0 Corinthians
Atlético Mineiro 3 x 0 Náutico
Internacional 0 x 0 Vitória
Palmeiras 3 x 1 Cruzeiro
Barueri 3 x 1 Avaí

SÉRIE B

Ipatinga 0 x 3 Portuguesa
Brasiliense 3 x 0 Bahia
Paraná 3 x 3 Ceará
Fortaleza 3 x 2 Juventude
Guarani 0 x 0 Vasco
São Caetano 0 x 2 Ponte Preta
Atlético Goianiense 3 x 2 Figueirense
Duque de Caxias 4 x 1 América
ABC 1 x 0 Vila Nova
Bragantino 3 x 2 Campinense

Olá amigos do FUTEBOLA!

A 6ª rodada do Brasileirão deixou um novo time na ponta da tabela. Com uma vitória convincente por 3 a 0 sobre o Náutico, o Atlético Mineiro é o novo líder do Nacional. Outros fatos interessantes como mais uma vitória do Palmeiras em casa, a primeira vitória do Botafogo no torneio e o golaço de Marcelinho Carioca, no Morumbi, foram destaques. O que marcou a rodada, porém, foi a humilhante goleada que o ex-lanterna Coritiba aplicou sobre o Flamengo. O clima na Gávea essa semana será pesadíssimo e o próximo duelo do Rubro-negro carioca é contra o Internacional.

Vamos aos destaques das partidas que eu consegui assistir:

Guarani 0 x 0 Vasco – Brinco de Ouro, Campinas (SP)
Botafogo 2 x 0 Santos – Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)
Coritiba 5 x 0 Flamengo – Couto Pereira, Curitiba (PR)
Palmeiras 3 x 1 Cruzeiro – Palestra Itália, São Paulo (SP)

MANDOU BEM!

- Depois de um bom tempo o atacante vascaíno Alex Teixeira conseguiu fazer uma boa partida. Após o intervalo, já sem Carlos Alberto, expulso, Alex foi o principal organizador das jogadas ofensivas vascaínas. Sempre pela ponta direita, o atacante cruzmaltino levou muita vantagem sobre o sistema defensivo do Guarani e de seus pés saíram três excelentes oportunidades para o Vasco abrir o placar. Acredito que Alex Teixeira pode ser muito importante nesta longa caminhada que o Vasco terá rumo à elite do Brasileirão e, se esse ano ele ainda está devendo (na realidade ele já está devendo desde o ano passado), tomara que está apresentação contra o Bugre tenha sido o pontapé inicial para ele mostrar o futebol que muitos esperam dele.

- Não sou daqueles que dizem que o time do Botafogo é de nível de 2ª divisão ou de apenas “brigar para não cair”. O que acredito que esteja acontecendo é que as recentes perdas de Maicosuel e Reinaldo estão fazendo muito efeito. Nesta tentativa de reorganizar a equipe alvi-negra, Ney Franco parece ter ganhado uma excelente peça. A atuação do volante Batista, contra o Santos, foi muito boa. Muito seguro defensivamente, Batista apareceu muitas vezes no ataque, não só com passes, mas também com chutes. Para uma equipe que atua com apenas um meia (Lúcio Flávio), um jogador como o Batista, que ataca e defende, é essencial. Só resta saber se ele manterá, por mais 30 rodadas, este alto nível apresentado.

- Eficiência é a palavra que descreve a atuação do Coritiba contra o Flamengo. Enquanto a equipe carioca teve maior posse de bola e o máximo que conseguia era entrar em impedimento, o Coxa deu um verdadeiro show de como decidir jogadas. E tem mais! O Coritiba conseguiu organizar jogadas de tudo quanto era maneira. O lateral-direito Rodrigo Haffner deu um drible desconcertante em Juan e cruzou para Welinton empurrar a bola para o fundo do próprio gol, pelo lado esquerdo, o lateral Guaru também deu uma ótima assistência, o atacante Ariel (absurdamente injusta sua expulsão) fez bom trabalho de pivô no gol do Marcos Aurélio e o Renatinho mostrou sua velocidade no lance do quarto gol paranaense. O Coritiba deu um verdadeiro show de variedade e eficiência ofensiva.

