sábado, 31 de dezembro de 2011

FELIZ 2012!!!




Olá, amigos!

Primeiramente, gostaria de agradecer a todos pela companhia neste ano que termina, afinal, vocês, meus amigos leitores, são o combustível deste FUTEBOLA, que não vai parar de crescer. Aguardem muitas - muitas! - novidades em 2012. E já em janeiro!

Desejamos um ano novo de muita paz, muita saúde, muita amizade nova e muito futebol para todos!

FELIZ 2012!!!

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

GÊNIOS DAS PALAVRAS - JOSÉ LINS DO REGO

Olá, amigos do FUTEBOLA!

Na seção “Gênios das Palavras” de hoje, o blog tem a honra de apresentar uma coluna do magistral José Lins do Rego que é uma obra de valor inestimável quando o assunto é elogiar a atuação de um craque. As palavras e expressões de Zé Lins neste texto a seguir são de arrepiar qualquer amante das artes de jogar futebol e de escrever.

Para situar melhor os amigos antes da crônica, vale um punhado de informações sobre o jogo e o craque que estão em questão. O duelo entre América e Vasco ocorreu em 18 de abril de 1945 e terminou com o placar de 2 x 1 para os vermelhos, que, com o triunfo, se sagraram Campeões do Torneio Relâmpago de maneira invicta. Maneco, autor dos dois gols da vitória e personagem principal da crônica, foi um dos maiores jogadores da história do América e formou ao lado de China, César, Lima e Jorginho a famosa linha “tico-tico no fubá”, apelidada assim pelo saudoso Ary Barroso. Por fim, a ressalva de que o Leônidas citado no texto é o “Diamante Negro” Leônidas da Silva. Vamos, pois, à crônica de Zé Lins.

Maneco

Para aqueles milhares de espectadores do estádio do Fluminense, Maneco apareceu como uma grande estrela, e com o brilho das grandes estrelas que vão morrendo. Na noite temperada, a figura do negro, ágil e malicioso, como um demônio, tomava conta do gramado, como se ele fosse maior que a força natural de todos nós. Não era um homem de carne e osso aquele Saci Pererê que corria, de um lado para o outro, com uma agilidade de flecha, que vencia a bravura impetuosa de Dino, fazendo do másculo centro-médio do Vasco, um boneco de suas fintas, de seus golpes, de suas diabólicas improvisações. Ali estava o triunfo maior da inteligência sobre a força bruta. Maneco agitava-se na cancha com manobras que nos arrebatavam. Revi o Leônidas dos melhores dias, e tudo isso sem máscaras, sem cavilações de prima Donna, todo um feixe de músculos e nervos que se conjugavam em diabruras intermináveis. Para aquela vitória maravilhosa do América, era ele o grande artista, a cabeça e a fibra que se aliaram para uma lição de futebol de primeira grandeza.

Registo a vitória do América, mas registo mais ainda a grandeza real deste Maneco, que, na noite de quarta-feira, firmou-se como um craque autêntico dos nossos gramados.

Jornal dos Sports
20/04/1945
Retirado do livro “Flamengo é puro amor”, editora José Olympio

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

RADINHO NO OUVIDO

1996 – Botafogo 4 x 1 Universidad Católica (CHI), Maracanã

Narração – Edson Mauro

Depois de comandar o Botafogo na conquista do Brasileirão de 1995, Túlio Maravilha era considerado a principal arma do “Glorioso” na Libertadores do ano seguinte. Na primeira fase, o Bota caiu no grupo do Corinthians e dos chilenos Universidad de Chile e Universidad Católica. E foi justamente no duelo contra a Católica que Túlio marcaria um de seus gols mais inesquecíveis, ao, livre, leve e solto, parar a redonda na linha do gol, levantá-la e, de calcanhar, empurrá-la para o fundo das redes, decretando a goleada por 4 x 1. Escutemos gol histórico na narração genial de Edson Mauro.


terça-feira, 27 de dezembro de 2011

PREMIER LEAGUE 2011/2012 - 18ª RODADA




RESULTADOS
Chelsea 1 - 1 Fulham
Bolton 0 - 2 Newcastle
Liverpool 1 - 1 Blackburn
Manchester United 5 - 0 Wigan
Sunderland 1 - 1 Everton
West Bromwich 0 - 0 Manchester City
Stoke City 0 - 2 Aston Villa
Arsenal 1 - 1 Wolverhampton
Swansea City 1 - 1 Queens Park Rangers
Norwich 0 - 2 Tottenham

ARTILHARIA
16 Gols –
Robin van Persie (Arsenal)
14 Gols – Demba Ba (Newcastle)
13 Gols – Wayne Rooney (Manchester United) e Kun Agüero (Manchester City)

GIRO PELA “TERRA DA RAINHA”

- O ano de 2011 terminará com os dois rivais de Manchester iguais em pontos na ponta da Premier League – o City leva vantagem sobre o United no saldo de gols. Isso porque, nesta 18ª rodada, o City terminou seu primeiro jogo no torneio sem marcar um gol – empatou com o West Bromwich em duelo onde cada um acertou um balaço na trave – e o United emplacou sua segunda goleada de 5 x 0 seguida, desta vez contra o frágil Wigan e com um hat-trick do centroavante Berbatov. Já eliminados da Champions League, City e United lutarão pelo caneco inglês com unhas, dentes, canelas, cabeças, pés...

- Chelsea, Liverpool e Arsenal receberam rivais da parte inferior da tabela e não conseguiram mais do que empatar em 1 x 1. Estejam “Blues”, “Reds” e “Gunners” sonhando com a disputa do título ou apenas focados em conquistar a vaga na próxima Champions League, empatar duelos como mandantes e contra equipes com menos pretensões são dois pontos perdidos. E como costumo dizer: em campeonatos de pontos corridos, pontos perdidos não voltam mais.

- Grande vencedor da rodada ao lado do Manchester United, o Tottenham bateu o Norwich com dois gols do galês Gareth Bale, que se mantiver o pique brigará para ser o melhor jogador do campeontato. Com a vitória, os “Spurs” permanecem na 3ª colocação, mesmo com um jogo a menos que os rivais.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

UMA IMAGEM



Careca e Maradona. No Napoli (ITA) formaram uma das grandes duplas ofensivas da história do futebol em todos os tempos.

sábado, 24 de dezembro de 2011

FELIZ NATAL!!!

Olá, amigos!

O FUTEBOLA deseja que todos tenham, ao lado da família e dos amigos, um Natal de muita paz e alegria.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

PREMIER LEAGUE 2011/2012 - 17ª RODADA




RESULTADOS
Wolverhampton 2 - 2 Norwich
Blackburn 1 - 2 Bolton
Aston Villa 1 - 2 Arsenal
Manchester City 3 - 0 Stoke City
Newcastle 2 - 3 West Bromwich
Everton 1 - 0 Swansea City
Fulham 0 - 5 Manchester United
Queens Park Rangers 2 - 3 Sunderland
Wigan 0 - 0 Liverpool
Tottenham 1 - 1 Chelsea

ARTILHARIA
16 Gols –
Robin van Persie (Arsenal)
13 Gols – Wayne Rooney (Manchester United), Demba Ba (Newcastle) e Kun Agüero (Manchester City)

GIRO PELA “TERRA DA RAINHA”
- E o empate no clássico entre Tottenham e Chelsea foi bom para... os clubes de Manchester, já que o City e o United atropelaram seus rivais na rodada e se distanciaram ainda mais no topo da tabela. No White Hart Lane, os “Spurs” começaram com o galês Bale voando baixo e com menos de 10 minutos já venciam com gol de Adebayor. Porém, ainda na 1ª etapa, o Chelsea cresceu em campo e chegou ao empate através do cada dia mais importante Sturridge. Após o intervalo, em um jogo morno, os “Blues” rondavam mais a área rival, até que, a partir do minuto 38, uma sucessão de oportunidades criadas por ambos os lados deixou todos os torcedores sem unhas e por muito pouco as redes não voltaram a balançar. Por fim, vale destacar o volante brasileiro do Tottenham, Sandro, com uma atuação repleta de garra.

- Não faz muito tempo deixei no ar a pergunta: “Será que a carruagem do Newcastle vai virar abóbora?” Pois bem, depois de perder, em casa, para o West Bromwich, e chegar ao sexto jogo seguido sem vitória (4 derrotas e 2 empates) a resposta só pode ser sim. Aproveitando-me mais um pouquinho das interrogações, o que será que o treinador Alan Pardew e seus comandados precisam fazer para o Newcastle voltar a apresentar um futebol perto daquele que o deixou invicto pelos primeiros 11 jogos da Premier League?

- Enquanto o Liverpool voltou a tropeçar (empatou com o habitante da zona da degola Wigan) e desperdiçou mais uma chance de entrar forte no grupo que vai brigar pela vaga na próxima Champions League, o Arsenal do artilheiro van Persie se recuperou da derrota para o líder Manchester City e conquistou importantes três pontos ao bater o Aston Villa, fora de casa. Nas próximas quatro rodadas, os “Gunners” enfrentarão somente equipes que estão na metade inferior da tabela. Ótima chance para se consolidar entre o top four.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

RADINHO NO OUVIDO


1985 Nova Venécia o x 6 Vasco, Zenor Pedrosa Rocha


Narração: Antonio Porto


Em 1985, um “inocente” amistoso entre Vasco e Nova Venécia-ES marcaria o nascimento de um gênio da grande área: Romário. O placar já apontava 4 x 0 para o Vasco quando o "Baixinho" marcou dois gols e fechou a goleada. Vamos escutar, pela voz de Antonio Porto, o primeiro balançar de redes de Romário como profissional.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

BIBLIOTECA DO FUTEBOLA - ATLÉTICO MINEIRO - RAÇA E AMOR

Esta é mais uma obra da excelente Coleção “Camisa 13”. Fanático torcedor do Atlético Mineiro, Ricardo Galuppo narra com prazer e qualidade a história deste que é um dos maiores times do nosso futebol. Campeão dos Campeões, Campeões do Gelo, Brasileirão de 1971, muitos e muitos Estaduais... O livro é uma ótima maneira de conhecer boa parte da história do “Galo”.

