sexta-feira, 30 de março de 2012

ELÓIGICO E SUAS LÓGICAS


Elóigico é um fanático torcedor do São Sebastião Futebol Clube que sempre coloca a paixão à frente da razão – como quase todos os torcedores, né? E quem fica perdida com tanto fanatismo de Elóigico é sua filha, Edinha, que mora junto com seu pai em uma simples casinha que vive futebol 24 horas por dia.

Desenho de Paulo Sales e roteiro de Diano Massarani

quinta-feira, 29 de março de 2012

COPA LIBERTADORES 2012 - 1ª FASE - OLIMPIA X FLAMENGO





Olimpia (PAR) 3 x 2 Flamengo – Defensores del Chaco, Assunción (PAR)


Flamengo perde para o Olimpia no vibrante Defensores del Chaco e termina a rodada fora da zona de classificação para a fase de mata-mata.

Para fazer valer o apoio dos torcedores que lotavam o pulsante Defensores Del Chaco, o suspenso Gerardo Peluso esquematizou o Tricampeão da Libertadores Olimpia no 4-4-2 com: Silva; Najera, Romero, Meza e Ariosa; Aranda, Orteman, Fabio Caballero e Marín; Zeballos e Luis Caballero. A uma vitória de assumir a liderança isolada do grupo e dar um grande passo rumo à classificação, o Flamengo foi organizado pelo Joel Santana no 4-3-1-2 e adentrou o gramado com o seguinte onze inicial: Felipe; Léo Moura, Marcos González, David Braz e Junior Cesar; Luiz Antônio, Willians e Muralha; Bottinelli; Ronaldinho e Vagner Love.

O que de pior pode acontecer a um visitante de um estádio que joga junto numa Libertadores? Sofrer um gol no início da partida. E foi justamente o que aconteceu com o Flamengo, quando, aos 6 minutos, Zeballos alçou a pelota na área e o veterano Orteman se adiantou a Luiz Antônio para estufar as redes. O Rubro-Negro sentiu o gol e o nervosismo com os adversários e com a arbitragem dificultou o seu jogo durante uns giros do relógio. A partir do minuto 20, o duelo adquiriu um panorama facilmente identificado: o Olimpia recuado, com duas linhas de quatro bem postadas e jogando todas suas fichas nos contra-ataques e o Flamengo com a posse de bola e com seus volantes no campo de ataque. Porém, com Ronaldinho engessado no flanco esquerdo, Bottinelli pouco participativo e volantes que não primam pela qualidade nos passes, o Fla conseguiu apenas uma finalização, com Vagner Love, enquanto os paraguaios, em dois arremates do bom meia-esquerda Marín, foi mais perigoso.

Logo aos três minutos da 2ª etapa sorrisos surgiram nos rostos flamenguistas, após o sempre letal Vagner Love concluir com perfeição assistência de Ronaldinho. Os sorrisos, entretanto, não tardaram a desaparecer, pois, aos 6 minutos, Gonzalez errou uma rebatida e Zeballos devolveu a vantagem no placar para o Olimpia. Assim como ocorrera em boa parte do 1º tempo, o duelo entre a posse de bola rubro-negra e os esporádicos ataques alvinegros voltou a tona. Com Ronaldinho e Bottinelli mais vivos na cancha, Vagner Love passou a receber mais bolas e o Flamengo a ser mais contundente em suas ações ofensivas. Isso até Aranda acertar um chutaço de fora da área e assinalar o terceiro gol paraguaio, aos 25 minutos. Pouco depois, também com um chutaço de longa distância, Bottinelli recolocou o Fla no jogo, mas os comandados de Joel Santana não tiveram forças e qualidade para conquistar um feito semelhante ao do Olimpia, no Engenhão, e empatar o escore em três gols.

Na busca pela classificação, o Flamengo terá o Emelec, que saiu de campo derrotado em três de seus quatro jogos no torneio, e o Lanús, atualmente na 17ª colocação do Clausura Argentino, pela frente. Vamos e venhamos, apesar deste revés diante do Olimpia, o Clube da Gávea tem totais condições de seguir na Libertadores.

quarta-feira, 28 de março de 2012

UMA IMAGEM


O sempre irreverente Edmundo

segunda-feira, 26 de março de 2012

PREMIER LEAGUE 2011/2012 - 30ª RODADA



RESULTADOS

Chelsea 0 - 0 Tottenham

Arsenal 3 - 0 Aston Villa

Bolton 2 - 1 Blackburn

Liverpool 1 - 2 Wigan

Norwich 2 - 1 Wolverhampton

Sunderland 3 - 1 Queens Park Rangers

Swansea City 0 - 2 Everton

Stoke City 1 - 1 Manchester City

West Bromwich 1 - 3 Newcastle

Manchester United 1 -0 Fulham


ARTILHARIA

26 Gols – Robin van Persie (Arsenal)

21 Gols – Wayne Rooney (Manchester United)

17 Gols – Kun Agüero (Manchester City)


GIRO PELA “TERRA DA RAINHA”


Wayne Rooney faz a diferença – de novo! – e Manchester United aproveita tropeço – de novo! – do rival City para abrir três pontos na liderança.


- A reta final da Premier League se aproxima e a bagagem dos “Red Devils” começa a fazer diferença. Tomemos o letal Wayne Rooney como exemplo. Campeão de quatro das últimas cinco edições do Inglês, o “Shrek” ignora a pressão exercida pela aproximação da linha de chegada e decide um jogo atrás do outro para o Manchester United. Desta vez, o atacante foi o responsável pelo gol da vitória sobre o Fulham, vitória esta de gigante importância pelo tropeço do Manchester City. Caso o United se mantenha à frente do rival City e conquiste o caneco, este será um prato cheio para os que acreditam que camisa ganha jogo.


- O torcedor do Bolton enfim pôde sorrir um pouco nesta 30ª rodada. Além da melhora progressiva do congolês Fabrice Muamba, que havia assustado a todos ao sofrer uma parada cardíaca, em campo, na última semana, o Bolton conquistou uma vitória – 2 x 1 sobre o Blackburn – crucial na luta para se manter na elite. Com os três pontos, os “Wanderers” escaparam da zona de rebaixamento, mesmo com um jogo a menos do que os rivais do fundão.


- Desta vez não teve gols do artilheiro van Persie, mas o imparável Arsenal sapecou 3 x 0 no Aston Villa e chegou a sua sétima vitória seguida na Premier League. O triunfo dos “Gunners” foi ainda mais celebrado pois os rivais londrinos, Tottenham e Chelsea, empataram sem gols no clássico da rodada, um péssimo resultado para ambos. Desde a 24ª rodada, a superioridade do Arsenal perante os seus rivais se mostra assustadora. Como citado anteriormente, o Arsenal conquistou 21 pontos em seus últimos sete jogos, enquanto os “Spurs” e os “Blues”, juntos, apenas 14.

domingo, 25 de março de 2012

CAMPEONATO CARIOCA 2012 - TAÇA RIO- 5ª RODADA - VASCO X RESENDE




RESULTADOS

Botafogo 2 x 0 Duque de Caxias

Olaria 1 x 2 Friburguense

Madureira 3 x 1 Boavista

Bonsucesso 0 x 2 Fluminense

Volta Redonda 0 x 2 Flamengo

Vasco 1 x 1 Resende

Bangu 2 x 1 Nova Iguaçu

Americano 2 x 0 Macaé


ARTILHARIA

10 Gols – Alecsandro (Vasco)

9 Gols – Somália (Boavista)

7 Gols – Herrera (Botafogo) e Rômulo (Friburguense)


Vasco 1 x 1 Resende – São Januário, Rio de Janeiro (RJ)


Em dia de homenagem a Chico Anysio, Vasco usa camisas com nomes dos marcantes personagens criados pelo humorista, mas não passa de um empate diante do Resende e perde a ponta do grupo B.