- Em minha opinião o Palmeiras é um dos times brasileiros com maior quantidade de jogadores de alto nível. Tem o goleiro São Marcos, o contundido zagueiro/volante Edmílson, o incansável Pierre, o dinâmico Diego Souza, o criativo Cleiton Xavier e o habilidoso matador Keirrison. Quando dois deles se destacam, dificilmente a equipe verde perde e, no duelo contra o Cruzeiro, uma vez mais as assistências de Cleiton Xavier e os gols de Keirrison deram a vitória para o Verdão. A capacidade que o camisa 10 palmeirense Cleiton Xavier possui para deixar seus companheiros na cara do gol é muito grande, como foi por exemplo no perfeito cruzamento para Marcão empatar a partida (mesmo que a bola cabeçada não tenha ultrapassado a linha) e no lance do último gol do Keirrison onde Cleiton Xavier deixou-o na cara do gol. Já o centroavante Keirrison consegue mesclar um grande oportunismo, como no já citado último gol, e uma qualidade técnica para fazer lances raros. O chute que ele acertou no gol da virada palmeirense é daqueles para ser mostrado ao final do campeonato como símbolo de futebol-arte. Sensacional! A missão agora é mais difícil, contra o Nacional do Uruguai, fora de casa. Que os craques do Verdão estejam inspirados.

MANDOU MAL!

- Até acredito que a expulsão do vascaíno Carlos Alberto tenha sido injusta. O primeiro cartão amarelo recebido pelo meia, porém, foi outra vez por reclamação. Como líder da equipe, Carlos Alberto não pode ficar se dando ao luxo de praticamente todo jogo levar um cartão amarelo por ficar discutindo com a arbitragem. Se ele observar bem as atuações do Vasco quando ele não está em campo, irá notar como é prejudicial para a equipe quando ele, por motivos bobos, está impedido de jogar. Ele, e ultimamente toda a equipe, devem retirar da cabeça esta idéia de que a arbitragem está prejudicando o Vasco propositalmente. Isso não pode virar uma desculpa para o fraco desempenho da equipe.

- Vasco e Guarani é daqueles jogos conhecidos como “de 6 pontos”. Acredito que ambos os times irão brigar pela vaga na Série A do ano que vem e, como em campeonato de pontos corridos a 1ª rodada vale o mesmo que a última, uma vitória nesta partida seria muito importante para ambos os times. Se ainda levarmos em consideração que o jogo era em Campinas, uma vitória vascaína seria excelente, e o time teve condições de vencer. Por que então não venceu? Falha nas conclusões. Em todas as três jogadas criadas por Alex Teixeira que citei anteriormente, o Vasco concluiu mal com, Edgar, Paulo Sérgio e o próprio Alex. Jefferson e Ramón foram os outros vascaínos que também desperdiçaram ótimas oportunidades. Resta agora “trabalhar durante a semana”, como dizem 9 em cada 10 jogadores, para que isso não se repita muitas vezes.

- Por falar em gols perdidos, a dupla de ataque botafoguense também vem deixando muito a desejar. Victor Simões e Tony não estão conseguindo mostrar o bom futebol que apresentaram no Campeonato Carioca. Não que eles estejam perdendo inúmeros gols na cara dos goleiros, apesar de que nesta partida contra o Santos o Tony perdeu um na pequena área, porém quando o Botafogo consegue criar uma boa trama ofensiva que termina nos pés de um deles, o resultado não tem sido bom. Acredito que até esteja faltando um pouco de sorte aos atacantes alvi-negros, mas como disse um dos maiores jogadores de golfe de todos os tempos, Tiger Woods: “Quanto mais eu treino, mas sorte eu tenho”.

- O Santos teve no Engenhão, contra o Botafogo, uma atuação pífia. A equipe branca permaneceu 90 minutos sem se defender com eficiência e atacar com qualidade. É inadmissível uma equipe com jogadores como Rodrigo Souto, Paulo Henrique, Molina e Mádson, que sabem tratar a bola muito bem, fique uma partida inteira sem organizar uma única boa jogada. Para não dizerem que estou exagerando, na verdade um bom contra-ataque foi armado e finalizado com perigo por Kléber Pereira. Além da apatia ofensiva mostrada, uma pixotada daquelas, do zagueiro Fabão, entregou de bandeja um gol para o Botafogo. Pelos jogos que assisti do Santos este ano, sei que esta foi apenas uma ruim atuação que não deve se repetir por muitas vezes, porém também não pode deixar de ser criticada.

