terça-feira, 31 de janeiro de 2012

FUTEBOL COM HISTÓRIA - DEDINHOS, PARA QUE LHES QUERO?

Em um intervalo de dias que quase podemos contar nos dedos, os nomes dos dois maiores goleiros do futebol brasileiro desde a aposentadoria do Taffarel começaram a aparecer acompanhados da pequena, mas tenebrosa, palavra “dor”. A do palmeirense Marcos, nos joelhos, o fez pendurar as luvas, enquanto a do tricolor Rogério Ceni, no ombro, o deixará alguns meses fora dos gramados.

Coincidentemente juntas no tempo, as dores de Marcos e Ceni não são as primeiras nem serão as últimas sentidas por aqueles que vestem a camisa número um. Dois casos de contusões de goleiros, porém, chamam a atenção pelo amor ao trabalho e pela total falta de vaidade, no sentido ruim da palavra, dos seus protagonistas. E que protagonistas! Falo de Castilho e Manga, nomes obrigatórios em qualquer eleição que pretende apontar o maior arqueiro de nossa história.

Por ordem cronológica, comecemos por Castilho, goleiro de imensurável qualidade debaixo das traves e que sempre tinha a sorte ao seu lado, o que lhe rendeu o apelido de “Leiteria”. Corria o ano de 1957 e Castilho, já um verdadeiro símbolo tricolor, sofria com repetidas contusões no dedo mindinho da mão esquerda. Os médicos responsáveis por dar um fim ao incômodo problema, os doutores Paes Barreto e Dourado Lopes, chegaram à conclusão de que enxerto ou correção seriam as medidas mais adequadas. No entanto, o tempo em que ficaria fora dos gramados, sem poder defender as cores do seu amado Fluminense, e a falta de confiança na melhora integral do dedinho fizeram Castilho tomar uma decisão inimaginável: amputar o pedaço do dedo que tanto lhe atormentava. (http://www.futebolarj.blogspot.com/2012/01/uma-imagem_12.html)

Manga foi um goleiro tão especial que no dia 26 de abril, data de seu nascimento, comemora-se o “Dia do Goleiro”. Se apenas um clube pudesse escolher o Manga para ser o melhor goleiro de sua história, haveria uma verdadeira guerra entre Sport, Botafogo, Internacional e o uruguaio Nacional. Manga, diferente de Castilho, enfrentou problema não com um, mas com os dois dedinhos. Seus dedos mínimos eram tão tortos, mas tão tortos, que quem não o conhecesse não acreditaria que ele ganhava a vida agarrando bolas. Os motivos para estas deformações? O arrojo de Manga. Foi em duas saídas nos pés dos atacantes adversários, uma em 1965, contra o São Cristóvão, e outra em 1967, diante do Flamengo, ambas com a camisa do Botafogo, que o goleiro fraturou os dedinhos. O detalhe é que o Botafogo já estava com a vitória encaminhada nas duas partidas e, mesmo assim, Manga continuou defendendo a meta como se fosse sua casa. Tanto em 1965 quanto em 1967, Manga retirou o gesso do dedinho antes do tempo determinado pelo médico Lídio Toledo para, assim, voltar mais rápido a salvar o Botafogo, atitude que lhe causou as deformações. (http://www.futebolarj.blogspot.com/2012/01/uma-imagem_30.html)

Quando o amigo escutar que a vida de goleiro exige sacrifícios, não deixe de lembrar destas duas legendas do nosso futebol: Castilho e Manga.

Nota: os links acima mostram imagens de Castilho e Manga, destacando os problemas que tiveram com seus dedinhos.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

UMA IMAGEM



Manga e seus dedos tortos, que não o impediram de se tornar um dos maiores goleiros do nosso futebol.

domingo, 29 de janeiro de 2012

CAMPEONATO CARIOCA 2012 - TAÇA GUANABARA - 2ª RODADA - NOVA IGUAÇU X BOTAFOGO






RESULTADOS

Grupo A

Bonsucesso 3 x 1 Madureira

Macaé 0 x 0 Flamengo

Resende 3 x 2 Olaria

Nova Iguaçu 0 x 0 Botafogo

Grupo B

Friburguense 2 x 1 Bangu

Volta Redonda 0 x 3 Fluminense

Americano 1 x 1 Boavista

Duque de Caxias 1 x 3 Vasco

ARTILHARIA

2 Gols

Alecsandro (Vasco)

Araújo (Fluminense)

Dinei (Madureira)

Gilcimar (Duque de Caxias)

Jael (Flamengo)

Loco Abreu (Botafogo)

Luiz Alberto (Boavista)

Nova Iguaçu 0 x 0 Botafogo – Moça Bonita, Rio de Janeiro (RJ)

Em jogo de placar mudo e com menos emoções do que reprise de primeiro capítulo de novela, Nova Iguaçu e Botafogo só não foram mais entediantes do que o clima no Rio de Janeiro.

Único dos “grandes” a estar focado integralmente no Estadual nestes primeiros meses de 2012, o Botafogo entrou em campo com o mesmo onze escalado na 1ª rodada e organizado pelo Oswaldo de Oliveira no 4-2-3-1 com: Jefferson; Lucas, Antônio Carlos, Fábio Ferreira e Márcio Azevedo; Renato e Marcelo Mattos; Maicosuel, Andrezinho e Elkesson; Loco Abreu. Com a chance de assumir a ponta do grupo, o Nova Iguaçu foi para o duelo esquematizado pelo Leonardo Condé no 4-4-2 com: Jefferson; Marcelinho, Naylhor, Vagner Eugênio e Ualace; Mossoró, Amaral, Luan e Zambi; Dieguinho e Leandrão.

Poucos segundos após o apito inicial, o Botafogo já mostrava um grande ímpeto ofensivo, com o volante Renato e o meia Andrezinho cheios de gás. Pena, para o torcedor alvinegro, que todo este ânimo durou apenas cinco minutinhos. O que se viu, na realidade, foi um Bota perdido no campo de ataque, Maicosuel e Elkeson sem noção de onde estavam e de onde deveriam estar, Loco Abreu isolado no meio da segura zaga laranja e o Andrezinho sendo o único a tentar – porém sem muito êxito – as jogadas verticais. Como o Nova Iguaçu estava somente preocupado em se defender, o que fez de maneira eficiente, a dupla de ataque Dieguinho/Leandrão não foi acionada e, assim, o goleiro botafoguense Jefferson pouco foi visto. Uma pena, se levarmos em consideração que o seu uniforme verde escuro é de uma beleza incomum no futebol atual.

Etapa nova, futebol novo, certo? Errado! A única diferença dos primeiros 45 minutos do confronto para os últimos foi que os times trocaram de lado. Oswaldo de Oliveira mudou todo o seu tripé de meio-campo – entraram Herrera, Felipe Menezes e Caio – e, mesmo assim, o Botafogo continuou sem uma gota de poder ofensivo. Até conseguiu, perto do apito final, assustar o arqueiro adversário, também chamado de Jefferson. Porém, foi um susto digno de filme de terror infantil. Chegado o fim da partida, quem pôde comemorar foi o Nova Iguaçu, que, mesmo a quilômetros de poder ser chamado de “Carrossel da Baixada” ou “Laranja Mecânica”, por esta atuação, se mantém com o mesmo número de pontos do Flamengo e do próprio Botafogo.

Depois de ser o “grande” a encontrar maiores dificuldades na 1ª rodada, diante do Resende, o Botafogo teve mais uma atuação que não anima o seu torcedor. Se pensarmos que o time alvinegro não carece de problemas de entrosamento, já que possui a mesma base de 2011, e está com todos seus jogadores à disposição, o início da Taça Guanabara deveria mesmo ser melhor.

JOGADA RÁPIDA!