Sem compromisso pela Libertadores no meado da semana que inicia, o Vasco foi completo para o confronto e escalado pelo Cristóvão Borges no 4-4-1-1 com: Fernando Prass; Fagner, Dedé, Renato Silva e Thiago Feltri; Juninho Pernambucano, Rômulo, Allan e William Barbio; Diego Souza; Alecsandro. Ainda com o objetivo de beliscar uma das vagas para a fase semi final, o Resende foi esquematizado pelo Paulo Campos no 3-5-2 e entrou no gramado com: Mauro; Marcelinho, Facundo Gomez e Felipe Machado; Wellington, Hiroshi, Léo Silva, Bertoto e Marcel; Elias e Marcelo Régis.

A produtividade ofensiva de Vasco e Resende na 1ª etapa pode ser medida pelas participações dos respectivos centroavantes. Enquanto no Cruzmaltino o Alecsandro só deu o ar da graça aos 39 minutos, quando seu time já se encontrava em desvantagem, pelo lado do Resende o Marcelo Régis fez o diabo. O camisa nove resendense chutou bola que passou tirando tinta da trave, se antecipou à zaga e obrigou Fernando Prass a realizar difícil defesa e ainda foi o responsável pela assistência para Elias, aos 28 minutos, tirar o chamado zero do placar. Definitivamente o Vasco não funcionou no 1º tempo e o organizado Resende soube se aproveitar bem disso.

Com Felipe no lugar de Juninho, Éder Luis no de Fagner – Allan se encarregou da lateral-direita – o Vasco voltou mais ligado para a etapa final e, em poucos minutos, o duelo adquiriu a cara de um ataque contra defesa. Antes da parada técnica, aos 20 minutos, o goleiro Mauro já havia se tornado o destaque da partida tendo defendido, inclusive, uma cobrança de pênalti do Alecsandro. Abro parêntese. É inadmissível que Alecsandro e o botafoguense Loco Abreu, jogadores que vivem de estufar as redes, percam tantas penalidades como ocorre neste 2012. Fecho parêntese. O passar dos minutos fez o Resende não só manter a postura defensiva como começar a trocar homens de frente por defensores, desistindo completamente de atacar. Porém, o Vasco tanto martelou a retranca adversária, do bom líbero argentino Facundo Gomez, que, aos 35 minutos, Alecsandro aproveitou cruzamento do Allan e empatou o escore. Com pouco mais de dez minutos por jogar, o Cruzmaltino não alcançou a virada e ainda assustou seus torcedores ao quase sair derrotado após chute longo do Hiroshi, aos 48 minutos.

Assim, com oito pontos em quinze disputados, um aproveitamento pouco maior que 50%, o Vasco caminha na Taça Rio com uma irregularidade que não foi vista na fase de grupos da Taça Guanabara.


JOGADA RÁPIDA!

- Comandado pelo ex-botafoguense Almir, o Bangu deixou de lado a campanha sem pontos do 1º turno e não só se encontra invicto na Taça Rio como assumiu a liderança do grupo B, após a vitória diante do Nova Iguaçu. Os mais tradicionalistas ficam felizes com a boa fase do Alvirrubro de Moça Bonita.


PELO BRASIL AFORA!

- Sem perder sequer um pontinho em todo o Campeonato Mineiro – um total de oito vitórias e 21 gols pró – o Atlético Mineiro já merece ser observado com bons olhos. Cuca inicia 2012 com a arrumação de um “Galo” promissor e o jovem atacante André, com sete gols marcados, começa a mostrar que entende do assunto sacudir o barbante.

sábado, 24 de março de 2012

UMA IMAGEM



Um apaixonado pelo futebol e pela arte de fazer sorrir.

quinta-feira, 22 de março de 2012

DE CHUTEIRAS PENDURADAS, ROMÁRIO DÁ UM BANHO EM RONALDO.


Se dentro de campo o duelo para saber quem foi o melhor na arte de fazer gols entre Romário e Ronaldo é mais equilibrado que trapezista do Cirque Du Soleil, fora das quatro-linhas o “Baixinho” coloca o “Fenômeno” no chinelo.


Deputado Federal (PSB-RJ) desde 2011, Romário não passa sequer uma semana sem atacar com palavras as sujeiras presentes na Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e na organização da Copa do Mundo 2014. Acompanha de perto as obras nos estádios e a criação da Lei Geral da Copa, lembrando sempre que a soberania brasileira não pode sucumbir diante das vontades da FIFA e seus patrocinadores. Enquanto isso, Ronaldo, desde que pendurou as chuteiras, em meados do ano passado, não marcou sequer um golzinho. Aceitou um cargo no Comitê Organizador Local da Copa do Mundo (COL) onde não ajuda em nada na preparação do Mundial. No fundo, no fundo, entrou lá só para servir de escudo para o ex-Presidente da CBF Ricardo Teixeira – como é bom poder usar a palavrinha “ex” neste caso!


A renúncia de Ricardo Teixeira da CBF, por sinal, é peça chave na análise do que Romário e Ronaldo se tornaram sem os uniformes. O “Baixinho” foi tão letal com as palavras quanto era em campo e disse: “Exterminamos um câncer do futebol brasileiro. Espero que o novo presidente [José Maria Marin, ex-Governador de São Paulo durante a Ditadura Militar], o que furtou a medalha do jogador do Corinthians, não faça daquele ato uma constante na confederação. Senão, teremos de exterminar a Aids também”. Já Ronaldo preferiu defender o amigo, “padrinho” e novo mentor e deu declarações como: “Ele deu grande contribuição ao futebol brasileiro e foi o maior articulador para trazer a Copa de volta ao Brasil” e “Lamento a saída do Ricardo Teixeira, mas temos que respeitar a decisão dele de cuidar da saúde e da família”.


Chega de falar do Ricardo Teixeira – até porque a barriga já começa a doer – e vamos falar de alguém realmente importante para o nosso futebol: Neymar. Romário e Ronaldo possuem histórias bem diferentes dentro do futebol, apesar de ambos terem vestido, com enorme sucesso, as camisas do PSV e do Barcelona. Diferentes, também, são os conselhos para nossa maior jóia. Para Romário, “o Neymar é um grande jogador e o cara para a Copa do Mundo de 2014”, mas, apesar disso, “ainda tem que conquistar maturidade, ganhar títulos com a camisa do Santos e adquirir experiência”. Ronaldo, por outro lado, defende a saída imediata do santista: “A minha opinião era pra ele jogar fora e conquistar o mundo. Acho que ele já fez muito no futebol brasileiro”.


Pois é, amigos... Fora de campo fica covardia comparar as ações e atitudes de Romário e Ronaldo para com o nosso futebol. Um bate de frente com os poderosos da FIFA e da CBF, exige que o Brasil não se ajoelhe perante a força financeira, usa o seu poder na mídia para mostrar como andam – andam? – as obras para o Mundial e sabe o quanto nosso maior craque na atualidade ainda pode render em nosso país. E sem falar na sua luta em prol dos deficientes, que já rendeu uma cota de ingressos para estes na Copa do Mundo. O outro, possui um cargo no COL e não o usa para nada de útil, defende com palavras e atitudes aquele que representa o que de pior nosso futebol já teve e aconselha o grande ídolo atual dos torcedores brasileiros a se mudar logo para a Europa. Além de não ajudar, Ronaldo começa a atrapalhar.