- Se o torcedor flamenguista achava que a atuação defensiva da equipe na partida contra o Sport era o pior que o Flamengo poderia apresentar, se enganou. Contra o Coritiba o setor defensivo rubro-negro teve uma atuação vergonhosa. Desde o goleiro Bruno, que em minha opinião fez sua pior partida pelo Flamengo, falhando bisonhamente em 3 gols, passando pelos zagueiros e laterais, o Flamengo foi de dar pena. O gol contra marcado por Welinton foi daqueles de passar em programas humorísticos e a agressão de Aírton no atacante Ariel justifica uma punição rigorosa não só do STJD, mas da própria diretoria rubro-negra. Está mais do que na hora de avisarem ao Aírton que um jogador vigoroso e imponente, não precisa ser violento e covarde. Novamente Ronaldo Angelim teve uma atuação longe do seu padrão, apesar de não ter sido o desastre que foi na partida contra o Sport e o drible que Juan levou do Rodrigo Haffner no lance do primeiro gol do Coritiba foi humilhante. É, realmente o capitão Fábio Luciano faz muita falta ao Flamengo.

- Adriano é daqueles jogadores que dependem dos seus companheiros para ter uma boa atuação. Em uma partida do Flamengo onde Juan e Íbson não estão inspirados, como foi neste duelo contra o Coritiba, será grande a chance de Adriano não jogar bem. Este fato, porém, não justifica a falta de participação de Adriano na partida. O centroavante rubro-negro deve se conscientizar rapidamente de que é um dos líderes técnicos da equipe e não pode ter uma atuação apática com teve. O fato de ficar impedido por várias vezes e não conseguir dar uma finalização certa no gol adversário, mostra como, mesmo sendo dependente de seus companheiros, Adriano também é culpado pela péssima atuação ofensiva do Flamengo. Alguns podem achar que estou sendo exagerado em criticar o Adriano já em sua terceira partida, porém sempre criticamos aqueles de quem mais esperamos, certo?

- Cruzeiro e Palmeiras são dois candidatos ao título do Brasileirão 2009. Como citei anteriormente, em campeonatos de pontos corridos todas as rodadas possuem o mesmo peso. O que leva então, o Cruzeiro deixar seus principais jogadores de fora de um duelo que pode definir o título ou uma vaga na Libertadores? Será que o treinador cruzeirense Adílson Batista esqueceu como foi apertada a briga pela vaga no torneio continental no ano passado? Será que realmente era necessário poupar tantos jogadores e colocar muitos jovens em campo? Com um time completamente desentrosado, tanto defensivamente quanto ofensivamente, o Cruzeiro foi presa fácil para o Palmeiras, mesmo que a vitória alvi-verde tenha sido de virada.

JOGADA RÁPIDA!

- Com um verdadeiro show do centroavante Edivaldo, o Duque de Caxias venceu o América-RN por 4 a 1 e segue na briga para chegar à elite do futebol brasileiro. O veterano centroavante, e agora artilheiro da Série B, marcou nada menos do que todos os gols do time de Caxias na partida e alcançou a marca de 8 gols no campeonato. O próximo adversário do Duque de Caxias é o Vasco, que já sabe muito bem quem merece atenção especial.

domingo, 14 de junho de 2009

FIGURINHA CARIMBADA - SIMA



Nome: Simão Teles Barcelar

Data de nascimento: 7 de março de 1948

Posição: centroavante

Clubes:

Piauí (1966 a 1971 e 1984 a 1986)
Moto Clube (1971)
Bahia (1972)
Tiradentes – PI (1973 a 1976)
River – PI (1977 a 1983 e 1987)
Leônico – BA (1980)
Ferroviário – CE (1981)
Sergipe – SE (1982)
Flamengo – PI (1982)
Auto Esporte – PI (1983 a 1984)


Títulos:

Campeonato Piauiense – 1967, 1968, 1969 e 1985 – Piauí
Campeonato Piauiense – 1974 e 1975 – Tiradentes
Campeonato Piauiense – 1977, 1978 e 1980 – River
Campeão Sergipano – 1982 – Sergipe
Campeonato Piauiense – 1983 – Auto Esporte

Destaques:

- Nenhum jogador na região Norte/Nordeste conseguiu balançar mais as redes do que o “Pelé do Piauí”, Sima. Numa época em que as informações não corriam o país com velocidade de hoje, Sima marcou nada menos que 529 gols ao longo de sua carreira. Esta marca se torna ainda mais monumental, se citarmos que goleadores do nível de Careca, Leônidas, Serginho Chulapa, Dida, Heleno de Freitas, e muitos outros, não atingiram a marca dos 500 gols.

