domingo, 8 de maio de 2011

PRÊMIO FUTEBOLA CARIOCÃO 2011





PRÊMIO FUTEBOLA CARIOCÃO 2011 DE MELHOR JOGADOR




1º - THIAGO NEVES (FLAMENGO)


2º - FELIPE (FLAMENGO)


3º - FELIPE (VASCO)




SELEÇÃO FUTEBOLA CARIOCÃO 2011





GOLEIRO – FELIPE (FLAMENGO)
Para levantar o caneco estadual, o Flamengo precisou vencer todos os seus principais rivais na disputa por pênaltis. Contra Botafogo e Fluminense, respectivamente semi final da Taça Guanabara e semi final da Taça Rio, as defesas do goleiro rubro negro na disputa por penalidades foram essenciais para colocar o Fla na decisão. Já contra o Vasco, na final da Taça Rio, Felipe, mesmo sem defender um pênalti, foi de extrema importância, pois nada menos do que três vascaínos bateram suas cobranças para fora, tentando fugir do “Paredão”.

LATERAL-DIREITO – LÉO MOURA (FLAMENGO)
Não importa o esquema escolhido pelo treinador, se com dois ou três zagueiros, não importa o período do ano, se é início ou final de temporada, Leonardo Moura sempre é uma peça fundamental da engrenagem rubro negra. E neste Cariocão não foi diferente. Enquanto muitos culpavam o início da temporada pelas atuações abaixo da media na Taça Guanabara, Léo Moura voava e ajudava o Fla a conquistar importantes resultados. Nem mesmo as constantes mudanças táticas que Luxemburgo implantou na equipe foram capazes de influenciar no grande futebol deste lateral que tem a cara do Flamengo.

ZAGUEIRO-CENTRAL – DEDÉ (VASCO)
No início do Cariocão Dedé estava contaminado pelo péssimo futebol jogado pelo Vasco e não conseguiu repetir as atuações que o colocaram entre os melhores zagueiros do país. Porém, mais claramente depois da chegada do ex-zagueiro e treinador Ricardo Gomes, Dedé voltou a apresentar um futebol seguro e ausente de violência. Sem dúvida o fato de Dedé ter reencontrado o seu futebol foi um dos fatores responsáveis pelo crescimento do Vasco ao longo do torneio.

QUARTO-ZAGUEIRO – ANTÔNIO CARLOS (BOTAFOGO)
Se existe um jogador que se salva da ruim campanha realizada pelo Botafogo no Cariocão este é o zagueiro Antônio Carlos. Não que Antônio Carlos tenha sido uma muralha, afinal o Botafogo sofreu 16 gols durante todo o torneio, mas o Antônio Carlos apresentou um futebol seguro o suficiente para se destacar perante os zagueiros rivais, principalmente os da dupla Fla-Flu, e os das equipes de menor porte. Quem poderia estar ocupando a vaga de Antônio Carlos era o Gustavo, zagueiro do Boavista, porém, depois de realizar uma boa Taça Guanabara, Gustavo decaiu muito e acabou expulso em duas das cinco partidas que disputou na Taça Rio.

LATERAL-ESQUERDO – CORTÊS (NOVA IGUAÇU)
Neste Cariocão onde Flamengo, Fluminense e Botafogo enfrentaram diversos problemas na lateral-esquerda e o vascaíno Ramón passou longe de apresentar o futebol de sua primeira passagem pelo clube, quem mereceu ganhar a vaga na Seleção do Cariocão foi o jovem Cortês, lateral do Nova Iguaçu. Com boas atuações na Taça Guanabara, Côrtes chamou a atenção pelo grande jogo realizado contra o Vasco e, neste deserto de laterais pela esquerda que vive o futebol carioca, conquistou sua vaguinha entre os onze do Cariocão e já está fazendo parte do elenco botafoguense.

PRIMEIRO VOLANTE – WILLIANS (FLAMENGO)
Diferente do que muitos estão falando, eu não acredito que os treinamentos técnicos que Luxemburgo diz estar realizando com o Willians estejam dando resultados. Em minha opinião, o volante rubro negro continua com erros primários de passes. No entanto, sua capacidade de roubar bolas e a disposição que demonstra durante os 90 minutos de jogo são essenciais para o funcionamento do Flamengo. Neste Cariocão, Willians nunca deixou de apresentar um futebol voluntarioso e de disputar cada bola como se fosse uma ceia de natal, e por isso merece estar na Seleção do Cariocão.

