domingo, 31 de maio de 2015

CAMPEONATO BRASILEIRO 2015 – 4ª RODADA – FLAMENGO X FLUMINENSE


Flamengo 2 x 3 Fluminense – Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)

Gerson joga o fino, Fred marca duas vezes e Fluminense, mesmo com um jogador a menos por 40 minutos, supera o Flamengo, que estreou o técnico Cristóvão Borges e permanece na zona da degola.

Logo aos seis minutos de jogo, o lateral flamenguista Pará resolveu arriscar e fez uma carga com o braço sobre as costas de Vinícius dentro da área. Resultado: pênalti marcado pelo juiz Sandro Meira Ricci e categoricamente convertido por Fred, o agora maior artilheiro da história dos pontos corridos. Este gol não apenas colocou o Flu em vantagem como desenhou o cenário de toda a etapa inicial.

O Flamengo, com raízes no campo de ataque, tinha a bola em seus pés e enormes dificuldades para criar qualquer lance perigoso. O Fluminense, por sua vez, se fincava atrás e aguardava uma brecha para contra-atacar. Brecha esta que surgiu aos 32, quando Gerson deu para Renato que daria para Fred, mas Pará se antecipou e jogou contra o próprio patrimônio para marcar o segundo tento tricolor.

Ato quase contínuo, o Flamengo, enfim, acertou sua primeira trama: aos 36, Armero foi ao fundo e cruzou para Alecsandro acertar cabeçada impecável. A reação rápida teria sido excelente para o Fla se manter sereno, não fosse o contra-ataque avassalador do Flu logo no primeiro minuto da etapa final. Com poucos e precisos passes, a bola passou por Giovanni, Vinícius e Gerson e terminou em mais uma conclusão letal do Fred.

Porém, como agito pouco é bobagem, Sandro Meira Ricci – sabe-se lá com qual critério – interpretou uma falta de Giovanni como merecedora de expulsão e o Flu ficou com dez homens ainda aos cinco minutos, alguns segundos após o garoto Gerson, o melhor jogador em campo, pedir substituição por contusão. Aí, diante de um adversário com dez e sem seu principal articulador, restou ao Flamengo se lançar ao ataque.

Com mais transpiração do que inspiração, o limitado ataque rubro-negro só conseguiu transformar o domínio territorial em um único lance incisivo. E somente aos 40, quando Eduardo da Silva, de cabeça, diminuiu. Daí até o fim, só houve tempo para Canteros ser expulso por reclamação e para o apito final decretar o triunfo tricolor.

Flamengo: Paulo Victor; Pará (Gabriel), Bressan, Wallace e Armero; Cáceres (Eduardo da Silva) e Canteros; Paulinho, Arthur Maia (Marcelo Cirino) e Everton; Alecsandro. Técnico: Cristóvão Borges.

Fluminense: Diego Cavalieri; Renato, Gum, Antônio Carlos e Giovanni; Jean e Edson; Gerson (Pierre), Vinícius (Wellington Silva) e Wágner; Fred (Marlone). Técnico: Enderson Moreira.

quinta-feira, 28 de maio de 2015

COPA LIBERTADORES 2015 – QUARTAS DE FINAL – CRUZEIRO X RIVER PLATE


Cruzeiro 0 x 3 River Plate – Mineirão, Belo Horizonte (MG)

Com atuação pífia, Cruzeiro é atropelado pelo River Plate no Mineirão e dá adeus à Libertadores.

Doeu os olhos assistir à apresentação cruzeirense. Foi tão ruim, mas tão ruim, que é capaz até de virar referência. Não será nada surpreendente se, nos próximos meses, algum torcedor, decepcionado com uma atuação precária de seu próprio time, realizar a seguinte comparação: “Nossa, meu time está tão mal hoje que parece o Cruzeiro contra o River Plate”.

Ofensivamente, o Cruzeiro começou com Willian arrematando por cima uma oportunidade sem tamanho de cortar toda a motivação que o River Plate havia acumulado nas vésperas do embate. No entanto, pior do que o baque pela oportunidade jogada no lixo foi o fato de que, nos minutos seguintes, o Cruzeiro mostrou não ter a menor ideia do que fazer para se reaproximar da meta argentina, tanto que só voltou a assustar o arqueiro Barovero aos 30 minutos da segunda etapa, quando o River Plate já vencia por três a zero e a vaca azul já estava no brejo fazia tempo.