- Essa grande quantidade de gols marcados fez Sima alcançar a incrível façanha de ser 10 vezes artilheiro do Campeonato Piauiense. E tem mais! Três times do Estado possuem como maior goleador de sua história o “Rei do Piauí”, Sima. Vamos aos números: Pelo Piauí marcou 156 gols, pelo Tiradentes, 93 tentos e pelo famoso River, sacudiu o filó por 185 vezes. Mas como artilheiro de verdade marca gol em tudo que é lugar, Sima também não passou em branco nos grandes estádios do país. Pelo Brasileirão de 1973, jogando contra o Internacional do lendário zagueiro Figueroa, em pleno Beira-Rio, Sima abriu o placar para o Tiradentes, porém o Colorado conseguiu a virada. Já no Brasileiro de 1975, o jogo era em São Januário, contra o Vasco. Sem sentir a pressão de enfrentar um gigante do futebol brasileiro, pelo pequenino Tiradentes, Sima colocou o 1 a 0 no placar. Nos minutos finais da partida, Roberto Dinamite de pênalti, para muitos duvidoso, igualou o jogo.

- Em 1977, já atuando pelo River, Sima participou de um dos maiores Campeonatos Piauienses da história. Um dos motivos deste torneio ser tão importante, foi uma marca alcançada pelo próprio atacante. Com 33 gols anotados, Sima se sagrou o maior goleador de todos os Campeonatos Estaduais naquele ano. Junte este feito com uma final entre River e Flamengo, o clássico Rivengo, em um Albertão com mais de 40 mil pessoas e está explicado o motivo deste Campeonato Piauiense de 1977 ser tão histórico. Em um jogão de bola, com Sima balançando as redes por 2 vezes, o River venceu por 2 a 1 e se sagrou Campeão.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

ELIMINATÓRIAS PARA A COPA DO MUNDO - BRASIL X PARAGUAI

- Neste processo de compreendimento de que a base da Seleção Brasileira está montada para a Copa do Mundo, a partida contra o Paraguai me agradou muito. Ainda continuo preocupado com a proximidade do Mundial e alguns problemas que nosso Escrete possui, mas vou confessar uma coisa para vocês: poucas coisas no futebol atual me alegram mais do que ver Kaká fazendo uma bela jogada. Sei que o argentino Messi e o português Cristiano Ronaldo estão vivendo melhor momento, porém nada é mais divertido de se ver do que uma arrancada do Kaká.

Novamente o Brasil não fez um bom 1º tempo e, assim como no duelo contra o Uruguai, conseguiu achar um gol. Com um gol de Cabañas (outra vez ele!) o Paraguai havia saído na frente, mas um bom cruzamento de Daniel Alves e uma melhor conclusão de Robinho nos fez ir para o intervalo com o empate. Se o Brasil não merecia o gol, o Paraguai também não merecia a vitória parcial. Sobre Cabañas fica impossível não citar a entortada que ele deu de letra no zagueiro Juan, em minha opinião um dos melhores do mundo. Poucos são os jogadores que conseguem passar por Juan com tamanha maestria. E mais! No lance que originou a falta, que resultaria no gol paraguaio, uma vez mais Cabañas iria passar por Juan, que utilizou o “recurso” da falta. Amigos, não estou criticando o Juan, mas sim elogiando o Cabañas, que deu bastante trabalho à nossa defesa na 1ª etapa.

Com a chegada do 2º tempo e o rápido gol do Nilmar, tudo ficou ao gosto da Seleção Brasileira, que quando possui espaços para jogar é letal. Aí que reapareceu o prazer de torcer para a Seleção Brasileira, quando Kaká começou a mostrar seu repertório de arrancadas. É impressionante o porte de Kaká quando parte em direção ao gol. Dá para perceber que quando ele começa a correr, só vai ser parado com falta, como no lance em que ele atravessava o campo como se estivesse jogando sozinho e levou uma paulada do Cáceres. Mas o que me deixou mais feliz mesmo foi sua entrevista após a partida quando disse que está pronto para assumir a responsabilidade de comandar a Seleção. Como disse nos comentários do jogo contra o Uruguai, ele não pode fazer tudo sozinho, mas só de saber que ele está disposto a ser o líder já fico mais animado.