Atlético Mineiro – Raça e Amor
Autor: Ricardo Galuppo
Editora: Ediouro

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

PREMIER LEAGUE 2011/2012 - 16ª RODADA



RESULTADOS
Blackburn 1 - 2 West Bromwich
Everton 1 - 1 Norwich
Fulham 2 - 0 Bolton
Newcastle 0 - 0 Swansea City
Wolverhampton 1 - 2 Stoke City
Wigan 1 - 1 Chelsea
Queens Park Rangers 0 - 2 Manchester United
Aston Villa 0 - 2 Liverpool
Tottenham 1 - 0 Sunderland
Manchester City 1 - 0 Arsenal

ARTILHARIA
15 Gols –
Robin van Persie (Arsenal)
12 Gols – Wayne Rooney (Manchester United)
11 Gols – Demba Ba (Newcastle) e Kun Agüero (Manchester City)

GIRO PELA “TERRA DA RAINHA”


- O duelo entre o Manchester City, em busca de recuperação após ser eliminado da Champions League e perder a invencibilidade na Premier League para o Chelsea, e o Arsenal, em ótima fase com oito jogos seguidos sem derrota e o holandês van Persie voando baixo, foi tudo o que prometia. Mais poderoso ofensivamente durante a maior parte da partida, o City abriria o placar no início da 2ª etapa em boa jogada do Balotelli e gol do David Silva. Depois de perder algumas chances de ampliar a vantagem, os “Citizens” viram o Arsenal, que já havia dado bastante trabalho ao goleiro Joe Hart, desde o 1º tempo, pressionarem intensamente nos minutos finais. Foi por pouco – muito pouco! – que os “Gunners” não conseguiram um valioso empate nos últimos minutos.

- O grande perdedor da 16ª rodada foi o Chelsea, que vencia o 18º colocado, Wigan, até o minuto 43 da etapa final e sofreu o empate. Com o resultado, os “Blues” perderam ótima oportunidade de chegar à quarta vitória seguida na competição e, para piorar, foram ultrapassados pelo Tottenham. Querem mais provas de que este tropeço foi péssimo para o Chelsea? Pois bem, o Manchester United e Liverpool venceram seus jogos, fato que coloca os “Red Devils” mais distante e o time da “Terra dos Beatles” mais próximo dos “Blues”.

- O que esperar do Stoke City? Esta é uma pergunta de enorme dificuldade. Depois de quatro derrotas seguidas, uma delas por 5 x 0 para o atual lanterna Bolton, o Stoke pisou fundo no acelerador e, com a vitória deste fim de semana sobre o Wolverhampton, gol do grandalhão Peter Crouch, chegou à quarta vitória consecutiva. Na próxima rodada, o Stoke enfrenta o líder Manchester City. Será que vem surpresa por aí?

domingo, 18 de dezembro de 2011

MUNDIAL DE CLUBES FIFA 2011 - FINAL - BARCELONA X SANTOS

Barcelona 4 x 0 Santos – Estádio Nacional de Yokohama, Yokohama (JAP)

Por alguns segundos, vamos pensar num outro esporte. Vamos pensar em boxe. Um boxeador consegue a tão aguardada chance de disputar o título mundial contra o maior lutador da atualidade, o maior dos últimos anos e, para alguns, o maior da história. O desafiante treina exaustivamente, se prepara como pode, estuda todos os muitos pontos fortes e tenta descobrir algum ponto fraco do futuro rival, se enche de esperança e vai para luta. Mas aí, soa o gongo. Tudo aquilo que ele estudou e só tinha visto pelo lado de fora do ringue, agora está ali, na sua frente, vindo com tudo pra cima dele. E, amigos, acreditem, é muito diferente saber o que vai ter que enfrentar e efetivamente enfrentar.

O Santos, assim como praticamente todo o “Planeta Bola”, sabia o que teria pela frente. Daí a ter que parar as arrancadas do Messi, tirar a posse de bola infinita dos pés de Xavi e Iniesta, marcar o centroavante de um time que não tem centroavante de ofício, mas sempre tem alguém aparecendo, as vezes do nada, no meio da área, sair de uma marcação pressão que nenhum time no mundo é capaz de fazer igual, são outros quinhentos, outros milhões... E o Santos sentiu o jogo. Ficou um tempo inteiro completamente perdido e quando foi olhar para o placar já perdia por 3 x 0 (Messi, Xavi e Fábregas). Após o intervalo, já sem ter mais para perder, o “Peixe” mostrou um pouco – nada para quem conhece seu potencial – de desenvoltura ofensiva, enquanto o Barcelona relaxou e, apesar de algumas incomuns firulas, fechou o placar com mais um gol do melhor jogador do Mundial, Lionel Messi.

Diante dos números do confronto – o Barcelona ficou 45 minutos com a pelota nos pés e criou 12 oportunidades claras de gols, enquanto o Santos teve menos de 20 minutos de posse de bola e apenas quatro ataques dignos de nota – fica a sensação de que Neymar, Ganso e companhia poderiam ter rendido mais, “se divertido” mais, como queria o treinador Muricy Ramalho. Porém, este foi o mesmo sentimento em relação ao Manchester United, na decisão da Copa dos Campeões da Europa, e ao Real Madrid, em quase todos os últimos duelos contra seu maior rival. Por isso, não devemos nos usar deste triunfo do Barcelona como ferramenta para comparar o futebol jogado no Brasil e na Europa e, assim,chegarmos a conclusão de que os europeus são superiores. O que o Barcelona vem fazendo nestes últimos anos o coloca muitos patamares acima do que é o futebol do “Velho Continente”, do que é o futebol mundial.

¡CONGRATULACIONES, BARCELONA!

UM TOQUE!
- Parabéns também ao Al-Sadd, do Qatar. Terminar o Mundial de Clubes em 3º lugar, à frente de clubes do México e Japão, praças onde o futebol é muito – mas, muito! – mais desenvolvido e presente em eventos de grande porte, é digno de aplausos. Quem sabe se com a escolha para ser sede da Copa do Mundo de 2022 e com o investimento que o país tem condições de fazer no esporte, um novo centro futebolístico não esteja nascendo. Como comparação, vocês lembram como era o futebol nos Estados Unidos e no Japão no fim da década de 80?

sábado, 17 de dezembro de 2011

UMA IMAGEM


Sete lendas do futebol para comemorar a postagem número 700 do FUTEBOLA. Botafogo x Santos com Garrincha, Zito, Nilton Santos, Pelé, Zagallo, Pepe e Didi. Alguém duvida de que foi um jogão?

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

MUNDIAL DE CLUBES FIFA 2011 - BARCELONA X AL-SADD

Barcelona (ESP) 4 x 0 Al-Sadd (QAT) – Estádio Internacional de Yokohama, Yokohama (JAP)

Com três gols brasileiros, o Barcelona fez o que todo o “planeta bola” já esperava, goleou o Al-Sadd por 4 x 0 e pegará o Santos na decisão do Mundial.

Depois de vencer – mais uma vez – o Real Madrid em pleno Santiago Bernabéu, o favoritíssimo Barcelona estreou no Mundial organizado pelo Guardiola num dinâmico 3-5-1-1 com: Valdés; Puyol, Mascherano e Abidal; Adriano, Thiago, Keita, Iniesta e Pedro; Messi; Villa. Com o puro objetivo de se defender e, se possível, arriscar um contra-ataque, o treinador Jorge Fossatti esquematizou o Al-Sadd no 5-4-1 com: Saqr; Mohammed, Koni, Lee, Abdulmajed e Belhadj; Keita, Albloushi, Abdulmajid e Al Khalfan; Niang.

Existem jogos que antes do apito inicial já estão desenhados. Não digo o resultado, pois seria muita prepotência ignorar as famosas zebras, mas sim o panorama que o duelo vai apresentar. E este Barcelona x Al-Sadd pode ser incluído nesta lista, pois todos já sabiam como o confronto se apresentaria: o Barça com todos os por cento de posse de bola e o Al-Sadd usando unhas, dentes, pernas e canelas para se segurar. Com duas linhas defensivas – a mais recuada com cinco homens e a outra com quatro – os comandados do Jorge Fossatti entraram bem concentrados em campo e até conseguiam cumprir a tarefa de, digamos, se salvar. Porém, aos 24 minutos, Belhadj e o goleiro Saqr bobearam e o sempre tranquilo Barcelona abriu o placar com o lateral brasileiro Adriano. O mesmo Adriano que, quando o intervalo já batia na porta, ampliou o escore.

Após o intervalo a partida voltou diferente. Não, amigos, o Al-Sadd não pegou as rédeas do jogo e conseguiu uma virada histórica. A mudança ocorrida foi que Lionel Messi, o melhor do mundo, voltou para a 2ª etapa mais ligado e, assim, não tardou para que o Barça ampliasse a vantagem. Depois de duas finalizações perigosas, uma delas em linda cobrança de falta, Messi, aos 18 minutos, deu assistência milimétrica para Keita balançar as redes. Poucos segundos depois o argentino quase marcou um gol de bicicleta, o que faria, de vez, a alegria da galera. Aos 36 minutos, o domínio integral do Barcelona foi coroado com mais um gol brasileiro quando Maxwell completou passe do Thiago, o filho do Mazinho.

Mesmo com seis mudanças em relação ao time que enfrentou o Real Madrid, no último sábado, o Barcelona, sem necessitar suar a camisa, mostrou parte do seu enorme potencial. Contemos, então, os minutos para a grande final.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

PRÊMIO FUTEBOLA BRASILEIRÃO 2011

PRÊMIO FUTEBOLA BRASILEIRÃO 2011 MELHOR JOGADOR


1º DEDÉ (VASCO)
2º NEYMAR (SANTOS)
3º LIÉDSON (CORINTHIANS)

MELHOR JOGADOR DO BRASILEIRÃO 2011 PELA ENQUETE


DEDÉ (VASCO) – 64% DOS VOTOS

PRÊMIO FUTEBOLA BRASILEIRÃO 2011 SELEÇÃO DO CAMPEONATO

GOLEIRO – JEFFERSON (BOTAFOGO)
Tudo bem que na reta final do Brasileirão o goleiro botafoguense Jefferson, assim como toda sua equipe, tenha deixado muito a desejar. No entanto, levando em consideração todo o longo torneio, ninguém foi mais seguro e decisivo debaixo dos paus do que Jefferson. Se durante boa parte da competição o Fogão se manteve próximo dos líderes, com seguidas chances de assumir a ponta, muito se deve ao seu arqueiro, que, neste 2011, se destacou também vestindo a camisa da Seleção Brasileira.

LATERAL-DIREITO – FAGNER (VASCO)
Se em anos anteriores foi a dupla Fla-Flu que contou com os melhores laterais-direito do país, com Léo Moura e Mariano, o Brasileirão 2011 marcou a ascensão do vascaíno Fagner como o melhor da posição. Com apenas 22 anos, Fagner ainda tem atributos para evoluir, principalmente os defensivos, mas nenhum lateral-direito jogou mais bola do que o cruzmaltino, neste Brasileirão. A dupla formada com o atacante pela direita Éder Luís foi, e tem tudo para continuar sendo, um dos pontos mais fortes deste Vasco.

ZAGUEIRO CENTRAL – DEDÉ (VASCO) – PRÊMIO FUTEBOLA BRASILEIRÃO 2011 MELHOR JOGADOR
No Prêmio Futebola Brasileirão 2010, Dedé também foi eleito o melhor zagueiro central do torneio e foi escrito aqui no blog que ele havia sido uma das grandes surpresas do Brasileirão 2010 e que poderia evoluir bastante. Seria um mentiroso, porém, se dissesse que esperava que, em menos de um ano, o Dedé se tornaria um dos grandes defensores do futebol mundial e o melhor jogador do Brasileirão. Poderia listar aqui suas grandes atuações durante o campeonato, o que, sem dúvidas, ocuparia um enorme espaço, mas nada espelha mais o ano de 2011 do Dedé do que o apelido de “Mito” recebido pela torcida vascaína. Depois de Petkovic, em 2009, e Conca, em 2010, coube a um zagueiro ser o primeiro brasileiro a conquistar o Prêmio Futebola Brasileirão de melhor jogador. E que zagueiro!