- O empate dos reservas do Flamengo diante do Macaé e a segunda vitória do Fluminense por 3 x 0, desta vez com os titulares, ficaram para trás no quesito diversão em relação ao confronto entre Duque de Caxias e Vasco. No Moacyrzão com poças d’água tão grandes que um crocodilo se sentiria em casa, teve golaço de fora da área do Juninho Pernambucano, defesa magnífica, espetacular e sensacional do goleiro caxiense Fernando, dez minutos de ótimo futebol do Duque de Caxias no início da 2ª etapa – quando empatou o escore com gol do Gilcimar – e Alecsandro, com muito oportunismo, e Fágner, com mais uma assistência, esta para Diego Souza, dando a vitória para o Cruzmaltino. Valeu a rodada!

PELO BRASIL AFORA...

- Após três rodadas do Paulistão, Santos e Palmeiras estão empatados na 7ª colocação com cinco pontos. A desculpa do início da temporada não cola se olharmos para o topo da tabela, onde Corinthians e São Paulo dividem a liderança com nove pontos e 100% de aproveitamento. É bom tanto o “Peixe” quanto o “Porco” abrirem os olhos...


sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

BIBLIOTECA DO FUTEBOLA - BOTAFOGO: O GLORIOSO

Não existe nenhum exagero em falar que a memória do jornalista Roberto Porto deveria ser considerada um patrimônio do Botafogo de Futebol e Regatas. Por este motivo, quando Roberto Porto lança um livro onde conta causos e histórias do “Glorioso”, este se torna leitura obrigatória para torcedores de todos os clubes.


Botafogo: O Glorioso

Autor: Roberto Porto

Editora Leitura

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

GÊNIO DAS PALAVRAS - JOÃO CABRAL DE MELO NETO


ADEMIR DA GUIA

Ademir
impõe com seu jogo
o ritmo do chumbo (e o peso),
da lesma, da câmara lenta,
do homem dentro do pesadelo.

Ritmo
líquido se infiltrando
no adversário, grosso, de dentro,
impondo-lhe o que ele deseja,
mandando nele, apodrecendo-o

Ritmo
morno, de andar na areia,
de água doente de alagados,
entorpecendo e então atando

o mais irrequieto adversário.

João Cabral de Melo Neto

COPA LIBERTADORES 2012 - 1ª FASE - REAL POTOSÍ X FLAMENGO

Real Potosí 2 x 1 Flamengo – Estádio Victor Augustín Ugarte, Potosí (BOL)

Nem mesmo uma linda jogada do lateral Léo Moura, que resultou no gol do promissor Luiz Antônio, foi capaz de salvar o Flamengo de uma derrota para o Potosí, em seu primeiro jogo na Copa Libertadores 2012.

Vice-Campeão do último Torneo Adequación, um dos três principais disputados na temporada boliviana, o Real Potosí foi para o jogo organizado pelo treinador Victor Zwenger no 4-3-1-2 com: Lapczyk; Jiménez, Alarcón, Centurión e Rivero; Ortiz, Sejas e Michelena; Angola; Sebástian Pool e Brittes. Depois de um período de adaptação na Bolívia para enfrentar a altitude de quase quatro mil metros, o Flamengo foi escalado pelo Vanderlei Luxemburgo no 4-4-2 com: Felipe; Léo Moura, Welinton, David Braz e Junior César; Luiz Antônio, Willians, Aírton e Renato; Ronaldinho e Deivid.

Chutes longos e bolas alçadas na área. Essas foram as armas utilizadas pelo Potosí no 1º tempo para agredir o Flamengo. Sempre que um camisa azul arriscava de fora da área ou cruzava a redonda na cozinha flamenguista, o goleiro Felipe tinha problemas. Individualmente falando, o jogador mais perigoso da 1ª etapa foi o arisco Sebástian Pool, que deu bastante trabalho à retaguarda rubro-negra. E foi justamente este cardápio ofensivo melhor definido que fez o Potosí nem deixar o Flamengo sentir o gostinho da vantagem, empatando o escore apenas três minutinhos após sair atrás no placar. O gol rubro-negro, aos 28 minutos, teve início com uma espetacular entortada do Léo Moura no Rivero e foi finalizada pelo Luiz Antônio, na única – isso mesmo, única! – boa jogada organizada pelo Flamengo em todo o jogo. Os bolivianos empataram com o zagueiro Centurión, de cabeça.

Para o 2º tempo, os comandados do Luxemburgo voltaram com a mesma falta de criatividade da etapa inicial. Poderia listar inúmeros obstáculos que a altitude de 4 mil metros impõe a um visitante, mas nem todos eles são capazes de justificar o fato de o Flamengo não ter conseguido criar sequer uma boa trama ofensiva durante toda a 2ª etapa. O trio Renato, Aírton e Willians foi de uma improdutividade sem tamanho. Deivid nada tentou, Ronaldinho pouco tentou e menos conseguiu e a dupla Negueba/Bottinelli, que ficou em campo durante 30 minutos, foi contagiada pelo marasmo rubro-negro. Por isso que os bolivianos virariam o placar, aos 11 minutos, em nova bola levantada na área, desta vez para David Braz falhar e Brittes sacudir o barbante, e ainda chegariam perto de ampliar a vitória, o que complicaria ainda mais a vida do Fla para o jogo de volta.

Jogo de volta no qual o Flamengo terá que apresentar um futebol muito – mas muito! – melhor do que este, mixuruca, que apresentou na Bolívia, onde só uma jogada do Léo Moura e o gol do Luiz Antônio merecem destaque. Alguns podem dizer que o Rubro-Negro não precisará de muito para se classificar, pois o Potosí não é bicho de sete cabeças. Porém, pelas três partidas disputadas pelo time titular neste ano (contra Londrina e Corinthians, além desta), diria que o Flamengo-2012 não está em condições de dizer quem é ou não um bicho de sete cabeças.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

COPA SÃO PAULO DE FUTEBOL JÚNIOR 2012 - CORINTHIANS X FLUMINENSE

Corinthians 2 x 1 Fluminense – Pacaembu, São Paulo (SP)

De tirar o fôlego! Com dois gols de cabeça do salvador zagueiro Antônio Carlos, o Corinthians venceu o Fluminense, de virada, e conquistou a Copa São Paulo de Futebol Júnior.

Muito agitado desde o apito inicial, Flu e Coringão fizeram um jogo aberto e que foi pura adrenalina, com o placar mudo no intervalo de responsabilidade somente da falta de capricho nas finalizações por parte dos garotos. O impetuoso avante tricolor Marcos Júnior, com nada menos do que cinco finalizações perigosas na 1ª etapa, que o diga. Apesar de o Fluminense, com uma marcação recuada e muita velocidade na saída de jogo, ter sido mais perigoso nos primeiros 45 minutos, o Corinthians também levou perigo à meta adversária, com destaque para os avanços do Leonardo, bem aberto pelo flanco esquerdo.

Se o que faltava na final era o gol, bastou o relógio caminhar três minutinhos no 2º tempo para ele aparecer. Marcos Júnior realizou bela jogada pela direita, cruzou a pelota para a área, o goleiro Matheus Caldeira, que vinha de um bom 1º tempo, falhou feio e Michael aproveitou para balançar o véu da noiva. Um a zero, que poderia ter virado dois a zero, devido à duas oportunidades desperdiçadas pelo Flu, mas virou um a um quando, aos 21 minutos, Matheus cobrou córner e o zagueiro Antônio Carlos, de cabeça, começou a escrever seu nome na história da Copinha. Na metade final da 2ª etapa, o Fluminense poderia e deveria ter sido mais agressivo e explorado o fato de o Corinthians estar com um meio-campo vazio – pelas substituições realizadas pelo treinador corintiano, Narciso, que encheu o time de atacantes. Porém, o que se viu foi um Fluminense murcho, que não conseguia superar a defesa alvinegra comandada pelo raçudo Marquinhos, e com o intuito de levar a decisão para as penalidades.

O resultado desta postura: aos 43 minutos, outra bola alçada na área em cobrança de escanteio, outra cabeçada certeira do zagueiro Antônio Carlos, outro título da Copinha para o Corinthians. O oitavo título!

PARABÉNS, CORINTHIANS!

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

FUTEBOLA COMEMORA ANIVERSÁRIO DE 3 ANOS COM SORTEIO!!!

Olá, amigos!