Outro fator que mostra a boa atuação do Brasil é a escolha do melhor jogador em campo. Reparem: Alexandre Lorenzetti, do diário Lance!, escolheu o zagueiro Lúcio. Roberto Assaf, colunista do mesmo jornal, optou por Felipe Melo. Paulo César Vasconcellos, comentarista do Sportv, além do Felipe Melo, deu o prêmio para Daniel Alves. Com tanta diversidade na escolha, podemos perceber que o Brasil realmente teve uma boa atuação. Dando minha opinião, o melhor em campo foi Daniel Alves. Seus avanços pela direita e sua eficiência nas bolas paradas se tornaram ótimas armas ofensivas para o Brasil. Neste jogo ele deu a assistência para o gol de Robinho e, contra o Uruguai, fez um gol e deui o passe para Kaká sofrer o pênalti. Resumindo: Daniel Alves foi o jogador brasileiro que mais se destacou nesta rodada dupla das Eliminatórias. Minha última mudança de opinião no futebol é com relação à ele. Não achava que ele merecesse a vaga na Seleção, porém os últimos jogos que assisti do Barcelona e as estas citadas do Brasil me fizeram mudar de opinião.



JOGADA RÁPIDA!



É claro que a Argentina vai se classificar para a Copa do Mundo da África do Sul. Da mesma forma que o Brasil, porém, este não deve ser o objetivo dos nossos hermanos, mas sim o de montar um time capaz de vencer o Mundial. Desta rodada dupla das Eliminatórias, consegui assistir a vitória da Argentina sobre a Colombia por 1 a 0, em casa. Não vejo uma Argentina que imponha medo aos adversários. A defesa é muito fraca e o meio sente uma falta absurda do Riquelme. Vou ser sincero com vocês. Mesmo concordando que o Messi é o melhor jogador do mundo nesta temporada, não acredito que ele será capaz de liderar a Argentina como fez, por exemplo, Maradona em 1986.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

CAMPEONATO BRASILEIRO 2009 - 5ª RODADA

SÉRIE A

Grêmio 3 x 0 Náutico
Santo André 3 x 3 Santos
Corinthians 2 x 0 Coritiba
Palmeiras 2 x 1 Vitória
Sport 4 x 2 Flamengo
Avaí 0 x 0 São Paulo
Atlético Paranaense 0 x 4 Atlético Mineiro
Cruzeiro 1 x 1 Internacional
Fluminense 1 x 0 Botafogo
Goiás 2 x 2 Barueri

SÉRIE B

Bragantino 1 x 1 Ipatinga
Juventude 0 x 1 Paraná
Fortaleza 1 x 1 Duque de Caxias
Campinense 2 x 1 Atlético Goianiense
Vila Nova 1 x 0 Ceará
Figueirense 0 x 1 Guarani
Vasco 0 x 0 São Caetano
Bahia 4 x 0 ABC
América 2 x 1 Brasiliense
Ponte Preta 5 x 2 Portuguesa

Olá amigos do FUTEBOLA!

Depois de não ter conseguido assistir a 4ª rodada do Campeonato Brasileiro, estou de volta ao batente. O Brasileirão ainda não pegou fogo, pois Eliminatórias para a Copa do Mundo, Copa das Confederações, Taça Libertadores e Copa do Brasil, parecem ser mais importantes no momento. Mesmo assim, as rodadas vão passando e já tem muito time tendo que abrir o olho para não sofrer o que sofreu o Fluminense em 2008, tendo que correr, e muito, contra o rebaixamento, por ter feito um péssimo início de campeonato. Nesta 5ª rodada do Brasileirão, foi possível presenciar um jogo que ficará na história do nosso futebol. A virada do Sport sobre o Flamengo, com 4 gols em menos de 10 minutos, foi algo de deixar qualquer um boquiaberto. Além desta incrível vitória do Sport, também acompanhei o Clássico Vovô, que foi decidido com uma pintura de Fred, no fim do jogo. Vamos aos destaques destas duas partidas.

Sport 4 x 2 Flamengo – Ilha do Retiro, Recife (PE)
Fluminense 1 x 0 Botafogo – Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)

MANDOU BEM!

- Durante aproximadamente 15 minutos de jogo, o Flamengo mostrou na Ilha do Retiro a sua antiga arma: a qualidade dos seus laterais. Com Juan e Léo Moura sendo incisivos simultaneamente e somando a agora presença de Adriano como referência, o atacante Emerson apresentou um futebol raro de se ver em um atacante rubro-negro, em 2009, e marcou dois belos gols de oportunismo. Emerson mostrou que deve mesmo ser o parceiro ideal de Adriano no ataque do Flamengo, pois suas características são complementares às do Imperador. Emerson sabe jogar saindo da área, caindo pelos lados do campo e também finaliza com qualidade. O torcedor rubro-negro deve estar torcendo para sua contusão não ser séria.