Se medíocre foi na frente, o Cruzeiro foi ainda pior atrás. A retaguarda cruzeirense esteve em uma jornada tão infeliz que não seria salva nem mesmo se Fábio estivesse em seus melhores dias – e olha que os melhores dias do Fábio são sobrenaturais. Nada foi mais tenebroso na noite cruzeirense do que os erros técnicos e táticos dos zagueiros Manoel e Bruno Rodrigo. Foi em cima deles que Teo Gutiérrez e Rodrigo Mora, dupla de ataque argentina, fizeram o diabo e encaminharam a classificação.  

Os dois primeiros gols argentinos saíram no primeiro tempo, com o dinâmico Sánchez, aos 19, e o zagueiro Maidana, de cabeça, aos 44. Qualquer pretensão mineira de buscar o empate foi por água abaixo aos 6 do segundo tempo, quando Teo Gutiérrez deu um drible daqueles de rodar o mundo no Bruno Rodrigo e fechou o caixão azul. Daí em diante, o River Plate se acomodou, Leandro Damião e Alisson acertaram a trave em tentativas frustradas de renascimento e Gabriel Xavier foi expulso para evitar um massacre ainda maior. A remontagem do bicampeão brasileiro será mais penosa do que parecia...

Cruzeiro: Fábio; Mayke, Manoel, Bruno Rodrigo e Mena; Henrique e Willians (Joel); Marquinhos, De Arrascaeta (Gabriel Xavier) e Willian (Alisson); Leandro Damião. Técnico: Marcelo Oliveira.


River Plate: Barovero; Mercado (Pezzela), Maidana, Funes Mori e Vangioni; Ponzio (Mayada), Kranevitter, Sánchez e Rojas; Teo Gutiérrez (Martínez) e Rodrigo Mora. Técnico: Marcelo Gallardo.

domingo, 17 de maio de 2015

CAMPEONATO BRASILEIRO 2015 – 2ª RODADA – ATLÉTICO MINEIRO X FLUMINENSE


Atlético Mineiro 4 x 1 Fluminense – Mané Garrincha, Brasília (DF)

Frágil e improdutivo, Fluminense tem tarde tenebrosa e é goleado por um Atlético Mineiro avassalador no Mané Garrincha.

Não existe sequer um ponto de vista pelo qual o Fluminense tenha sido superior ao Atlético Mineiro em Brasília. Fisicamente, os tricolores não ganhavam nenhuma dividida e caminhavam em campo, enquanto os incansáveis atleticanos pareciam ter pés de titânio. Psicologicamente, era o moribundo Flu que parecia ter sido eliminado da Libertadores recentemente, pois o Galo ignorava a derrota para o Internacional e flutuava tranquilo sobre o gramado. Taticamente, o time carioca era de um caos ímpar, principalmente no espaço entre zagueiros e volantes, o que facilitou bastante a vida do organizado time mineiro, um time onde todos sabiam não só o que fazer como o que os companheiros iriam fazer.

Porém, mais até do que a superioridade nos quesitos físico, psicológico e tático, foi o brilho técnico o grande responsável pela esmagadora vitória atleticana. Léo Silva e Jemerson tomaram conta de Fred, Rafael Carioca desarmou com a mesma fineza que armou, Dátolo aliou precisão com preciosidade, Lucas Pratto, deu uma aula do que é ser um pivô e mostrou que centroavante não precisa fazer gol para jogar uma barbaridade, e Luan... Bom, Luan foi um espetáculo à parte, com dedicação comovente, passes curtos inteligentes, cruzamentos letais, movimentação infinita e desarmes certeiros.

Foi assim que o Atlético atropelou um Fluminense que falhava tanto que chegava a ser difícil identificar todos os erros cometidos em cada lance. No primeiro tempo, além de duas bolas no travessão, com Pratto e Dátolo, o Galo foi às redes duas vezes com o zagueiro Jemerson, ambas em bolas alçadas na área onde a defesa do Flu parecia da categoria sub-15. Depois do intervalo o massacre seguiu com tentos de Dátolo, após uma trama esplêndida, e Luan. Somente no finzinho, já aos 42 minutos, quando a vaca tricolor já estava no brejo fazia uma eternidade, que Fred foi derrubado por Léo Silva na área e converteu, de pênalti, o solitário gol do Flu.