QUARTO ZAGUEIRO – LEANDRO CASTÁN (CORINTHIANS)
Segundo jogador corintiano com mais minutos em campo durante todo o Brasileirão – atrás apenas do volante Paulinho –, o zagueiro Leandro Castán foi de grande importância para a conquista nacional do “Timão”. Quando o treinador Tite tomou a decisão de barrar o capitão e símbolo da equipe Chicão, muitos devem ter pensado que o sistema defensivo corintiano passaria por um verdadeiro terremoto. Porém, muito devido à segurança e à regularidade de Castán, o “Timão” garantiu não só o caneco nacional, mas também o título de melhor defesa da competição.


LATERAL-ESQUERDO – CORTÊS (BOTAFOGO)
Como foi citado anteriormente, quando o assunto era o goleiro Jefferson, todo o time do Botafogo sofreu uma pane geral na última parte do Brasileirão. No entanto, em uma época onde os clubes brasileiros têm tido grandes dificuldades para encontrar laterais-esquerdos de qualidade, a velocidade e o poder ofensivo mostrado pelo Cortês durante os melhores momentos botafoguenses no torneio foram suficientes para levá-lo para a Seleção Brasileira e para lhe colocar no posto de melhor lateral-esquerdo do campeonato.

PRIMEIRO VOLANTE – RALF (CORINTHIANS)
No quesito proteção à defesa, o corintiano Ralf foi quem mais se destacou no Brasileirão 2011. Se o “Timão” terminou o torneio tendo sofrido uma média de menos de um gol por jogo, número que lhe confere o título de melhor defesa da competição, muito se deve ao trabalho de cão de guarda realizado pelo volante Ralf, que, junto com seu parceiro Paulinho, formou uma dupla de volantes que se tornou um dos pilares do Campeão Brasileiro.

SEGUNDO VOLANTE – PAULINHO (CORINTHIANS)
Se me pedissem para definir o volante Paulinho com poucas palavras, eu o chamaria de policial. “Como assim?”, os amigos devem estar se perguntando. Pois explico: nenhum jogador neste Brasileirão cumpriu com tanta excelência a tarefa de “proteger e servir”, um dos tradicionais lemas policiais. Com forte marcação, bom passe e faro de gol pouco comum para um volante – com 8 gols, foi o segundo artilheiro do “Timão” no campeonato, atrás apenas do Liédson – Paulinho tem tudo para ter um 2012 repleto de convocações para a Seleção Brasileira.

MEIA DIREITA – DIEGO SOUZA (VASCO)
O que faltava ao Diego Souza para repetir as grandes atuações de suas melhores épocas de Grêmio (Libertadores de 2008) e Palmeiras (Brasileirão 2009) ele encontrou no Vasco. Com a camisa cruzmaltina, ele deixou de lado parte do estilo intempestivo e imaturo que o acompanhavam – não recebeu nenhum cartão vermelho no torneio – e se tornou um dos líderes da equipe. De meia, de segundo atacante e até de centroavante, Diego Souza apresentou um poder ofensivo destacado e com 11 gols marcados (um deles, diante do Cruzeiro, uma obra de arte) foi, ao lado do Élton, o artilheiro da equipe.

MEIA ESQUERDA – RONALDINHO (FLAMENGO)
Assim que o Flamengo anunciou a contratação de Ronaldinho Gaúcho, era comum encontrar, em bate-papos pela rua, flamenguistas e não-flamenguistas dizendo que o craque viria para o clube só para curtir o Rio de Janeiro. Bom, que Ronaldinho curte o dia, a tarde, a noite e até a madrugada da “Cidade Maravilhosa” é inegável, como também é inegável que ele realizou um campeonato de alto nível e foi o grande responsável por o Fla conquistar a vaga na Libertadores. Sua atuação na vitória contra o Santos, por 5 x 4, na Vila Belmiro, entrou para a história do Campeonato Brasileiro.

SEGUNDO ATACANTE – NEYMAR (SANTOS)
Seria difícil imaginar que, com um Mundial Interclubes por jogar, o Santos se entregaria de corpo e alma no Brasileirão. E foi neste clima de “cumprir tabela” que Neymar, ao invés de entrar em campo já esperando o apito final, mostrou toda sua imensurável categoria. Seu objetivo era um só: jogar futebol. E como neste momento ninguém no país faz isso melhor do que este jovem gênio de cabelo estranho, aqui está ele no Prêmio Futebola Brasileirão 2011. A torcida dos santistas e de grande parte do Brasil é para que Neymar consiga mostrar no Mundial tudo – e é muito! – o que sabe.

CENTROAVANTE – LIÉDSON (CORINTHIANS)
A briga mais acirrada do Prêmio Futebola Brasileirão 2011 foi pela posição de centroavante da equipe, entre o tricolor Fred e o corintiano Liédson. No fim, o título nacional e a constância de gols importantes deram a vaga para o luso-brasileiro. Reparem no quilate dos gols marcados por Liédson na campanha do “Timão”: o da vitória sobre o Grêmio por 2 x 1 na 1ª rodada, três na goleada de 5 x 0 sobre o São Paulo, o terceiro da histórica virada sobre o Atlético Mineiro por 3 x 2, os dois do triunfo, também de virada, em cima do Flamengo e, já na reta final do torneio, decretou a vitória sobre os catarinense Avaí (2 x 1) e Figueirense (1 x 0). Se pensarmos que a ausência de qualquer um destes gols poderia ter mudado o endereço do troféu, fica difícil deixar o Liédson de fora do Prêmio Futebola Brasileirão 2011.

TÉCNICO – TITE (CORINTHIANS)
Talvez seja possível contar nos dedos os que acreditavam, após a eliminação na pré-Libertadores, que o treinador Tite fosse terminar o ano no comando do Corinthians. Imaginem, então, quantos acreditavam que ele seria Campeão Brasileiro. Pois bem, Tite demonstrou um enorme conhecimento do elenco – que o permitiu barrar o Chicão quando acreditou ser necessário, escalar Danilo e Alex como centroavantes durante um bom tempo, transformar o Willian em um dos melhores jogadores do torneio, resolver os inúmeros problemas causados por contusão, saber controlar a sede da torcida pelo Adriano – e, contra todos os prognósticos, fechou o ano como melhor treinador do Brasileirão.

1 – JEFFERSON
2 – FAGNER
3 – DEDÉ – PRÊMIO FUTEBOLA BRASILEIRÃO 2011 MELHOR JOGADOR
4 – LEANDRO CASTÁN
5 – RALF
6 – CORTÊS
7 – DIEGO SOUZA
8 – PAULINHO
9 – LIÉDSON
10 – RONALDINHO
11 - NEYMAR

MUNDIAL DE CLUBES FIFA 2011 - SANTOS X KASHIWA REYSOL

Santos 3 x 1 Kashiwa Reysol (JAP) – Estádio de Nagoya, Nagoya (JAP)

De fora da área para dentro da final! Com três golaços em arremates longos, o Santos venceu o bom time do Kashiwa e se garantiu na decisão do Mundial.

Para a tão aguardada – por jogadores, torcedores, jornalistas esportivos... – estreia santista no Mundial de Clubes, Muricy Ramalho organizou a equipe no 4-3-1-2 com: Rafael; Danilo, Edu Dracena, Bruno Rodrigo e Durval; Elano, Henrique e Arouca; Ganso; Neymar e Borges. Pela terceira vez em campo no torneio, já que precisou passar por Auckland City (NZL) e Monterrey (MEX) para chegar à semifinal, o Kashiwa Reysol foi esquematizado pelo treinador brasileiro Nelsinho Batista no 4-2-2-2 com: Sugeno; Sakai, Masushima, Kono e Hashimoto; Kunisawa e Otani; Leandro Domingues e Jorge Wagner; Tanaka e Kudo.

O juiz apitara pela primeira vez havia poucos minutos e uma falha bisonha do zagueiro japonês Kono terminou em finalização do Neymar que tocou, caprichosamente, na trave. Este lance inicial poderia ter sido o combustível para uma pressão santista, mas o que se viu foi um Kashiwa com maior posse de bola e mais presente no campo ofensivo. Com 15 minutos jogados, não seria exagero dizer que a partida estava complicada para o Santos, que desde a citada bola na trave não conseguia engatinhar no campo de ataque. Foi então que a dupla formada pelo melhor jogador brasileiro na atualidade e o artilheiro do Brasileirão resolveu aparecer. Primeiro, aos 18 minutos, Neymar deixou o capitão Otani no chão e com um arremate perfeito de canhota fez a alegria de muitos brasileiros, santistas e não-santistas. Pouco depois, aos 23, foi a vez de Borges acertar um chutaço de fora da área e ampliar o escore. Cinco minutos, dois arremates, 2 x 0 Santos.

Os últimos minutos do 1º tempo terminaram com os japoneses rondando a área brasileira, mas o intervalo parecia ter feito bem ao Santos. Disse parecia, pois se o Danilo e o Ganso assustaram o goleiro Sugeno logo no início da etapa final, foi o Kawisha que sacudiu o barbante em uma jogada bem conhecida por aqui. Jorge Wagner cobrou escanteio e o lateral Sakai completou de cabeça. Mesmo sem um pingo de força ofensiva, com destaque para o sumiço do Neymar – seria o pisão no tornozelo que recebeu do companheiro Henrique? –, o Santos conseguiu voltar às redes, aos 18, em uma cobrança de falta perfeita do Danilo, que, diga-se de passagem, teve uma atuação defensiva muito segura. Daí em diante, de uma maneira que deixa seu torcedor com todas as pulgas atrás da orelha, o “Peixe” foi dominado pelo rival. Principalmente pelo lado direito, com o ótimo lateral Sakai, o Kashiwa criou claras oportunidades de balançar as redes, como uma sem goleiro desperdiçada pelo Kitajima e uma bola na trave do Sawa. Aos 38 minutos, o Santos também acertou a trave em arremate do Ibson, em lance que não é suficiente para diminuir a preocupação com o péssimo 2º tempo da equipe.

No entanto, o torcedor santista não tem motivos apenas para se preocupar, afinal a equipe venceu um difícil confronto e mostrou, nos três gols marcados, que tem muita qualidade individual, uma arma que pode ser decisiva na provável final contra o Barcelona.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

FELIZ 30 ANOS, NAÇÃO RUBRO-NEGRA!

Era uma vez um time, ou melhor, um esquadrão, que no intervalo de três semanas conquistou o Campeonato Estadual sobre o maior rival, o Campeonato Continental, em um jogo que poderia ganhar um capítulo no livro “Grandes Batalhas do Século XX”, e o Campeonato Mundial sobre o então dono do “Velho Continente” e candidato seríssimo a maior equipe de todos os tempos do país que inventou o futebol.