Esta é uma semana mais do que especial para o FUTEBOLA, que sopra as velinhas do seu terceiro aniversário, comemorado no dia 23 de janeiro. São três anos de enorme alegria, pois nunca imaginei que fosse tão legal “colocar no papel digital” minhas visões sobre este inigualável esporte. Melhor só saber que tantos amigos gastam minutos e mais minutos para ler estas visões. Por isso, neste aniversário, nada mais justo do que vocês ganharem o presente. Ou melhor, os presentes. O primeiro deles é o novo visual que o blog recebeu, pelo qual gostaria de agradecer ao amigo e desenhista Paulo Salles. Espero e torço para que todos tenham gostado do nosso novo cartão de visitas. O segundo presente é uma surpresa. Como, infelizmente, não posso distribuir presentes para todos os amigos, um sorteio será realizado com as seguintes regras:

- Para participar, basta compartilhar qualquer postagem do FUTEBOLA RJ (http://pt-br.facebook.com/public/Futebola-Rj) no Facebook, entre os dias 23 de janeiro e 29 de janeiro.

- O resultado do sorteio será divulgado dia 30 de janeiro.

- Cada postagem compartilhada equivale a um "cupom", ou seja, quanto mais o amigo compartilhar, mais chances terá de ganhar.

- O vencedor receberá o presente em sua casa, através dos correios, desde que more no Brasil.

- Caso o sorteado seja do exterior, este poderá indicar alguém que more no Brasil para receber o prêmio.

Conto com a participação de vocês!

Boa sorte para todos!

FUTEBOL COM HISTÓRIA - FLUMINENSE CAMPEÃO DA COPINHA DE 1973

Quando Fluminense e Corinthians pisarem no gramado do Pacaembu nesta quarta-feira, 25 de janeiro, para a decisão da Copa São Paulo de Futebol Júnior, nada menos do que 12 títulos da Copinha estarão em campo. O Corinthians é o maior Campeão da história do torneio, com sete conquistas, seguido pelo próprio Fluminense, com cinco. E para deixar esta finalíssima ainda mais atraente, Fluzão e Coringão já realizaram uma decisão da Copinha. Foi em 1973, ano para onde vamos viajar nas linhas abaixo.

O ano de 1973 ficou marcado para sempre na história do Fluminense como o ano em que Gérson, “O Canhotinha de Ouro”, conquistou seu único título com a tradicional camisa verde, branca e grená. E não é para menos, já que Gérson, um dos maiores jogadores que já passaram por nossos campos, sempre foi um fervoroso tricolor. No entanto, necessitamos colocar os pingos em alguns “is”.

Durante todo o 1º turno do Cariocão de 1973, a Taça Guanabara, o Tricolor era comandado, dentro de campo, pela experiente dupla de meias Denílson/Gérson, e, fora dele, pelo não menos experiente Zezé Moreira. E o resultado não foi dos melhores para o Fluzão, que obteve apenas quatro vitórias em 11 jogos e terminou o turno na 6ª colocação. Com os 2º e 3º turnos pela frente, o Fluminense precisava de um novo combustível. E este combustível havia desfilado sua categoria na decisão da Copa São Paulo de Futebol Júnior, poucos meses antes.

A final da Copinha foi disputada contra o Corinthians, em pleno Parque São Jorge. Treinados pelo consagrado zagueiro Pinheiro, porém, os garotos do Fluminense ignoraram o fator fora de casa e, com gols de Dé e Silvinho, ambos na prorrogação, bateram o Alvinegro Paulista por 2 x 0. Deste Campeão da Copinha, o novo treinador do time principal, Duque, rapidamente recrutou para o seu elenco uma dupla de meio-campo que daria o que falar: Carlos Alberto Pintinho e Cléber. Ao lado do lateral Zé Maria (também Campeão da Copinha) e de outros meninos como Rubens Galaxie, Marquinhos e Zé Roberto, formou-se o que a torcida carinhosamente apelidou de “Young Flu”.

Duque soube utilizar os garotos no ambiente dos treinamentos, como os lançar na equipe principal – uns com mais oportunidades, outros com menos – mas, principalmente, como transformar Carlos Alberto Pintinho no dono da meia cancha. O torcedor tricolor que olhava para a escalação do Flu na Taça Guanabara e via um meio-campo formado por Gérson e Denílson, agora se acostumava a ver nomes como Carlos Alberto Pintinho, Cléber e Marquinhos. E podemos dizer que se acostumou num piscar de olhos, já que os meninos comandaram a reação do Flu no torneio que culminaria com as conquistas do 2º turno, do Grupo B do 3º turno e, por fim, do Cariocão de 1973, com uma goleada sobre o Flamengo por 4 x 2, na grande final.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

PREMIER LEAGUE 2011/2012 - 22ª RODADA





RESULTADOS
Norwich 0 - 0 Chelsea
Everton 1 - 1 Blackburn
Fulham 5 - 2 Newcastle
Queens Park Rangers 3 - 1 Wigan
Stoke City 1 - 2 West Bromwich
Sunderland 2 - 0 Swansea City
Wolverhampton 2 - 3 Aston Villa
Bolton 3 - 1 Liverpool
Manchester City 3 - 2 Tottenham
Arsenal 1 - 2 Manchester United

ARTILHARIA
19 Gols –
Robin van Persie (Arsenal)
15 Gols – Demba Ba (Newcastle)
14 Gols – Kun Agüero (Manchester City)
13 Gols – Wayne Rooney (Manchester United)

GIRO PELA “TERRA DA RAINHA”

- Se quiserem beliscar uma vaga na próxima Champions League, o que se torna cada vez mais um sonho do que uma realidade, Liverpool e Newcastle, respectivamente 5º e 6º colocados, necessitam de muito mais solidez em suas campanhas. Para espelhar este argumento, o Newcastle fez feio e tomou uma chinelada do Fulham por 5 x 2, enquanto o Liverpool levou 3 x 1 do Bolton, 17º na tábua de classificação. Assim, nem os “Magpies” nem os “Reds” conseguem aproveitar tropeços como o do Chelsea, que apenas empatou sem gols com o Norwich.

- Quem decidiu trocar a TV de canal no intervalo de Manchester City e Tottenham, devido à falta de ímpeto e ao excesso de estudo de ambos na 1ª etapa, perdeu um dos melhores jogos da temporada. Comandado pelo cada dia melhor e mais decisivo David Silva, o City não só abriria o placar aos 10 minutos, em belo gol do Nasri, mas o ampliaria aos 13, com o zagueiro Lescott. A desvantagem de dois gols no placar tinha tudo para tirar os “Spurs” do jogo, mas falhas do zagueiro Savic e do goleiro Hart resultaram em tentos de Defoe, aos 15, e Bale, este, quatro minutos depois, em lindo arremate de fora da área. E isto não foi tudo, pois os acréscimos fariam os corações ainda mais. O relógio marcava 46 minutos quando o impossível Bale arrancou pela esquerda e cruzou a pelota rasteira para Defoe, que chegou alguns milésimos e milímetros atrasado e não conseguiu sacudir o filó. Para os que adoram o ditado que diz que “quem não faz, leva”, aos 49, Balotelli converteria com enorme categoria a cobrança de pênalti sofrida por ele mesmo. Mais incrível do que este triunfo por 3 x 2 dos “Citizens” só a marca alcançada de 11 vitórias em 11 jogos como mandante.