COPA LIBERTADORES 2012 - 1ª FASE - VASCO X LIBERTAD


Vasco 2 x 0 Libertad (PAR) – São Januário, Rio de Janeiro (RJ)


Juninho Pernambucano e Allan entram no intervalo, jogam muito e Vasco consegue uma maiúscula vitória sobre o Libertad.

Para o último jogo do Vasco como anfitrião na fase de grupos da Libertadores, Cristóvão Borges decidiu começar com três atacantes e organizou a equipe no 4-3-3 com: Fernando Prass; Fagner, Dedé, Renato Silva e Thiago Feltri; Rômulo, Eduardo Costa e Felipe; Eder Luís, William Barbio e Alecsandro. Líder e invicto, o Libertad, time de coração do Presidente da Conmebol, Nicolás Leoz, foi esquematizado pelo Jorge Burruchaga no 4-4-2 com: Muñoz; Bonet, Bizerra, Benegas e Samudio; Cáceres, Aquino, Ayala e Civelli; Gamarra e Menéndez.

Não seria mentira dizer que faltou ao Vasco criatividade, poder de penetração, entrosamento para realizar tramas de qualidade e até saber o que fazer com a posse de bola de aproximadamente 70% na etapa inicial. Também não seria mentirosa a análise individual de que William Barbio e Felipe pouco produziram e, apesar de mais esforçado, Eder Luís também não esteveinspirado, o que deixou Alecsandro sem receber uma bola sequer em condições de finalizar. Porém, devemos lembrar que o Vasco não jogou contra onze cones. Pelo contrário, jogou contra um time que apresentou uma organização tática impecável, com todos os jogadores participando da marcação, e que até se aventurou no campo de ataque, principalmente com o meia Civelli. O único momento em que o Cruzmaltino levantou realmente a torcida foi perto dos 40 minutos, quando Thiago Feltri acertou umas jogadas seguidas pela esquerda que, no entanto, não foram suficientes para testar a aderência das luvas do goleiro Muñoz.

Mas viria o intervalo. O bendito intervalo para os vascaínos. Além das palavras de incentivo que, com certeza, estiveram presentes no vestiário, Cristóvão mandou Allan e Juninho para o jogo. O Vasco mudou por completo. Mudou tanto que parecia ter ocorrido não duas, mas onze substituições. O poder ofensivo cruzmaltino cresceu de tal maneira que, aos 6 minutos, três ótimas oportunidades de gols já haviam sido criadas, todas elas com participação do Alecsandro. Aos 7, Juninho acertou um daqueles chutes que poucos no Planeta Bola conseguem e estreou o novíssimo placar de São Januário. O um a zero virou dois pouco depois, aos 16, quando Allan fez linda jogada e Alecsandro, livre, leve e solto, só teve o trabalho de empurrar pro fundo do barbante. O passar dos minutos mostrou uma mudança de estratégia no Vasco e as jogadas de contra-ataque com o William Barbio para explorar os espaços que surgiam na retaguarda paraguaia começaram a aparecer.

Nos últimos e agitados 15 minutos, os contra-golpes vascaínos por pouco não renderam mais bolas na rede em arremates do Fellipe Bastos, Fagner e William Barbio, enquanto o Libertad, que melhorou com a entrada do Velázquez, só não diminuiu a desvantagem por méritos do goleiro Fernando Prass. Agora, o “Gigante da Colina” decidirá, em dois jogos como visitante, sua continuidade no torneio. Para quem tem o título da Libertadores como objetivo, e o Vasco tem, esta é apenas uma das dificuldades que deve ser superada.


JOGADA RÁPIDA!

- Com mais um bonito gol de cabeça e mais um pênalti perdido pelo Loco Abreu, o Botafogo só conseguiu passar do Treze-PB, na 1ª fase da Copa do Brasil, na disputa por penalidades. Confesso que esperava muito – mas muito! – mais do “Glorioso”.

terça-feira, 20 de março de 2012

BIBLIOTECA DO FUTEBOLA - OS DEZ MAIS DO SÃO PAULO

De Leônidas da Silva a Rogério Ceni, a história do São Paulo é contada de maneira agradável e recheada de informação neste ótimo livro do Arnaldo Ribeiro. E os amigos não pensem que esta é uma leitura apenas para tricolores, pois não é. Todos que possuem interesse em conhecer os grandes craques que pisaram em nossos gramados devem ler Os Dez Mais do São Paulo.



Os dez mais do São Paulo
Autor: Arnaldo Ribeiro
Maquinária Editora

segunda-feira, 19 de março de 2012

NOMES DOS ESTÁDIOS - VILA BELMIRO


Pense rápido: qual é a vila mais famosa do mundo? As encantadoras e animadas Vila Sésamo e Vila do Chaves podem até ter passado pela sua cuca, mas a pergunta realizada permite uma única resposta: Vila Belmiro, local onde o maior craque de todos os tempos, o Rei Pelé, passou praticamente toda sua vida no futebol. Mas se é conhecida pelo “Planeta Bola” como Vila Belmiro, o estádio do Santos Futebol Clube tem em seu nome oficial uma justíssima homenagem a Urbano Caldeira, um dos maiores apaixonados pelo Clube Praiano. Falar que Urbano Caldeira foi jogador, técnico e diretor santista – cargos exercidos de maneira não simultânea – é muito pouco para espelhar sua importância para o “Peixe”. Seus amigos diziam que ele tinha no Santos sua namorada predileta, com a qual acordava, passava a tarde e dormia. Em poucas palavras, Urbano vivia intensamente o Santos. Aparava a grama do estádio, “resgatava” jogadores em bares pela noite, cuidava dos jardins do clube... Assim, em 1933, dias após seu falecimento, os dirigentes santistas não pensaram duas vezes em batizar a casa do clube de Estádio Urbano Caldeira.

domingo, 18 de março de 2012

CAMPEONATO CARIOCA 2012 - TAÇA RIO- 4ª RODADA - BOTAFOGO X VASCO





RESULTADOS

Olaria 2 x 0 Volta Redonda

Madureira 0 x 1 Bangu

Fluminense 1 x 3 Macaé

Bonsucesso 2 x 1 Americano

Friburguense 0 x 1 Flamengo

Duque de Caxias 1 x 1 Resende

Boavista x Nova Iguaçu

Botafogo 3 x 1 Vasco


ARTILHARIA

9 Gols – Alecsandro (Vasco)

8 Gols – Somália (Boavista)

7 Gols – Herrera (Botafogo) e Rômulo (Friburguense)


Botafogo 3 x 1 Vasco – Engenhão, Rio de Janeiro


Em show de Fellype Gabriel, autor de três gols, Botafogo vence o Vasco e se mantém na zona de classificação para as semi finais da Taça Rio.

Com o retorno de jogadores importantes como Marcelo Mattos, Andrezinho e Fellype Gabriel, o Botafogo foi para o clássico organizado pelo Oswaldo de Oliveira no 4-2-3-1 com: Jefferson; Lucas, Antônio Carlos, Fábio Ferreira e Márcio Azevedo; Renato e Marcelo Mattos; Elkeson, Andrezinho e Fellype Gabriel; Herrera. Novamente com a regra de que só um entre Felipe e Juninho pode estar no onze inicial, Cristóvão Borges poupou muitos titulares para o decisivo duelo diante do Libertad (PAR) e esquematizou o Vasco no 4-3-1-2 com: Fernando Prass; Fagner, Douglas Assis, Rodolfo e Dieyson; Juninho Pernambucano, Rômulo e Fellipe Bastos; Allan; Diego Souza e Eder Luís.