SEGUNDO VOLANTE – FELIPE (VASCO)
Ora atuando como meia, ora como volante pela esquerda no 4-3-1-2 organizado por Ricardo Gomes, Felipe foi o cérebro vascaíno durante a campanha da Taça Rio. A atuação que espelha o grande futebol apresentado pelo Felipe ocorreu contra o Bangu, quando o ex-lateral, com um repertório invejável de passes, acabou com o jogo. A experiência e a categoria de Felipe são imprescindíveis para este atual Vasco funcionar.

MEIA OFENSIVO – BERNARDO (VASCO)
Alguns podem criticar a presença do Bernardo na Seleção do Cariocão por dois motivos: os pênaltis perdidos contra o Olaria e o Flamengo, respectivamente na semi final e final da Taça Rio, e pelo fato de o jovem meia ter sido reserva na maior parte da campanha. No entanto, mesmo sem conseguir roubar a vaga de titular do Diego Souza ou de um dos volantes vascaínos, Bernardo foi durante toda a Taça Rio o jogador mais produtivo da equipe. Foram raras as partidas nas quais ele não tenha entrado e colocado fogo no jogo. Bernardo merece – e muito! – a vaga entre os onze da Seleção Estadual.

MEIA OFENSIVO – THIAGO NEVES (FLAMENGO)
Gols contra Botafogo, Fluminense e Vasco, disposição e entrega incomuns para um meia ofensivo, passes e dribles que foram, ao mesmo tempo, plasticamente belos e eficientes, arremates certeiros. Estes são os fatores responsáveis não só por colocar Thiago Neves na Seleção do Cariocão, mas também por lhe dar o PRÊMIO FUTEBOLA CARIOCÃO 2011 de melhor jogador. Quando Thiago Neves chegou ao Flamengo, os torcedores rubro negros ficaram com um pé atrás devido ao seu passado pelo Fluminense e ao período sumido no mundo árabe. Porém, rodada após rodada, Thiago Neves conquistou os torcedores e se tornou um dos pilares do Flamengo-2011. Olho nele, Mano Menezes!

SEGUNDO ATACANTE – RONALDINHO (FLAMENGO)
Diferente dos que estão considerando a passagem de Ronaldinho pelo Flamengo um verdadeiro fiasco, considero que o ex-melhor do mundo teve bastante importância na conquista do Cariocão pelo Rubro Negro. Não que Ronaldinho tenha tido atuações do mais alto nível e dado um show atrás do outro, muito longe disto, porém teve sim algumas boas apresentações que o credenciam para a Seleção do Cariocão. Seu melhor momento no torneio foi, sem dúvidas, o gol do título da Taça Guanabara marcado sobre o Boavista, mas o futebol que mostrou, por exemplo, nas vitórias sobre Olaria e Botafogo, na mesma Taça Guanabara, foi muito bom. Mais pela Taça Guanabara do que pela Taça Rio, Ronaldinho merece estar entre os onze melhores do Cariocão.

CENTROAVANTE – FRED (FLUMINENSE)
As atuações de Fred no início da Taça Guanabara foram tão boas que a mídia – rápida como sempre – começou a pedir para o Mano Menezes convocá-lo. Embalado pela boa fase do seu centroavante, o Flu conseguiu goleadas como o 6 x 2 sobre o Olaria e o 4 x 2 sobre a Cabofriense. No total, Fred marcou nada menos do que nove gols na Taça Guanabara, inclusive o que estava dando a vitória para o Fluminense na semi final do torneio contra o Boavista, em jogo que ele saiu no intervalo por contusão e terminou com a vitória nos pênaltis da equipe de Bacaxá. Pelos gols marcados na Taça Guanabara e por terminar o Carioca como artilheiro – ao lado do botafoguense Loco Abreu – Fred conquistou a vaga de centroavante da Seleção do Cariocão.






ESCALAÇÃO



1 - FELIPE

2 - LÉO MOURA

3 - DEDÉ

4 - ANTÔNIO CARLOS

5 - WILLIANS

6 - CORTÊS

7 - THIAGO NEVES

8 - FELIPE

9 - FRED

10 - RONALDINHO

11 - BERNARDO



sábado, 7 de maio de 2011

MEU CLÁSSICO INESQUECÍVEL!

