segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

PREMIER LEAGUE 2010/2011 - 26ª RODADA




RESULTADOS

Stoke City 3 - 2 Sunderland
Aston Villa 2 - 2 Fulham
Everton 5 - 3 Blackpool
Manchester City 3 - 0 West Bromwich
Newcastle 4 - 4 Arsenal
Tottenham 2 - 1 Bolton
Wigan 4 - 3 Blackburn
Wolverhampton 2 - 1 Manchester United
West Ham 0 - 1 Birmingham
Chelsea 0 - 1 Liverpool

ARTILHEIROS

19 gols
Dimitar Berbatov (Manchester United)
18 gols
Carlos Tévez (Manchester City)
11 gols
Andy Carrol (Liverpool)

COMENTÁRIOS

Chelsea 0 x 1 Liverpool – Stamford Bridge, Londres

Na estréia de Fernando Torres pelo Chelsea quem acabou comemorando foi o Liverpool, ex-clube do craque espanhol, que com um gol do Raul Meireles venceu o clássico e já se encontra em 6º lugar na tabela.
Treinado por um dos maiores ídolos de sua história, o escocês Kenny Dalglish, o Liverpool foi à campo organizado taticamente em um 3-6-1 bastante cauteloso e com a clara intenção de explorar os contra-ataques, tendo o meia Raul Meireles e o atacante Kuyt como homens mais avançados. Já o Chelsea deixou o seu costumeiro 4-3-3 de lado e apostou na dupla de ataque formada por Drogba e Fernando Torres, com o Anelka de meia ofensivo e postado taticamente em um 4-3-1-2. Os primeiros 30 minutos do duelo ocorreram sem maiores emoções, com um Chelsea sem capacidade de furar o bem postado muro vermelho e o Liverpool se equivocando seguidamente na organização dos contra-ataques. O único lance digno de nota deste período surgiu exatamente de uma saída de bola errada do Liverpool, quando, logo no início da partida, o Maxi Rodríguez bobeou e a redonda ficou com o Fernando Torres, que arrematou para fora. Depois de meia hora de falta de criatividade do Chelsea, com Anelka mostrando que não tem a mínima noção do que é ser um meia ofensivo e o Lampard sumido ofensivamente, o Liverpool conseguiu encaixar um ataque aos 32 minutos com o Gerrard pela esquerda que terminou com o Maxi Rodríguez livre, leve e solto perdendo um gol incrível.

Na volta para o 2º tempo, o Chelsea, provavelmente para a decepção de seus torcedores, retornou com a mesma equipe e encontrando as mesmas dificuldades para superar a muralha adversária muito bem comandada pelo zagueirão Carragher, que teve uma atuação destacada. Na primeira metade desta 2ª etapa, o Chelsea decidiu apostar nos chutes longos, com Anelka e Essien, respectivamente aos 19 e 21 minutos, assustando o goleiro Reina, mas mesmo assim não conseguiu abrir o placar. Já o torcedor do Liverpool, que havia encontrado um grande motivo para sorrir aos 20 minutos, com a decisão do treinador Ancelotti de substituir o Fernando Torres, explodiu de alegria aos 23, quando Gerrard encontrou o Raul Meireles na área e o português, sem muito trabalho, sacudiu o filó. A partir daí, o já infértil ataque do Chelsea ficou mais nervoso e só conseguiu levar perigo ao goleiro Reina aos 27 minutos, em finalização do Malouda. Fora isso, os Blues apresentaram a mesma improdutividade de quando o duelo estava empatado e, por isso, não conseguiram chegar ao barbante.

Com 38 pontos, os Reds ainda estão muito, mas muito distantes da zona de classificação para a Champions League. No entanto, com esta vitória, sua quarta consecutiva, o Liverpool vai caminhando para um final de torneio mais digno e coerente com sua tradição. Por outro lado, o Chelsea perdeu uma grande oportunidade de conquistar 3 pontos, crescer na competição e se aproximar do ainda líder isolado Manchester United.

