quinta-feira, 29 de julho de 2010

COPA LIBERTADORES DA AMÉRICA 2010 - SEMI-FINAL

Olá amigos do FUTEBOLA!

Internacional 1 x 0 São Paulo – Beira-Rio, Porto Alegre (RS)

Em um Beira-Rio entupido e maravilhosamente vermelho o Internacional teve uma bela atuação e bateu um acovardado São Paulo no primeiro duelo semi-final da Libertadores.

Desde o apito inicial, o duelo em Porto Alegre se mostrou um verdadeiro ataque x defesa. O Internacional, com um poder ofensivo de respeito, passou os 90 minutos do jogo tentando furar um forte bloqueio defensivo organizado pelo Tricolor Paulista. O treinador Celso Roth escalou o Colorado no esquema da moda, o 4-2-3-1, deixando um tripé de muita qualidade atrás do centroavante Alecsandro. Aberto pela esquerda Taison apresentou um futebol bastante incisivo e quase sempre que pegava na redonda aumentava a velocidade da partida. Pela direita, porém se movimentando bastante por todos os espaços do ataque, D’Alessandro jogou muita bola e foi a principal arma ofensiva buscada pelo Inter para furar a retranca adversária. Pelo centro Andrezinho não mostrou tudo que sabe e realizou uma partida apenas razoável. A postura adotada pelo São Paulo foi tão defensiva que os volantes colorados Sandro e Guiñazu e, principalmente, o lateral-esquerdo Kléber foram importantes peças no campo de ataque, dando mais opções para o Inter variar suas tramas ofensivas.

O São Paulo, por sua vez, não mostrou sequer por um segundo que queria algo além do empate. Enquanto D’Alessandro, Taison e Kléber a todo momento estavam com a redonda nos pés, Hernanes e Dagoberto, só para citar os jogadores tricolores mais capacitados para criar jogadas ofensivas, pareciam nem estar em campo. Marlos, aberto pela direita, nada produzia ofensivamente e ainda não auxiliava o lateral-direito Jean na marcação ao forte lado esquerdo colorado. Fernandão, coitado, apenas assitiu a partida, completamente isolado no ataque. Se algum ponto deve ser elogiado nesta pífia atuação do São Paulo, este deve ser a qualidade defensiva do zagueiro Miranda que foi constantemente acionado e não cometeu sequer um erro. Um dos pontos que não aprovei na convocação do novo treinador da Seleção Brasileira Mano Menezes foi a ausência do Miranda e esta sua atuação serviu para eu reforçar minha opinião.

A difereça abissal entre a produção ofensiva de Internacional e São Paulo não foi mostrada no placar. O Colorado construiu nada menos do que 10 excelentes oportunidades de balançar as redes, variando entre bolas paradas, chutes longos e ataques pela esquerda. E além do grande poder ofensivo coletivo que mostrou, o Internacional também esteve excelente individualmente, principalmente com Taison e D’Alesandro. O gol colorado só surgiu aos 23 minutos da 2ª etapa, com um arremate do Giuliano que havia entrado em campo quatro minutinhos antes. E vale ressaltar que depois do gol o jogo não mudou de cara, com o Internacional tendo passado perto de ampliar o placar. Já o São Paulo, só conseguiu levar trabalho ao goleiro Renan aos 45 minutos do 2º tempo.

No futebol o retrospecto não costuma entrar em campo, porém desta vez entrou. O Internacional mostrou o grande futebol que o fez ganhar todas as partidas pós-Copa do Mundo, enquanto o São Paulo deu sequência às suas patéticas atuações, permanecendo sem vencer depois do Mundial. E duas perguntam pipocam em minha cabeça: Cadê o São Paulo que engoliu o Cruzeiro nas quartas-de-final da Libertadores? O que fez o Ricardo Gomes no recente mês que teve apenas treinando o Tricolor?

JOGADA RÁPIDA!