Atlético Mineiro: Victor; Patric, Léo Silva, Jemerson e Douglas Santos; Rafael Carioca, Luan e Dátolo (Josué); Thiago Ribeiro (Giovanni Augusto), Carlos (Maicosuel) e Lucas Pratto. Técnico: Levir Culpi.

Fluminense: Diego Cavalieri; Wellington Silva, Gum, Antônio Carlos e Giovanni; Edson e Pierre (Magno Alves); Gerson (Wágner), Vinícius (Lucas Gomes) e Jean; Fred. Técnico: Ricardo Drubscky.

quinta-feira, 14 de maio de 2015

COPA LIBERTADORES 2015 – OITAVAS DE FINAL – CRUZEIRO X SÃO PAULO


Cruzeiro 1 x 0 São Paulo – Mineirão, Belo Horizonte (MG)

Cruzeiro vence São Paulo no tempo normal e nos pênaltis, avança às quartas da Libertadores e aguarda vencedor do clássico argentino entre Boca e River.

Definitivamente o Cruzeiro não tem (ainda?) o mesmo refino e capacidade de trocar passes do biênio passado. No entanto, volume ofensivo não depende apenas de fineza técnica, e o Cruzeiro não somente foi o time que mais buscou o ataque como conseguiu transformar ímpeto em oportunidades de gols.

O caminho preferido pela Raposa para se aproximar da meta rival ficou claro desde cedo: bola na direita para o Marquinhos, que, por ali fez gato e sapato do lateral-esquerdo são-paulino Reinaldo. Apesar do volume ofensivo pelo setor, as melhores chances cruzeirenses nas etapa inicial vieram em três chutes longos do Willian.

E os primeiros 45 minutos do São Paulo? Foram apagados como Ganso e Pato. Coube a Michel Bastos, em um potente arremate longo, criar o único lance digno de nota pelo lado tricolor. E a vida são-paulina ficaria ainda mais complicada após o intervalo. Primeiro porque Milton Cruz manteve o amarelado e desnorteado Reinaldo sem ajuda. Segundo, porque o Cruzeiro voltou fervendo.

Mais maduro do que nunca, o gol azul poderia ter saído logo aos 6, em chute do Marquinhos, mas veio um pouco depois, aos 9, quando, novamente pela direita, Mayke rolou para Leandro Damião superar Rogério Ceni. Ainda na inércia da empolgação, o Cruzeiro quase ampliou com Marquinhos, mas depois, aliviado pelo gol necessário, tirou o pé do acelerador e permitiu que o São Paulo esboçasse um crescimento.

Crescimento este que culminou em um arremate pra lá de perigoso do Luis Fabiano, aos 28. Foi só aí que a Raposa percebeu que de recuada estava ficando acuada, decidiu retomar a iniciativa e teve nos pés do De Arrascaeta, aos 40, a grande chance de matar o jogo. O apito final levou a classificação para a disputa de penalidades. Ceni e Fábio fizeram o que deles se esperava com duas defesas cada. No fim, melhor para o Cruzeiro, que com quatro cobranças convertidas contra três, segue vivo e forte.

Cruzeiro: Fábio; Mayke (Willian Farias), Manoel, Bruno Rodrigo e Mena; Henrique e Willians; Marquinhos, De Arrascaeta e Willian (Gabriel Xavier); Leandro Damião. Técnico: Marcelo Oliveira.

São Paulo: Rogério Ceni; Bruno, Rafael Tolói, Lucão e Reinaldo; Denilson e Souza; Michel Bastos (Hudson), Ganso e Wesley (Centurión); Alexandre Pato (Luis Fabiano). Técnico: Milton Cruz.

domingo, 10 de maio de 2015

CAMPEONATO BRASILEIRO 2015 – 1ª RODADA – SÃO PAULO X FLAMENGO



São Paulo 2 x 1 Flamengo – Morumbi, São Paulo (SP)

Pato e Ganso entram no segundo tempo, fazem a diferença e São Paulo supera o Flamengo na rodada de abertura do Brasileirão.