Trinta minutos de futebol em “banho maria”. Assim pode ser definida a primeira meia hora do clássico, que teve o Vasco e o Botafogo se alternando no campo ofensivo sem, no entanto, criarem oportunidades contundentes para testar a aderência das luvas dos goleiros. No Fogo o trio de meias não abastecia o isolado centroavante Herrera, enquanto no Cruzmaltino as descidas do lateral Fagner e as bolas paradas não rendiam frutos. Foi neste panorama morno que, de repente, entre o minuto 32 e o 37, Elkeson deu duas assistências – uma por querer e outra involuntária – para Fellipe Gabriel, cheio de categoria, colocar dois a zero no placar. Os dois tentos do ex-flamenguista não só mostraram o quanto ele pode ser útil ao Fogão, mas também a falta imensurável que o Dedé faz à zaga vascaína.

Cristóvão Borges decidiu mais do que apenas conversar no intervalo e o Vasco voltou com William Barbio no lugar do Allan. Assim, com o próprio Barbio e Eder Luís abertos pelas pontas, o “Gigante da Colina” não só diminuiu o escore com um golaçoaçoaço de falta do Fellipe Bastos, aos 2 minutos, como quase o empataria nos instantes seguintes, em chute cruzado do Eder Luís e cabeçada do Douglas Assis. Mas para a tristeza e decepção dos torcedores vascaínos, era só fogo de palha, e o impetuoso futebol não tardou a desaparecer. Na parada técnica, aos 20 minutos, a peleja já era igual e, depois desta, aos 26, Fellype Gabriel, o dono da noite, voltou a deixar a situação botafoguense mais tranquila ao aproveitar jogada de Jóbson para marcar seu terceiro gol. Três minutinhos depois, o Vasco teve nova oportunidade para incendiar a partida, mas Juninho Pernambucano bateu um pênalti sofrido pelo Fagner de maneira anêmica, nas mãos do goleiro Jefferson.

O Cruzmaltino sentiu o erro de seu capitão e não encontrou mais forças para uma possível reação nem para tirar do Fellype Gabriel o status de grande nome da partida.


JOGADA RÁPIDA!

- Surpresa no Fla-Flu da semana passada, muito por ser escalado como titular e mais ainda pelo gol marcado, Kleberson já merece ser olhado com mais seriedade. O remendado Flamengo sofria horrores diante do Friburguense e se complicava na tabela quando Kléberson entrou e campo e resolveu a parada após receber ótimo passe de Paulo Sérgio – seria mais um renascimento? Para Joel Santana, que valoriza bastante os volantes, Kléberson começa a mostrar que pode ser mais útil do que muitos – todos! – imaginavam.


PELO BRASIL AFORA!

- Assim como no último domingo, Luís Fabiano volta a ser assunto aqui no FUTEBOLA. Também, depois de quatro gols pela Copa do Brasil e um outro na vitória tricolor no clássico San-São, é difícil não bater palmas para o “Fabuloso”. Com Jádson, Lucas e Cortez como companheiros, o ex-centrovante da nossa Seleção tem tudo para, rodada após rodada, semana após semana, mostrar seu apuradíssimo faro de gol.

sábado, 17 de março de 2012

CAMPEONATO CARIOCA 2012 - TAÇA RIO- 4ª RODADA - FLUMINENSE X MACAÉ


Fluminense 1 x 3 Macaé – Moça Bonita, Rio de Janeiro (RJ)


Macaé não toma conhecimento do Fluminense e com uma atuação maiúscula alcança sua quarta vitória seguida na Taça Rio.

Sem Deco e Fred, poupados mesmo com o próximo compromisso pela Libertadores marcado só para daqui a mais de dez dias, o Fluminense foi para o jogo organizado pelo Abel Braga no 4-2-2-2 com: Diego Cavalieri; Bruno, Digão, Anderson e Carlinhos; Jean e Valencia; Souza e Lanzini; Wellington Nem e Rafael Moura. Comemorando 100 jogos no comando do 100% na Taça Rio Macaé, o treinador Toninho Andrade esquematizou sua equipe no 4-2-2-2 com: Luís Henrique; Valdir, Ramon, Douglas Assis e Carlos Alberto; Gedeil e Wagner; André Gomes e Wallacer; Pipico e Josiel.

Foram necessários apenas 11 minutos de jogo para o Macaé mostrar que a invicta campanha no 2º turno é coisa séria. Este foi o tempo decorrido até Carlos Alberto arrancar pela esquerda, cruzar com perfeição e Pipico, com mais perfeição ainda, cabecear pro fundo do barbante. Amigos, já não é o primeiro Cariocão que o Pipico tem atuações de bom nível. Antes, pelo Bangu, e agora, pelo Macaé, o arisco avante mostra que conhece do assunto. Com a vantagem no placar, o onze alvianil se defendeu com tranquilidade, anulou um desértico ataque tricolor, que conseguia no máximo alçar bolas na área, e por pouco não foi para o intervalo com dois a zero no escore. Pipico, em cabeçada que o zagueiro Anderson salvou sobre a linha, e André Gomes, com um tijolo de fora da área, quase aumentaram a folga macaense.

O Flu voltou do intervalo com Matheus Carvalho e mais ímpeto, mas o panorama da 2ª etapa foi a gritante diferença entre a calma macaense e o desespero tricolor. Enquanto o Flu se esgoelava e na base do bumba-meu-boi se lançava ao ataque, o sereno Macaé soube aproveitar com maestria as inúmeras falhas da retaguarda adversária e, em duas descidas pela direita, chegou a sonoros 3 a 0, gols de Wallacer e Josiel. Por sinal, o “Cavaleiro da Távola Redonda” Josiel chegou ao seu sétimo gol em quatro jogos na Taça Rio. Impressionante! Hoje, no 2º turno, o Botafogo é o único time com mais gols do que Josiel, sozinho! Muito pelo cansaço, o Macaé diminuiu o ritmo após o terceiro tento, mas o Flu não conseguiu repetir o paraguaio Olimpia contra o Flamengo e só marcou o gol de honra perto do apito final, através do Matheus Carvalho.

Campeão da Taça Guanabara e líder do seu grupo na Libertadores, é até compreensível que a Taça Rio não seja o tesouro atrás do arco-íris para o Fluminense. Porém, uma campanha de uma vitória e três derrotas no 2º turno não condiz com o investimento, o elenco e a comissão técnica do Clube das Laranjeiras.

sexta-feira, 16 de março de 2012

COPA LIBERTADORES 2012 - 1ª FASE - FLAMENGO X OLIMPIA


Flamengo 3 x 3 Olimpia (PAR) – Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)


Flamengo abre sonoros três a zero, mas dá uma aula de como não se deve segurar uma vantagem e termina com a derrota – ops! – com o empate.

Repleto de jovens que até pouco tempo faziam parte dos times de base, o Flamengo foi para o importante jogo organizado pelo Joel Santana no 4-3-3 com: Paulo Victor; Galhardo, Gonzáles, David Braz e Junior Cesar; Luiz Antônio, Muralha e Bottinelli; Thomás, Ronaldinho e Vagner Love. Vice-Campeão do Apertura e Campeão do Clausura em 2011, o paraguaio Olimpia foi esquematizado pelo treinador Gerardo Pelusso no 4-4-2 com: Silva; Nájera, Romero, Meza e Ariosa; Orteman, Fabio Caballero, Aranda e Marin; Maxi Biancucchi e Luis Caballero.