- Logo depois deste jogão citado linhas acima, Arsenal e Manchester United entraram em campo para outro show de bola. Jogo equilibrado, duro, disputado e, como gostam de dizer os treinadores atuais, decidido no detalhe. No finalzinho da 1ª etapa, o United tirou o zero do placar quando Valencia completou, de cabeça, um perfeito cruzamento do infinito Ryan Giggs. Mais agitado do que o 1º tempo, o 2º começou com o artilheiro van Persie desperdiçando claríssima oportunidade de balançar a rede, cara a cara com o goleiro Lindegaard. Porém, aos 25 minutos, após linda jogada do garoto Chamberlain, o holandês não voltaria a falhar. E foi neste exato momento, após o empate dos “Gunners”, que ocorreu um fato inexplicável. Sem nenhum motivo aparente, Arsène Wenger sacou de campo o Chamberlain, disparado o melhor jogador de sua equipe, para a entrada do Arshavin. Torcedores e – acreditem! – jogadores não entenderam a troca e criticaram o treinador. O castigo viria a cavalo. Murcho e sem poder ofensivo, o Arsenal parou em campo e viu os “Red Devils” chegarem á vitória em belíssima jogada da dupla Valencia/Park finalizada pelo atacante Welbeck. E assim, o United continua na cola do grande rival, City, na luta pelo caneco.

domingo, 22 de janeiro de 2012

CAMPEONATO CARIOCA 2012 - TAÇA GUANABARA - 1ª RODADA - VASCO X AMERICANO





RESULTADOS

GRUPO A
Olaria 0 x 1 Nova Iguaçu
Madureira 1 x 0 Macaé
Flamengo 4 x 0 Bonsucesso
Botafogo 3 x 1 Resende

GRUPO B
Fluminense 3 x 0 Fruburguense
Boavista 3 x 1 Duque de Caxias
Vasco 2 x 0 Americano
Bangu 1 x 2 Volta Redonda

ARTILHARIA
2 Gols
Luis Alberto (Boavista)
Loco Abreu (Botafogo)
Jael (Flamengo)

Vasco 2 x 0 Americano – Estádio Moarcyrzão, Macaé (RJ)

Com a mesma base que realizou um Brasileiro 2011 de mão cheia, o Vasco foi para a estreia do Carioca esquematizado pelo Cristóvão Borges no 4-3-1-2 com: Fernando Prass; Fagner, Dedé, Renato Silva e Thiago Feltri; Juninho Pernambucano, Nílton e Fellipe Bastos; Chaparro; Diego Souza e Alecsandro. Na tentativa de fazer prevalecdr o maior tempo de preparação física em relação ao rival, o Americano foi organizado pelo Moacir Júnior no 4-3-1-2 com: Erivélton; Alex, Adalberto, Ricardo Braz e Márcio Loyola; Pedro, Paulo Vítor e Caetano; Pachola; Hugo e Evandro.

O Vasco precisou de aproximadamente 20 minutos e de dois ataques do Americano para começar a ter uma atuação sólida e descobrir qual era o melhor caminho para estrear no Carioca com vitória. E qual seria este caminho? O clássico personagem animado Leão da Montanha responde: “saída estratégica pela direita”. Foi assim, com seguidos ataques pelo flanco direito, que o Vasco alcançou o placar de 2 x 0 ainda na 1ª etapa e fez do lateral Fagner o nome do jogo. Sempre presente no campo ofensivo, Fagner deu a assistência para Alecsandro marcar o primeiro gol cruzmaltino, aos 32 minutos, e, logo depois, aos 40, recebeu um passe com manteiga do zagueiro Dedé e sacudiu o filó.

Diante de um sol típico do verão carioca, já era previsível que o Vasco tirasse o pé do acelerador após o intervalo. No entanto, nem o menor volume de jogo cruzmaltino, nem a expulsão do atacante Jonatham, 5 minutos após entrar em campo, ameaçaram o triunfo da equipe, já que o Americano pouco produziu ofensivamente. Para não dizer que o time campista nada apresentou de positivo, o atacante Hugo mostrou certa habilidade com a redonda nos pés. O destaque negativo vascaíno, além da tola expulsão do Jonathan, ficou por conta da apagada atuação do Diego Souza, claramente em um ritmo mais lento do que os seus companheiros.

Se o Vasco teve um início de Taça Guanabara tenebroso em 2011, com quatro derrotas em quatro jogos, o mesmo não acontecerá neste ano. E quando reforços como o zagueiro Rodolfo e o centroavante Tenório, “O Demolidor”, estrearem, a situação tende a melhorar ainda mais.

JOGADA RÁPIDA!

- Assim como o Vasco, Botafogo, Flamengo e Fluminense estrearam no Cariocão 2012 com vitória. No duelo dos chamados grandes contra os pequenos, os primeiros saíram com 100% de aproveitamento, 12 gols marcados e apenas um sofrido. Sinal de que já está definido que não teremos zebras no torneio? Não concordo. Uma mísera rodada é muito pouco para saber quem e se alguém vai aprontar ao longo da competição. Esperemos, pois, os próximos capítulos.

PELO BRASIL AFORA...

- Sem aquele blá blá blá de início de temporada, Grêmio e Internacional perderem, em um mesmo fim de semana, para Lajeadense e Avenida, respectivamente, é para deixar tricolores e colorados de cabeça inchada. Principalmente os gremistas, que não dividem a atenção entre o Gauchão e a Libertadores.

ENQUANTO ISSO, NA COPINHA...

- Nunca a decisão da Copa São Paulo de Futebol Júnior teve tanta bagagem. Na próxima quarta-feira, quando Fluminense e Corinthians adentrarem o gramado do Pacaembu, serão nada menos do que 12 títulos da Copinha em campo – sete alvinegros e cinco tricolores. Se o “Timão” conquistou a vaga na final com uma acachapante goleada de 6 x 0 sobre o Atlético Paranaense, o Fluzão não fez por menos e sapecou 4 x 0 no Coritiba, com dois gols do Marcos Júnior, avante que o Abel Braga tem obrigação de olhar com os melhores olhos. Depois dos vices na Taça BH de Futebol Júnior de 2011 e no Brasileiro sub-20, os garotos do Fluminense estão loucos para levantar o caneco da Copa São Paulo.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

COPA SÃO PAULO DE FUTEBOL JÚNIOR - QUARTAS DE FINAL - DESPORTIVO BRASIL X FLUMINENSE

Desportivo Brasil (SP) 2 x 4 Fluminense

Assim como no confronto da fase oitavas de final, diante do Grêmio, o Fluminense realizou uma 2ª etapa de grande produtividade ofensiva e conquistou mais uma vitória portentosa, desta vez contra o Desportivo Brasil. Nem mesmo a ausência do seu camisa 10, Eduardo, suspenso, e a apenas mediana atuação do seu jogador de maior destaque, Marcos Júnior, foram capazes de diminuir o poder do ataque tricolor. Depois de terminar os primeiros 45 minutos com a vitória parcial de 1 x 0, gol contra de José Júnior, o Flu mostrou toda sua força ofensiva na 2ª etapa. Os principais responsáveis pelo placar elástico obtido pelo Clube de Álvaro Chaves foram o lateral-esquerdo Fernando e o goleiro do Desportivo, Cleyton. Fernando entrou no 2º tempo para jogar no meio-campo e com dois belos gols se tornou o nome da partida, enquanto, por outro lado, o arqueiro Cleyton foi a insegurança em pessoa. Quem também colaborou muito para a vitória tricolor foi o meia Ygor, não só pelo gol assinalado, mas, também, pelos bons passes distribuídos. Sobre os dois gols marcados pelo Desportivo, com Chico e Luiz Phellype, em nenhum momento ameaçaram o triunfo do Fluminense.

Neste domingo, dia 22, o Fluzão enfrentará o Coritiba, que se garantiu na semi-final após bater o Vitória por 2 x 0. A outra peleja por uma vaga na decisão será disputada entre Corinthians e Atlético Paranaense.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

VAI COMEÇAR O CARIOCÃO!

Janeiro, verão, pré-carnaval, praia e sol – apesar de a chuva estar mais frequente do que de costume. O que falta para o cardápio de diversões do Rio de Janeiro ficar completo? Agora mais nada, afinal, vai começar o Cariocão!

O amigo pode estar com a impressão de que este Carioca de 2012 será esvaziado, devido à atenção prioritária que Vasco, Fluminense e Flamengo pretendem dar à Libertadores. Concordo que, por este motivo, o Botafogo se torna o favorito para conquistar a Taça Guanabara, 1º turno do Campeonato, porém, quando a cobra pegar o charuto cubano e começar a fumar, ou seja, na hora dos clássicos decisivos ou na iminência de uma desclassificação precoce, tenho certeza de que clube nenhum se poupará. Até porque a torcida não poupará vexames e derrotas para os grandes rivais.