GIRANDO PELA “TERRA DA RAINHA”

- Mesmo segurando a lanterna do torneio, o Wolverhampton vem aprontando poucas e boas nesta temporada da Premier League. Como se as vitórias sobre o Chelsea e o Liverpool não fossem suficientes, os Wolves conseguiram a façanha de tirar a invencibilidade do Manchester United com uma vitória por 2 x 1 que entrará para a história.

- Quem tinha tudo para estar comemorando o tropeço do Manchester United era o vice-líder Arsenal. No entanto, depois de conseguir abrir uma vantagem de 4 x 0 sobre o Newcastle os Gunners bobearam feio e permitiram o empate. Como gosto de dizer: “Em campeonatos de pontos corridos, pontos perdidos não voltam mais”.

- Quem continua voando baixo na Premier League é o argentino Carlitos Tévez, que no dia de seu aniversário deu um baita presente para o torcedor do Manchester City. No duelo contra o West Bromwich, Tévez marcou nada menos do que os três gols da vitória do City por 3 x 0.

CAMPEONATO CARIOCA 2011 - TAÇA GUANABARA - 6ª RODADA


RESULTADOS

GRUPO A
Resende 1 x 2 Nova Iguaçu
Vasco 3 x 0 Americano
Boavista 2 x 3 Flamengo
Volta Redonda 2 x 0 América

GRUPO B
Bangu 2 x 2 Cabofriense
Macaé 2 x 2 Madureira
Duque de Caxias 4 x 2 Olaria
Fluminense 2 x 3 Botafogo

Fluminense 2 x 3 Botafogo – Engenhão

Fluminense e Botafogo fizeram um “Clássico Vovô” recheado de gols, viradas, emoções, polêmicas, lances marcantes e que terminou com o Fogão vencendo por 3 x 2 e assumindo a ponta do Grupo B.

Com o objetivo de conquistar a liderança do seu grupo e ficar mais distante de enfrentar o Flamengo na fase semi final da Taça Guanabara, Joel Santana mandou o Botafogo à campo organizado no já costumeiro 3-5-2 com Jefferson; João Felipe, Antônio Carlos e Márcio Rosário; Alessandro, Bruno Thiago, Marcelo Mattos, Renato Cajá e Márcio Azevedo; Herrera e Loco Abreu. Pelo lado do Fluminense, Muricy Ramalho também optou pelo 3-5-2, com o volante Valencia fazendo papel de terceiro zagueiro e a equipe veio para o jogo com: Diego Cavalieri; Gum, Valencia e Leandro Euzébio; Mariano, Edinho, Souza, Conca e Carlinhos; Fred e Rafael Moura.

A 1ª etapa do clássico pode ser claramente dividida em duas partes: antes da parada técnica e depois da parada técnica, que ocorre aos 20 minutos de cada tempo. Se antes desta parada o 1º tempo se mostrava frio e com os ataques sem inspiração, após ela o jogo começou a pegar fogo. Pelo Botafogo, Renato Cajá iniciou aquela que, a meu ver, foi sua melhor atuação com a camisa alvinegra. Além de marcar um golaço de falta aos 23 minutos, o camisa 10 do Fogão acertou dois tijolos na trave e ainda cobrou uma outra falta que passou assoviando o ouvido do goleiro Diego Cavalieri. No entanto, o magnífico 1º tempo do calibrado Cajá não foi suficiente para levar o Fogão com a vitória parcial para o intervalo, pois o reestreante tricolor Rafael Moura estava com cheiro de gol. Se aos 28 minutos o Flu não conseguiu o empate após linda tabelinha entre Mariano e Fred, aos 30 Rafael Moura desviou córner cobrado pelo Souza e igualou o placar. Depois, quando o relógio marcava 44 minutos e o Fluminense já contava com um homem a menos devido à expulsão do zagueiro Valencia, Souza chutou à gol e após defesa parcial do goleiro Jefferson o Rafael Moura empurrou para o fundo do barbante. Antes do apito que encerraria a 1ª etapa, Marcelo Mattos cometeu falta dura no argentino Conca e também foi mais cedo para o chuveiro.