Olá amigos do FUTEBOLA!

Não tenho um pingo de dúvida de que o Gre-Nal que vai decidir o Campeonato Gaúcho poderia ser bem mais empolgante, não fossem os tropeços colorado e tricolor na Libertadores. Porém, Gre-Nal é Gre-Nal e sempre terá uma história para contar. Falando em história para contar, vamos ver as lembranças de dois grandes torcedores - o tricolor Juarez e a colorada Clenar - sobre este que é um dos maiores clássicos do Planeta Bola.

Clenar Pereira Vieira - torcedora do Internacional

Ir ao Beira Rio,em dia de clássico greNAL,é viver uma emoção diferente de todas as já vividas em jogos anteriores.
Não dá pra destacar se um greNAL foi melhor ou mais emocionante...
porque a cada clássico,vive-se uma emoção diferente. Ser torcedor colorado em dia de greNAL...
é algo que foge a qualquer lógica ou previsão de que o jogo já esteja decidido antes dos 90 minutos.
Diante de um greNAL, zera-se tudo o que os times tenham ou venham fazendo no campeonato em termos de classificação.
É num greNAL que se vê a qualidade do time....
É num greNAL que se arruma a casa...
É num greNAL que se vê de que lado a gangorra pesa mais...
É num greNAL que se mede uma rivalidade....
GreNAL é um jogo único sem comparação....
Ser torcedor Colorado em dia de greNAL é:
Acordar antes da hora,
Almoçar menos do que sempre faz,
Se mandar cedo para o estádio,
E passar "90"minutos com o coração na mão...
E quando percebe que o adversário está gostando do jogo...
Entoa suas próprias canções, as quais exalta o nome do clube e de ídolos do passado e presente, em incentivo ao time...
GreNAL...para os colorados é...Emoção....Paixão...Loucura....Que transforma sentimento em Religião...É Bom...é Muito Bom...pertencer a Maior e Melhor Torcida do Rio Grande do Sul...

Juarez Guilhon Lucas - torcedor do Grêmio

É difícil escolher o Grenal mais marcante da minha vida como torcedor do Grêmio. Mas depois de puxar um pouco pela memória e rever alguns livros sobre o clássico, finalmente decidi-me: foi o Grenal de 01/05/1963 (há portanto 48 anos, ano em que o Clube sagrou-se bi-campeão, culminando com o hepta-campeonato em 1968), disputado no Olímpico, vencido pelo Tricolor por 4x1, com quatro gols de Marino, que viera do Aimoré de São Leopoldo para o clube da Azenha há pouco tempo e que naquele clássico, jogando como um atacante agudo pela direita, desmontou praticamente sozinho a defesa do Colorado, numa das maiores atuações individuais em Grenais até hoje, passando a ser um verdadeiro terror para o time do Inter e sua torcida nos clássicos dos anos seguintes. Mas, além disso, aquele Gre-Nal marcou-me também por ter sido o primeiro que assisti ao vivo e no Olímpico, pois justo no início daquele ano eu viera do interior do Estado para a capital, estreando em Grenais nos estádios com o pé direito. Realmente, em razão dos fatos citados, aquele Grenal foi um dos que mais me marcou na história dos clássicos.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

BIBLIOTECA DO FUTEBOLA

Não tenho nem um pingo de dúvida em afirmar que este "Vencer ou Morrer" é um dos melhores livros sobre futebol que eu já li em toda minha vida. Nesta obra imperdível, o autor Gilberto Agostino fala da relação do futebol com as duas grandes Guerras, com o nazismo, o fascismo, o socialismo soviético, as ditaduras latinas, o narcotráfico colombiano... É muito assunto interessante em um livro só para quem é fanático por futebol deixar de ler.




Vencer ou Morrer
Autor: Gilberto Agostino
Editora: Mauad

COPA DO BRASIL 2011 - QUARTAS DE FINAL

Atlético Paranaense 2 x 2 Vasco – Arena da Baixada, Curitiba (PR)

Em jogo emocionante e bastante disputado, Atlético Paranaense e Vasco empataram em 2 x 2 na Arena da Baixada. Apesar de ter estado na frente do placar por duas vezes e cedido o empate, o placar não foi de todo ruim para a equipe carioca.