Este seria um belo filme de ficção-esportiva, mas, para azar dos roteiristas de plantão, é uma história real. Uma história vivida em uma época em que, órfão do “Rei” Pelé, a Seleção Brasileira não conseguia mais encantar o mundo e os nossos clubes encontravam enormes dificuldades para superar os rivais sul-americanos e nem tinham oportunidades de duelar com os europeus. Para critérios de comparação, Entre 1961 e 1980, os clubes brasileiros haviam conquistado apenas três canecos da Libertadores (Santos 62/63 e Cruzeiro 76), enquanto desde 1992, só não estiveram presentes em três decisões da maior competição continental.

Foi então que, com o Rio de Janeiro, o Brasil e a América já conquistados, chegou o dia 13 de dezembro de 1981, dia em que o Flamengo viajou para o outro lado do mundo, literalmente, para ganhar o planeta. Para muitos, o jogo já estava perdido antes de começar. Sim, perdido. Como vencer o grande Liverpool Tricampeão Europeu e Tetracampeão Inglês nos últimos seis anos? Como parar o atacante Kenny Dalglish? Coitados dos que acreditavam que este era o maior onze do planeta. Eles não conheciam Raul, Leandro, Marinho, Mozer e Júnior; Andrade, Adílio e Zico; Tita, Nunes e Lico. Foram necessários apenas 45 minutos para o goleiro Grobbelaar ter que buscar a bola três vezes no fundo do gol e o Flamengo se tornar uma colosso ainda maior do que já era.

Hoje, 13 de dezembro de 2011, mais de 30 milhões de rubro-negros acordaram com um orgulho que fazia de tudo para escapar do peito. Um sorriso, um “Feliz 30 anos!” para um amigo, um poster à mostra como se a conquista tivesse sido ontem, a bandeira na janela, a gozação com os que torcem para os rivais... tudo é motivo pro orgulho escapulir. Um orgulho do tamanho do feito alcançado por aqueles ídolos inesquecíveis, há mais de 30 anos, e que, por uma daquelas coisas que o mundo não consegue explicar, não para de aumentar.

PARABÉNS, FLAMENGO! PARABÉNS, FLAMENGUISTAS!

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

PREMIER LEAGUE 2011/2012 - 15ª RODADA




RESULTADOS
Arsenal 1 - 0 Everton
Bolton 1 - 2 Aston Villa
Liverpool 1 - 0 Queens Park Rangers
Manchester United 4 - 1 Wolverhampton
Norwich 4 - 2 Newcastle
Swansea City 2 - 0 Fulham
West Bromwich 1 - 2 Wigan
Sunderland 2 - 1 Blackburn
Stoke City 2 - 1 Tottenham
Chelsea 2 - 1 Manchester City

ARTILHARIA
15 Gols –
Robin van Persie (Arsenal)
11 Gols – Demba Ba (Newcastle), Kun Agüero (Manchester City) e Wayne Rooney (Manchester United)
10 Gols – Edin Dzeko (Manchester City)

GIRO PELA “TERRA DA RAINHA”


- No grande duelo da rodada, o Chelsea bateu o até então invicto Manchester City e chegou à terceira colocação da Premier League. Este triunfo de virada – gols de Raul Meireles e Lampard, com Balotelli anotando para o City – é tão animador para o Chelsea, que pode utilizá-lo como combustível, como preucupante para o City, que vem de uma eliminação na 1ª fase da Champions League. Agora é o momento de Chelsea e City mostrarem o quanto são fortes, principalmente o clube de Manchester.

- A 15ª rodada da Premier League deu uma sacudida e tanto na famosa bolsa de apostas inglesa. O motivo? Contra todas as previsões, o Stoke City bateu o Tottenham por 2 x 1 – com dois gols do Matthew Etherington, ex “Spurs” – e colocou fim na sequência de 11 partidas sem derrotas do adversário. E parece que a zebra resolveu aparecer somente no jogo do Tottenham, pois Manchester United, Liverpool e o cada vez mais embalado Arsenal do cada vez mais embalado van Persie, triunfaram no fim de semana.

- Será que a carruagem do Newcastle está virando abóbora? Depois de um início de Premier League surpreendente, onde se manteve invicto durante 11 rodadas, os “Magpies” chegaram, com esta última derrota para o Norwich, a quatro jogos consecutivos sem vitórias. O treinador Alan Pardew precisa descobrir, urgentemente, o que fez o Newcastle sair dos trilhos. Na próxima rodada, o adversário será o Swansea, que neste fim de semana alcançou a portentosa marca de oito jogos em casa e apenas dois gols sofridos.

domingo, 11 de dezembro de 2011

MUNDIAL DE CLUBES FIFA 2011 - QUARTAS DE FINAL

SEMIFINAIS:

Santos (BRA) x Kashiwa Reysol (JAP) - quarta-feira, 14/12

Barcelona (ESP) x Esperánce (TUN) - quinta-feira, 15/12


QUARTAS DE FINAL



Esperánce (TUN) 1 x 2 Al-Sadd (QAT) – Estádio de Toyota, Toyota (JAP)
No duelo entre africanos e asiáticos que definiu o adversário do Barcelona no Mundial, melhor para o Al-Sadd, do Qatar. Muitos vão dizer que o placar foi injusto, já que os tunisianos mostraram um futebol mais intenso ofensivamente, finalizaram mais que o adversário e chegaram a marcar dois gols em lances anulados pela arbitragem por impedimento. Porém, como costumo dizer, a justiça no futebol é a justiça dos gols. O Al-Sadd encaixou um contra-ataque pela direita com seu melhor jogador, o marfinense Keita, que terminou com o Al Khalfan balançando as redes, e, já na 2ª etapa, em uma bela jogada ensaiada, ampliou o escore com o zagueiro Koni. Dois ataques, dois gols. O Esperánce ainda chegaria às redes em gol do bom camisa 10 Darragi e poderia ter empatado com os já citados lances anulados por impedimento, mas finalização não é o ponto forte da equipe tunisiana. Assim, caberá ao Al-Sadd a ingrata e histórica, para um clube asiático, missão de enfrentar o poderoso Barcelona, que chega ao Japão embalado por novo show sobre o Real Madrid.

Kashiwa Reysol (JAP) 1 (4) x (3) 1 Monterrey (MEX) – Estádio de Toyota, Toyota (JAP)

Em um confronto equilibrado, o atual Campeão Japonês, Kashiwa Reysol, bateu o mexicano Monterrey nos pênaltis e será o rival do Santos na semifinal do Mundial. Com caras conhecidas de quem acompanha o futebol sul-americano, como os argentinos Neri Cardozo e Cesar Delgado e o chileno Suazo, o Monterrey começou melhor, mas os japoneses logo equilibraram o duelo e, no início do 2º tempo, abriram o placar com um golaço de voleio do brasileiro Leandro Domingues. A torcida local ainda comemorava quando o carequinha Suazo, que já havia acertado o poste, empatou o escore, aos 13 minutos. Daí até o apito final da prorrogação, o Kashiwa mostrou melhor preparo físico, controlou as ações ofensivas e, se não voltou a sacudir o filó, teve méritos em alcançar a vitória na disputa por penalidades. O fato de o Kashiwa já ter disputado duas partidas no torneio – Auckland (NZL) e Monterrey – pode ser visto por dois lados diferentes. Um destes lados, o bom para o Santos, é que os japoneses podem sentir o cansaço de uma terceira partida em menos de uma semana, enquanto o outro lado, este benéfico para o Kashiwa, é que a equipe japonesa chegará para o duelo já ambientada com a competição, com 210 minutos jogados na bagagem e um pouquinho menos de frio na barriga.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Por que não temos treinadores brasileiros espalhados pela América do Sul?


Assistia ao duelo entre os carrascos dos cariocas LDU e Universidad de Chile, primeiro jogo válido pela decisão da Copa Sul-Americana, quando, diante do fato de os treinadores de ambos os times serem argentinos, a pergunta presente no título desta coluna me veio à cabeça.

A primeira barreira justificativa que que poderia responder esta pergunta é uma barreira frágil: a diferença de idioma entre nós, brasileiros, e o restante do continente. Basta uma rápida busca na história do futebol para esta justificativa ir por água abaixo. Vejamos: em 1963, Danilo Alvim, craque do famoso “Expresso da Vitória” vascaíno dos anos 40, treinou a Bolívia na conquista invicta do Sul-Americano. Algo mais de uma década depois, o genial “Príncipe Etíope” Didi foi o comandante da Seleção Peruana que fez história ao superar a Argentina nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 1970 e, no próprio Mundial, cair somente nas quartas de final, para o Brasil de Pelé e Cia. Mais recentemente, Paulo Cesar Carpegiani foi o treinador do Paraguai de Chilavert, Arce e Gamarra que, na Copa do Mundo de 1998, fez a campeã e anfitriã França suar litros e mais litros nas oitavas de final, em confronto decidido somente no gol de ouro.

Se a diferença de idiomas é facilmente jogada para escanteio, o mesmo não se pode fazer com a diferença de salários. No futebol brasileiro, não são apenas os jogadores que possuem poupanças cada vez mais recheadas, mas também os treinadores. Assim, uma justificativa plausível para os “professores” brasileiros não estarem presentes nas mais conhecidas equipes sul-americanas pode ser encontrada no fato de que aqui, no nosso país, a grana é maior. E este fator econômico ganha o apoio da alta rotatividade de treinadores entre os clubes brasileiros. Se um treinador sabe que poucos dias após ser demitido ele receberá convite de outro clube daqui, cria-se uma “zona de conforto” onde ele, treinador, dificilmente precisa buscar alternativas fora do país. Exemplo que espelha de maneira perfeita esta “zona de conforto” é Váner Mancini, que entre 2008 e 2011 treinou nada menos do que sete clubes brazucas (Grêmio, Vitória, Santos, Vasco, Ceará, Guarani e Cruzeiro).

Sem dúvidas a falta de intercâmbio entre treinadores brasileiros e clubes sul-americanos é ruim para ambos. Os técnicos perdem a oportunidade de conhecer estilos e culturas de futebol diferentes, enquanto os clubes deixam de aprender um pouco do futebol jogado por aqui, que, desde 1992, só não esteve presente em três finais de Libertadores.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

BIBLIOTECA DO FUTEBOLA - VAI DAR ZEBRA

Poucos – para não falar nenhum – livros conseguem reunir tantos dados sobre os times de menor porte do Rio de Janeiro do que este “Vai dar Zebra”, dos autores José Rezende e Raymundo Quadros. Através desta obra é possível conhecer os grandes personagens e momentos da história do Bonsucesso, Campo Grande, Canto do Rio, Madureira, Olaria, Portuguesa e São Cristóvão.