O jogo voltou do intervalo ainda mais quente. Se no 1º tempo o Loco Abreu havia sido completamente anulado por uma excelente atuação do zagueiro Gum e só apareceu ao exigir com muita ferocidade a expulsão do Valencia, nos primeiros minutos da etapa final o uruguaio foi o centro das atenções. Primeiro o Renato Cajá alçou a pelota na área e o Rafel Moura se apoiou sobre o Loco Abreu cometendo clara penalidade máxima. Veio a cobrança e o Loco Abreu cometeu a loucura – com o perdão do trocadilho – de dar a famosa cavadinha no meio do gol. Resultado: a bola foi parar nas mãos do Diego Cavlieri como se fosse um filhote sonolento querendo o colo da mamãe. Três minutinhos depois, o jovem alvinegro Bruno Thiago invadiu a área e o juiz Gutemberg de Paula Fonseca enxergou pênalti cometido pelo Edinho em lance que, em minha opinião, nada ocorreu. Novamente Loco Abreu foi para a marca da cal e, com uma cavadinha mais séria, no canto esquerdo do goleiro, empatou o duelo. O Fluminense sentiu o gol e se perdeu em campo. Na realidade, não foi nem o gol que fez o Flu se perder, mas sim o nervosismo que atingiu os seus jogadores após o pênalti marcado sobre o Bruno Thiago. Em um momento foi até possível ver o Fred, completamente indignado com a marcação da penalidade, pedindo ao Muricy para ser substítuido. E a situação tricolor ficaria ainda pior aos 18 minutos, quando o dono do jogo, Renato Cajá, deu milimétrica assistência para Herrera sacudir o filó e virar o marcador.

Mesmo com a vantagem de um gol o Fogão não parou de atacar e levar perigo ao Diego Cavalieri, que realizou duas defesas dificílimas em finalizações do Loco Abreu, respectivamente aos 20 e 25 minutos. No entanto, resultado de uma soma entre o cansaço dos seus jogadores e a substituição do Renato Cajá pelo Éverton, aos 30 minutos, o ímpeto ofensivo botafoguense diminuiu e o Fluminense partiu com tudo em busca do empate. Nos últimos 15 minutos de jogo, o Tricolor mandou seus laterais para o ataque, o sumido Conca participou um pouco mais da partida, Araújo entrou em campo mostrando que pode ser útil e o empate só não veio porque o Botafogo possui um goleiro que vive fase excepcional. Apesar dos esforços de Alessandro, Bruno Thiago e Árevalo Ríos para segurar a ofensiva tricolor e da segurança que Antônio Carlos e Márcio Rosário apresentavam nas bolas aéreas, o principal responsável pelo Botafogo ter conseguido segurar a vitória foi o goleiro Jefferson, que realizou três defesas espetaculares, em uma cabeçada do Araújo e dois arremates longos do Carlinhos.

Está vitória conquistada pelo Fogão é daquelas que dá bastante moral para a equipe, pois apesar de ter sido um jogo pela fase de grupos, teve todas as características de uma decisão, desde o nervosismo dos jogadores até o do árbitro.

JOGADA RÁPIDA!

Pelo Grupo A, Flamengo e Boavista fizeram um jogo elétrico no ensolarado Moacyrzão. O Fla teve tudo para conquistar uma vitória tranquila ao abrir o placar em pênalti bem cobrado pelo Ronaldinho Gaúcho, que marcou seu primeiro gol pelo clube, e, logo no comecinho da 2ª etapa, ampliar a vantagem com o Deivid após linda jogada do Léo Moura. No entanto, o frágil sistema defensivo rubronegro resolveu aprontar e o argentino Frontini balançou as redes duas vezes, sendo que na segunda delas após uma falha enorme do zagueiro Welinton. No fim, o prata da casa Negueba aproveitou boa jogada do raçudo Willians pela esquerda e deu a vitória e a liderança do grupo para o Mengão. Apesar dos atuais 100% de aproveitamento, o Flamengo precisa melhor muito, mas muito mesmo, defensivamente, pois se já encontra problemas com adversários de menor poder ofensivo, os encontrará mais ainda diante de jogadores do quilate de Fred, Conca e Loco Abreu, por exemplo.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

PAPO CABEÇA - QUE BOM TER O RIVALDO DE VOLTA!