- Não deixem de assistir o segundo jogo decisivo da Copa do Brasil na semana que vem. Pode ser a última vez que veremos toda a categoria de Robinho, Neymar, Ganso e maravilhosa companhia com a camisa branca do “Peixe”. Com a vitória santista por 2 x 0 no jogo de ida, na Vila Belmiro, o Vitória terá que sair para o jogo no Barradão e deixará espaços atrás. Se os “Meninos da Vila” estiverem inspirados...

terça-feira, 27 de julho de 2010

UMA IMAGEM...



Carlos Alberto Torres e o belíssimo troféu conquistado pela "Máquina Tricolor" do Fluzão no Torneio Internacional de Paris em 1975.

domingo, 25 de julho de 2010

CAMPEONATO BRASILEIRO 2010 - 11ª RODADA

Avaí 0 x 0 Atlético-MG
Vasco 2 x 0 Atlético-GO
Grêmio Prudente 0 x 0 Vitória
Santos 1 x 0 São Paulo
Cruzeiro 2 x 2 Grêmio
Internacional 1 x 0 Flamengo
Goiás 0 x 2 Atlético-PR
Ceará 0 x 0 Palmeiras
Corinthians 3 x 1 Guarani
Botafogo 1 x 1 Fluminense

Olá amigos do FUTEBOLA!

Botafogo 1 x 1 Fluminense – Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)

Um agitado e quente “Clássico Vovô” terminou com um empate em 1 x 1 que foi muito ruim para ambas as equipes. Com o resultado o Fluminense perdeu a liderança do torneio para o Corinthians e o Botafogo caiu para a zona de rebaixamento.

Apesar de a primeira boa chance de abrir o placar ter sido do Flu, com o estreante Emerson finalizando errado, por cima do gol, um lindo passe do Fred, foi o Botafogo que dominou as ações ofensivas da 1ª etapa. Bem postado no campo de ataque e tomando conta do meio-campo, com destaque para o perigoso Edno e o participativo volante Somália, o Fogão, mesmo sem criar uma claríssima oportunidade de balançar as redes, foi melhor na maior parte do tempo e deu bastante trabalho ao sistema defensivo tricolor. Vale ressaltar aqui a ruim estréia de Belletti pelo Flu, tanto na proteção à defesa quanto na criação ofensiva. Além do já citado arremate do Emerson, que ocorreu aos 6 minutos, o Fluminense só voltou a assustar o goleiro Jefferson no finzinho da etapa, com um belo chute do Fred e um contra-ataque finalizado pelo Carlinhos, sendo ambas as jogadas iniciadas pelo até então sumido Conca. Resumo do 1º tempo: Enquanto o Botafogo se postou ofensivamente e buscou de diversas maneiras sacudir o filó, mesmo sem ter muito êxito, o Fluminense adotou uma postura mais recuada e apostou nos contra-golpes, tendo conseguido organizar apenas um.

As excelentes participações do argentino Conca no final da 1ª etapa voltaram a ocorrer logo após o intervalo. O Fluminense voltou para o jogo com mais atitude ofensiva e, em apenas 3 minutinhos, Conca chegou perto de abrir o placar em duas oportunidades. O Botafogo até tentou voltar a controlar as ações de ataque, com o Somália mandando uma bomba para bela defesa do Fernando Henrique, que mostra a cada jogo que merece mesmo ser o titular do Flu. Entretanto, o contra-ataque tricolor voltou a aparecer e o Fluzão abriu o placar. Primeiro, aos 14 minutos, Leandro Euzébio, que assim como diante do Cruzeiro realizou ótima partida, iniciou um veloz contra-golpe que terminou com Emerson desperdiçando cara a cara com Jefferson. Porém, no minuto seguinte, o “Sheik” não bobeou, aproveitou assistência de Fred após erro grosseiro do Jefferson na saída de bola e abriu o placar. Depois de estrear pelo Flamengo marcando um gol justamente contra o Fluminense, em 2009, Emerson novamente deixou sua marca ao estrear em um clássico.