Vai dar Zebra

Autores: José Rezende e Raymundo Quadros


terça-feira, 6 de dezembro de 2011

NOMES DOS ESTÁDIOS - COUTO PEREIRA

1932 entrou para a história do Coritiba Foot Ball Club como o ano em que o clube ganhou o seu próprio estádio, chamado, então, Estádio Belfort Duarte, um dos grandes futebolistas brasileiros da época amadora. E aquele que pode ser considerado o principal responsável pela contrução do estádio foi o então presidente Antônio Couto Pereira, que ocuparia a presidência, de maneira descontinua, nas décadas de 20, 30 e 40. Em 1977, uma reunião entre conselheiros do Coritiba decidiu homenagear esta figura importantíssima da história do clube e o estádio passou a se chamar Estádio Major Antônio Couto Pereira.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

PREMIER LEAGUE 2011/2012 - 14ª RODADA



RESULTADOS
Newcastle 0 - 3 Chelsea
Blackburn 4 - 2 Swansea City
Manchester City 5 - 1 Norwich
Queens Park Rangers 1 - 1 West Bromwich
Tottenham 3 - 0 Bolton
Wigan 0 - 4 Arsenal
Aston Villa 0 - 1 Manchester United
Everton 0 - 1 Stoke City
Wolverhampton 2 - 1 Sunderland
Fulham 1 - 0 Liverpool

ARTILHARIA
14 Gols –
Robin van Persie (Arsenal)
11 Gols – Kun Agüero (Manchester City)
10 Gols – Edin Dzeko (Manchester City)

GIRO PELA “TERRA DA RAINHA”

- No jogo mais esperado da rodada, o Newcastle, depois de duelar, seguidamente, contra os times de Manchester, recebeu o Chelsea em duelo que valia a vaga momentânea no “top four”. Mesmo com todo o apoio de sua fanática torcida, os “Magpies” foram batidos pelo Chelsea por sólidos 3 a 0 e caíram para a 6ª colocação. A queda do Newcastle só não foi mais acentuada porque o Liverpool tropeçou no Fulham.

- Além da vitória do Chelsea, que o colocou na 4ª posição, todos os atuais cinco primeiros colocados no torneio venceram seus jogos neste fim de semana. O líder isolado Manchester City escreveu outra goleada em seu currículo ao bater o Norwich por 5 a 1, enquanto seu grande rival, o United, passou apertado pelo Aston Villa com gol do zagueiro Phil Jones, seu primeiro com a camisa vermelha. Viajando de Manchester para Londres, o cada dia mais embalado Tottenham fez 3 a 0 no Bolton, chegando ao seu 11º jogo seguido de invencibilidade, e o Arsenal, novamente com gol do artilheiro da Premier League, van Persie, sapecou 4 a 0 no agora lanterninha Wigan.

- O amigo se lembra do incrível gol desperdiçado pelo centroavante nigeriano Yakubu no duelo contra a Coreia do Sul, na última Copa do Mundo, em 2010? Um gol daqueles que até a vovó faria e que alguns consideram o mais perdido da história dos Mundiais? Pois bem, o mesmo Yakubu balançou as redes por quatro vezes na vitória do seu Blackburn sobre o Swansea por 4 x 2, e tirou os “Rovers” da lanterna da competição. A vida de centroavante é realmente dinâmica...

domingo, 4 de dezembro de 2011

CAMPEONATO BRASILEIRO 2011 - ÚLTIMA RODADA - CORINTHIANS CAMPEÃO!








RESULTADOS
Vasco 1 x 1 Flamengo
Botafogo 1 x 1 Fluminense
Corinthians 1 x 0 Palmeiras
São Paulo 4 x 1 Santos
Internacional 1 x 0 Grêmio
Cruzeiro 6 x 1 Atlético Mineiro
Atlético Goianiense 5 x 1 América Mineiro
Atlético Paranaense 1 x 0 Coritiba
Bahia 2 x 1 Ceará
Avaí 1 x 1 Figueirense

ARTILHARIA
23 Gols –
Borges (Santos)
22 Gols – Fred (Fluminense)
15 Gols – Deivid (Flamengo)

Uma tarde alucinante fechou com chave de ouro o estupendo Brasileirão 2011. Com uma última rodada onde todos os duelos eram valiosos, cada anúncio de gol fazia corações baterem mais forte Brasil afora. E no fim, foi o torcedor corintiano quem teve mais motivo para comemorar. Uma comemoração com o peito apertado, com um choro que misturava lágrimas de felicidade e de tristeza, com um grito que estravazava alegria e dor. Nunca a frase que diz que tudo que o corinthiano conquista é sofrido foi tão verdadeira, pois ser Campeão Brasileiro, Pentacampeão Brasileiro, no dia que começou com a notícia da morte daquele que para muitos é o maior ídolo da história do clube é uma carga de emoção difícil de segurar. Como também foi difícil segurar a emoção ao ver todos os jogadores e torcedores corinthianos com o braço erguido e o punho cerrado em homenagem ao Doutor Sócrates, minutos antes de a pelota rolar no Pacaembu.

Deixando de lado o argumento de que o campeonato por pontos corridos é o mais justo – como se os outros não fossem – é praticamente impossível tirar do “Timão” os méritos de Campeão. Rodada após rodada o Corinthians tinha os clubes cariocas no seu encalço e os superou, todos eles. Segurou um Flamengo que no primeiro terço do torneio teve um Ronaldinho inspiradíssimo e não perdeu para ninguém, um Botafogo que mostrou durante parte do Brasileiro um onze que há muito não se via com a camisa da estrela solitária, um Fluminense que de uma hora para outra, na base dos passes de Deco e dos gols do Fred, voltou a menosprezar a matemática, e, por fim e até o fim, um Vasco cujo orgulho de seu torcedor com a dedicação e o respeito mostrado pelos jogadores cruzmaltinos diz tudo.

O eletrizante fechamento do Brasileirão, além de entregar o caneco para o Corinthians e colocar, pela primeira vez, três cariocas na Copa Libertadores – que também terá o valente Internacional – viu o Cruzeiro conquistar uma das vitórias mais importantes de toda sua história. Nem se pudesse escalar a equipe de Raul, Zé Carlos, Tostão e Dirceu Lopes o torcedor azul apostaria em uma goleada de 6 x 1 no maior rival, principalmente em um jogo que poderia mandar o clube, pela primeira vez, para Segundona. Segundona que em 2012 terá, junto a América Mineiro e Avaí, o Ceará e o Atlético Paranaense. Neste momento, acredito que nem Freud seria capaz de explicar o que sente o torcedor do “Furacão”, que venceu o Atle-Tiba, tirou o rival da Libertadores e, mesmo assim, foi rebaixado. E esta sensação de vencer e ficar triste também esteve presente em Mogi Mirim, onde o São Paulo goleou os reservas do Santos e chegou a colocar as mãos na vaga para a Libertadores, mas terminou na vaga na Sul-Americana, que em 2012 terá também Figueirense, Coritiba, Botafogo, Palmeiras, Grêmio, Atlético Goianiense e Bahia como representantes brasileiros.

Quantas decisões em apenas duas horas! A ideia de colocar grandes clássicos regionais nas últimas rodadas foi uma das melhores que já vi desde que acompanho o esporte bretão. Os sentimentos mais ambíguos, mais divergentes, mais distintos, foram sentidos durante este domingo histórico do futebol brasileiro. Durante este domingo que termina com o Corinthians prestando a maior homenagem que poderia para o eterno Doutor Sócrates.

PARABÉNS, CORINTHIANS! DESCANSE EM PAZ, DOUTOR!

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

UMA IMAGEM




Em excursão realizada no ano de 1963, o Madureira enfrentou – e venceu por 3 x 2 – um Combinado Cubano em Cienfuegos (CUB). Quem esteve presente ao duelo foi o então Ministro da Indústria Cubano, Ernesto “Che” Guevara, que posa para foto ao lado do elenco do Tricolor Suburbano.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

RADINHO NO OUVIDO

1975 – Fluminense 1 x 0 Vasco, Maracanã

Narração: Jorge Curi

Rivellino, “Máquina Tricolor”, Jorge Curi, um dos gols mais marcantes da história do Maracanã. Difícil saber o que destacar diante da tamanha fartura apresentada hoje pelo FUTEBOLA. Em 1975, o “Patada Atômica”, Rivellino, assinou uma obra-prima digna de estar presente em qualquer museu do futebol pelo mundo ao aplicar um elástico por baixo das pernas do vascaíno Alcir Portela e, em seguida, balançar as redes e dar a vitória à “Máquina”. Melhor que este gol só escutá-lo pela voz do lendário Jorge Curi.



terça-feira, 29 de novembro de 2011

NOMES DOS ESTÁDIOS - LARANJEIRAS

Olá, amigos do FUTEBOLA!

Hoje o blog inaugura a seção “Nomes dos Estádios”, que irá contar para os amigos quem são as pessoas que dão nomes aos estádios Brasil afora. E vamos começar com o histórico Estádio das Laranjeiras, casa do Fluminense, responsável por receber o primeiro jogo da história da Seleção Brasileira, uma vitória por 2 a 0 sobre os ingleses do Exeter City.

Situado no Bairro das Laranjeiras, no Rio de Janeiro, o estádio já foi conhecido como Álvaro Chaves, nome da rua onde se localiza. No entanto, desde 2004, o nome oficial do Estádio das Laranjeiras é Estádio Manoel Schwartz, em homenagem ao ex-presidente do Tricolor Carioca. Manoel Schwartz ocupou a presidência do clube no triênio 84/86, período no qual contratou o craque paraguaio Romerito e conquistou, além dos dois últimos títulos cariocas do Tri 83/84/85, o Brasileirão de 1984.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

PREMIER LEAGUE 2011/2012 - 13ª RODADA



RESULTADOS
Stoke City 3 - 1 Blackburn
Bolton 0 - 2 Everton
Chelsea 3 - 0 Wolverhampton
Manchester United 1 - 1 Newcastle
Norwich 2 - 1 Queens Park Rangers
Sunderland 1 - 2 Wigan
West Bromwich 1 - 3 Tottenham
Arsenal 1 - 1 Fulham
Swansea City 0 - 0 Aston Villa
Liverpool 1 - 1 Manchester City

ARTILHARIA
13 Gols –
Robin van Persie (Arsenal)
10 Gols – Edin Dzeko (Manchester City) e Kun Agüero (Manchester City)
9 Gols – Demba Ba (Newcastle) e Wayne Rooney (Manchester United)

GIRO PELA “TERRA DA RAINHA”

- Depois de perder a invencibilidade na última rodada ao ser derrotado pelo Manchester City, o Newcastle suou litros e mais litros para arrancar um empate diante do Manchester United em pleno Old Trafford. Os “Red Devils” saíram na frente com um “gol sem querer” do ídolo mexicano Chicharito Hernández, enquanto os “Magpies” chegaram ao empate em cobrança de pênalti – inexistente, diga-se de passagem – do atacante Demba Ba, aos 19 minutos da 2ª etapa. Daí em diante, principalmente após a expulsão do argentino Gutiérrez, o United partiu com tudo em busca da vitória, mas esbarrou em uma atuação monumental do goleiro Krul e em uma cabeçada do Chicharito que o lateral Simpson salvou de maneira espetacular sobre a linha do gol. Depois de enfrentar os dois clubes de Manchester em sequência, o Newcastle encara, na próxima rodada, o Chelsea. Que tabela!