O primeiro tempo no Morumbi foi dos sistemas defensivos. Pelo lado do Flamengo, Wallace tomou conta de Luis Fabiano e Jonas não deu um centímetro de espaço a Boschilia. Não por coincidência os poucos melhores momentos tricolores nasceram em bolas paradas, como a que terminou em cabeçada do Paulo Miranda e defesa do Paulo Victor, aos 41. Já na retaguarda do São Paulo, o grande nome foi o volante Souza, que sem precisar apelar para faltas ganhou todas as divididas e antecipações e levou a melhor sobre Canteros, Almir, Everton e quem mais tentasse ultrapassá-lo.

O São Paulo voltou para a etapa final com Ganso no lugar de Hudson e mais iniciativa. Se não chegava a exercer uma pressão daquelas de tirar o fôlego, o Tricolor pelo menos se fazia mais presente no campo de ataque, permitindo ao Flamengo se posicionar para o contra-golpe. Foi neste cenário que o torcedor rubro-negro quase gritou gol de Gabriel, aos 11, e o são-paulino, de Luis Fabiano, aos 16, em lance que Anderson Pico cortou sobre a linha. Buscando alternativas ofensivas , os técnicos se mexeram e mexeram nos times. Luxemburgo lançou mão de Arthur Maia e Lucas Mugni. Milton Cruz, de Alexandre Pato. Os minutos seguintes mostrariam a maior felicidade do comandante tricolor.

Aos 28, em seu primeiro lance, Pato encontrou Wesley que, de maneira magistral, rolou para Luis Fabiano abrir o escore. Aos 34, em seu segundo lance, Pato recebeu de Ganso e sacudiu o barbante. Com pouco mais de 10 minutos por jogar, o Flamengo precisaria adotar uma postura mais agressiva, o que fez na base do “um por todos, todos por um”. Cheio de dificuldades para criar, o Fla contou com uma ajudinha de Ganso que, aos 39, abriu mais as asas, opa, o braço, do que deveria e cometeu pênalti: Everton cobrou com autoridade e diminuiu. Tempo para buscar o empate até havia, mas o Flamengo não foi potente nem competente para consegui-lo e o São Paulo, concentrado na Libertadores, acabou por conquistar importantes três pontos.

São Paulo: Rogério Ceni; Paulo Miranda, Lucão, Dória e Reinaldo; Rodrigo Caio, Souza, Wesley, Hudson (Ganso) e Boschilia (Alexandre Pato); Luis Fabiano (Thiago Mendes). Técnico: Milton Cruz.

Flamengo: Paulo Victor; Pará, Bressan, Wallace e Anderson Pico; Jonas, Canteros (Eduardo da Silva) e Almir (Mugni); Gabriel (Arthur Maia), Everton e Marcelo. Técnico: Vanderlei Luxemburgo.

quinta-feira, 7 de maio de 2015

COPA LIBERTADORES 2015 – OITAVAS DE FINAL – SÃO PAULO X CRUZEIRO


São Paulo 1 x 0 Cruzeiro – Morumbi, São Paulo (SP)

Em noite de Morumbi lotado e atuação magnífica do goleiro Fábio, São Paulo mostra força, vence o Cruzeiro com gol de Centurión e larga na frente nas oitavas da Libertadores.

Por 35 minutos, período em que obrigou o goleiro cruzeirense Fábio a realizar duas defesas milagrosas, em cabeçadas de Centurión e Pato, o São Paulo mandou em campo. Defensivamente, Souza e Denilson não perdiam nenhuma dividida e sabiam a hora certa de adiantar a marcação, enquanto, ofensivamente, Bruno e Centurión faziam o diabo pelo flanco direito. O Cruzeiro, encurralado e encaixotado durante a maior parte da etapa inicial, vivia de lampejos do De Arrascaeta, e só conseguiu visitar o campo de ataque com mais frequência nas proximidades do intervalo.

Um belo chute longo de Reinaldo (e mais uma bela defesa de Fábio), no primeiro minuto do segundo tempo, e uma bola no travessão do Pato, aos 10, após cobrança de escanteio, deixaram claro o desejo tricolor de seguir em busca da vitória. Na verdade, o desejo de triunfar era tal que o Sampa chegou a se desesperar um pouco, o que permitiu que o Cruzeiro, time esperto e refinado – que nos diga o De Arrascaeta –, esboçasse um equilíbrio de ações. No entanto, há tempos não se via um São Paulo tão potente, e as chances de gols tricolores logo voltaram a surgir.