Depois do gol tricolor o jogo começou a pegar fogo e os jogadores mostraram enorme nervosismo. Aos 18 minutos, o ala-esquerdo do Botafogo, Marcelo Cordeiro, aproveitou a bola deixada só por Fred, que havia se contundido sozinho, e iniciou um perigoso ataque finalizado pelo zagueiro Antônio Carlos. Esta falta de fair play acendeu o pavio do jogo, que ficou muito tenso e com diversos bate-bocas entre os jogadores. Buscando melhorar a produção ofensiva alvinegra, Joel Santana trocou o zagueiro Fahel e o apagadíssimo meia Lúcio Flávio por, respectivamente, Caio e Renato Cajá. E o “Papai” Joel teve sucesso em suas alterações. Em um intervalo de 10 minutos, entre 30 e 40, o Botafogo empatou o jogo, com Edno raspando a cuca cruzamento de Renato Cajá, e criou mais quatro oportunidades de virar o placar. As chances criadas pelo Fogão, em ordem cronológica: Leandro Guerreiro em bomba de longa distância, Edno após bela jogada de Caio, Antônio Carlos carimbando a trave e Caio depois de passe do Somália. O princiapl responsável por esta grande pressão alvinegra não ter alterado o placar foi, sem dúvidas alguma, o goleiro Fernando Henrique, a meu ver o melhor homem em campo. Durante este bombardeio do Fogão, o Fluminense só conseguiu mostrar sinal de vida ofensiva com uma cabeçada do Emerson na trave, após bola parada cobrada pelo Conca, aos 37 minutos.

Depois dos 40 minutos o jogo continuou quente, porém não pelas tramas ofensivas, mas sim por faltas cometidas, com Thiaguinho pelo Flu e Somália e Danny Morais pelo Bota sendo justamente expulsos. Aos 48, Marquinho, em cobrança de falta, obrigou Jefferson a realizar grande defesa e por pouco o Botafogo não recebeu um castigo maior pelas diversas oportunidades mal finalizadas.

TRÊS TOQUES...

- O Vasco passou longe de apresentar um grande futebol na vitória por 2 x 0 diante do Atlético Goianiense, porém o resultado foi importantíssimo. Depois da Copa do Mundo o “Gigante da Colina” conquistou duas vitórias e dois empates e vem superando as expectativas de seus torcedores. Sem ainda poder contar com Zé Roberto, Felipe e Carlos Alberto, o treinador PC Gusmão está realizando um ótimo início de trabalho e a tendência é só melhorar.

- Retrospectos pós-Copa do Mundo: O São Paulo possui três derrotas e um empate enquanto o Internacional conquistou quatro vitórias seguidas. Impossível dizer que estes últimos resultados não influenciarão no duelo semi-final da Taça Libertadores, que ocorrerá nesta próxima quarta-feira. O clima vivido no Colorado pelos resultados e pelas recentes contratações de Renan, Tinga e Rafael Sóbis é absurdamente melhor do que a panela de pressão que é o Tricolor Paulista.

- Contando com mais uma excelente atuação do meia Bruno César, o Corinthians bateu o Guarani e retomou a liderança do Brasileirão na despedida do Mano Menezes. Adílson Batista, futuro treinador do Timão, terá um baita elenco em suas mãos e tem tudo para conseguir o título que não conquistou com o Cruzeiro, apesar de ter realizado um grande trabalho no clube mineiro.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

CAMPEONATO BRASILEIRO 2010 - 10ª RODADA

Atlético-MG 1 x 2 Internacional
Vitória 2 x 2 Goiás
São Paulo 1 x 1 Grêmio Prudente
Flamengo 1 x 1 Avaí
Atlético-PR 2 x 0 Santos
Grêmio 1 x 1 Vasco
Atlético-GO 2 x 1 Corinthians

Olá amigos do FUTEBOLA!