- O início do Tottenham nesta Premier League foi para deixar seus torcedores com todas as pulgas atrás da orelha: derrotas por 3 x 0 para o Manchester United e por 5 x 1 para o Manchester City. Desde então, os “Spurs” conquistaram nada menos do que nove vitórias e um empate e já se encontram na 3ª colocação do torneio, apesar de um jogo a menos. Com um elenco que contém King, Sandro, Lennon, Bale, van der Vaart, Adebayour e Defoe, não é de se estranhar que o Tottenham realize uma campanha melhor que a de seus rivais londrinos, Chelsea e Arsenal.

- Uma briga de cachorro grande, assim pode ser definido o duelo entre o líder invicto Manchester City e o Liverpool, no Anfield Road. Após um 1º tempo equilibradíssimo, que terminou empatado em 1 x 1 – Kompany marcou para o City e Lescott, contra, para o Liverpool – o time da “Terra dos Beatles” realizou uma 2ª etapa digna de muitos aplausos. No entanto, graças à grande atuação do goleiro Hart, que teve como ponto máximo as duas defesas seguidas já nos acréscimos do 2º tempo, os “Reds” não conseguiram sair de campo com os três pontos. Vale destacar ainda a segura atuação do volante brasileiro Lucas, pelo lado vermelho, e a infantil expulsão do imprevisível (ou seria previsível?) Balotelli, menos de 20 minutos após entrar em campo, pelo lado azul.

domingo, 27 de novembro de 2011

CAMPEONATO BRASILEIRO 2011 - 37ª RODADA - FLUMINENSE X VASCO





RESULTADOS
Palmeiras 1 x 0 São Paulo
Santos 1 x 1 Bahia
Flamengo 1 x 0 Internacional
Fluminense 1 x 2 Vasco
Grêmio 2 x 2 Atlético Goianiense
Atlético Mineiro 4 x 0 Botafogo
Figueirense 0 x 1 Corinthians
Coritiba 1 x 0 Avaí
América Mineiro 2 x 1 Atlético Paranaense
Ceará 2 x 2 Cruzeiro

ARTILHARIA
23 Gols –
Borges (Santos)
21 Gols – Fred (Fluminense)
15 Gols – Deivid (Flamengo)


Fluminense 1 x 2 Vasco – Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)

Em clássico de arrepiar o Vasco venceu o Fluminense com um gol do Bernardo, aos 45 minutos do 2º tempo, e manteve viva a esperança de ser Pentacampeão Brasileiro.

Sem vencer um clássico carioca em 2011, o Fluminense entrou em campo embalado pelo ritmo do artilheiro Fred e escalado pelo Abel Braga no 4-4-2 com: Diego Cavalieri; Mariano, Elivélton, Leandro Euzébio e Carlinhos; Deco, Edinho, Diguinho e Marquinho; Rafael Sóbis e Fred. Em diversas oportunidades o volante Edinho recuou e realizou um papel de terceiro zagueiro. Na briga por conquistar uma tríplice coroa e fechar o ano de maneira histórica, o Vasco foi para o confronto organizado pelo Cristóvão Borges no 4-3-2-1 com: Fernando Prass; Fagner, Dedé, Renato Silva e Jumar; Juninho Pernambucano, Rômulo e Felipe; Allan e Diego Souza; Élton.

Já classificados para a Libertadores 2012, somente a vitória interessava a Vasco e Fluminense. Assim, desde o primeiro minuto, quando a arbitragem equivocou-se ao anular, por impedimento, um gol legal do Diego Souza, o confronto foi aberto e os centroavantes de ambos os lados tiveram chances para sacudir o véu da noiva. No Flu, Fred acertou o pé da trave e Marquinho, depois de linda assistência de cabeça do mesmo Fred, também teve a sua oportunidade de gol. Já pelo Vasco, as melhores chances foram finalizadas pelo Élton: uma cabeçada por cima da meta e um arremate no travessão, livre, após o Diego Cavalieri realizar linda defesa em cabeçada do Rômulo. Ainda na 1ª etapa, vale destacar as boa presenças ofensiva do meia tricolor Deco, no início das jogadas, e do cruzmaltino Juninho Pernambucano, nos cruzamentos. Que qualidade nos passes!

A 2ª etapa voltou completamente diferente, com as tramas de ataque cedendo lugar aos cartões amarelos – foram seis em menos de 20 minutos. Depois deste período de jogo picado, o Flu cresceu de produção e poderia ter inaugurado o placar com Rafael Sóbis e Fred, mas foi o Vasco que o fez. A ausência de um homem de área ocasionada pela troca do Élton pelo Bernardo, no intervalo, havia transformado o Vasco em uma equipe infértil, mas a entrada Alecsandro resolveria o problema cruzmaltino. Aos 31 minutos, Rômulo deu passe de cabeça e Alecsandro, também de cuca, colocou a pelota no fundo do gol. A vantagem vascaína, porém, não tardaria a ir por água abaixo, já que Fred, aos 38, aproveitou lançamento do Mariano e falha do zagueiro Renato Silva para dominar a redonda no peito e marcar um belíssimo gol de empate. Emoção pura! Se estivesse narrando este clássico, Galvão Bueno não se cansaria de gritar “haja coração!”.

A proximidade do apito final e a vitória do Corinthians sobre o Figueirense deixavam os jogadores vascaínos com os nervos à flor da pele, como espelha a expulsão do Leandro mesmo fora das quatro linhas. Diante do que se via em campo, muitos já davam como certo o título do Coringão, até que, nos acréscimos, Alecsandro arrancou pela direita como um ponta à moda antiga e cruzou para Bernardo finalizar duas vezes e adiar a decisão do título para a última rodada. Amigos, o “Clássico dos Milhões” do próximo domingo promete muito!

TRÊS TOQUES!

- O Flamengo suou litros e mais litros para vencer o Internacional em Macaé, gol de Ronaldinho Gaúcho. E os rubro-negros têm mais motivos para comemorar do que o triunfo neste chamado “jogo de seis pontos” contra o Colorado, afinal Figueirense, São Paulo e Botafogo perderam seus duelos nesta rodada. Botafogo que, por sinal, comprova jogo após jogo o gigantesco equívoco que foi a demissão do treinador Caio Júnior.

- Já faz tempo que o Palmeiras vive em brigas internas e não briga por nada no Brasileirão. No entanto, a oportunidade de tirar o São Paulo da Libertadores 2012 e evitar o título do Corinthians parece ter acendido uma chama no Verdão. A vitória sobre o São Pulo complicou – e muito! – a vida do Tricolor Paulista, e o Corinthians terá, no próximo domingo, um adversário duríssimo pela frente.

- Se um amigo estrangeiro chegasse esta semana ao Brasil, qual jogo você o indicaria assistir: Vasco x Flamengo que vale caneco e vaga na Libertadores? Corinthians x Palmeiras com o “Timão” podendo conquistar o título? Internacional em busca da vaga na Libertadores contra o Grêmio? Atlético Mineiro na tentativa de rebaixar o Cruzeiro? O surpreendente Coritiba podendo terminar no G5 contra o desesperado para fugir da degola Atlético Paranaense? E ainda tem São Paulo, Figueirense e Botafogo, todos em clássicos regionais, na luta para estar na mais importante competição sul-americana do ano que vem e o Ceará, em duelo nordestino contra o Bahia, sonhando fugir da Segundona. E aí, o que diria ao seu amigo estrangeiro?

sábado, 26 de novembro de 2011

FUTEBOLA CONVERSA COM O JOVEM ZAGUEIRO FRAUCHES

Com 19 anos de idade, o zagueiro do Flamengo Frauches conquistou, neste ano de 2011, dois dos mais importantes títulos nas categorias de base: Copa São Paulo de Futebol Júnior e Copa do Mundo sub-20. Vejam a seguir um bate-papo com este zagueiro que promete um grande futuro com a camisa rubro-negra.

FUTEBOLA: Para iniciarmos, gostaria que você falasse um pouco sobre sua história no futebol, até começar a se destacar pelo Flamengo. Você contou com o apoio da família no momento em que decidiu se tornar jogador?
Frauches: Eu nem pensava em jogar bola, fui só porque meu pai não queria que eu ficasse de bobeira na rua. Já estou há 10 anos no Flamengo e, desde que eu decidi seguir nessa carreira, minha família sempre me apoiou.

FUTEBOLA: No futebol, tenho a opinião de que os aspectos físico, tático e psicológico são tão importantes quanto o técnico. Nos seus treinos com o Flamengo, existe algum destes aspectos (técnico, físico, tático e psicológico) que recebe mais atenção? Você realiza treinos específicos para zagueiros?
Frauches: Sim, sempre tem um treino reservado pra cada posição e se tiver que ganhar mais resistência tem um treino específico também. E ainda existem os treinos individualizados.

FUTEBOLA: Qual foi o seu melhor momento no futebol até hoje: o título da Copa São Paulo com o Flamengo ou do Mundial Sub-20 com a Seleção? Você poderia contar um pouquinho como foram estes dois torneios?
Frauches: Com certeza foi a Copa São Paulo, pois eu estava jogando e foi aquilo ali que todos viram: tudo dando certo, time unido, clima bom, sem nada que atrapalhasse e, assim, a qualidade de cada um surgiu. O Mundial foi uma boa experiência, pois ser Campeão sub-20 é para poucos e graças a Deus pude fazer parte desse grupo fantástico.

FUTEBOLA: O setor defensivo do Flamengo vem sendo muito criticado neste Brasileirão. Já se imagina colocando ordem na cozinha rubro-negra em 2012?
Frauches: Poder entrar e não sair mais é o meu maior sonho, mas para isso tenho que ter calma, porque conheço a torcida do Flamengo e sei como é estar no céu e no inferno ao mesmo tempo. No entanto, quando minha oportunidade aparecer, vou tentar agarrar com todo o meu amor, carinho, respeito pelo clube e, assim, não sair mais.

FUTEBOLA: Quem é seu maior ídolo no futebol?
Frauches: Fábio Luciano e Piqué.

FUTEBOLA: Se pudesse escolher somente uma das opções, onde preferiria jogar: Seleção Brasileira, clube grande da Europa ou seu clube de coração?
Frauches: Flamengo Flamengo e Flamengo.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

DE VOLTA AO BRASIL!

Olá, amigos do FUTEBOLA!


Depois de pouco mais de duas semanas no México, para a cobertura dos Jogos Parapan-Americanos de Guadalajara, onde o Brasil deu um verdadeiro show com a conquista de 197 medalhas, já estou em terras tupiniquins.