Na última quarta-feira, o Rio de Janeiro parou e o Engenhão lotou para ver a estréia de Ronaldinho Gaúcho pelo Flamengo. Ontem, sem o mesmo alvoroço do Gaúcho, até porque o marketing não é o seu forte, Rivaldo reestreou no futebol brasileiro vestindo a camisa do São Paulo e, somando-se à presença do Ronaldo no Corinthians, fechou o retorno do trio ofensivo Campeão do Mundo de 2002 para o futebol brasileiro. Sempre fui grande fã do Rivaldo e admito que revê-lo esbanjar sua classe em nossos gramados foi um enorme prazer.

Com a camisa 10 do Tricolor Paulista, Rivaldo, surpreendentemente, ignorou os seus 38 anos e o tempo em que esteve parado e atuou os 90 minutos da difícil vitória sobre o Linense por 3 x 2. Durante este tempo, deu passes amanteigados, dribles desconcertantes e ainda marcou um golaço que deveria ficar exposto no museu do futebol. Esta grande atuação também serviu para diminuir bastante as dúvidas que existem sobre se o melhor jogador do mundo em 1999 ainda é capaz de atuar em alto nível, apesar de não eliminá-las. Uma rápida viagem pela história do São Paulo mostra que o Rivaldo não é o primeiro jogador a “sofrer” com as dúvidas em relação à sua idade, pelo contrário, o Tricolor tem por tradição apostar em craques que estão perto de pendurar as chuteiras.

Em 10 de novembro de 1957, Zizinho, já totalizando 36 primaveras, estreou pelo São Paulo dando um show de bola em um clássico contra o Palmeiras, vencido pelo Tricolor por 4 x 2. Este jogo foi válido pelo Paulistão de 1957 e a estréia de Zizinho foi o pontapé inicial para uma arrancada de 10 vitórias e dois empates, incluindo uma vitória de 6 x 2 sobre o Santos de Pelé em plena Vila Belmiro, que culminou com a conquista do caneco. Outro exemplo que ilustra a boa relação entre o São Paulo e craques veteranos é mais recente, da década de 90, quando, em 1992, o clube contratou Toninho Cerezo, então com 37 anos. Com toda sua categoria característica, Cerezo bateu um bolão em sua passagem pelo São Paulo, conquistando o Paulista (1992), a Libertadores (1993) a extinta Supercopa (1993) e o Bimundial (1992/1993). E mais: No duelo contra o Milan que valeu o caneco mundial de 1993, Cerezo ganhou, simplesmente, o prêmio de melhor jogador em campo.

E se os exemplos de Zizinho e Toninho Cerezo são insuficientes para não duvidarmos do que o Rivaldo pode ser capaz, talvez o genial Nelson Rodrigues consiga este feito com as palavras que disse após uma grande atuação de Zizinho, então com 34 anos, pela Seleção Brasileira: “Geralmente, o jogador de 34 anos está gagá para o futebol, está babando de velhice esportiva. Mas o caso de Zizinho mostra o seguinte: - o tempo é uma convenção que não existe nem para o craque, nem para a mulher bonita. Existe para o perna-de-pau e para o bucho. Na intimidade da alcova, ninguém se lembraria de pedir à Rainha de Sabá, à Cleópatra, uma certidão de nascimento. Do mesmo modo, que importa a nós tenha Zizinho 17 ou 300 anos, se ele decide as partidas? Se a bola o reconhece e prefere?”