Sempre que estou diante de argumentos europeizados contra a disputa dos Estaduais, em geral, e do Carioca, em particular, conto um caso que vivi para provar a paixão do torcedor por este tipo de competição. Corriam os primeiros meses de 2010 e o Botafogo caminhava a passos fortes para levantar o Carioca, fato que acabaria por se confirmar em alguns dias. O grande pilar da conquista alvinegra foi o centroavante Loco Abreu, essencial para o triunfo, que pôs fim a uma sequência de três títulos seguidos do Flamengo sobre o próprio Botafogo. Neste momento, chega às bancas de jornal Brasil afora o álbum de figurinhas da Copa do Mundo daquele ano, grande diversão para todas as idades. Perto de completar a minha coleção, fui a um ponto de encontro em um bairro vizinho para trocar e comprar os cromos que me faltavam. Foi então que surgiu o seguinte diálogo com um senhor que possuía tantas figurinhas que cheguei a cogitar se ele não tinha Panini no sobrenome.


- Bom dia, quanto custa cada uma? – perguntei sorrindo pela chance ver meu álbum completo em poucos minutos.
- 50 centavos os jogadores e dois reais os escudos brilhantes – respondeu, para, logo em seguida, completar – mas Kaká, Rooney, Cristiano Ronaldo e Loco Abreu são mais caros.

Pois é, amigos, em menos de um semestre Loco Abreu se tornou tão importante para o torcedor carioca quanto os maiores jogadores do planeta naquele momento. O motivo? Seus gols marcados no Campeonato Carioca. Esta é apenas uma das muitas histórias que me fazem estar esfregando as mãos na espera de mais um capítulo deste eterno best-seller chamado Cariocão!

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

COPA SÃO PAULO DE FUTEBOL JÚNIOR 2012 - OITAVAS DE FINAL - GRÊMIO X FLUMINENSE

Grêmio 1 x 4 Fluminense

No duelo de Tricolores válido pela fase oitavas de final da Copinha, o Fluminense realizou uma 2ª etapa digna de aplausos e goleou o Grêmio por 4 x 1. Três minutinhos após o apito inicial os cariocas já venciam com gol do impetuoso Marcos Júnior, após falha feia do fragilíssimo sistema defensivo gremista. No entanto, com a vantagem no placar, o Flu adotou uma postura cautelosa e deixou o rival ter o controle da posse de bola. Resultado: o Grêmio chegou ao empate através de gol contra do zagueiro Léo Lélis. Pouco a pouco, o Tricolor Carioca voltou a apresentar suas qualidades ofensivas com Marcos Júnior, Ygor e Eduardo e, se não conseguiu retomar a frente do escore na 1ª etapa, o fez após o intervalo. O Fluminense voltou tão bem, mas tão bem, para o 2º tempo que em menos de 20 minutos já havia resolvido o confronto com gols do centroavante Michael, após mais uma ótima jogada do Marcos Júnior, do Ygor e do lateral-esquerdo Ronan, este último o mais belo da partida.

Nas quartas de final o Fluminense, único representante do Rio de Janeiro ainda presente na Copinha, enfrentará o vencedor da peleja entre Santos e Desportivo Brasil, que ocorrerá ainda nesta quarta-feira.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

FIGURINHA CARIMBADA - VASCONCELOS




Nome Severino Vasconcelos Barbosa

Data de nascimento 05 de Julho de 1950

Posição meio-campo

Clubes
Alecrim – RN (até 1970)
Náutico – PE (1970 a 1974)
Palmeiras – SP (1975 a 1976)
Internacional –RS (1976 a 1978)
Colo-Colo – CHI (1979 a 1985)
Barcelona – ECU (1985 a 1986)
La Serena – CHI (1987 a 1988)
Universidad de Chile – CHI (1989)
Palestino – CHI (1990 a 1992)

Títulos
Campeonato Pernambucano – 1974 – Náutico
Campeonato Chileno – 1979, 1981 e 1983 – Colo-Colo
Copa Chile – 1981 e 1982 – Colo-Colo
Campeonato Chileno 2ª Divisão – 1989 – Universidad de Chile

Destaques

- Entre o ano de 1963 e 1968, o Náutico se tornou o primeiro clube Hexa Campeão Pernambucano. Como o Campeonato na “Terra do Frevo” era bastante tradicional – fora disputado pela primeira vez em 1915 – muitos pensaram que esta marca de seis títulos consecutivos do Alvi-Rubro não seria ameaçada tão cedo. Porém, logo em sequência, o Santo Cruz começou a enfileirar canecos e, em 1973, se tornou Penta Campeão Pernambucano. Assim sendo, já no ano de 1974, os torcedores do Náutico poderiam perder a honra de bradar aos quatro cantos que eram os únicos com seis títulos estaduais seguidos. Começa o torneio de 1974 e, de maneira invicta, o Santa Cruz conquista o 1º turno e torna ainda mais clara a ameaça ao status do Naútico de único Hexa. E é neste exato momento que surge o nosso “Figurinha Carimbada” de hoje. Ao lado de nomes que não tardariam a se tornar conhecidos do futebol brasileiro – como o goleiro Neneca, Campeão Brasileiro de 1978 pelo Guarani e que chegou a possuir uma marca de 1636 minutos sem sofrer gols, e Jorge Mendonça, craque de enorme criatividade que disputaria a Copa do Mundo de 1978 – Vasconcelos mostrou todo o seu futebol e foi essencial para o Náutico vencer o 2º turno invicto. Na grande decisão só deu “Timbu”: duas vitórias por 1 x 0 e manutenção do apelido de “Único Hexa”, que perdura até os dias de hoje.

- A visibilidade adquirida após o Pernambucano de 1974 fez a dupla Jorge Mendonça/Vasconcelos ser contratada pelo Palmeiras. Porém, se Jorge Mendonça não demorou para brilhar ao lado do “Divino” Ademir da Guia – cujo fato de estar em fim de carreira não diminuiu uma gota da sua enorme genialidade –, Vasconcelos não teve a mesma sorte e, depois deste período no Palmeiras e de um outro em Porto Alegre, no Internacional, foi parar no Chile. Mal sabia o que lhe esperava. Logo em seu ano de estreia vestindo a camisa do Colo-Colo, Vasconcelos encantou o chilenos com um futebol cheio de técnica e ajudou o clube a reconquistar o Campeonato Nacional após sete anos de seca. E o amor com o Colo-Colo seria o mais longo da vida de Vasconcelos: sete temporadas e mais de 200 partidas. Tempo o suficiente para conquistar outros dois Campeonatos Chilenos, duas Copas Chile e deixar para sempre na memória dos torcedores as magias realizadas em conjunto com Carlos Cazely, uma lenda do futebol chileno.

- E se engana o amigo que acredita que a história de “Vasco” no futebol chileno foi exclusivamente escrita com a camisa branca do Colo-Colo. Em 1989, já beirando os 40 anos, o meia foi contratado pela Universidad de Chile, simplesmente o maior rival do Colo-Colo. A missão: recolocar “La U” na 1ª Divisão Chilena. Ignorando o peso da idade, Vasconcelos participou de 25 dos 33 jogos da campanha cujo final foi de felicidade para a torcida azul, com a conquista do título e do retorno à elite.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

PREMIER LEAGUE 2011/2012 - 21ª RODADA





RESULTADOS
Aston Villa 1 - 1 Everton
Blackburn 3 - 1 Fulham
Chelsea 1 - 0 Sunderland
Liverpool 0 - 0 Stoke City
Manchester United 3 - 0 Bolton
Tottenham 1 - 1 Wolverhampton
West Bromwich 1 - 2 Norwich
Newcastle 1 - 0 Queens Park Rangers
Swansea City 3 - 2 Arsenal
Wigan 0 - 1 Manchester City

ARTILHARIA
18 Gols –
Robin van Persie (Arsenal)
15 Gols – Demba Ba (Newcastle)
14 Gols – Kun Agüero (Manchester City)
13 Gols – Wayne Rooney (Manchester United)

GIRO PELA “TERRA DA RAINHA”

- O Liverpool se encontra a apenas cinco pontos da 4ª colocação, hoje ocupada pelo Chelsea. Em outras palavras, o time vermelho da “Terra dos Beatles” enxerga a olho nu uma classificação para a próxima Champions League. No entanto, e de maneira até surpreendente, o desempenho como mandante, no Anfield Road, não permite uma chegada mais intensa dos “Reds” na briga pelo top four. “Mas o Liverpool não está invicto em casa?”, o amigo pode perguntar. Sim, responderei. Porém, com sete empates em onze jogos, ou seja, com 14 pontos perdidos como anfitrião. Só para compararmos, Manchester City, Manchester United e Tottenham, juntos, perderam apenas 15 pontos em casa.