Na busca por ares diferentes dos encontrados no Campeonato Parananese – onde viu um verdeiro passeio do rival Coritiba – o treinador Adílson Batista escalou o Atlético Paranaense em um 4-3-1-2, com: Renan Rocha; Rômulo, Manoel, Rafael Santos e Paulinho; Deivid, Róbston e Paulo Roberto; Paulo Baier; Mádson e Guerrón. Pelo lado do Vasco, que diga-se de passagem também jogava para esquecer o Campeonato Carioca, o técnico Ricardo Gomes mandou à campo o onze que já está na boca dos torcedores cruzmaltinos, ou seja, esquematizado no 4-3-1-2, com: Fernando Prass; Allan, Dedé, Anderson Martins e Ramón; Fellipe Bastos, Rômulo e Felipe; Diego Souza; Eder Luís e Alecsandro.

O apito inicial apresentou um Vasco com um meio-campo mais forte, tanto na armação, com o Felipe e o Diego Souza conseguindo alguns bons passes, quanto na marcação, com destaque para o Rômulo no papel de cão-de-guarda. Concentrando seus ataques pela direita com o Eder Luís, a equipe carioca esteve melhor na primeira metade do 1º tempo, apesar de não ter dado muito trabalho ao goleiro Renan Rocha. A partir dos 25 minutos, o Atlético conseguiu aumentar um pouco o seu volume ofensivo e tirou o grito de “Uhhh” do seu torcedor aos 28 minutos, quando o zagueiro Manoel quase abriu o placar em cabeçada que obrigou o Fernando Prass a realizar grande defesa. No entanto, o Vasco não tardou a voltar a ser mais perigo ofensivamente e, se não conseguiu sacudir o barbante em um tijolo do Alecsandro de fora da área, aos 34 minutos, o fez no minuto seguinte, com o mesmo Alecsandro. Vale destacar a jogada que originou este primeiro gol vascaíno, um sensacional passe do Diego Souza para o Eder Luís arrancar pela direita e assistir o Alecsandro. Na comemoração, Alecsandro imitou as caretas realizadas pelo pai, o também atacante Lela, ídolo do Coritiba nos anos 80 e Campeão Brasileiro de 1985 pelo clube.

Até o final da 1ª etapa, o “Furacão” conseguiria apenas mais uma jogada de bola parada do Paulo Baier para o zagueiro Manoel, mas após o intervalo a produtividade paranaense iria crescer consideravelmente. Para o 2º tempo, Adílson Batista voltou com Branquinho no lugar do Róbston e o Atlético partiu com tudo para o empate. E foram necesesários menos de 10 minutos para o Rubro Negro conseguí-lo, através do equatoriano Guerrón, o melhor atleticano em campo. Assim como a entrada do Branquinho, o empate fez muito bem ao “Furacão”, que se solidificou no campo de ataque e, até o minuto 25, incomodou o Fernando Prass constantemente, com destaques para uma boa finalização do Branquinho e duas do Guerrón.

O Vasco havia se transformado em uma equipe que se preocupava apenas com seu sistema defensivo, como comprova os sumiços do Felipe e do Diego Souza na partida, além do fim da utilização do Eder Luís para os ataques em velocidade. Contudo, mesmo sem estar postado para buscar um gol, o Vasco o conseguiu aos 28 minutos, em um ótimo arremate do Diego Souza. Se havia recuado demasiadamente para segurar o empate, já era de se esperar que o Vasco permaneceria com esta estratégia depois de alcançar o seu segundo gol. Porém, os vascaínos não contavam com um pênalti infantil cometido pelo Ramón sobre o Branquinho, que não pode nunca ser reserva deste “Furacão”. Na cobrança, o veterano Paulo Baier, que havia realizado boa cobrança de falta minutos antes, converteu a penalidade com tranquilidade.

No fim das contas, o resultado em si foi bom para o Vasco, que jogará em São Januário podendo empatar sem gols ou em 1 x 1. Se não repetir a postura excessivamente defensiva apresentada em boa parte da 2ª etapa neste primeiro duelo, o Cruzmaltino tem tudo para avançar às semi finais da Copa do Brasil.

JOGADA RÁPIDA!