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

CAMPEONATO CARIOCA 2011 - TAÇA GUANABARA 5ª RODADA

GRUPO A
Boavista 0 x 1 Resende
América 3 x 1 Americano
Flamengo 1 x 0 Nova Iguaçu
Vasco x Volta Redonda – quinta-feira

GRUPO B
Maduereira 2 x 1 Cabofriense
Olaria 1 x 1 Macaé
Bangu 1 x 1 Botafogo
Fluminense x Duque de Caxias – quinta-feira


Flamengo 1 x 0 Nova Iguaçu – Engenhão

A estréia do Ronaldinho Gaúcho pelo Flamengo foi uma mistura de tensão e alegria. Desde a recepção de arrepiar que a torcida preparou para o craque até o alívio final, passando por uma partida duríssima, suada, apertada e que só foi decidida com um gol do “Ladrão de Estréias” Wanderley, aos 40 minutos do 2º tempo. Depois de balançar as redes duas vezes na estréia do Thiago Neves, Wanderley “roubou” a estréia do Ronaldinho e começa a se tornar o mais novo xodó da torcida rubronegra. Vamos ver como os jogadores do Mengão se comportaram neste difícil duelo contra o organizado e aplicado Nova Iguaçu.

Felipe: Diante da postura do Nova Iguaçu de se defender quase integralmente e buscar somente os contra-golpes o goleiro Felipe pouco trabalhou na partida.

Léo Moura: Mais uma bela atuação do Léo Moura, um dos poucos jogadores que consegue estar voando fisicamente no início da temporada. Mesmo contando com a presença cada vez maior de jogadores com destacadas qualidades ofensivas, Léo Moura continua sendo uma das mais importantes armas do Flamengo. Bastante acionado durante a partida, Léo Moura deu um banho de bola no seu marcador, o lateral-esquerdo Cortez, e construiu boas jogadas de ataque.

Welinton: Assim como o goleiro Felipe, pouco participou da partida devido à postura retraída do adversário.

David Braz: Mais participativo do que seu companheiro de zaga, David Braz conseguiu impedir alguns dos raros ataques do Nova Iguaçu e demonstrou um força de vontade que vem se tornando uma marca registrada.

Renato: Completamente perdido na lateral-esquerda, pouco apoiou ofensivamente, aparecendo bem somente ao finalizar um espetacular tabelinha entre o Ronaldinho e o Deivid. Já defensivamente, mostrou que se permanecer atuando no setor o Flamengo pode ter uma “Avenida Renato Abreu” em campo, pois espaços em suas costas não vão faltar. Na parte final da partida, com a entrada do Egídio no lugar do Maldonado, Renato passou a atuar de meio-campo e, pela meiúca, participou da organização da jogada que resultou no gol da vitória. Coincidência? Creio que não. Renato é um ótimo volante para ser sacrificado na lateral-esquerda.

Willians: Um verdadeiro leão em campo. Por atuações como esta contra o Nova Iguaçu que o torcedor rubronegro adora encher os pulmões e gritar: “Willians!!! Willians!!! Willians!!!”. Se ele comete algumas faltas bobas e erra passes mais bobos ainda, tudo isto é facilmente esquecido diante da raça, garra e dedicação deste volante. Foi o principal responsável por o Nova Iguaçu não ter obtido sucesso na maioria dos seus contra-ataques.

Maldonado: Até por não possuir o vigor físico do seu companheiro Willians, o chileno apareceu menos na partida. No entanto, sua participação à frente da defesa é, e deverá ser por um bom tempo, muito importante para o Flamengo.

Vander: Não repetiu suas boas atuações que deixaram o torcedor flamenguista perguntando: “Quem é este garoto bom de bola que joga com a camisa 20?” Muito apagado ofensivamente, Vander não ajudou nem um pouco o ataque na árdua missão de furar a retranca laranja.

Thiago Neves: Se não foi brilhante como no lençol aplicado em Fernando Prass no último domingo, Thiago Neves nem passou perto de realizar uma partida ruim. O meia correu bastante, ajudou na marcação, tentou organizar jogadas de ataque, teve participação direta no gol da vitória, permaneceu em campo durante os 90 minutos, pediu o apoio da torcida quando a partida estava 0 x 0 e o time não podia relaxar... Pouco a pouco o craque começa a se sentir em casa com a camisa rubronegra.