Flamengo 1 x 1 Avaí – Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)

Jogando no Maracanã contra o Avaí, o Flamengo saiu na frente e teve tudo para manter o 100% de aproveitamento pós-Copa do Mundo. Porém, a equipe rubro-negra, assim como fizera diante do Atlético Goianiense na última rodada, abdicou completamente do ataque e, desta vez, acabou cedendo o empate.

Surpreendendo os quase 20 mil torcedores presentes no Maraca, o Flamengo iniciou a partida voando baixo e batendo um bolão. Durante os primeiros 20 minutos de jogo o Fla trocou passes com muita velocidade e inteligência, deixando o sistema defensivo do Avaí desesperado. Kléberson aparecia nas ações ofensivas, Petkovic acertava seus belos passes, Vinícius Pacheco infernizava, Diego Maurício fazia ótimo papel de centroavante e Léo Moura era uma verdadeira flecha pela direita. Em aproximadamente 20 minutos o Flamengo criou quatro boas tramas ofensivas e conseguiu abrir o placar em uma delas, aos 11 minutos. A jogada que teve início nos pés de Petkovic chegou até Vinícius Pacheco que entrou costurando a defesa rival e entregou a redonda para Léo Moura que, esbanjando categoria, deixou-a para Diego Maurício marcar seu primeiro gol como profissional.

Já na segunda metade da 1ª etapa o Fla começou a mostrar a postura que lhe faria perder importantes dois pontos. Léo Moura parou de atacar e começou a trabalhar muito defensivamente, Petkovic não aparecia mais no campo ofensivo, Kléberson não ditava o ritmo da troca de passes, ou seja, o Flamengo virou só defesa. Até escapou em uma jogada individual do Willians e um contra-ataque organizado pelo Correa, mas o Avaí foi bem melhor na metade final do 1º tempo, tendo assustado o goleiro Marcelo Lomba com o atacante Roberto e em uma belíssima cobrança de falta do zagueiro Gabriel. E o intervalo em nada mudou a atitude rubro-negra, que passou a sofrer mais ainda, pois a equipe do treinador Antônio Lopes foi com tudo ao ataque. Totalmente postada no campo ofensivo e sem ser incomodado pelo Flamengo o gol do Avaí era questão de tempo. Um termômetro do jogo foi a atuação dos laterais/alas das duas equipes. Enquanto no início do jogo Léo Moura e Juan eram peças constantes no campo de ataque, agora eram Eltinho e Patrick que davam as cartas. Aos 10 minutos, após bobeada de Léo Moura, Roberto esteve perto de balançar as redes, mas somente, aos 29, o recuo excessivo do Fla foi castigado. O bom zagueiro avaiano Gabriel, que já havia mandado uma bomba contra o gol defendido pelo Lomba, no 1º tempo, acionou o canhão novamente, porém, desta vez, o goleiro flamenguista nada pôde fazer para evitar o empate.

Após igualar o placar, o Avaí apenas se defendeu, mostrando que o empate era o objetivo. Já o Flamengo, a mais de uma hora sem organizar uma boa trama ofensiva, não soube o que fazer para buscar a vitória e saiu de campo sob as vaias da torcida. Se, a meu ver, a torcida do Fla exagerou nas vaias, o Flamengo exagerou ainda mais ao adotar uma postura totalmente defensiva com apenas 20 minutos de jogo. É bom o Rogério Lourenço tomar rápidas providências.

TRÊS TOQUES

- Contra todos os prognósticos o lanterna Atlético Goianiense bateu o líder e até então invicto Corinthians por 2 x 1. Além da torcida do clube goiano, muito comemoraram os torcedores do Fluminense e do Ceará, respectivamente segundo e terceiro colocados. Esta foi mais uma prova, desta vez das grandes, do equilíbrio do Brasileirão.