Quarta-feira negra para o futebol brasileiro. Cruzeiro, Fluminense, Grêmio e Internacional fizeram vergonha – uns mais, outros muito mais – e a única equipe brasileira que viva na Libertadores é o Santos. E o pior é quando constatamos que os investimentos realizados pelas equipes brasileiras é muito maior do que o das rivais da América do Sul. Ou vocês acham que Once Caldas, Libertad, Universidad Católica e Peñarol pagam aos seus jogadores salários do nível dos recebidos por Montillo, Fred, Conca, D’Alessandro?

terça-feira, 3 de maio de 2011

UEFA CHAMPIONS LEAGUE 2010/2011 - SEMI FINAL

Barcelona 1 x 1 Real Madrid – Camp Nou, Barcelona (ESP)

O Barcelona soube jogar com o regulamento debaixo do braço, empatou com o Real Madrid em 1 x 1 e se garantiu na finalíssima da Champions League, dia 28 de maio, no lendário estádio de Wembley.

Com uma considerável vantagem de dois gols obtida no primeiro duelo, o treinador Pep Guardiola, novamente contando com desfalques na lateral-esquerda, mandou para campo um Barcelona no seu tradicional 4-3-3, com: Valdés; Daniel Alves, Mascherano, Piqué e Puyol; Xavi, Busquets e Iniesta; Pedro, Messi e David Villa. Pelo Real Madrid, que precisava marcar gols de qualquer maneira, o auxiliar Karanka – José Mourinho estava suspenso – organizou, até pelos desfalques por suspensão, um Real Madrid bem diferente dos clássicos anteriores. A equipe merengue iniciou o confronto esquematizada em um 4-2-3-1, com: Casillas; Arbeloa, Albiol, Ricardo Carvalho e Marcelo; Diarra e Xabi Alonso; Di María, Kaká e Cristiano Ronaldo; Higuaín. Vale ressaltar que não foram poucas as vezes que o Xabi Alonso se adiantou, deixando o Diarra como único volante à frente da defesa e o Real organizado em um 4-1-4-1.

Desde o apito inicial, como já era de se esperar, o clássico foi quente e muito disputado. Os primeiros 30 minutos foram caracterizados por um Barcelona – como sempre – com maior posse de bola e um Real Madrid que marcava muito forte. A primeira vista, a estratégia dos merengues parecia estar dando certo, já que, neste período de 30 minutos, o Barcelona só conseguira levar perigo ao goleiro Casillas em uma cabeçada do Busquets em jogada de bola parada. No entanto, como o Real Madrid não conseguia arquitetar tramas ofensivas de qualidade, muito pela pouca participação do Kaká e por um improdutivo Di María, foi questão de tempo até o Barcelona começar a criar oportunidades de abrir o placar.

O forte sistema defensivo madrileno teve validade de exatos 30 minutos, pois bastou o ponteiro do relógio ultrapassar esta marca para o Barcelona virar uma máquina de criar chances de gols. A pressão foi enorme, com os catalães construindo uma boa jogada ofensiva atrás da outra. E deve ser destacado que os lances perigosos surgiram por todos os lados, com Daniel Alves pela direita, Messi pelo meio, Villa pela esquerda e em chute longo do Pedro. Por que o jogo foi para o intervalo com o placar mudo? Porque o Casillas é um dos maiores goleiros do planeta.

Para a 2ª etapa, ambas as equipes retornaram com o mesmo onze inicial, porém o Real Madrid voltou com um ímpeto ofensivo que não havia aparecido na metade final do 1º tempo. E em poucos minutos os merengues chegaram ao gol, porém este foi anulado pelo árbitro em um lance que confesso não recordar de já ter visto. Cristiano Ronaldo arrancou pela meiúca e a bola sobrou para o Higuaín empurrar para o fundo das redes. Porém, durante a arrancada, Cristiano Ronaldo foi empurrado pelo Piqué, caiu e acertou as pernas do zagueiro Mascherano, que também foi ao chão. Resultado: o juiz assinalou falta do português e, em minha opinião, se equivocou.