- Ainda falando em briga para estar entre os quatro primeiros, quem terminou o fim de semana com um baita sorriso foi o torcedor do Chelsea. Não só pela vitória conquistada diante do Sunderland, com gol de Frank Lampard já perto do fim da partida, mas também, e diria principalmente, porque seus rivais londrinos Tottenham e Arsenal tropeçaram na rodada. Enquanto os “Spurs” apenas empataram no White Hart Lane com o Wolverhampton, os “Gunners”perderam para o Swansea em um 3 x 2 emocionante, onde nem mesmo o fato de van Persie ter balançado a rede e Henry ter entrado na 2ª etapa conseguiu conter a boa atuação da equipe galesa.

- O líder Manchester City precisou suar litros e de um gol do centroavante Dzeko para vencer o lanterna Wigan e continuar isolado na ponta da tabela. Ao fim da 21ª rodada, a distância entre ambos, City e Wigan, é de 36 pontos. Para critérios de comparação, no Brasileirão do ano passado, o Corinthians, Campeão, terminou 35 pontos à frente do último colocado, Avaí. O que quero dizer com estes dados? Simples, que a diferença entre o mais forte e o mais fraco da Premier League e muito maior do que no Brasileirão, não à toa chamado de campeonato mais equilibrado do mundo.

domingo, 15 de janeiro de 2012

AMISTOSO - FLAMENGO X CORINTHIANS

Flamengo 2 x 2 Corinthians – Estádio do Café, Londrina (PR)

Para quem não possui a oportunidade de acompanhar o dia-a-dia de treinos do Flamengo, os amistosos disputados contra o Londrina, na última quinta-feira, e o Corinthians, neste domingo, servem como únicos parâmetros para avaliar como a equipe se encontra a apenas dez dias do importante duelo contra o Real Potosí, da temível altitude, e a uma semana da estreia no Cariocão. E para a preocupação dos torcedores rubro-negros, o nível apresentado pelo time nos amistosos não é nada animador. Analisemos o confronto diante do Corinthians, onde ambas as equipes disputaram a 1ª etapa com o time titular e a 2ª com os reservas.

Nos primeiros 45 minutos do duelo, o Flamengo não se mostrou superior ao rival em nenhum momento. Pelo contrário, foi o Corinthians que, com destacada organização tática e bom toque de bola, foi senhor da etapa inicial. Não à toa que a partida foi para o intervalo com o placar de 2 x 0 para o “Timão”, gols de Alex – um chutaço de fora da área – e Liedson, este após falha do zagueiro Welinton. E para piorar o desempenho do Fla, a fragilidade defensiva veio acompanhada de uma inoperância sem tamanho no setor de ataque. Com exceção de uma boa jogada pela direita que o recém-contratado Itamar cabeceou livre, leve e solto para fora, os comandados de Luxemburgo nada produziram. Os motivos? Um setor de meio-campo com Willians, Aírton e Renato, que não apresentou uma gota de criatividade, e um trio de ataque mais lento que tartaruga grávida, formado por Ronaldinho, Deivid e Itamar.

Não seria maldade nem exagero dizer que foi somente após o intervalo que os flamenguistas com vontade de jogar entraram em campo. Tudo bem que o Corinthians também voltou com um onze reserva e muito menos qualificado que o inicial, porém a atuação dos garotos rubro-negros, comandados pelo argentino Bottineli, foi indiscutivelmente melhor do que a do time que ouviu o apito inicial. Os meias Negueba, Bottineli e Camacho, além do centroavante Lucas, infernizaram a perdida retaguarda corintiana com trocas de passes em velocidade e jogadas pelos lados do campo. Resultado: aos 22 minutos Bottineli diminuiu a desvantagem após linda tabelinha com Lucas e, aos 36, Negueba aproveitou cruzamento do Magal e empatou a partida, que só não terminou com a vitória do Fla porque, quando o fim do jogo já batia à porta, Negueba desperdiçou excelente oportunidade.

Alguns rubro-negros mais exaltados já pedem alterações a granel no time titular. Se Luxemburgo pretende realizá-las, teremos que esperar para saber, porém, a dez dias de um jogo importantíssimo para o 2012 do Flamengo, a equipe, a mesma do ano passado com a ausência do Thiago Neves, já deveria estar mais encorpada. Assim, as pulgas pulam nas orelhas flamenguistas.

ENQUANTO ISSO, NA COPINHA...

O duelo “Rio de Janeiro x Bahia” na Copinha terminou com uma vitória para cada lado. Logo de manhã, o Fluminense contou com um grande atuação do atacante Marcos Júnior para bater o Bahia por 1 x 0, gol de Michael. Nas oitavas de final, o Tricolor Carioca depois de eliminar o Tricolor Baiano, enfrentará outro clube de três cores, o Grêmio. Já o Botafogo conseguiu um incrível empate de 2 x 2, aos 49 minutos do 2º tempo, gol de cabeça do zagueiro Dória, mas sucumbiu ao Vitória do decisivo goleiro Juan na disputa por pênaltis.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

BIBLIOTECA DO FUTEBOLA - OS DEZ MAIS DO PALMEIRAS

Um craque palmeirense das letras escreve sobre os craques palmeirenses dos gramados. Neste “Os dez mais do Palmeiras”, da coleção Ídolos Imortais, o palestrino Mauro Beting conta de maneira agradabilíssima as façanhas e as glórias de lendas que ajudaram a construir a história do Verdão, desde que este se chamava Palestra Itália.

Os dez mais do Palmeiras
Autor: Mauro Beting
Editora: Maquinária Editora

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

UMA IMAGEM




Estão vendo que falta um pedaço do dedo mindinho da mão esquerda do Castilho? Pois é, amigos, este inigualável goleiro, lenda do Fluminense, decidiu amputar parte do dedo para poder retornar mais cedo aos gramados e ajudar seu clube.

COPA SÃO PAULO DE FUTEBOL JÚNIOR - BOTA E FLU SERÃO OS CARIOCAS NA FASE DE MATA-MATA

Nesta quarta-feira, Fluminense e Vasco entraram em campo pela última rodada da Copinha com a necessidade de apenas um ponto para garantirem a classificação. Porém, nem isso conseguiram e ambos saíram de campo derrotados, o Flu pelo Olé Brasil (SP) e o Vasco pelo Taubaté (SP). Dos males o menor para o Tricolor, que, mesmo com o revés, conquistou a vaga para a próxima etapa, como 4º melhor segundo colocado. Já o Vasco, assim como o Flamengo, deu adeus a Copinha ainda em sua fase de grupos.

Na fase 16-avos de final, Botafogo e Fluminense representarão os cariocas em confrontos contra baianos, ambos no dia 15 de janeiro. O Glorioso enfrentará o Vitória, enquanto o Flu faz duelo de tricolores com o Bahia.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

COPA SÃO PAULO DE FUTEBOL JÚNIOR 2012 - FASE DE GRUPOS - SÃO JOSÉ X BOTAFOGO

São José (SP) 2 x 4 Botafogo – Grupo W

Um dia depois de o Flamengo, atual campeão da Copinha, ser eliminado do torneio sem conquistar sequer uma única vitória – foram três empates em três jogos –, o Botafogo bateu o São José e garantiu sua vaga na próxima fase.