- Sensacional a reação do Sport na partida. É claro que o sistema defensivo do Flamengo falhou bastante e facilitou a vida da equipe pernambucana, porém o fato de ter marcado 4 gols em menos de 10 minutos é algo digno de muitos elogios . Dois jogadores foram fundamentais nesta virada do Sport. O meia Fumagali mostrou estar com o pé calibrado e deu dois lindos cruzamentos para os gols de Durval e o segundo do atacante Weldon. Por falar em Weldon, ele foi o nome do jogo. Acreditem, mas em 7 minutos ele simplesmente balançou as redes por 3 vezes. Parecia até quando você está jogando futebol no videogame e faz um macete para todo chute arriscado ser gol. Weldon teve uma atuação para entrar na história do Brasileirão.

- Só pelo lindo gol marcado aos 43 minutos do 2º tempo, que decidiu o Clássico Vovô, Fred já merece aplausos, mas ele fez mais. Não que Fred tenha tido uma noite de gala no Maracanã, entretanto os raros lances ofensivos que o Tricolor conseguiu criar, contaram com sua presença. O Fluminense ainda não está sabendo utilizar a capacidade que Fred possui de jogar de pivô. Thiago Neves, Conca e até o Marquinhos são bons chutadores e o Fluzão deveria ter mais jogadas trabalhadas, com o Fred segurando a bola para eles chegarem de trás, prontos para o arremate.

- Desde que iniciou sua passagem pelo Vasco que comecei a ser fã de Leandro Amaral. Até mesmo em seu primeiro curto período no Fluminense, no início de 2008, que valorizei seu trabalho. Apesar de o trio Washington, Dodô e Leandro Amaral, conhecido como “Três Tenores”, não ter engrenado, achei que Leandro se esforçou muito para o ataque ter dado certo. Como fã seu, também fiquei muito triste com seu ruim retorno ao Vasco, onde reclamou na imprensa muito mais do que jogou bola e foi um dos responsáveis pela queda do Cruzmaltino para a Série B. De volta ao Fluminense, Leandro, em pouco tempo, se contundiu e conseguiu retornar aos gramados somente agora, nesta 5ª rodada do Brasileirão. O atacante ficou apenas 20 minutos em campo, no clássico, e fez muito mais do que Thiago Neves, quem substituiu. Um belo passe pro volante Maurício arrematar de fora da área, um perigoso chute longo que fez o goleiro Renan bater roupa e um magistral passe para Fred decidir o jogo. Excelente retorno de Leandro Amaral. Estou torcendo muito para que sua dupla com Fred faça tanto sucesso quanto promete.

- Foi visível a falta de ritmo de jogo que o botafoguense Lúcio Flávio mostrou no clássico, após o bom tempo que ficou encostado no Santos. Não foi, porém, esta falta de condicionamento que fez com que a técnica que possui ficasse escondida. Bons passes, ótimas inversões de jogo e perigosos chutes ao gol, fizeram parte do repertório de Lúcio Flávio. Claro que espero muito mais do Maestro na sequência do campeonato, mas não achei sua apresentação tão ruim quanto alguns comentaristas acharam. Junto com o camisa 10 alvi-negro, o zagueiro/ala Eduardo merece elogios. Confesso que nunca fui um grande admirador de seu futebol, porém desde que foi escalado na reta final do Carioca que ele vem jogando muito bem. Mesmo tendo atuado boa parte da partida como zagueiro pela esquerda, acreditem, os avanços e chutes longos de Eduardo foram a principal arma ofensiva do Botafogo no jogo. Além disso, seu setor defensivo esteve muito bem protegido.

MANDOU MAL!