O bom momento inicial do Real Madrid não tardaria a chegar ao fim, pois, aos 8 minutos, Pedro recebeu perfeita assistência de Iniesta e abriu o placar. O gol fez muito bem ao Barça, que começou a trocar passes ao som do “olé” gritado pela sua torcida, em situação semelhante àquela ocorrida em novembro passado, quando os catalães venceram por 5 x 0 em uma das maiores apresentações de futebol já vista. Mas, para a sorte do torcedor madrileno, e devido ao acerto do treinador Karanka (ou seria do Mourinho via telefone?) em sacar Kaká e Higuaín e colocar Özil e Adebayor para dar mais gás à equipe, desta vez o Real Madrid conseguiu quebrar o jogo do rival e ainda empatar a partida. Aos 18 minutos, após bobeada do Pedro na saída de bola e passe do Xabi Alonso, Di María acertou a trave e, no rebote, assistiu Marcelo que sacudiu o filó.

Com o placar empatado, restava ao Barcelona segurar qualquer possibilidade de o Real Madrid voltar a gostar do jogo, feito que foi conseguido através da sensacional qualidade nos passes de Xavi, Iniesta e categórica companhia. Pode-se dizer que do gol do Marcelo, até o apita final, ou seja, nos últimos 30 minutos, o Barcelona nunca esteve perto de perder sua classificação para um esforçado e faltoso Real Madrid.

O saldo geral dos quatro clássicos entre Barça e Real em menos de um mês foi de uma vitória para cada lado e dois empates, com o Barcelona ficando com uma mão e quatro dedos no Campeonato Espanhol e a vaga na decisão da Champions League, enquanto o Real Madrid conquistou a Copa do Rei. Não resta dúvida de que, apesar do equilíbrio nos placares, os torcedores catalães terminaram o período muito mais felizes.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

PREMIER LEAGUE 2010/2011 - 35ª RODADA




RESULTADOS

Blackburn 1 - 0 Bolton
Blackpool 0 - 0 Stoke City
Sunderland 0 - 3 Fulham
West Bromwich 2 - 1 Aston Villa
Wigan 1 - 1 Everton
Chelsea 2 - 1 Tottenham
Birmingham 1 - 1 Wolverhampton
Liverpool 3 - 0 Newcastle
Arsenal 1 - 0 Manchester United
Manchester City 2 - 1 West Ham

ARTILHEIROS

21 gols
Dimitar Berbatov (Manchester United)
19 gols
Carlos Tévez (Manchester City)
15 gols
Darren Bent (Aston Villa)
Robin van Persie (Arsenal)

GIRANDO PELA “TERRA DA RAINHA”

A Premier League voltou a pegar fogo!

No sábado, atuando no Stamford Bridge, o Chelsea contou com a grande ajuda dos bandeirinhas para conquistar uma importantíssima vitória por 2 x 1 sobre o Tottenham. Depois de sair em desvantagem no placar devido a um belo gol do brasileiro Sandro, o Chelsea conseguiu a virada com dois gols irregulares. Primeiro Lampard arrematou de longe, o goleiro brazuca Gomes falhou feio e deixou a pelota passar por debaixo das suas pernas, conseguindo, porém, salvá-la em cima da linha. Todo o esforço do Gomes para se redimir, no entanto, foi em vão, pois o bandeirinha acabou por confirmar o gol de empate do Chelsea. Depois, já perto do apito final, foi a vez do outro auxiliar se equivocar e legalizar o gol da virada azul, marcado por um impedido Kalou.

Já no domingo, o Arsenal conseguiu uma grande vitória sobre o Manchester United e, além de colocar o Chelsea muito perto do topo da tabela, manteve vivo um pouquinho do sonho de ser Campeão Inglês. Diante de um Manchester que não foi nem sombra da equipe que venceu o Schalke 04 no meio da semana passada – até pela ausência do Ryan Giggs – o Arsenal foi melhor durante praticamente todo o duelo e chegou à vitória através de um gol do Ramsey, marcado na 2ª etapa.

Com os resultados da 35ª rodada, o Manchester se encontra somente três pontinhos à frente do Chelsea e, para a alegria dos que acompanham a Premier League, os rivais se enfrentarão no próximo domingo.

domingo, 1 de maio de 2011

FLAMENGO CAMPEÃO CARIOCA DE 2011!

Vasco 0 (1) x (3) 0 Flamengo – Engenhão

Campeão Invicto! O Flamengo derrotou mais um rival nos pênaltis, desta vez o Vasco, e levou a Taça Rio e o Campeonato Carioca em uma só tacada. Foi o 32º título Carioca do Mengão e o 5º conquistado numa campanha sem derrotas.