- Quem acreditaria se ouvisse, há mais ou menos um mês atrás, que o Santos de Robinho, Neymar e Ganso perderia seus três primeiros jogos pós-Copa do Mundo? Pois é, depois de perder para Palmeiras e Fluminense o “Peixe” foi derrotado pelo Atlético Paranaense, que estava na zona de rebaixamento, por 2 x 0. Êta fase ruim santista.

- E o Internacional deu sequência na sua excelente série de vitórias batendo o Atlético Mineiro em pleno Mineirão. A vitória do Colorado o deixou no G4, pelo menos até o Cruzeiro enfrentar o Fluminense, e a derrota deixou o Galo Mineiro em penúltimo lugar. Enquanto Celso Roth vai dando uma boa organizada no Internacional, Luxemburgo sofre e não arruma o Atlético Mineiro.

terça-feira, 20 de julho de 2010

PAPO CABEÇA - QUAL O VERDADEIRO PAPEL DA CBF?

Olá amigos do FUTEBOLA!

Neste último sábado teve início a Série D do Brasileirão. Alguns times de tradição do nosso futebol como América-RJ, Santa Cruz e Remo, jogadores de nome, como Dimba e Alex Dias, além do incansável, Túlio Maravilha, buscando ser o artilheiro de todas as divisões do Campeonato Nacional, estarão presentes. Entretanto, não estou aqui para falar de coisas boas e curiosas que podem ocorrer na Quarta Divisão, mas de um dado bastante ruim.

A classificação para disputar a Série D do Brasileiro se dá através dos Campeonatos Estaduais. Em 2010, porém, alguns clubes tiveram que abrir mão de suas vagas por falta de condições financeiras. Somente em Goiás, o Santa Helena, Vice-Campeão Goiano, a Anapolina e, posteriormente, o CRAC desistiram da disputa. Baré (RR), Santana (AP), Corinthians (AL) e Democrata de Governador Valadares (MG) também abdicaram do torneio, mas, a meu ver, o caso mais chocante ocorreu com o Murici (AL). Atual Campeão Alagoano, o Murici ficou incapacitado de disputar a Série D pois as fortes chuvas que atingiram o Estado destruíram sua sede e o seu Estádio está, no momento, sendo utilizado pelo Exército. Ou seja, a vida de um clube pode ter sido destruída por uma forte chuva. Cade a CBF para ajudar o Murici? Cade a CBF para ajudar a Série D?

Realmente não me entra na cabeça o fato de uma das Instituições mais ricas do país, como é a CBF com seus contratos multimilionários, não ter a capacidade de criar um departamento para auxiliar os clubes de menor porte do nosso futebol. Não estou falando aqui que a CBF deva construir Estádios e Centros de Treinamentos para estes clubes, mas sim de auxílios para hospedagem, viagem, alimentação, cuidados médicos... É uma falta de respeito enorme com o futebol brasileiro uma equipe que conquistou no campo a sua vaga para a Série D não poder jogá-la por falta de condições financeiras. Tudo bem que os próprios dirigentes no controle dos clubes possuem alguma culpa por equívocos administrativos, porém o fornecimento de auxílios que citei acima poderia ser o início para uma melhor organização destes clubes de menor porte. E concordando com o que disse o colunista do Diário Lance! Luiz Fernando Gomes neste último domingo – 18 de Julho – “Eles (os clubes que disputam a Série D) mereciam mais: um instituto que formasse dirigentes profissionalizados, incentivasse as categorias de base, financiasse infraestrutura esportiva”.