- Sempre elogiei, em meus comentários, o futebol do zagueiro flamenguista Ronaldo Angelim, citando-o inclusive como um dos melhores zagueiros do país. Não é por este motivo, porém, que deixarei de puxar suas orelhas quando ele merecer. No primeiro gol do Sport, aos 26 minutos do 1º tempo, ele falhou junto com o goleiro Bruno, pois era ele quem marcava o zagueiro Durval. Um minutinho depois, a bola cruzada por Dutra passou por entre suas pernas e o atacante Weldon empatou a partida. Aos 29 minutos ele cometeu falta que resultaria na virada pernambucana e aos 34 levou um drible desconsertante do jovem Ciro, que deu o passe para, novamente Weldon, sacudir o filó. Uma atuação daquelas que deve ter feito Ronaldo Angelim perder o sono. Para diminuir um pouquinho a culpa de Ronaldo Angelim na derrota do Flamengo, vale ressaltar que uma derrota como esta não tem somente um culpado. O goleiro Bruno, o zagueiro Aírton e o técnico Cuca também são alguns dos responsáveis pelo revés. O Flamengo atuando com Willians, Aírton e Angelim na defesa, foi muito sólido contra o Interncional, nos duelos pela Copa do Brasil. Será que a ausência do Kléberson não poderia ser ajustada sem ser com o adiantamento do Willians? A entrada de Welinton na defesa e a volta de Willians ao meio piorou bastante o setor defensivo flamenguista. Tudo bem que esta foi a pior atuação de Ronaldo Angelim que assisti pelo Flamengo, mas ele não é o único culpado.

- Sem a companhia de Reinaldo, contundido, e Maicosuel, vendido, o centroavante Victor Simões não está conseguindo mostrar um pingo do futebol que apresentou no Cariocão. Tudo bem que todo o time botafoguense está sentindo esta repentina falta de seus dois principais jogadores, porém eu esperava mais de Victor, principalmente em relação à chamar o jogo para si. Diminuindo um pouco a parcela da culpa de Victor Simões pela falta de qualidade ofensiva do Botafogo, o seu parceiro Tony também nada apresentou de bom contra o Fluminense. Com um armador como Lúcio Flávio e um centroavante como Victor Simões, Tony deveria explorar os espaços no lado do campo, pois assim abriria o meio para a chegada de Lúcio e criaria boas jogadas para Victor. Pode ser falta de qualidade individual, falta de entrosamento ou até de motivação, o fato é que o sistema ofensivo botafoguense não rendeu bem no clássico contra contra o Fluminense.

JOGADA RÁPIDA!

- Quem diria, mas o Atlético Mineiro é o vice-líder do Brasileirão e ainda está invicto. O ataque formado por Diego Tardelli e Éder Luiz, que foram pessimamente aproveitados por, respectivamente, Flamengo e São Paulo, vem se mostrando uma das sensações do Brasileirão. Será que o Galo aguenta o pique até o final?

ENQUANTO ISSO NO URUGUAI…

- O Brasil esteve longe de fazer a bela partida que o resultado de 4 a 0 sobre o Uruguai, em pleno Centenário, ilustra, porém uma equipe que apesar das poucas chances de gols criadas consegue balançar as redes 4 vezes, merece sempre vencer.

Estamos distantes apenas um ano da Copa do Mundo da África e chegou o momento de aceitarmos que Dunga será sim o técnico do Escrete Canarinho no Mundial e, principalmente, que a espinha de sua equipe está montada. Apesar de eu não concordar com praticamente metade da convocação de Dunga, a postura da Seleção em campo me incomoda mais. Esta partida contra o Uruguai por exemplo, deixou uma preocupação em minha cabeça, com relação a organização da Seleção Brasileira na saída para o jogo. É inconcebível que uma equipe que está sendo montada a 3 anos passe praticamente todo o 1º tempo de um jogo sem organizar uma única jogada de qualidade e sem que o craque do time, Kaká, apareça com destaque. Porém, mesmo que sem nenhum mérito coletivo, dois gols foram marcados e a vitória encaminhada. Será que sempre acharemos gols na hora certa? Já no 2º tempo, Kaká jogou bola por 10 minutos. Dos 18 aos 28 minutos Kaká deu dois passes magistrais para Luís Fabiano perder dois gols na cara do goleiro e ainda sofreu um pênalti que ele mesmo converteu. Pouco para quem deve ser o “sol” pelo qual a Seleção deve girar em volta, mas suficiente para liquidar a atualmente fraca Celeste Olímpica.

