quinta-feira, 10 de novembro de 2011

FIGURINHA CARIMBADA - CHINESINHO





Nome Sidney Colônia Cunha

Data de nascimento 15 de setembro de 1935

Faleceu 16 de abril de 2011

Posição Meia-Armador

Seleção Brasileira – 17 Jogos e 7 Gols

Clubes

Rio-Grandense – RS (1954)
Internacional – RS (1955 a 1958)
Palmeiras – SP (1958 a 1962)
Modena – ITA (1962 a 1963)
Catania – ITA (1963 a 1965)
Juventus – ITA (1965 a 1968)
Lanerossi – ITA (1968 a 1972)
New York Cosmos – EUA (1972)
Nacional – SP (1973 a 1974)

Títulos

Campeonato Gaúcho – Internacional – 1955
Campeonato Pan-Americano – 1956 – Seleção Brasileira
Campeonato Paulista – 1959 – Palmeiras
Taça Brasil – 1960 – Palmeiras
Copa Roca – 1960 – Seleção Brasileira
Copa da Itália – 1965 – Juventus
Campeonato Italiano – 1967 - Juventus


- Entre 1956 e 1968, o futebol gaúcho viveu o período que ficou conhecido como “12 em 13”, pois dos 13 Campeonatos Estaduais disputados, o Grêmio do lendário zagueiro Aírton “Pavilhão” conquistou nada menos do que 12 títulos. Um ano antes desta “Era Tricolor”, porém, um dos grandes jogadores que os nossos gramados já viram começava a se destacar pelo Internacional. Seu nome? Sidney Colônia Cunha, mas todos o conheciam como Chinesinho, apelido que veio do pai, Chinês, jogador histórico no Rio Grande do Sul. O ano de 1955 foi o de estréia de Chinesinho com a camisa colorada e, ao lado de craques do mais alto quilate como Florindo, Oreco, Bodinho e Larry, o jovem de apenas 20 anos não tadaria a levantar seu primeiro caneco. O título conquistado foi o do Campeonato Gaúcho, onde Chinesinho, inclusive, marcou o único gol da vitória vermelha sobre o Pelotas no primeiro jogo da decisão do torneio. No ano seguinte, em 1956, a Seleção Gaúcha teve a difícil missão de representar o Brasil no Pan-Americano do México e, com a ajuda de Chinesinho, autor de um gol decisivo na final diante da Argentina, se sagrou Campeã.

- Depois de uma passagem não muito longa, contudo marcante, pelo Internacional, Chinesinho aportou no Palmeiras no ano de 1958 para, definitivamente, escrever o seu nome na história do futebol brasileiro. O craque jogou tanta bola no Palmeiras que Ademir da Guia, dando os primeiros passos no futebol, ora ficava no banco de reservas, ora atuava como volante, pois a posição de meia-armador ninguém tirava de Chinesinho. Foi com o ex-colorado responsável por arquitetar as tramas ofensivas que o Verdão conquistou dois de seus mais importantes títulos: o Supercampeonato Paulista de 1959, sobre o Santos de Pelé, e a Taça Brasil de 1960, com uma sonora goleada de 8 x 2 na decisão contra o Fortaleza. Aqui vai a escalação da espetacular equipe que venceu o Santos por 2 x 1 no jogo decisivo do Paulistão de 1959: Valdir de Moraes; Djalma Santos, Valdemar Carabina, Aldemar e Geraldo Scotto; Zequinha e Chinesinho; Julinho Botelho, Américo Murolo, Romeiro e Nardo. Técnico: Oswaldo Brandão. É ou não é uma verdadeira Seleção?

- Apesar de não ter participado da Copa do Mundo de 1962 – Didi e Mengálvio foram os meias da Seleção Brasileira Bicampeã do Mundo no Chile – as grandes atuações de Chinesinho nos gramados brasileiros o levariam ao Calccio, comprado pelo Modena por um valor inacreditável para a época. Somente com o dinheiro da sua venda, o Palmeiras reformou o Palestra Itália e ainda comprou alguns grandes jogadores, como o zagueiro Djalma Dias e o atacante Tupãzinho. Na Itália, o craque conseguiria bem mais do que a amizade do tenor Luciano Pavarotti, torcedor fanático do Modena. A marcante passagem do gaúcho pela “Velha Bota” teve como ponto máximo a conquista do Scudetto da temporada 1966/1967, pela Juventus. Somente para termos uma dimensão do quanto o futebol de Chinesinho encantou os italianos, vale apresentar aqui um trecho de uma entrevista do Roberto Baggio, melhor jogador do mundo em 1993. “Era 1973, meu pai disse que me levaria, pela primeira vez, a um estádio de futebol. Era o Estádio Menti, em Vicenza, e fazia muito frio. Era inverno. Um inverno tão rigoroso que proibia uma criança de apenas seis anos sair de casa. Mas, para essa criança, era um sonho poder ver seu ídolo, o craque Chinesinho, jogar”. Este é Chinesinho, um cracaço que deixou fãs por todos os gramados em que desfilou seu encantador futebol.

Referências Bibliográficas
Enciclopédia da Seleção - Ivan Soter - Opera Nostra Editora
Divino – A Vida e a Arte de Ademir da Guia – Kleber Mazziero de Souza – Editora Gryphus

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