Longe de ser uma “maria mole”, o Libertad, atual líder invicto do Apertura 2012 (4 vitórias e 2 empates), soube se aproveitar do total e completo desentrosamento do onze flamenguista e se sentiu a vontade nos minutos iniciais da 1ª etapa. Com uma marcação forte e muitas vezes desleal, os paraguaios impediram as ações ofensivas do Flamengo e deram um trabalhão para o goleiro Paulo Victor em uma perigosíssima cabeçada do Orteman, aos 13 minutos. O ponteiro do relógio girava, girava e girava e nada de o Fla se impor, se plantar no campo de ataque e fazer valer o fator casa. Até que, aos 37 minutos, Vagner Love sambou diante da defesa rival e deu linda assistência para Bottinelli beijar a pelota com aos pés e encobrir o goleiro Silva. Um a zero Mengão! E vale destacar o 1º tempo do argentino Bottinelli, muito combativo e atento na marcação, além de responsável pela vantagem no placar.

Sem aviso prévio e de uma maneira pra lá de surpreendente, o até então sumido Ronaldinho resolveu jogar bola na 2ª etapa. E, durante 20 minutos, o Gaúcho jogou o seu melhor futebol em 2012: passes eficientes e de efeito, conclusões perigosas, dribles objetivos dentro da área, gol de pênalti – sofrido pelo Love após tabelinha com o Luiz Antônio – e linda assistência para o próprio Luiz Antônio colocar 3 x 0 no escore. Durou pouco, menos de meia horinha, mas que lembrou o Ronaldinho dos bons tempos, isso lembrou. A torcida rubro-negra comemorava, cantava o hino, agitava as bandeiras e aplaudia até bicão pra frente. Com 30 minutos no relógio, o triunfo parecia certo. E é aí que mora o perigo. Torcedores, comentaristas, pipoqueiros, vendedores de amendoim, fiscais dos banheiros... todos no estádio podem acreditar no término de um jogo antes do apito final, menos os jogadores. Porém, os do Flamengo acreditaram e, em pouco mais de dez minutos, viram a bela vitória virar um pavoroso empate, após os seguidos gols de Zeballos (um golaço de falta!), Luiz Caballero e Marín.

Será uma covardia sem tamanho culpar a inexperiência dos garotos rubro-negros pelo empate com gosto de derrota, até porque Luiz Antônio e Muralha, por exemplo, tiveram boas atuações. Porém, foi visível a ausência de um nome no Flamengo para, como dizem os antigos, “furar a bola e dar um ponto final no jogo”.

quinta-feira, 15 de março de 2012

COPA LIBERTADORES 2012 - 1ª FASE - LIBERTAD X VASCO


Libertad (PAR) 1 x 1 Vasco – Estádio Nicolás Leoz, Assunção (PAR)


Com muito esforço e um homem a menos durante quase meia hora – outra bobeira do Diego Souza – o Vasco conquista um importante ponto contra Libertad, em Assunção.

Time de coração do Presidente da Conmebol, Nicolás Leoz, e treinado pelo autor do gol que deu a Copa do Mundo de 1986 para a Argentina, Burruchaga, o Libertad foi para o importante duelo organizado no 4-4-2 com: Muñoz; Bonet, Bareira, Benegas e Samudio; Aquino, Cáceres, Gamarra e Civelli; Nuñez e Menéndez. Com a batuta de maestro passando das mãos – ou melhor, dos pés – do Juninho Pernambucano para o Felipe e a necessidade de um bom resultado, o Vasco foi esquematizado pelo Cristóvão Borges no 4-3-3 e entrou em campo com: Fernando Prass; Fagner, Dedé, Renato Silva e Thiago Feltri; Nílton, Eduardo Costa e Felipe; William Barbio, Diego Souza e Alecsandro.

Em sua primeira partida como visitante na Libertadores e, por isso mesmo, a primeira sem a obrigação da vitória, o Vasco jogou 20 minutos de um futebol de alto nível. Não só pelo gol do Diego Souza, aos 16, em mais uma assistência do Fagner, mas pela marcação bem posicionada, pela qualidade na posse de bola e pela participação dos volantes Felipe e Nílton nas ações ofensivas. Contudo, num piscar de olhos, todas as qualidades cruzmaltinas sumiram como fumaça em ventania e o Libertad colocou as manguinhas de fora. Assim, o panorama do jogo se tornou o seguinte: o Vasco acanhado e sem conseguir encaixar sequer um contra-ataque e um Libertad mais aceso e finalizador, sem, no entanto, dar muito trabalho ao goleiro Fernando Prass.

Se existia alguma dúvida sobre se o Vasco iria apenas se preocupar em segurar a vantagem durante a 2ª etapa, esta se tornou certeza quando, aos 7 minutos, o instável temperamento do Diego Souza o fez dar uma cotovelada em um rival e o mandou mais cedo para o chuveiro. Com um homem a menos, o Cruzmaltino foi só defesa, e a troca do lateral Thiago Feltri, peça útil nos contra-ataques, pelo zagueiro Rodolfo, é um espelho da postura retraída. Muito pela boa atuação da dupla Dedé e Renato Silva, o Vasco segurou a vitória até o minuto 25, quando Rodolfo – em péssima fase – falhou em uma bola aérea e Nuñez aproveitou assistência do Velásquez para empatar o escore. O mesmo Nuñez que infantilmente seria expulso aos 36 minutos, diminuindo consideravelmente o poder de ataque de sua equipe. Nos minutos derradeiros, ambos os times viram o triunfo estender as mãos, mas um chutaço do Felipe passou a centímetros da trave paraguaia e um outro, venenoso, do Ayala terminou em ótima defesa do Fernando Prass.

Devido à derrota do Nacional (URU) para o Alianza Lima (PER), o empate pode ser considerado um bom resultado para o Vasco, que, com 4 pontos, se mantém na 2ª colocação. E, como lição, ficam os ótimos primeiros 20 minutos e a entrega dos jogadores, que devem ser repetidos no próximo duelo, contra o próprio Libertad, em São Januário, e nos últimos dois, no estrangeiro.

terça-feira, 13 de março de 2012

UMA IMAGEM



O cruzeirense Evaldo deita no ar e marca um golaço de puro balé.

segunda-feira, 12 de março de 2012

PREMIER LEAGUE 2011/2012 - 28ª RODADA


RESULTADOS

Bolton 2 - 1 Queens Park Rangers

Aston Villa 1 - 0 Fulham

Chelsea 1 - 0 Stoke City

Sunderland 1 - 0 Liverpool

Wolverhampton 0 - 2 Blackburn

Everton 1 - 0 Tottenham

Manchester United 2 - 0 West Bromwich

Swansea City 1 - 0 Manchester City

Norwich 1 - 1 Wigan

Arsenal 2 - 1 Newcastle


ARTILHARIA

26Gols – Robin van Persie (Arsenal)

20 Gols – Wayne Rooney (Manchester United)

16 Gols – Demba Ba (Newcastle) e Kun Agüero (Manchester City)


GIRO PELA “TERRA DA RAINHA


“Red Devils” no topo! Com dois gols do sempre decisivo Wayne Rooney o Manchester United se aproveita da histórica vitória do Swansea sobre o Manchester City e assume a liderança da Premier League.


- Em um Liberty Stadium lotado, com 20 mil torcedores que mais pareciam 200 mil empurrando o Swansea, os galeses jogaram um futebol grandioso e bateram o então líder Manchester City por 1 x 0, gol do centroavante Luke Moore, já na 2ª etapa. Pelo retrospecto que o Swansea possui como mandante, já era sabido que o City não enfrentaria nenhuma “Maria Mole”. Porém, a atuação dos galeses foi muito melhor do que a encomenda, e nem mesmo o pênalti perdido pelo Sinclair, logo aos 6 minutos, abateu o anfitrião. Organização tática com rigor militar, toque de bola de ótimo nível, disposição como se estivesse disputando o título e uma torcida que comemorava até lateral, estas foram as armas do Swansea para neutralizar os pontos fortes do City e conquistar uma vitória que, pelo lado psicológico, vale muito mais do que os três pontos. Cometerei a injustiça de destacar dois nomes no Swansea, já que todos merecem muitos aplausos pelo histórico triunfo: são eles o goleiro Vorm, com defesas difíceis e cruciais quando o City se lançou no desespero, e o meia Routledge, que sofreu um pênalti e deu a assistência perfeita para o gol do Moore.