Parece que estou criticando o Kaká pela falta de qualidade que o Brasil mostrou em campo. Não, não estou. Apesar de ser ele quem tem que assumir o comando do time, ninguém tem a obrigação de levar a Seleção nas costas. O que ocorre é que Kaká está muito mal sustentado. Filipe Melo e Elano fizeram péssimas partidas? Não. Entretanto eles estiveram longe de dar ao meio campo brasileiro o controle do jogo. Pode parecer algo pouco importante, porém toda a pressão que o Brasil sofreu, principalmente na 1ª etapa, foi por culpa desta falta de posse de bola. Todas aquelas defesas que Júlio César teve que, novamente, realizar, só ocorreram pois o meio-de-campo brasileiro não teve a mínima capacidade de controlar a partida.

A Seleção teve sim méritos por ter vencido o jogo, porém estou um pouco assustado com a proximidade da Copa do Mundo para poder ficar elogiando as pouquíssimas boas ações brasileiras.

domingo, 7 de junho de 2009

FIGURINHA CARIMBADA - PERÁCIO



Nome: José Perácio

Data de nascimento: 2 de novembro de 1917

Faleceu em 10 de março de 1977

Posição: ponta-de-lança

Clubes:

Villa Nova – MG (1933 a 1936)
Botafogo (1937 a 1940)
Flamengo (1940 a 1947 e 1951)
Canto do Rio – RJ (1948 a 1951)

Seleção Brasileira – 6 jogos e 4 gols – 1 Copa do Mundo (1938)*

Títulos:

Campeonato Mineiro – 1933, 1934 e 1935 – Villa Nova
Campeonato Carioca – 1942, 1943 e 1944 – Flamengo

Destaques:

- O início da carreira do craque Perácio foi sensacional. Atuando na que foi talvez a maior equipe da história do Villa Nova, Perácio sagrou-se Tri-Campeão Mineiro. Desta equipe sairíam grandes jogadores, como o ilustre meia Zezé Procópio, que faria história no Atlético Mineiro e no São Paulo, e o goleador Alfredo, também ídolo no Galo Mineiro. O mais incrível é que Perácio fazia parte deste timaço com apenas 16 anos de idade.

- Com o bolão que estava jogando, Perácio seguiu o caminho natural dos grandes jogadores da época. Ir para o Rio de Janeiro ou para São Paulo. No caso de Perácio, o destino foi o Botafogo. No Fogão, as grandes atuações continuaram e o seu famoso canhão foi tornando-se cada vez mais conhecido. Durante a Copa do Mundo de 1938, Perácio transformou-se em lenda. Na partida contra a Tchecoslováquia, o goleiro Planicka, um dos grandes arqueiros europeus, chocou-se com a trave ao tentar defender um chute de Perácio. Com o choque, Planicka teve seu braço e clavícula fraturados, porém a lenda diz que foi o petardo de Perácio que contundiu o goleiro. Além do chute fortíssimo, uma outra característica de Perácio chamava a atenção. O lendário João Saldanha nos conta: “É que ele representa uma nova etapa do futebol: a do profissionalismo, onde o jogador não é apenas um futebolista na acepção da palavra, mas um futebolista e atleta, formado em toda a extensão.” .**

- Apesar da excelente passagem pelo Botafogo, Perácio também conseguiu se tornar ídolo em outro grande clube carioca. Pelo Flamengo, atuando ao lado de imortais da bola como Domingos da Guia e Zizinho, Perácio viveu uma época de ouro, conquistando o Tri-Campeonato Carioca 42/43/44. No Carioca de 1944, porém, Perácio não pôde atuar até o final, pois foi selecionado para defender a pátria. “Jogar pela Seleção Brasileira”, você deve estar pensando. Nada disso. Em 1944, Perácio foi um dos soldados da F.E.B. (Força Expedicionária Brasileira) que batalhou em solo europeu, na 2ª Guerra Mundial.

- Um história cômica, que ocorreu fora dos gramados, também sempre é lembrada quando se fala de Perácio. Em um belo dia, Perácio e seu amigo, e também craque de bola, Martim Silveira, pararam em um posto de gasolina para abastecer o carro. Enquanto o frentista fazia o seu trabalho, Perácio acendeu um cigarro com um palito de fósforo e o jogou, ainda aceso, perto da bomba que o frentista manejava. Martim Silveira deu um pulo pra trás, temendo o pior. Após passar o susto ele dá uma bronca daquelas em Perácio. “Você é louco? Como você pode fazer um negócio destes?”. Perácio na maior tranquilidade rebate: “Calma Martim. Eu não sabia que você era supersticioso.”

* Mini-Enciclopédia do Futebol Brasileiro – Lance!
** http://br.oleole.com/blogs/miliano-fc