Para a decisão da Taça Rio, o treinador Ricardo Gomes decidiu por repetir as escalações recentes do Vasco e mandou a equipe para o jogo organizada em um 4-3-1-2, com: Fernando Prass, Allan, Dedé, Anderson Martins e Ramón; Fellipe Bastos, Rômulo e Felipe; Diego Souza; Eder Luís e Alecsandro. Pelo lado do Flamengo, Luxemburgo, que não pôde escalar o Léo Moura mas contou com o retorno do Ronaldinho, novamente alterou a equipe, esquematizando-a em um 4-2-2-2, com: Felipe; Galhardo, Welinton, David Braz e Rodrigo Alvim; Willians e Renato; Bottinelli e Thiago Neves; Ronaldinho e Deivid.

Os 20 primeiros minutos do clássico demonstraram, como já era esperado, um jogo equilibrado e em certo ponto nervoso, com faltas mais ríspidas do que o normal. O Flamengo apresentou, neste período, uma maior posse de bola, enquanto o Vasco uma marcação mais ajustada e ataques mais agudos. De oportunidades de gols apenas um arremate longo para cada lado, com Fellipe Bastos arriscando pelo Vasco e Galhardo pelo Fla.

Após a parada técnica, o Flamengo retornou mais incisivo ofensivamente e em um intervalo menor do que 10 minutos conseguiu criar duas claras chances de abrir o placar. A primeira delas foi em em uma cabeçada do Thiago Neves, após cobrança de falta do Ronaldinho, e a segunda em uma linda trama que contou com a participação de Thiago Neves, Ronaldinho e Deivid e terminou com o Fernando Prass realizando grande defesa em finalização do Bottinelli. Depois deste pequeno período de superioridade rubro negra, o Vasco conseguiu reequilibrar o confronto e voltou a assustar o goleiro Felipe em um arremate longo do seu xará Felipe e uma cabeçada do Diego Souza à queima-roupa.

Para o 2º tempo, tanto Vasco quanto Flamengo retornaram com o mesmo onze inicial e o Rubro Negro só não abriu o placar em uma excelente cobrança de falta do Ronaldinho, logo aos 3 minutos, porque o Fernando Prass é um arqueiro do mais alto nível. Apesar desta grande chance no início da etapa, o Flamengo começou a encontrar grandes dificuldades para arquitetar tramas ofensivas, principalmente pelas ruins atuações que Thiago Neves e Bottineli vinham apresentando. E como o Vasco não tinha nada a ver com os problemas do rival, aproveitou para crescer no jogo e se tornar mais presente no campo de ataque, explorando bem o seu flanco esquerdo. A melhor presença ofensiva vascaína se tranformou em reais possibilidades de gols com a entrada do Bernardo no lugar do Diego Souza, aos 25 minutos. A entrada do atual xodó cruzmaltino deu mais poder à equipe, tanto com a pelota rolando quanto com ela parada.

Alguns segundos após pisar em campo o Bernardo quase sacudiu o barbante e, logo depois, bateu córner que o Dedé cabeceou para fora. O Flamengo só conseguiu voltar a ser produtivo a partir dos 33 minutos, quando Thiago Neves arrematou para fora uma bela assistência do Wanderley. Este lance fez bem ao Fla, que dominou as ações até o apito final chegando a dar trabalho ao Fernando Prass por duas vezes, uma com o Renato e outra com o Thiago Neves.

O placar empatado levou a final para a disputa de pênaltis, um dos pontos mais fortes do Flamengo no Estadual. Com um currículo que contém as recentes vitórias sobre Botafogo e Fluminense em decisão por penalidades, o Flamengo chegou bem mais tranquilo para os arremates. Enquanto os vascaínos Bernardo, Fellipe Bastos e Élton não conseguiram sequer acertar o gol, o Flamengo desperdiçou apenas a cobrança do Fierro e selou a vitória e o título com o Thiago Neves colocando a bola no fundo das redes.

O calendário futebolístico já se encontra no mês de maio, e até o momento o Flamengo não possui uma única derrota. Não estou querendo dizer que o Rubro Negro seja uma equipe perfeita, muito longe disso, porém o caminho para a formação de um grande time começou a ser trilhado da melhor maneira possível: com a conquista de um importante e título.

PARABÉNS, MENGÃO!