sábado, 30 de outubro de 2010

PAPO CABEÇA - FELIPÃO, O MAQUIAVÉLICO

Olá amigos do FUTEBOLA!

Antes de começar a explicar o motivo pelo qual adjetivei o nosso treinador Pentacampeão do Mundo, gostaria de dizer que o estou utilizando como figura símbolo de uma das piores marcas que o esporte atual possui, mas que o Felipão não é o único adepto. Estou falando do “vencer a qualquer custo”, ou, se você preferir, do maquiavélico “os fins justificam os meios”.

Estou cada vez mais impressionado com o que jogadores, técnicos, dirigentes e outros fazem para poder obter ou justificar uma vitória. Aposto que você já viu um jogador marcar um gol com a mão e, mesmo sabendo que inúmeras câmeras estão provando que o gol foi irregular, afirmar que foi de cabeça. Ou, por exemplo, aquele técnico que já sabe que o juiz acertou em determinado lance de pênalti ou impedimento, tendo sido avisado por um auxiliar ou um repórter, e mesmo assim continua reclamando tentando colocar um peso na cabeça do árbitro. No entanto, meus amigos, o que o Felipão e a diretoria do Palmeiras estão fazendo no momento é algo sujo. Muito sujo! Vejam do que estou falando.

Quarta-feira passada Palmeiras e Atlético Mineiro se enfrentavam pela Copa Sul-Americana na Arena do Jacaré em Minas Gerais. O Verdão vencia por 1 x 0 quando o meia Lincoln arrancou com a pelota, entrou na área atleticana e foi derrubado em claro lance de pênalti que foi marcado pelo juiz Marcelo de Lima Henrique. No entanto, após a marcação da penalidade, o auxiliar Erich Bandeira assinalou impedimento do Lincoln no início da jogada. Não se sabe ainda se o auxiliar foi avisado por algum repórter, cinegrafista ou pelo quarto árbitro, para marcar a irregularidade segundos depois, porém não é neste ponto que quero chegar. Nem mesmo quero tocar no assunto da falta de qualidade da arbitragem, que minutos depois deste lance assinalaria um pênalti inexiste no Obina e o Galo Mineiro empataria a partida.

“Onde você quer chegar então?” – o amigo deve estar se perguntando. Pois respondo. No dia seguinte ao jogo, o Palmeiras enviou um protesto para a Conmebol com reclamações da arbitragem e o pedido de que o trio que atuou nesta partida seja proibído de apitar outros jogos do Verdão. De acordo com o diário Lance!, o protesto possui três páginas e todas elas foram redigidas pelo treinador Luís Felipe Scolari. Jogadores, dirigentes e – Pasmem! – jornalistas, comentam que ao voltar atrás o árbitro prejudicou o Palmeiras. Não é possível que ninguém tenha parado e pensado que o Lincoln estava IMPEDIDO no início da jogada. Se não é permitido por regra que a arbitragem utilize recursos externos, isso não interfere no fato de que os palmeirenses estão reclamando pelo fato de o juiz ter anulado o que poderia ser um gol irregular.

É triste esta constatação, mas é a pura verdade: Felipão e companhia verde não estão nem aí para o fato de o Lincoln estar impedido. O que vale é vencer. Mesmo sabendo que a vitória viria de um lance irregular. E eu ainda sou obrigado a ler um cronista do Lance! escrevendo que “ (oresultado) poderia ter sido bem melhor se ele (Palmeiras) fizesse ainda outro (gol), em pênalti que não foi batido” e um comentarista da Joven Pan online afirmar com todas as palavras que “o Palmeiras trouxe um bom resultado de Sete Lagoas, mas deveria ser melhor. [...] Primeiro porque se anulou um pênalti marcado para o Palmeiras de maneira absurdamente estranha”. E TODOS sabendo que o Lincoln estava IMPEDIDO no início da jogada e o gol seria IRREGULAR.

É, amigos... É triste...