Ronaldinho Gaúcho: Não foi a estréia dos sonhos, porém está longe de ser considerada a estréia dos pesadelos. Recebido de maneira inesquecível pelo torcedor rubronegro que entupiu o Engenhão, Ronaldinho apresentou um futebol de ótimo nível, se mostrou muito perigoso nas bolas paradas, deu um punhado de passes precisos e foi figura importantíssima na vitória flamenguista. Na fase final da partida, quando sua nada ideal forma física poderia se fazer sentir mais intensamente, Ronaldinho surpreendeu e continuou correndo, participando e tentando levar sua equipe à vitória, como em duas boas assistências que deu para o Thiago Neves e para o Léo Moura. Elogios para o estreante à parte, gostaria de aproveitar o espaço que falo do Gaúcho para discordar de sua escolha para capitão do Flamengo e de sua participação em alguns lances de bola parada. Não sei se por opção do Luxemburgo ou por ordem “que vem de cima”, o Ronaldinho “ganhou” a braçadeira de capitão do Léo Moura. Não é nada, não é nada, o Léo Moura já possui cinco anos de casa e merecia mais consideração. Sobre as bolas paradas, até entendo a vontade do Ronaldinho de participar do maior número possível de lances ofensivos, já que ele está doido para retribuir o carinho da torcida, no entanto, neste duelo contra o Nova Iguaçu surgiram lances de bola parada que devido à distância deveriam ser cobrados pelo Renato Abreu e outros que por causa da localidade eram favoráveis ao canhoto Thiago Neves. Apesar de sua reconhecida qualidade neste tipo de lance, o Gaúcho não deveria monopolizar as bolas paradas do Flamengo.

Deivid: Mais uma atuação que irritou os torcedores. Por causa de sua apatia e falta de vibração não estava atento quando era procurado em algumas jogadas, principalmente nos “passes surpresas” do Ronaldinho. Pelo futebol que vem mostrando, a briga pela vaga de homem-gol do Flamengo será entre Diego Maurício e Wanderley.

Bottinelli: Meio perdido em campo errou passes que um armador não pode nem pensar em errar. Apesar de parecer ter qualidade técnica precisa estar mais focado nas jogadas que tentar.

Wanderley: Não direi que foi o dono do jogo pois Willians, Léo Moura, Thiago Neves e o próprio estreante Ronaldinho, participaram intensamente da partida e também merecem ser tratados como protagonistas. No entanto, é impossível não destacar o gol histórico marcado por Wanderley. Sim, foi um gol histórico, afinal sempre que forem comentar a estréia do Ronaldinho pelo Flamengo em um lotado Engenhão vão lembrar do gol do Wanderley. Um gol que foi marcado porque, diferente do Deivid, Wanderley estava vibrando, correndo e com muita atenção no jogo. Se manter o ritmo, vai cair de vez nas graças da galera.

Egídio: Entrou no fim da partida, mas o pouco tempo que esteve em campo foi suficiente para participar da troca de passes que originou o gol do Wanderley.

Nova Iguaçu: A equipe comandada, ou melhor dizendo, muito bem comandada pelo técnico Josué Teixeira fez um papel melhor do que dela se esperava. E se o meia Alex Faria não tivesse bobeado feio e perdido um gol livre, leve e solto logo no começo da partida o Nova Iguaçu poderia estar vivendo o dia mais importante de sua história. Pode-se dizer que a idéia de segurar o Flamengo e contra-atacar com velocidade obteve 50% de sucesso, pois se a equipe laranja dificultou ao máximo os fortes ataques rubronegros e só sofreu um gol no fim, não conseguiu, exceto o lance que originou o gol desperdiçado pelo Alex Faria, contra-golpear com qualidade. No final das contas, creio que os comandados do Josué Teixeira, e o próprio, estão satisfeitos, pois muitos dos que iniciaram a partida prevendo uma goleada do Fla devem ter dito, após o apito final: “Como foi difícil vencer o Nova Iguaçu!”