Durante um bom tempo se justificou (?) a ausência dos tentáculos da CBF na organização dos clubes brasileiros dizendo que ela cuidava da Seleção Brasileira. E alguns críticos consideravam bem feito este trabalho devido aos resultados obtidos entre 1994 e 2002, quando vencemos duas Copas do Mundo e fomos vice em outra. Mas agora, diante dos fracassos dentro de campo e, principalmente, fora de campo que ocorreram em 2006 e 2010, como acreditar que o papel da CBF é cuidar da Seleção “Canarinho”. Em 2006, um grupo de jogadores que só queria festa e utilizar a camisa amarela para se promover tomou conta da Seleção e da Comissão Técnica. Pagodes nos ônibus e festas nos treinamentos eram vistos e criticados por todos, menos pelo alto comando, pela CBF. Já em 2010, o outro lado da moeda. Contratado com a missão de por fim na zona de 2006, Dunga assumiu como técnico e com o tempo ganhou poderes inimagináveis para um treinador de primeira viagem. Fechava treinamentos, destratava a imprensa, punia jogadores que davam entrevistas, proibia olheiros de falarem, ou seja, todos os passos que a Seleção dava deveriam ser autorizados pelo comandante Dunga. E ainda tiveram as divergências de opiniões médicas que podem ter tirado o Elano do Mundial: um doutor dizia que deveria ter feito exames mais profundos e outro que não era nada demais. Erros do departamento médico, erros do departamento técnico, erros do departamento de imprensa... Assim como em 2006 tínhamos a sensação de que o caldo ia desandar e, mesmo assim, nada de a CBF se impor, tomar atitudes.

Já surgiu a explicação de que a ausência de comando da CBF, durante a campanha brasileira no Mundial de 2010, se deu pois seus dirigentes estão concentrados e preocupados com a organização da Copa do Mundo de 2014, aqui no Brasil. Em minha opinião, esta justificativa não diminuiu nem um pinguinho da incompetência da CBF em auxiliar nossos clubes e administrar nossa Seleção. E a organização de uma Copa do Mundo limpa e de alto nível é o mínimo que devemos exigir da CBF, mesmo sem acreditar que ela seja capaz, mesmo que isso não apague os enormes pecados cometidos por ela.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

CAMPEONATO BRASILEIRO 2010 - 9ª RODADA

Vitória 3 x 2 São Paulo
Vasco 3 x 1 Atlético-PR
Corinthians 1 x 0 Atlético-MG
Atlético-GO 0 x 1 Flamengo
Avaí 4 x 2 Palmeiras
Internacional 2 x 1 Ceará
Santos 0 x 1 Fluminense
Botafogo 1 x 1 Guarani
Grêmio Prudente 2 x 0 Grêmio
Cruzeiro 1 x 0 Goiás

Olá amigos do FUTEBOLA!

Santos 0 x 1 Fluminense – Vila Belmiro, Santos (SP)

Em uma excelente partida o Fluminense conseguiu bater o forte Santos, em plena Vila Belmiro, garantiu importantíssimos três pontos e se manteve muito bem posicionado na tabela, agora em 2º lugar.

Durante toda a 1ª etapa, o Santos apresentou um futebol mais qualificado ofensivamente do que o Fluminense. Muito mais poderoso do que diante do Palmeiras, na quinta-feira passada, pelas presenças de Paulo Henrique Ganso e Robinho, o Santos se postou no campo de ataque e dominou as ações ofensivas. Enquanto o Fluminense assutou o goleiro Rafael apenas duas vezes, com um chute longo do Fred e uma boa avançada do Mariano, o “Peixe” infernizou o sistema defensivo tricolor. Com Robinho aberto pela direita, Ganso de meia-armador, André de centroavante e Neymar, o mais apagado do quarteto, aberto pela esquerda, o Santos criou cinco grandes oportunidades de abrir o placar, porém não conseguiu balançar as redes. Os passes precisos e preciosos do Ganso e as ótimas participações de André como pivô deixaram Robinho e Neymar, cada um duas vezes, em condições de marcar. A outra ótima ação ofensiva do Santos, para completar as cinco citadas, foi uma cobrança de falta do Ganso que passou raspando o poste.