Agora, além de Centurión, que seguia fazendo uma baita fumaça, o São Paulo contava também com os até então apagados Ganso e Pato, o que tornou a ofensiva tricolor ainda mais contundente. Entre os minutos 21 e 28, o Sampa criou na nada menos do que quatro ótimas chances para inaugurar o placar, mas duas delas foram para fora e outras duas terminaram nas mãos do monstruoso Fábio. O goleiro azul agarrou tanto, mas tanto, que se o São Paulo desistisse de pressionar no final seria até compreensível.

Porém, o grande mérito tricolor foi o de não se contentar com o empate. E foi assim que, aos 37, depois de grande jogada individual de Bruno, Centurión, o melhor tricolor em campo, cabeceou para superar Fábio, o melhor celeste em campo, e presentear os quase 70 mil são-paulinos presentes com a vitória.  

São Paulo: Rogério Ceni; Bruno, Rafael Tolói, Lucão e Reinaldo; Denilson e Souza; Centurión (Rodrigo Caio), Ganso e Wesley (Boschilia); Alexandre Pato. Técnico: Milton Cruz.

Cruzeiro: Fábio; Mayke, Manoel, Léo e Mena; Henrique e Willians; Marquinhos, De Arrascaeta e Willian (Gabriel Xavier); Leandro Damião (Joel). Técnico: Marcelo Oliveira.

domingo, 3 de maio de 2015

VASCO CAMPEÃO CARIOCA DE 2015


Botafogo 1 x 2 Vasco – Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)

Em clássico emocionante até o apito final, Vasco volta a vencer o Botafogo e conquista o Campeonato Carioca após 12 anos de fila.

A obrigação de balançar as redes para não perder o título no tempo normal fez o Botafogo iniciar o clássico cheio de ímpeto. Tal postura fez com que Bill, Luis Ricardo e Rodrigo Pimpão recebessem bolas (não muito redondas, é verdade) constantemente, e exigiu toda atenção do impecável arqueiro vascaíno Martín Silva.

Depois de fortes 15 minutos botafoguenses, o Vasco enfim conseguiu esfriar um pouco o clássico e dar as caras no ataque. Nas bolas paradas e, principalmente, nas saídas em velocidade com o Dagoberto, o Cruz-Maltino mostrou que o Bota também precisaria ter precauções defensivas. A nada fácil vida botafoguense ficaria ainda mais dura na segunda etapa, pois, segundos antes do intervalo, Marcelo Mattos perdeu a bola onde não podia e permitiu que Guinãzu encontrasse Rafael Silva e este o barbante: um a zero, Vasco.

 No intervalo, René Simões lançou mão de Diego Jardel e o Botafogo melhorou. Aos 16, foi a vez da entrada de Sassá, e o Bota melhorou ainda mais, obrigando Martín Silva a defesas que se não eram milagrosas, tampouco eram fáceis. Só depois do minuto 20 e da entrada de Bernardo que o Vasco foi dar algum sinal de vida na etapa final, mas Renan estava em jornada segura e manteve o jogo em aberto.

E mais aberto ainda ficaria após os 29, quando Diego Jardel aproveitou confusão na entrada da área vascaína e empatou o placar. Agora, com pouco mais de 15 minutos por jogar, o Botafogo não tinha mais alternativas a não ser atacar com tudo. Porém, sem calma, sem criatividade, e sem um jogador (Fernandes foi expulso aos 38), o time de General Severiano não foi potente o suficiente para superar a raça de Guiñazu e a segurança aérea da dupla Rodrigo e Luan.

Desta forma, os acréscimos chegaram com o Vasco bem seguro e consciente de como segurar o empate que lhe daria o caneco, mas Gilberto, aos 47, caprichou em um arremate cruzado e fechou com vitória e chave de ouro a campanha cruz-maltina.

PARABÉNS, VASCO DA GAMA!

Botafogo: Renan; Gilberto, Renan Fonseca, Diego Giaretta e Carleto; Willian Arão (Fernandes) e Marcelo Mattos; Luis Ricardo (Sassá), Tomas Bastos (Diego Jardel) e Rodrigo Pimpão; Bill. Técnico: René Fonseca.

Vasco: Martín Silva; Madson, Luan, Rodrigo e Christiano; Serginho e Guiñazu; Julio dos Santos (Lucas), Dagoberto (Bernardo) e Rafael Silva (Marcinho); Gilberto. Técnico: Doriva.