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

PREMIER LEAGUE 2010/2011 - 25ª RODADA




RESULTADOS E TABELA

Terça-feira
Arsenal 2 - 1 Everton
Sunderland 2 - 4 Chelsea
Manchester United 3 - 1 Aston Villa
West Bromwich 2 - 2 Wigan
Quarta-feira
Birmingham - Manchester City
Blackburn - Tottenham
Blackpool - West Ham
Bolton - Wolverhampton
Fulham - Newcastle
Liverpool - Stoke City

ARTILHEIROS

19 gols
Dimitar Berbatov (Manchester United)
14 gols
Carlos Tévez (Manchester City)
11 gols
Andy Carrol (Newcastle)

GIRANDO PELA “TERRA DA RAINHA”

- Com dois gols de Wayner Ronney, o Manchester United bateu o Aston Villa por 3 x 1 e se manteve na liderança com cinco pontos de vantagem sobre o Arsenal, que, por sua vez, venceu o Everton de virada, por 2 x 1, com um gol do zagueiro Koscielny a 15 minutos do final. Com praticamente dois terços do Campeonato decorridos, Arsenal, Manchester City e até o Chelsea, vão ter que torcer muito contra os “Diabos Vermelhos” e não podem mais pensar em perder pontos bobos, pois os comandados do Alex Ferguson parecem cada vez mais próximos do caneco.

- Ainda sem poder contar com o zagueiro brazuca David Luiz e com o atacante Fernando Torres, o Chelsea conseguiu superar o fato de ter sofrido um gol logo aos 3 minutinhos de jogo e sapecou 4 x 2 no Sunderland. Em quarto lugar na tábua de classificação, 10 pontos atrás do Manchester United, o Chelsea vai precisar muito dos gols do “El Niño” Torres para continuar sonhando com o título. E a primeira aparição de Torres com a camisa azul deverá ser neste domingo, contra ninguém menos do que o Liverpool, seu ex-clube. Vai pegar fogo!

- Por falar em Liverpool, o clube da “Terra dos Beatles” enfrenta o Sotke City hoje, em duelo que provavelmente marcará a estréia do uruguaio Luís Suárez pelo clube. Depois de marcar gols de tudo quanto é maneira pelo Ajax e realizar a defesa mais comentada da Copa do Mundo de 2010 (http://futebolarj.blogspot.com/2010/07/uma-imagem.html) Suárez terá a grande oportunidade de sua carreira. Ainda para poder suprir a perda de Fernando Torres, o Liverpool contratou o bom centroavante Andy Carrol, que balançou as redes 11 vezes no torneio pelo Newcastle e até de titular do English Team já atuou.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

UMA IMAGEM...



Nunes comemora o gol sobre o Atlético Mineiro que deu ao Flamengo o título do Brasileirão de 1980.
Foto: Otávio Magalhães

ENTREVISTA COM MAURÍCIO ASSUMPÇÃO, PRESIDENTE DO BOTAFOGO

Olá amigos do FUTEBOLA!

Aqui está um bate-papo entre o blog FUTEBOLA e o Presidente do Botafogo, Maurício Assumpção, realizado no final do ano de 2010. Vejam o que o Presidente do Fogão considera o seu principal feito e o que ainda pretende fazer pelo clube.

FUTEBOLA: Qual foi até o momento a sua ação mais positiva dentro do Botafogo?
MAURÍCIO ASSUMPÇÃO: A reestruturação administrativa do clube foi importante, porque quando se fala em reestruturação administrativa se fala em profissionalização dos processos. Com certeza isso que deu condição de o futebol conquistar os resultados que conquistou, Campeão Carioca deste ano, disputando até as últimas rodadas a Libertadores, até há três rodadas atrás tinha chance de ser Campeão Brasileiro (o Brasileirão ainda não havia terminado). A reestruturação dos esportes olímpicos, o Botafogo Campeão Brasileiro de Remo, melhor Pólo Aquático do Brasil, melhor Natação do Rio de Janeiro, disputando finais do Futsal. O Clube Social sendo completamente transformado, dando ao sócio proprietário do Botafogo uma dignidade de ambiente social onde ele possa desfrutar do clube do qual ele é sócio.
FUTEBOLA: O que você ainda não conseguiu, mas pretende fazer pelo clube?
MAURÍCIO ASSUMPÇÃO: Está faltando é resolver a situação do terreno de Marechal Hermes pra gente começar o projeto da construção do Centro de Treinamento para as divisões de base. Isso é o que falta até o final do meu mandato.