A superioridade ofensiva santista pode ser exemplificada pelas posturas dos volantes em campo. Enquanto Arouca e Wesley, a dupla do Santos, marcavam constante presença nas ações ofensivas e participavam da produção de boas jogadas, principalmente o Wesley, a dupla tricolor formada por Diguinho e Diogo apenas participava das ações defensivas. Na primeira metade da 2ª etapa, o Santos permaneceu concentrado no campo de ataque e levou perigo ao goleiro Fernando Henrique com André, Neymar, Marcel e Robinho, tendo o Marcel acertado um petardo na trave. Já o Fluzão se soltou um pouco mais do que no 1º tempo e marcou presença no ataque em três oportunidades, todas elas com a participação do ala-esquerdo Carlinhos, que se mostrou mais uma vez, assim como Mariano, uma importante arma ofensiva do Tricolor. Falando em Mariano, foi de seus pés que saiu o gol da vitória do Flu. A jogada toda começou quando Diguinho partiu do campo defensivo com muita categoria e encontrou Mariano no centro do campo. Então, o lateral-direito tricolor rodou o corpo e buscou o espaço para realizar lindo lançamento para o jovem Alan, que havia entrado no lugar do sumido Rodriguinho, arrancar e bater cruzado para sacudir o filó. Lindo contra-ataque! Lindo gol!

Pela postura que o Fluminense vinha adotando na partida era fácil que perceber que com a vantagem no placar a equipe iria recuar bastante. E foi o que ocorreu. Totalmente retraído em seu campo, o Fluminense mostrou poder defensivo para segurar a pressão santista que chegou com Wesley, logo depois do gol, com Marcel e duas vezes com Zé Eduardo. Vale ressaltar que as últimas três tramas ofensivas perigosas que o Santos criou surgiram dos pés do Ganso e que o Zé Eduardo, apesar de ter atuado pouco mais de 10 minutos, mostrou mais futebol do que o Neymar, que saiu para sua entrada.

O Fluminense não teve a atuação dos sonhos, tendo pecado bastante em sua postura retraída, porém conseguiu o resultado dos sonhos, o que não deixa de ser importante. Naquela velha briga entre o futebol-arte e o futebol de resultados, o torcedor tricolor acordou esta segunda-feira do lado do segundo.

TRÊS TOQUES

- Apesar do péssimo 2º tempo que realizou no Serra Dourada, o Flamengo conseguiu uma boa vitória sobre o lanterna Atlético Goianiense, manteve o 100% de aproveitamento pós-Copa do Mundo e se colocou no G4. Agora, o Mengão terá pela frente o Avaí, que vem de duas excelentes vitórias contra ninguém menos que São Paulo e Palmeiras. É jogo pro torcedor Rubro-Negro apoiar bastante e pra equipe mostrar que tem condições de brigar na parte de cima da tabela.

- Neste momento, nada menos do que 7 títulos brasileiros estão na zona de rebaixamento, com Vasco, Grêmio e Atlético Paranaense. Na próxima rodada, o Tetra Vasco enfrenta o Bi Grêmio em uma partida que promete muito nervosismo. Os momentos, porém, são um pouco diferentes. Enquanto o Vasco venceu seu último confronto, justamente contra o Atlético Paranaense, e tem o seu treinador Paulo César Gusmão iniciando um trabalho muito bem, o Grêmio não venceu nas duas rodadas pós-Copa do Mundo e seu treinador Silas está mais do que na corda bamba.

- Parece que o período de paralização do Brasileiro não fez nada bem para Botafogo e São Paulo. Enquanto o “Glorioso” voltou do Mundial perdendo para o Flamengo e apenas empatando com o Guarani, em pleno Engenhão, o Tricolor Paulista perdeu seus dois jogos e começa a preocupar seu torcedor. Será que Maicosuel e Loco Abreu vão recolocar o Fogão nos trilhos? Será que o São Paulo está com a cabeça na Libertadores? O tempo nos responderá...

sábado, 17 de julho de 2010

UMA IMAGEM...



Nos segundos finais da prorrogação, o atacante uruguaio Luís Suarez espalma a cabeçada do ganês Adiyah e realiza a defesa mais importante da Copa do Mundo de 2010.