Se por um lado não consegui acompanhar últimas três rodadas deste empolgante Brasileirão, por outro conheci um povo tão apaixonado por futebol quanto o nosso. Amigos, como os mexicanos gostam de futebol! E mais, como eles gostam do futebol brasileiro! Talvez o principal exemplo seja a Plaza Brasil, uma homenagem à Seleção Brasileira Campeã do Mundo em 1970 e que se encontra em frente ao lendário Estádio Jalisco, que tive a honra de conhecer. Isso mesmo, os mexicanos possuem uma praça, com um maravilhoso monumento, em homenagem à Seleção do Tri!


A paixão pelo futebol brasileiro também pode ser percebida na conversa com os mais experientes. Um dos motoristas da minha equipe, Francisco, uma pessoa contagiante e que nunca aparecia sem um sorriso no rosto, contou que foi a todos os jogos da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1986, tamanha sua idolatria pelo futebol canarinho. Francisco, que jogou bola com “Chicharo”, o pai do Javier Hernández, o “Chicharito”, tem inúmeras histórias de futebol para contar, assim como o taxista Jose Pedro, que me levou para conhecer a já citada Plaza Brasil. Pedro por pouco não foi jogador profissional. Chegou um momento onde teve que decidir entre a carreira de futebolista, que pagava pouco na época, e o sustento dos filhos. Ficou, claro, com a segunda. Ele contou que, no Mundial de 70, ainda um garoto, chorava sozinho sempre que seu pai o colocava para trabalhar durante as partidas do Brasil.


Trocando da faixa etária dos mais experientes para as crianças, é impressionante como o Neymar já é conhecido por lá. Fui perguntar para um menino com seus 10 anos se ele sabia quem era o craque santista e a resposta veio quase que de forma agressiva: “Mas claro, né???”. Um outro garoto, quando me viu com a camisa da imprensa brasileira, me fez duas perguntas. A primeira era se eu falava “brasileiro”, e a segunda se o Neymar jogava no meu time. Isso sem o Santos ter qualquer esforço de marketing no México.


Confesso que, em alguns momentos, a felicidade por ver o futebol brasileiro tão idolatrado no México se misturou a uma sensação de estranheza por saber que a Seleção Brasileira é mais querida por alguns mexicanos do que por próprios brasileiros. Será que são muitos os brasileiros que se esforçarão para estar em todos os jogos do Brasil no Mundial de 2014 como o fez o mexicano Francisco em 1986?

terça-feira, 22 de novembro de 2011

UMA IMAGEM




Lindo monumento presente na Plaza Brasil, em Guaalajara. Uma homenagem à Seleção Brasileira de 1970, que conquistou o Tri Mundial e encantou toda uma geração de mexicanos.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

RADINHO NO OUVIDO

1980 – Flamengo 3 x 2 Atlético Mineiro, Maracanã

Narração: Waldir Amaral

O ano de 1980 marcou o primeiro título brasileiro conquistado pelo Flamengo em sua história. O jogo contra o Atlético Mineiro em um Maracanã com mais de 150 mil torcedores foi duríssimo, com os goleadores Reinaldo, pelo “Galo”, e Nunes, pelo Mengão, em jornada inspiradíssima. E foi o próprio Nunes, o “Artilheiro das Decisões”, quem marcou o gol do título rubro-negro, como conta o lendário locutor Waldir Amaral.



sábado, 19 de novembro de 2011

BATENDO BAFO - ARGENTINA 1986

Ainda animado com o ar mexicano, já que me encontro em Guadalajara para a cobertura dos Jogos Parapan-Americanos, a seção “Batendo Bafo” de hoje apresenta a Seleção Argentina Campeã do Mundo de 1986, no México. Além do destaque lógico, claro e evidente para Maradona, que começava ali sua entrada para o hall das lendas do futebol, vale citar a presença do meia Borghi e do goleiro Fillol (que está no álbum mas não participou do Mundial), ambos com passagens pelo Flamengo.








sexta-feira, 18 de novembro de 2011

FIGURINHA CARIMBADA - PEDRO BASÍLIO






Nome Pedro Basílio Filho

Data de Nascimento 02 de Março de 1951

Faleceu em 21 de Novembro de 2007

Posição Zagueiro

Clubes
Fortaleza – CE (1969 a 1974, e 1982 a 1988)
Internacional – RS (1972)
Botafogo – RJ (1973)
Sport – PE (1975)
Ceará – CE (1976 a 1981)

Títulos
Campeonato Cearense – 1973, 1974, 1982, 1983, 1985 e 1987 – Fortaleza
Campeonato Pernambucano – 1975 – Sport
Campeonato Cearense – 1976, 1977, 1978, 1980 e 1981 – Ceará

Destaques
- Poucos zagueiros, ou melhor, poucos jogadores tiveram uma carreira tão vitoriosa no futebol nordestino como Pedro Basílio. Ainda jovem, aos 18 anos, Pedro Basílio fez parte da histórica equipe do Fortaleza que se sagrou Vice-Campeã da Taça Brasil de 1968. E foi justamente no “Tricolor de Aço” que o zagueirão escreveu o seu nome com o grafite mais forte, ao conquistar nada menos do que sete títulos estaduais. Destes, vale destacar o de 1983, quando o Fortaleza montou uma das maiores equipes do Nordeste – apelidada de “Máquina” – que, além do nosso “Figurinha Carimbada”, contava com o habilidoso ponta Júlio César Uri Geller, o centroavante Luizinho das Arábias (artilheiro do certame com 33 gols) e o ex-vascaíno Marquinhos. Realmente um timaço!

- Quem também teve o privilégio de contar com o futebol de Pedro Basílio foi o Ceará, grande rival do “Tricolor de Aço”. No “Vovô”, Pedro Basílio jogou ao lado do Sérgio Gomes, para muitos o maior goleiro da história do clube, durante o Tri Cearense de 76/77/78. O zagueiro ainda conquistaria, já sem a companhia de Sérgio Gomes, o Bi de 80/81. Depois deste período no Ceará, voltou ao Fortaleza, e a história deste retorno é uma das mais saborosas de nosso futebol. Reza a lenda que, desesperado por não conseguir um bom zagueiro desde a saída de Pedro Basílio, dirigentes tricolores adotaram uma estratégia diferente para repatriá-lo. Primeiro foi agendada uma reunião com o Ceará, onde o Fortaleza faria a proposta de trocar Pedro Basílio pelo ponta Mazolinha – o mesmo que, pelo Botafogo, realizou o cruzamento para Maurício marcar, contra o Flamengo, o gol do histórico título carioca de 1989, que colocou fim à fila botafoguense de 21 anos. Depois, os dirigentes tricolores deram uma grana para o Pedro Basílio e o pediram para gastar tudo bebendo cerveja e, assim, aparecer para a reunião do dia seguinte com uma baita cara de ressaca. Chegada a hora da reunião, Mazolinha aparece todo arrumadinho, de barba feita e cabelo penteado, enquanto Pedro Basílio mais parecia um trapo velho. Resultado: os dirigentes do “Vovô” se espantaram com a diferença no estilo dos jogadores e o Fortaleza recebeu o aparentemente acabado Pedro Basílio e mais uma bela grana em troca do jovem Mazolinha.

- Fora do estado do Ceará, Pedro Basílio teve rápidas passagens por Internacional, onde fez dupla de zaga com o magnífico Figueroa, Botafogo e Sport, esta última com maior destaque. No “Leão da Ilha”, foi um dos principais responsáveis pelo fim da fila de títulos que durava longos 13 anos, período no qual o Náutico conquistou sete canecos e o Santa Cruz cinco. Enquanto no ataque rubro-negro Dadá Maravilha não parava de marcar gols – foram 32 em todo o torneio, 12 a mais do que o vice-artilheiro Jorge Mendonça – na defesa, Pedro Basílio era uma verdadeira muralha. Para se ter uma ideia do quilate desta equipe, Campeã Pernambucana de 1975, ela recebeu o apelido de “Seleção do Nordeste”.

- Pelo invejável currículo que conta com portentosos 12 títulos cearenses e pela enorme qualidade defensiva, Pedro Basílio ganharia, em 2003, o título de Craque da Era Castelão pelas mãos da Crônica Desportiva e da Secretaria de Esporte e Cultura do Ceará.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

UMA IMAGEM



Domingos da Guia, o “Divino Mestre”, encanta o filho Ademir da Guia – o mais alto à esquerda – e sua turma.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

GÊNIOS DAS PALAVRAS - FERNANDO CALAZANS

Na despedida de Zico, o fim de uma era
O Jogo do Adeus

Que festa é essa em que todos se perfilam para celebrar o fim de um dos mais felizes casos de amor e identificação que o futebol brasileiro já produziu? Que festa estranha, essa festa irreal, em que o rosto da multidão se ilumina com um sorriso falso – máscara sob a qual todos choram, no íntimo, a partida do ídolo.

Triste homenagem que vai colocar o ponto final numa paixão de mais de 20 anos que, ao contrário de todas as paixões, terminará mais acesa e ardente do que quando começou. Daqui a poucos dias, em noite solene e nostálgica no Maracanã, Zico estará se despedindo para sempre da torcida do Flamengo.

Poucas vezes um jogador de futebol terá se identificado tanto com a camisa que vestiu em campo e com a bandeira que a torcida levantou por ele nas arquibancadas.

Perde o Flamengo seu maior ídolo; perde o Brasil um de seus craques imortais. Zico foi, com certeza, o jogador mais brilhante que surgiu no país depois da maravilhosa geração da Copa de 70. Durante 20 anos, reinou, soberano, no plano mais elevado da hierarquia do futebol brasileiro.

Graças a um futebol que atingiu o mais alto grau de sofisticação e requinte através da simplicidade que ele colocou em cada um de seus passes, de seus dribles, de seus gols. Foi certamente este o segredo que distinguiu Zico dos demias, como tem sido este, sempre, o segredo que distingue os grandes talentos do jogador comum: a naturalidade com que descobria soluções para as jogadas mais difíceis.

Impossível analisar, separadamente, em Zico, o goleador e o armador de jogadas. Pois ele foi as duas coisas ao mesmo tempo: a rapidez com que irrompia na área para decidir o lance (e, tantas vezes, o jogo) convivia em absoluta harmonia com a serenidade com que acalmava o meio de campo antes de executar o passe fatal. Uma jogada de Zico: o descortino com que a concebia e precisão com que a executava! Por isso, pode-se dizer que seu futebol era, simultaneamente, um futebol de reflexos e de reflexão.

As contusões acrescentaram à carreira de Zico um tom dramático que contribuiu certamente para humanizar o mito, aproximando-o ainda mais do homem comum das arquibancadas, que sofreu com ele e por ele. Seu denodo e seu desprendimento para ajudar o Flamengo a conquistar os títulos mais importante, não raro às custas do próprio sacrifício – tudo isso, aliado ao futebol de primeira que sempre jogou, colaborou na construção da imagem irretocável do ídolo. Zico foi e é exemplar, como jogador e como profissional.