Com a necessidade de um único pontinho para se classificar, o Botafogo já perdia por 2 x 0 antes mesmo de o relógio alcançar o minuto 10, gols de São Bento e Alan. Vale ressaltar que em ambos os tentos a defesa alvinegra, que até então não havia sido vazada, bobeou. No entanto, ainda na 1ª etapa, o centroavante Sassá chamou a responsabilidade e, com dois gols, o segundo deles uma pintura, empatou o escore. Após o intervalo, o Fogão continuou superior ofensivamente, voltou às redes com Wellington e Octávio e aí, como diria o narrador Sílvio Luiz, pôde beijar a viúva.

Nesta quarta-feira, 11 de janeiro, o Vasco enfrenta o Taubaté (SP) pelo grupo O e o Fluminense duela contra o Olé Brasil (SP) pelo grupo C. Tanto o Cruzmaltino quanto o Tricolor necessitam apenas empatar para garantirem a liderança do grupo. Lembrando para os amigos: serão classificados os vencedores de cada um dos 24 grupos e os oito melhores 2º colocados.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

FUTEBOL COM HISTÓRIA - AS GUERRAS MUDAM AS APARÊNCIAS


Uma guerra não traz consequências somente no campo de batalha. Política, economia, cultura e esporte são alguns dos diretamente influenciados pela “música de terror” tocada por metralhadoras, tanques e aviões de combate. Quando o assunto é futebol, a não realização das Copas do Mundo de 1942 e 1946, devido à 2ª Guerra Mundial, e o conflito armado interrompido no Congo Belga, em 1969, para que os nativos pudessem ver o Santos de Pelé jogar, são fatos conhecidos.

Dentro deste amplo universo criado pela relação futebol/guerra, a coluna “Futebol com História” de hoje contará mudanças, digamos, na aparência que as duas Grandes Guerras causaram em três dos maiores clubes brasileiros. Por ordem cronológica, vamos iniciar pela interferência da I Guerra Mundial no uniforme do Flamengo.

O Clube de Regatas do Flamengo nasceu em 1895, porém o futebol só chegaria a ele em 1912, através de um movimento liderado pelo atacante Alberto Borgeth que levou nove jogadores abandonarem o Fluminense. O primeiro uniforme do futebol flamenguista não foi o das tradicionais listras horizontais – este era o do remo, que não permitia o seu uso no futebol –, mas sim um com quatro grandes quadrados, dois vermelhos e dois pretos, em posições alternadas, que ficou conhecido como “papagaio-de-vintém”. No entanto, no biênio 1914/1915, o Fla conquistaria os seus dois primeiros títulos estaduais com outro uniforme, o “cobra-coral”, que apresentava listras horizontais vermelhas e pretas e, entre estas, listras mais finas da cor branca. Sim, amigos, o Flamengo já foi tricolor.

Pois bem, em 1916, por conta da 1ª Guerra Mundial (1914-1918), a Alemanha era, para os brasileiros, entre outros, o grande vilão do planeta. E quais eram as cores que representavam o Império Alemão? Vermelho, preto e branco. Sendo assim, para não criar nenhum tipo de associação com os alemães, o Flamengo abandonou o uniforme “cobra-coral” e passou a utilizar o mesmo dos remadores, com listras horizontais vermelhas e pretas. Sem o branco.

Saltemos agora para a década de 40, quando quem causava pânico em todo o planeta era a 2ª Guerra Mundial (1939-1945). Desta vez, os rivais brasileiros eram os países do Eixo, representados principalmente pela Alemanha de Hitler e a Itália de Mussolini. Foi neste panorama que, 1942, Getúlio Vargas ordenou/obrigou que todo clube que tivesse o nome relacionado com espanhóis, italianos e alemães o mudasse. E foi assim que dois clubes tradicionais e campeões chamados Palestra Itália, um em Minas Gerais e outro em São Paulo, originaram os hoje gigantes Cruzeiro e Palmeiras, respectivamente.

O primeiro jogo da Sociedade Esportiva Palmeiras, vejam só, foi a decisão do Campeonato Paulista de 1942, contra o São Paulo. Os jogadores palmeirenses – craques do quilate de Oberdan Cattani, Junqueira, Og Moreira, Waldemar Fiume e Lima – entraram em campo com a bandeira do Brasil. No entanto, o gesto não os impediu de receberem vaias e xingamentos que fariam qualquer senhora de idade cair dura para trás. O fim do jogo, que não ocorreu no tempo que deveria, pois um baita pega-pa-capá fez o juiz o encerrar mais cedo, decretou a primeira glória do Palmeiras, vencedor do duelo por 3 x 1. Já em Minais Gerais, o Cruzeiro não tardaria a conquistar títulos, que vieram a granel com o Tri Mineiro de 43/44/45 comandado pelo grande atacante Niginho.


Pois é, amigos, não é exagero dizer que três das maiores instituições esportivas brasileiras ganharam fortes traços característicos por causa da intolerância presente nos brasileiros diante de uma Guerra Mundial.

domingo, 8 de janeiro de 2012

COPA SÃO PAULO DE FUTEBOL JÚNIOR 2012 - REMO X VASCO

Remo (PA) 1 x 2 Vasco – Grupo O

Diferente do rival Flamengo, que com dois empates seguidos chega à última rodada com sérios riscos de ficar fora da Copinha logo na 1ª fase, os alvinegros cariocas Botafogo e Vasco conquistaram suas segundas vitórias e lideram seus grupos.

Enquanto no sábado, pelo grupo W, o Botafogo bateu o Vila Nova (GO), por 2 x 0, no domingo o Vasco suou alguns bons litros para superar o paraense Remo. Em um 1º tempo de grande equilíbrio, o Cruzmaltino abriu o placar com o centroavante Cícero, de cabeça, mas viu o infernal Jaime, que enquanto esteve em campo foi um tormento para os zagueiros vascaínos, empatar o escore em bela jogada. Após o intervalo, e de maneira até surpreendente, o Remo voltou voando baixo e com grande ímpeto ofensivo. Porém, em um intervalo menor que 5 minutos a cara do jogo mudou por completo quando, primeiro, Guilherme recolocou o Vasco na frente em um arremate de fora da área que contou com falha do goleiro André Luís e, logo depois, o defensor Biro recebeu cartão vermelho. Em vantagem no placar e no número de jogadores, o Vasco conseguiu bons lances com o habilidoso Jhon Cley e o serelepe Romarinho, que em jogadas individuais amarelou dois adversários, mas não ampliou o escore.

Com a vitória, o Vasco aguarda o resultado do outro duelo do grupo, entre Taubaté (SP) e São Francisco (BA) para saber em que condições chegará na última rodada. Já pelo grupo C, o Fluminense volta a campo neste domingo para tentar seu segundo triunfo no torneio. O adversário será o Mogi Mirim (SP).

sábado, 7 de janeiro de 2012

RADINHO NO OUVIDO

2009 Atlético Mineiro 1 x 3 Flamengo, Mineirão

Narração: José Carlos Araújo

No recente ano de 2009, uma arrancada sensacional do Flamengo no 2º turno do Brasileirão culminou com o 6º título brasileiro do Rubro-Negro Carioca. Na 34ª rodada, o Mineirão estava lotado para um decisivo Atlético Mineiro x Flamengo, que terminou com a vitória de 3 x 1 para o Mengão. Logo aos 10 minutos do 1º tempo, o genial Petkovic abriria o triunfo flamenguista com um golaço olímpico. Quem conta este gol é o “Garotinho” José Carlos Araújo.



quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

SÃO MARCOS VAI DEIXAR SAUDADES

Peço aos amigos para fazerem um rápido exercício de memória: pensem em um jogador que, durante toda sua carreira, tenha trajado as cores de apenas um clube e deste é um dos mais queridos ídolos. Vestiu também outro uniforme, o da Seleção Brasileira, e foi essencial para a conquista de uma Copa do Mundo. Pois bem, se acompanhas futebol há bastante tempo, alguns – poucos – craques vieram a sua cabeça. No entanto, se tens no máximo 30 anos, apenas um nome preenche os requisitos escritos linhas acima: Marcos Roberto Silveira Reis, o Marcos, o São Marcos, o Marcão.