- A 28ª rodada do Inglês não foi emocionante só no topo da tabela. Lá na rabeira, quatro dos cinco últimos colocados se enfrentaram em jogos de extrema importância na briga contra a degola. Melhor para Bolton e Blackburn, que bateram o Queens Park Rangers e o Wolverhampton, respectivamente, e terminam a rodada fora da zona de rebaixamento. Outro integrante do fundão, o Wigan se complicou mais ainda ao empatar com o Norwich, em resultado que o manteve na lanterninha. Como mostra a pequena diferença entre Blackburn (16º) e o Wigan (20º), de apenas quatro pontos, a briga pela permanência na Primeirona será feroz.

- Foi no finzinho, no apagar das luzes, com gol de zagueiro, mas o torcedor do Arsenal é só sorrisos com mais um triunfo, o quinto seguido na Premier League. O gol do Thomas Vermaelen, quando o juiz já havia respirado para apitar pela última vez no jogo, não só deu aos “Gunners” a vitória sobre o Newcastle como os colocou a um único pontinho do rival Tottenham. Tottennham que, por sinal, vive uma fase tão ruim, mas tão ruim, que até o Chelsea, de treinador interino, já começa a enxergá-lo.

domingo, 11 de março de 2012

CAMPEONATO CARIOCA 2012 - TAÇA RIO- 3ª RODADA - FLAMENGO X FLUMINENSE




RESULTADOS

Nova Iguaçu 0 x 1 Duque de Caxias

Resende 2 x 0 Boavista

Bangu 1 x 1 Botafogo

Macaé 3 x 1 Friburguense

Vasco 3 x 0 Madureira

Americano 2 x 2 Olaria

Volta Redonda 2 x 1 Bonsucesso

Flamengo 2 x 0 Fluminense


ARTILHARIA

9 Gols – Alecsandro (Vasco)

7 Gols – Herrera (Botafogo), Rômulo (Friburguense) e Somália (Boavista)


Flamengo 2 x 0 Fluminense – Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)


Ronaldinho deixa sua marca, participa do surpreendente gol do Kleberson, é expulso ainda na 1ª etapa e vê os seus companheiros suarem litros e mais litros para o Rubro-Negro garantir importantes três pontos no primeiro Fla-Flu do ano do centenário do clássico.

Com mais de um palmo de desfalques, Joel Santana apostou na base e no retorno de Kleberson e organizou o Flamengo no 4-3-2-1 com: Paulo Victor; Galhardo, Gonzáles, David Braz e Magal; Kléberson, Muralha e Luiz Antônio; Thomás e Ronaldinho; Vagner Love. Pelo lado do Fluminense, Abel Braga decidiu poupar seu poderoso quarteto ofensivo (Deco/Thiago Neves/Wellington Nem/Fred) e esquematizou sua equipe no 4-2-2-2 com: Diego Cavalieri; Jean, Leandro Euzébio, Anderson e Thiago Carleto; Diguinho e Edinho; Souza e Wagner; Rafael Sóbis e Rafael Moura.

Com dois onzes que não primam pelo entrosamento em campo, os primeiros minutos da partida foram frios e com poucas tramas ofensivas. Neste panorama, o Fluminense, comandado por um Souza ligado, mostrava melhor postura e mais solidez. No entanto, o placar que aos 20 minutos mostrava dois zeros bem redondinhos chegou aos 25 apontando Flamengo 2 x 0 Fluminense. Primeiro, Galhardo tabelou com Ronaldinho e sofreu pênalti de Carleto que o próprio Gaúcho converteu. Logo depois, Magal chegou à linha de fundo, cruzou a pelota, o zagueiro Anderson falhou e Kleberson carimbou o seu retorno com um belo chute cruzado pro fundo do gol. A vantagem fez um bem enorme ao Rubro-Negro, que, se não incomodava o Diego Cavalieri, controlava o jogo e o dava um ar de tranquilidade. Até que, aos 39 minutos, Ronaldinho cometeu sua segunda falta nada diplomática e recebeu o cartão vermelho.

No finzinho do 1º tempo, o Flu foi com tudo em busca de um golzinho e só não o conseguiu porque Paulo Victor fez duas defesas sensacionais – arremates de Carleto e Souza – e um outro chute longo do Carleto tirou tinta do poste. Os minutos derradeiros da etapa inicial deram a impressão de que o Fluminense viria como um lobo faminto após o intervalo. Mas foi só a impressão. Abel Braga tentou o espigão Samuel e o lateral Wallace para fazer valer a superioridade numérica, porém, até o minuto 20, o Flu foi de uma infertilidade só. A entrada de Lanzini deu um pouco mais de vida ao Tricolor, mas não o suficiente para furar a retaguarda rubro-negra liderada por mais uma boa atuação do chileno Gonzáles. Assim, as melhores chances do Flu surgiriam em chutes longos que o Paulo Victor, em noite inspirada, não deixou passar. E como o Flamengo, totalmente recuado, não teve êxito nos contra-ataques, o placar final terminou como o do 1º tempo: Fla 2 x Flu 0.

O fato de ter jogado mais de 45 minutos com o homem a menos faz com que o triunfo flamenguista ganhe maiores proporções e possa até ajudar a equipe a ter uma melhor apresentação em seu próximo jogo da Libertadores, contra o Olimpia (PAR). Enquanto isso, o Fluminense precisa decidir se vai ou não encarar a Taça Rio para vencer. E é melhor decidir logo, pois as rodadas estão passando.


JOGADA RÁPIDA!

- E o torcedor do Flamengo que tanto vaiou e criticou o Josiel agora vê o centroavante de estilo “Cavaleiro da Távola Redonda” marcar um gol atrás do outro e colocar o Macaé, com 100% de aproveitamento na Taça Rio, na ponta do grupo A. Neste fim de semana, assim como no passado, Josiel sacudiu o barbante duas vezes e foi essencial para a vitória macaense. Na próxima rodada, é bom os defensores do Fluminense abrirem os olhos, pois Josiel está com tudo!


PELO BRASIL AFORA!

- Nenhuma vitória neste ainda nascente 2012 deixou o torcedor do São Paulo tão feliz quanto a virada sobre a Portuguesa por 2 x 1 neste fim de semana. O motivo? Luís Fabiano, ídolo maiúsculo do Tricolor, foi o autor do gol do triunfo. Agora, os são-paulinos – e também os amantes do bom futebol – espalhados pelo Brasil cruzam os dedos para que os problemas físicos deixem o “Fabuloso” em paz.

sexta-feira, 9 de março de 2012

FUTEBOL COM HISTÓRIA - MARKETING E FUTEBOL, UMA AMIZADE ANTIGA

Faz poucos dias que, após muito disse me disse, o Flamengo e a empresa Traffic enfim romperam relações e o Clube da Gávea passou a arcar com a íntegra do salário de Ronaldinho Gaúcho. Uns dizem que o valor de mais de um milhão por mês é um absurdo, enquanto outros afirmam que, agora, o Fla poderá explorar a imagem do craque com ações de marketing e por isso terá um grande retorno do investimento.

Já não é de hoje que marketing e futebol passeiam de mãos dadas e a imagem de um craque passou a ser tão importante quanto a de um lutador do antigo Telecatch. As contratações de David Beckham, tanto pelo Real Madrid quanto pelo Los Angeles Galaxy, são provas concretas, mesmo tendo o inglês certa intimidade com a pelota, principalmente quando ela parada. No Brasil, uma das pioneiras ações de marketing da história se deu no longínquo ano de 1934, para onde viajaremos nas linhas abaixo.