Seu amor ao futebol fez dele um obstinado na luta sem tréguas contra uma contusão no joelho que praticamente o afastou de uma Copa do Mundo (México, 1986) e o condenou a frequentes períodos de inatividade e tratamento penoso. Mas, hoje, sabe-se com certeza que era nesses dias de sofrimento e solidão que ele armazenava forças para voltar a exibir seu jogo cada vez mais altruísta e cerebral.

Agora tudo isso acabou. O acontecimento da próxima terça-feira no Maracanã, que nós chamamos de festa, nada mais é do que o sepultamento de uma era do futebol brasileiro, em geral, e do Flamengo, de modo muito particular. É o fim da era Zico. Mas seus passes, seus dribles, seus gols hão de ficar para sempre na nossa lembrança como uma luminosa manifestação da mais pura arte brasileira.

Jornal O Globo
02/02/1990
Retirado do livro “O Nosso Futebol”, da editora MAUAD

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

RADINHO NO OUVIDO

1969 – Botafogo 4 x 0 Fortaleza, Maracanã
Narração: Celso Garcia
Em 1969, Botafogo e Fortaleza fizeram a finalíssima da última edição da Taça Brasil. Depois de um empate em 2 x 2 no Presidente Vargas, no Ceará, o Botafogo goleou o “Tricolor de Aço” por sonoros 4 x 0. O “Glorioso”, treinado pelo “Velho Lobo” Zagallo, tinha um timaço, com destaque para a linha de frente formada por Rogério, Roberto Miranda, Paulo Cézar Caju e Ferretti. As palavras do jornalista Milton Neves são perfeitas para definir o centroavante Ferretti: “Ferretti conseguia impulsionar sua massa muscular a alturas inimagináveis. Subia feito um foguete e cabeceava a bola com uma violência e pontaria incríveis”. Vamos então a narração de um dos dois gols do “Espanador da Lua” Ferretti na vitória sobre o Fortaleza no Maraca, com a narração sensacional de Celso Garcia.





sábado, 12 de novembro de 2011

BATENDO BAFO - MÉXICO 1986

Já que estou no México, participando da cobertura dos Jogos Parapan-Americanos de Guadalajara, vou utilizar o espaço do “Batendo Bafo” de hoje para homenagear este país tão tradicional no mundo do futebol. Como eles são apaixonados por “Fútbol”! Assim, aqui vai a Seleção Mexicana do craque Hugo Sánchez que na Copa do Mundo de 1986, no próprio México, fez belíssima campanha e só foi eliminada na fase quartas de final.







quinta-feira, 10 de novembro de 2011

FIGURINHA CARIMBADA - CHINESINHO





Nome Sidney Colônia Cunha

Data de nascimento 15 de setembro de 1935

Faleceu 16 de abril de 2011

Posição Meia-Armador

Seleção Brasileira – 17 Jogos e 7 Gols

Clubes

Rio-Grandense – RS (1954)
Internacional – RS (1955 a 1958)
Palmeiras – SP (1958 a 1962)
Modena – ITA (1962 a 1963)
Catania – ITA (1963 a 1965)
Juventus – ITA (1965 a 1968)
Lanerossi – ITA (1968 a 1972)
New York Cosmos – EUA (1972)
Nacional – SP (1973 a 1974)

Títulos

Campeonato Gaúcho – Internacional – 1955
Campeonato Pan-Americano – 1956 – Seleção Brasileira
Campeonato Paulista – 1959 – Palmeiras
Taça Brasil – 1960 – Palmeiras
Copa Roca – 1960 – Seleção Brasileira
Copa da Itália – 1965 – Juventus
Campeonato Italiano – 1967 - Juventus


- Entre 1956 e 1968, o futebol gaúcho viveu o período que ficou conhecido como “12 em 13”, pois dos 13 Campeonatos Estaduais disputados, o Grêmio do lendário zagueiro Aírton “Pavilhão” conquistou nada menos do que 12 títulos. Um ano antes desta “Era Tricolor”, porém, um dos grandes jogadores que os nossos gramados já viram começava a se destacar pelo Internacional. Seu nome? Sidney Colônia Cunha, mas todos o conheciam como Chinesinho, apelido que veio do pai, Chinês, jogador histórico no Rio Grande do Sul. O ano de 1955 foi o de estréia de Chinesinho com a camisa colorada e, ao lado de craques do mais alto quilate como Florindo, Oreco, Bodinho e Larry, o jovem de apenas 20 anos não tadaria a levantar seu primeiro caneco. O título conquistado foi o do Campeonato Gaúcho, onde Chinesinho, inclusive, marcou o único gol da vitória vermelha sobre o Pelotas no primeiro jogo da decisão do torneio. No ano seguinte, em 1956, a Seleção Gaúcha teve a difícil missão de representar o Brasil no Pan-Americano do México e, com a ajuda de Chinesinho, autor de um gol decisivo na final diante da Argentina, se sagrou Campeã.

- Depois de uma passagem não muito longa, contudo marcante, pelo Internacional, Chinesinho aportou no Palmeiras no ano de 1958 para, definitivamente, escrever o seu nome na história do futebol brasileiro. O craque jogou tanta bola no Palmeiras que Ademir da Guia, dando os primeiros passos no futebol, ora ficava no banco de reservas, ora atuava como volante, pois a posição de meia-armador ninguém tirava de Chinesinho. Foi com o ex-colorado responsável por arquitetar as tramas ofensivas que o Verdão conquistou dois de seus mais importantes títulos: o Supercampeonato Paulista de 1959, sobre o Santos de Pelé, e a Taça Brasil de 1960, com uma sonora goleada de 8 x 2 na decisão contra o Fortaleza. Aqui vai a escalação da espetacular equipe que venceu o Santos por 2 x 1 no jogo decisivo do Paulistão de 1959: Valdir de Moraes; Djalma Santos, Valdemar Carabina, Aldemar e Geraldo Scotto; Zequinha e Chinesinho; Julinho Botelho, Américo Murolo, Romeiro e Nardo. Técnico: Oswaldo Brandão. É ou não é uma verdadeira Seleção?

- Apesar de não ter participado da Copa do Mundo de 1962 – Didi e Mengálvio foram os meias da Seleção Brasileira Bicampeã do Mundo no Chile – as grandes atuações de Chinesinho nos gramados brasileiros o levariam ao Calccio, comprado pelo Modena por um valor inacreditável para a época. Somente com o dinheiro da sua venda, o Palmeiras reformou o Palestra Itália e ainda comprou alguns grandes jogadores, como o zagueiro Djalma Dias e o atacante Tupãzinho. Na Itália, o craque conseguiria bem mais do que a amizade do tenor Luciano Pavarotti, torcedor fanático do Modena. A marcante passagem do gaúcho pela “Velha Bota” teve como ponto máximo a conquista do Scudetto da temporada 1966/1967, pela Juventus. Somente para termos uma dimensão do quanto o futebol de Chinesinho encantou os italianos, vale apresentar aqui um trecho de uma entrevista do Roberto Baggio, melhor jogador do mundo em 1993. “Era 1973, meu pai disse que me levaria, pela primeira vez, a um estádio de futebol. Era o Estádio Menti, em Vicenza, e fazia muito frio. Era inverno. Um inverno tão rigoroso que proibia uma criança de apenas seis anos sair de casa. Mas, para essa criança, era um sonho poder ver seu ídolo, o craque Chinesinho, jogar”. Este é Chinesinho, um cracaço que deixou fãs por todos os gramados em que desfilou seu encantador futebol.

Referências Bibliográficas
Enciclopédia da Seleção - Ivan Soter - Opera Nostra Editora
Divino – A Vida e a Arte de Ademir da Guia – Kleber Mazziero de Souza – Editora Gryphus

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

FUTEBOL É ARTE




Futebol, de 1935, foi feito com tinta a óleo sobre tela de tecido. Tem 97 centímetros de altura por 1 metro e 30 de largura.
Esta pintura foi realizada por Cândido Portinari, um dos mais reconhecidos e premiados artistas brasileiros de todos os tempos - foi o único representante do nosso país a participar da exposição "50 Anos de Arte Moderna", no Palais des Beaux Arts, em Bruxelas, em 1958.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

GÊNIO DAS PALAVRAS - ARMANDO NOGUEIRA

Ao Coelho, com misericórdia

Pela internet, alguém que se assina Coelho me pergunta quanto me paga, por mês, o Romário, pelos elogios que vivo fazendo a seu futebol. A interpelação, de dedo em riste, é de tal virulência que cheguei a pensar em não dar a mínima bola pro Coelho. Vai ver, o Coelho é um desses energúmenos que soltam demônios pelos poros.

Resolvi, porém, pegar o bicho pela palavra. Abrirei o jogo. Romário me paga, sim, e daí, Coelho? Temos um acordo tácito pelo qual ele entra com seus belos gols e eu com os meus adjetivos. É toma-lá-dá-cá. Nada de vil metal. Nem real, nem dólar. É na base do escambo.


Mal sabe o Coelho que vivo desse expediente, não é de hoje. Durante anos, minha mocidade tinha o alento dos pés poéticos de Garrincha. Dribles febris, indomáveis. Didi era outro que me recompensava, cada jogo, com passes oblíquos, que principiavam na aurora do campo e iam terminar, ao fim da tarde, nos pés fatais de um artilheiro.


Pelé também me subronava, bonitinho: saltava, amansava a bola no peito, o gesto virava estátua e eu, rápido, levava pra casa. Está, até hoje, pendurada na parede da minha sala. Tenho uma respeitável coleção de jogadas de Pelé na galeria do meu faz-de-conta. Guardo-as saudosamente. Tal como guardo jóias tantas de tanto valor: são cintilações de Zizinho, invenções de Maradona, acelerações de Zico, iluminações de Tostão, de Cruyff, de Nilton Santos. Um verdadeiro tesouro, sem o qual talvez eu nem tivesse sobrevivido à aridez da vida que, certamente, tanto azeda a alma do Coelho. Por ti, misericórdia, Coelho!


Os Coelhos deste mundo entenderão minha atitude como falta de ética. Certamente, quererão me enquadrar no vacilo chamado conflito de interesses. Afinal, sou cronista esportivo e não poderia ficar recebendo benesses de ninguém do futebol. Pro Coelho, sou tão corrupto quanto os membros do COI que receberam presentes pra destinar a Salt Lake City, de mão forrada, os próximos Jogos Olímpicos de Inverno.


O Coelho vai me excomungar, mais ainda, quando souber que as palavras com que participo de tão rico intercâmbio jamais me pertenceram.


Vivo a pescá-las, sempre, nas águas mais cristalinas da poesia. No momento, tenho dedicado minhas melhores insônias a Manuel Bandeira, cujos versos, tal qual os gols de Romário, enchem de estrelas, de aromas e de cânticos o meu cofrinho de emoções.


Se, um dia, me faltar um gol, um drible, um passe e um verso, saiba você, Coelho, que vou passar a viver de brisa, que me parece o jeito mais singelo de aguardar a hora de partir.


27/01/1999
Retirado do livro “A Ginga e o Jogo”, editora Objetiva