O saudoso Armando Nogueira uma vez disse que o goleiro é a última esperança. Pois com Marcos debaixo das traves, que serviam como perfeitas molduras para suas obras de arte, o torcedor do Palmeiras – e todo o brasileiro, durante o mês de junho de 2002 – era um poço sem fundo de esperança. “Mas ele falhou algumas vezes, inclusive em momentos decisivos” – dirão algumas vozes rivais do Alviverde. Este argumento, utilizado para diminuir a importância de Marcos, cai diante de uma resposta fácil e prática: até os santos falham.

Com o pendurar de chuteiras – ops!, de luvas – de Marcos, o futebol brasileiro começa triste este ano de 2012. Goleiros e personalidades como Marcos não deixam formas para se fazerem outros iguais. São raridades. O Palmeiras, com Oberdan Cattani, Valdir de Moraes, Leão, Velloso e, agora, Marcos, teve a honra de ver sua meta defendida por uma destas raridades. A Seleção Brasileira, mesmo que por um pequeno período – E precisava de mais? – também. Marcos é um daqueles que senhores de bengala e cabelos brancos, quarentões, jovens recém-saídos da universidade em busca do primeiro emprego e até meninos que ainda pedem o dinheiro do lanche da escola poderão dizer com orgulho: “Marcos? Aquele do Palmeiras que fechou o gol na Copa do Mundo de 2002? Sim, este eu vi jogar!”

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

PREMIER LEAGUE 2011/2012 - 20ª RODADA




RESULTADOS
Aston Villa 0 - 2 Swansea City
Blackburn 1 - 2 Stoke City
Queens Park Rangers 1 - 2 Norwich
Wolverhampton 1 - 2 Chelsea
Fulham 2 - 1 Arsenal
Tottenham 1 - 0 West Bromwich
Wigan 1 - 4 Sunderland
Manchester City 3 - 0 Liverpool
Everton 1 - 2 Bolton
Newcastle 3 - 0 Manchester United

ARTILHARIA
17 Gols –
Robin van Persie (Arsenal)
15 Gols – Demba Ba (Newcastle)
14 Gols – Kun Agüero (Manchester City)
13 Gols – Wayne Rooney (Manchester United)

GIRO PELA “TERRA DA RAINHA”

- Alguns podem até dizer que, pelo que os times produziram durante os 90 minutos, a vitória do Manchester City sobre o Liverpool por 3 x 0 foi mais elástica do que deveria. Com toda a educação, discordo. Para quem tinha, antes do apito inicial, a melhor defesa do campeonato, o Liverpool não poderia ter falhado o tanto que falhou, enquanto, por outro lado, o poder de definição do City é imensamente superior ao do clube vermelho da “Terra dos Beatles”. O placar de 3 x 0 foi representativo do que ambas as equipes mostraram, tanto defensiva quanto ofensivamente e, com ele, os “Citizens” voltam a liderar a Premier League de maneira isolada.

- Com uma atuação surpreendente, o Newcastle – que vinha de uma sequência de apenas uma vitória nos últimos oito jogos – bateu o Manchester United por sonoros 3 x 0, com destaque positivo para as atuações impecáveis do zagueiro argentino Coloccini e do atacante senegalês Demba Ba, que chegou ao seu 15º gol nos últimos 15 jogos. Esta derrota do United, a primeira fora de casa na competição, colocou um sorriso enorme no rosto dos torcedores do Chelsea e do Tottenham, vitoriosos na rodada e que se aproximaram dos “Red Devils”. Quem perdeu esta oportunidade de encostar mais no United foi o Arsenal, que foi derrotado para o Fulham, nos últimos minutos do clássico londrino.

- Lá vai um fortíssimo exemplo para aqueles que defendem a importância dos treinadores no futebol atual. O Sunderland terminou a 14ª rodada da Premier League com apenas 11 pontos conquistados e seríssimo candidato ao rebaixamento. Neste momento, estreia no clube o treinador norte irlandês Martin O´Neill e com ele vem uma sequência de 13 pontos conquistados em 18 possíveis, incluindo uma histórica vitória sobre o Manchester City. Nesta última rodada, o Sunderland não tomou conhecimento do Wigan e, fora de casa, sapecou 4 x 1 no adversário. Que o Chelsea, próximo rival, se cuide.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

COPA SÃO PAULO DE FUTEBOL JÚNIOR 2012 - FASE DE GRUPOS - FLAMENGO X AQUIDAUANENSE


Flamengo 0 x 0 Aquidauanense (MS) – Grupo I



O Flamengo não começou como esperava a defesa do título da Copinha e apenas empatou sem gols com o aguerrido time do Aquidauanense. Apesar da presença no Fla de jogadores já utilizados no elenco principal – Lohan, Muralha e Thomas – o duelo apresentou-se equilibrado até o início do 2º tempo, período no qual ambos os times tiveram chances de balançar as redes. Na última meia hora, já com o meia da Seleção Brasileira sub-17 Adryan na equipe, o Flamengo se manteve integralmente no campo ofensivo e por pouco não tirou o zero do placar, com destaque para duas cabeçadas do centroavante Yguinho e um chute longo do Muralha. No entanto, esta pressão final foi suficiente apenas para transformar o goleiro adversário, Juninho, no nome da partida. No outro jogo do grupo, os paulistas São Carlos e União São João empataram em 1 x 1.

Nesta quarta-feira o Botafogo será o único carioca em campo. O Fogão estreia na competição contra o Americano (MA) na busca por apagar a campanha de 2011, quando não passou sequer da fase de grupos.

UMA IMAGEM



Nelson Rodrigues e Mario Filho. O que seria do futebol brasileiro sem estes irmãos? E da literatura? E do jornalismo?

domingo, 1 de janeiro de 2012

PREMIER LEAGUE 2011/2012 - 19ª RODADA




RESULTADOS
Liverpool 3 - 1 Newcastle
Manchester United 2 - 3 Blackburn
Arsenal 1 - 0 Queens Park Rangers
Bolton 1 - 1 Wolverhampton
Chelsea 1 - 3 Aston Villa
Norwich 1 - 1 Fulham
Stoke City 2 - 2 Wigan
Swansea City 1 - 1 Tottenham
West Bromwich 0 - 1 Everton
Sunderland 1 - 0 Manchester City

ARTILHARIA
17 Gols –
Robin van Persie (Arsenal)
14 Gols – Demba Ba (Newcastle)
13 Gols – Wayne Rooney (Manchester United) e Kun Agüero (Manchester City)

GIRO PELA “TERRA DA RAINHA”

- Deu a louca na Premier League! A 19ª rodada do torneio, que teve início em 2011, no dia 30 de dezembro, e terminou no primeiro dia de em 2012, foi uma verdadeira manada de zebras. Se não, vejamos: o Manchester United, que vinha de duas goledas seguidas por 5 x 0, perdeu – em pleno Old Trafford! – para o então lanterna Blackburn, no dia do aniversário de 70 anos de Alex Fergusson; também em casa, no Stamford Bridge, o Chelsea não fez valer o 150º gol do atacante Drogba pelo clube e foi derrotado, de virada, para o Aston Villa; a zebrinha filhote da manada ficou por conta do Tottenham, que empatou em 1 x 1 com o Swansea City; por fim, e esta uma zebra tamanho família, o Manchester City deixou escapar grande oportunidade de voltar a se isolar na ponta da tabela ao ser batido pelo Sunderland por 1 x 0, gol do coreano Ji-Park já nos acréscimos.

- Com esta festa das zebras citada acima, quem começou 2012 com um sorriso maior que o rosto foram os torcedores do Arsenal, que viram seu time vencer o Queens Park Rangers e chegarem ao top four do torneio. Um doce para quem adivinhar o autor do gol dos “Gunners”. Pois é, novamente o holandês Robin van Persie, uma verdadeira máquina de balançar as redes.

- No duelo que abriu a rodada, Liverpool e Newcastle entraram em campo separados por apenas um pontinho e com o objetivo de se aproximarem da zona de classificação para a próxima Champions League. No final, melhor para o time da “Terra dos Beatles”, que com dois gols do galês Bellamy e um do Gerrard venceu por 3 x 1 e, agora, se encontra a apenas dois pontos do top four.