Início da década de 20 e um garoto com nascentes pelos debaixo dos braços estreava pelo Grêmio. Era Luiz Carvalho, conhecedor profundo do caminho das redes. O menino centroavante emendava um gol atrás do outro e estes o tornaram o gremista com mais tentos marcados sobre o rival Internacional e um dos principais nomes do Tricolor Gaúcho na época amadora, ao lado de Eurico Lara e Foguinho. Falando em época amadora, Luiz Carvalho necessitava trabalhar para se sustentar, e o fazia em uma firma de vinhos chamada Scalzilli. E foi justamente a relação do craque com a bebida presente na Santa Ceia que originou uma das primeiras – seria a primeira? – transações marqueteiras do nosso futebol.

Corria o ano de 1934 e produtores vinícolas do Rio Grande do Sul tinham a intenção de aumentar a venda da bebida no Rio de Janeiro, onde competiam com vinhos importados. Sabedores de que o grande mercado consumidor de vinhos era a colônia portuguesa, os gaúchos decidiram explorar a boa imagem de Luiz Carvalho, que já atuara um curto período pelo Botafogo e pela Seleção Carioca, e o ofereceram ao Vasco, clube dos lusos. Assim, em novembro de 1934, Luiz Carvalho partiu com destino à “Cidade Maravilhosa” para colocar a serviço do Cruzmaltino os seus imparáveis chutes de virada, que pegavam os zagueiros e os goleiros desprevenidos.

Foi um tiro certeiro dos sulistas. Ao lado do fenomenal Feitiço, Luiz Carvalho marcou oito gols no Campeonato Carioca da Federação Metropolitana de Desportos de 36 (na época existiam dois torneios no Rio de Janeiro) e foi essencial para o Vasco levantar o caneco estadual. Com os gols de Luiz Carvalho e o título conquistado fica redundante dizer que os portugueses tiveram um ano de 1936 regado a taças de vinho. E que os produtores gaúchos viviam com um sorriso do tamanho do rosto.

quinta-feira, 8 de março de 2012

COPA LIBERTADORES 2012 - 1ª FASE - BOCA JUNIORS X FLUMINENSE


Boca Juniors 1 x 2 Fluminense – La Bombonera, Buenos Aires (ARG)


Em mais uma jornada inspirada de Deco e Wellington Nem, Fluminense triunfa no La Bombonera e dá um enorme passo rumo a classificação para a próxima fase da Libertadores.

Sem sentir o gosto amargo da derrota há 36 jogos, o Boca Juniors foi para o confronto organizado pelo treinador Julio Falcioni no 4-3-1-2 com: Orion; Roncaglia, Caruzzo, Insaurralde e Rodríguez; Rivero, Somoza e Erviti; Riquelme; Mouche e Santiago Silva. Com a última vitória sobre o Boca, nas quartas-de-final da Libertadores de 2008, ainda viva na memória do torcedor tricolor, o Fluminense foi escalado pelo Abel Braga no 4-2-3-1 com: Diego Cavalieri; Bruno, Digão, Anderson e Carlinhos; Valencia e Diguinho; Thiago Neves, Deco e Wellington Nem; Fred.

Tranquilo como se estivesse batendo uma bola no Aterro do Flamengo – no melhor dos sentidos! – o Fluminense ignorou a mundialmente conhecida pressão do La Bombonera e se postou melhor que o anfitrião nos primeiros minutos do confronto. O resultado desta superioridade inicial tricolor se transformou em um a zero aos 9 minutos, quando Deco colocou a pelota na cabeça de Fred e o centroavante não perdoou. Com a vantagem no placar, o Flu adotou a cautela e a marcação pesada. Diguinho e Valencia marcavam duro, enquanto a dupla de zaga, Digão e Anderson, não estava para brincadeira. E se faltaram mais toque de bola do Deco, jogada individual do Wellington Nem e arremate longo do Thiago Neves, o mérito do Flu na 1ª etapa foi não ceder espaços ao Boca. Tanto que as oportunidades argentinas surgiram em bolas paradas e chutes longos, com o Riquelme, como já era esperado, sendo o mais perigoso.

Nos últimos três minutinhos do 1º tempo, Diego Cavalieri havia trabalhado mais que camelo no deserto e foi responsável direto pela vitória parcial do Flu no intervalo. Porém, o juiz mal decretara o início da 2ª etapa e Somoza aproveitou o rebote de uma cobrança de falta do Riquelme que tinha beijado o pé da trave para empatar o jogo. Amigos, como o Riquelme joga bola! O camisa 10 do Boca é um representante perfeito do que o saudoso Armando Nogueira chamou de futebol fina-flor. Que categoria! Que carinho para com a redonda! Que capacidade de criar tramas ofensivas! A igualdade no escore empolgou o Boca, que se encheu de brio na busca pela vitória. Porém, este brio demoraria exatos sete minutos para sumir. Foi o tempo necessário para Wellington Nem deixar o zagueiro Caruzzo de traseiro no chão e dar linda assistência para Deco recolocar o Flu na frente. O luso-brasileiro está cada dia melhor! E mais decisivo!

O Boca se abriu e o Fluminense, na base da velocidade, chegou a criar chances de marcar o terceiro gol, mas, como este não veio, a possibilidade do empate argentino durou até o apito final. Apito final que chegou para decretar uma gigante vitória tricolor, a quarta de um brasileiro sobre o Boca no Estádio La Bombonera. As dúvidas quanto ao poder do Flu-2012, que já haviam diminuído após a conquista da Taça Guanabara, acabam de perder mais força.


JOGADA RÁPIDA!

- Ir ao clube ou à praia, ao cinema ou ao teatro, acampar ou ao shopping, correr ou nadar... Entretenimento temos aos montes, mas, hoje, nenhum deles traz mais sorrisos do que ver o Neymar em campo.

terça-feira, 6 de março de 2012

BIBLIOTECA DO FUTEBOLA - O TIGRE DO FUTEBOL

Quase um personagem folclórico para muitos, o lendário goleador Friedenreich tem muitas de suas histórias – verídicas – contadas neste agradabilíssimo livro do Alexandre da Costa. Não existe melhor maneira de conhecer sobre o magnífico Fried do que através das páginas deste “O Tigre do Futebol”.




O Tigre do Futebol

Autor: Alexandre da Costa

Editora DBA

segunda-feira, 5 de março de 2012

PREMIER LEAGUE 2011/2012 - 27ª RODADA




RESULTADOS

Liverpool 1 - 2 Arsenal

Blackburn 1 - 1 Aston Villa

Manchester City 2 - 0 Bolton

Queens Park Rangers 1 - 1 Everton

Stoke City 1 - 0 Norwich

West Bromwich 1 - 0 Chelsea

Wigan 0 - 2 Swansea City

Newcastle 1 - 1 Sunderland

Fulham 5 - 0 Wolverhampton

Tottenham 1 - 3 Manchester United


ARTILHARIA

25 Gols – Robin van Persie (Arsenal)

18 Gols – Wayne Rooney (Manchester United)

16 Gols – Demba Ba (Newcastle) e Kun Agüero (Manchester City)


GIRO PELA “TERRA DA RAINHA”


E a busca implacável continua! Com extrema eficiência, o Manchester United ignorou o fato de jogar no White Hart Lane, sapecou 3 x 1 no Tottenham e segue na perseguição ao Manchester City. A agitada rodada ainda contou com show – mais um! – do holandês van Persie e com a demissão do André Villas-Boas do comando do Chelsea.


- Uma das partes mais legais de se acompanhar a Premier League 2011/2012 é a briga pelo prêmio de melhor jogador do torneio. E um nome começa a se destacar dos demais concorrentes: van Persie. Entra rodada e sai rodada e o craque não para de marcar gols. Ou melhor, de marcar gols decisivos. Desta feita, o seu Arsenal perdia para o Liverpool por 1 x 0, no Anfield Road, quando com uma cabeçada certeira e um arremate de primeira que poucos no mundo são capazes de acertar, van Persie virou o escore. Já são 25 gols em 27 jogos no torneio. Tá ou não tá impossível esse holandês?


- Em menos de uma década mandando prender e soltar no Chelsea, o magnata Roman Abramovich chegara à marca de oito técnicos ao dar tchauzinho para o André Villas-Boas e efetivar o Roberto Di Matteo, após a derrota para o West Bromwich. É claro, lógico e evidente que o trabalho e os resultados do português não foram nem sombra do esperado, mas ele está a quilômetros de ser o único culpado. Hoje, no Chelsea, tem muita gente jogando só com o nome. E confesso não acreditar ser o Roman Abramovich um conhecedor nato do futebol a ponto de comandar a obrigatória reformulação do elenco. Enquanto isso, os torcedores azuis passam noites e mais noites a sonhar com o retorno de José Mourinho.


- O Tottenham até que tentou. Finalizou com o Adebayor, criou jogadas pela direita com o veloz Lennon e obrigou o goleiro De Gea a trabalhar. Porém, o Manchester United esteve mais letal do que nunca e em seus três bons ataques em todo o jogo balançou as redes três vezes – gols de Rooney e dois do Ashley Young. Digno da mais felpuda raposa. Poderíamos falar um pouco mais sobre os “Red Devils”, que seguem no pé do rival City, porém gastarei as próximas linhas com uma particularidade da campanha do Tottenham. Em muitos momentos da temporada os “Spurs” foram aplaudidos pelo bom futebol, que deve até colocar o seu treinador, Harry Redknapp, no comando da Seleção Inglesa. Porém, quando o assunto são as brigas entre cachorros grandes, o Alvinegro Londrino se acanha. No somatório dos duelos contra Manchester United, Manchester City e Arsenal, os outros times que compõem o top four, o Tottenham possui cinco derrotas, apenas uma vitória e assombrosos 20 gols sofridos.

domingo, 4 de março de 2012

CAMPEONATO CARIOCA 2012 - TAÇA RIO- 2ª RODADA - DUQUE DE CAXIAS X FLAMENGO




RESULTADOS

Friburguense 0 x 0 Resende

Olaria 0 x 2 Vasco

Fluminense 3 x 0 Nova Iguaçu

Bonsucesso 1 x 1 Bangu

Botafogo 3 x 1 Volta Redonda

Madureira 2 x 1 Americano

Boavista 2 x 3 Macaé

Duque de Caxias 1 x 2 Flamengo


ARTILHARIA

9 Gols – Alecsandro (Vasco)

7 Gols – Herrera (Botafogo), Rômulo (Friburguense) e Somália (Boavista)


Duque de Caxias 1 x 2 Flamengo – Moacyrzão, Macaé (RJ)


Flamengo sua litros e mais litros e só garante os três pontos contra o Duque de Caxias, em cobrança de pênalti de Ronaldinho, quando, pela expulsão de Bottinelli, contava com apenas 10 homens em campo.

Depois de uma campanha dentro de seus limites na Taça Guanabara e de uma derrota na estreia da Taça Rio, o Duque de Caxias foi para o duelo contra o Flamengo organizado pelo Eduardo Allax no 4-3-3 com: Fernando; Arílson, Paulão, Jorge Fellipe e Rodrigues; Romário, Juninho e Raphael Augusto; Jefinho, Whatthimen e Gilcimar. Sem poder contar com três de seus homens de confiança – Aírton, Willians e Renato, todos volantes – Joel Santana apostou nos garotos e mandou o Flamengo a campo esquematizado no 4-3-3 com: Felipe; Galhardo, Marcos González, David Braz e Junior Cesar; Luiz Antônio, Muralha e Camacho; Deivid, Ronaldinho e Vagner Love.

Pelo terceiro jogo seguido do Cariocão, o Flamengo conseguiu balançar as redes antes de o relógio do juiz apontar o minuto 15. O autor do gol? Assim como nas outras duas vezes, Vagner Love, que poderia ter ampliado a vantagem para o Rubro-Negro aos 16, em rápido e certeiro contra-golpe iniciado pelos pés do Camacho. Falando em Camacho, sempre que entra em campo o garoto mostra um capricho no passe que poucos – pouquíssimos – no elenco do Fla possuem. Merece ser olhado com mais atenção. Mas se Camacho deu mais qualidade nos passes do Fla, a ausência dos cães de guarda tão valorizados por Joel Santana diminuiu a pegada da equipe. Assim, o Duque de Caxias conseguiu trocar mais a bola no campo de ataque do que o Flamengo poderia permitir e chegou a assustar o goleiro Felipe, enquanto este esteve em campo, já que seria substituído pelo Paulo Victor aos 20 minutos, após um preocupante choque com o atacante Gilcimar.

Pela boa 1ª etapa e pelo fato de perceber que o Flamengo estava longe de ser um bicho de sete cabeças, o Duque voltou do intervalo confiante ofensivamente e o não tardou a ser recompensado. Rodrigues cobrou falta à la Ronaldinho contra a Inglaterra na Copa do Mundo de 2002 e, para a tristeza dos flamenguistas, Paulo Victor interpretou David Seaman com perfeição. Resultado: empate no placar. Empate este que por pouco não se transformou em virada em finalização do Gilcimar. Amigos, a verdade é que desde a volta dos vestiários o Duque dominava o jogo com certa facilidade. Com esta percepção, Joel Santana apostou na entrada do Bottinelli, mas, com menos de 10 minutos em campo, o argentino deu uma entrada criminosa e foi expulso. Tudo indicava que a vaca rubro-negra estava a caminho do brejo, até que Ronaldinho, então em mais uma atuação furreca, cobrou uma falta que obrigou o goleiro Eduardo a mandar a pelota para escanteio, cobrou o escanteio que resultou em pênalti no Love e cobrou o pênalti para dar números finais ao jogo. Que não terminaria antes de o Duque chegar perto da igualdade por mais duas vezes.

Vale a pena utilizar estas últimas linhas para comentar a estreia do zagueiro Marcos Gonzalez. Um pouco estabanado nos primeiros minutos, o chileno não precisou de muito tempo para mostrar que entende mais do assunto do que seus companheiros de defesa no Flamengo. Hoje – nunca se sabe o amanhã, principalmente no futebol – é titular absoluto e indiscutível.


JOGADA RÁPIDA!

- Muito diferente da rodada de abertura da Taça Rio, onde só o Botafogo sentiu o gostinho dos três pontos, o fim de semana contou com triunfo de todos os “grandes”. Porém, e apesar de Boavista e Resende, os mais perigosos dos times de menor investimento, não terem vencido seus jogos, ainda é muito cedo para afirmar que as semi finais do 2º turno contarão com Bota, Fla, Flu e Vasco.


PELO BRASIL AFORA!

- O Santos não só venceu o então invicto Corinthians, mas venceu sua sétima partida seguida, totalizando 22 gols marcados. Arouca, Henrique, Íbson, Ganso, Neymar... Do meio para frente o Santos tem muita gente que sabe tratar a redonda com carinho e não será nenhuma surpresa se, pelo segundo ano consecutivo – não seria exagero dizer terceiro –, o “Peixe” for o grande protagonista do futebol brasileiro.