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

CAMPEONATO BRASILEIRO 2010 - 32ª RODADA

Flamengo 1 X 1 Corinthians

Quinta-feira, 28 de outubro

Atlético-GO X Ceará
Fluminense X Grêmio
São Paulo X Atlético-PR

Sábado, 30 de outubro

Vitória X Vasco
Internacional X Santos
Atlético-MG X Botafogo
Palmeiras X Goiás
Prudente X Cruzeiro
Avaí X Guarani

Flamengo 1 x 1 Corinthians – Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)

No jogo que abriu a 32ª rodada do Brasileirão, Flamengo e Corinthians empataram em 1 x 1. O resultado foi ruim para os dois clubes, pois o Corinthians pode se distanciar da liderança e o Flamengo, com seu 15º empate na competição, pode ficar bem próximo da zona de rebaixamento.

Antes mesmo do apito inicial, ainda na escalação das equipes, o Flamengo já era assunto. O motivo? A decisão de Vanderlei Luxemburgo de barrar o Kléberson e escalar a equipe com três atacantes. Isso mesmo, com bastante ousadia Luxa mandou o tripé Diego Maurício, Diogo e Deivid para o campo. No entanto, os primeiro minutos do duelo provaram aquela velha máxima que diz que um time cheio de atacantes não é necessariamente ofensivo. Com Diego Maurício aberto pela direita, Deivid pela esquerda e Diogo mais centralizado, e até recuando um pouco para tentar iniciar as jogadas, o Flamengo não conseguia furar o sistema defensivo corintiano. E os principais culpados não eram os três atacantes, mas sim o meio-campo e os laterais, como Willians e Juan, que erravam passes em demasia e dificultavam qualquer trama ofensiva. O resultado foi um Flamengo que trocava passes para o lado e quando tentava algo mais elaborado não obtinha sucesso. Já o Corinthians, mesmo sem ter o controle da posse de bola, se mostrava mais perigoso, pois sabia aproveitar os numerosos passes errados e o buraco no meio-campo do adversário. Em 30 minutos, enquanto o Flamengo havia conseguido apenas um chute longo com o Renato, o Timão levou perigo em arremate do volante Ralf após linda tabelinha com o Ronaldo, em cobrança de falta com o Roberto Carlos e abriu o placar com o Fenômeno depois de perfeita assistência de Bruno César. Realmente não se deve deixar o Ronaldo receber a redonda sozinho.

Para o 2º tempo, Luxemburgo realizou uma alteração sem abandonar o tripé ofensivo: saiu Deivid e entrou Marquinhos. Nem mesmo o mais otimista dos torcedores rubronegros esperava uma resposta tão rápida, todavía, aos 2 minutinhos, Marquinhos cobrou córner, Renato desviou no primeiro pau e Diogo livre, leve e solto completou para marcar seu primeiro gol com a camisa do Mengão. Daí em diante o duelo se transformou em um verdadeiro ataque versus defesa, com o Flamengo atuando até o apito final em cima do Timão, que chegou perto – bem perto, diga-se de passagem – do gol defendido por Marcelo Lomba apenas uma vez, em cobrança de falta do Bruno César no travessão. Fora esse lance, a etapa foi toda do Rubronegro, que mostrava maior poder de penetração pelos lados do campo com o Marquinhos aparecendo bem pela esquerda. Aos 14 minutos, o Fla até chegou perto de virar o escore com um chute do Diego Maurício que o goleiro Júlio César defendeu sem dificuldades por estar bem posicionado, contudo os passes errados ainda dificultavam muito qualquer tentativa do Flamengo de iniciar uma pressão. Os erros eram tantos que aos 17 minutos Luxemburgo não aguentou e trocou Willians por Correa. A situação rubronegra melhorou um pouco, mas não o suficiente para furar a retranca paulista. Principalmente depois que o Tite decidiu trocar Iarley e Bruno César por Danilo e Paulinho, ou seja, sacou os dois homens que deveriam abastecer o já isolado Ronaldo para colocar um meia que cadencia o jogo e um quarto volante, já que o Corinthians tinha Ralf, Jucilei e Elias em campo. Confesso que já havia achado muito equivocada a postura excessivamente defensiva do Corinthians na vitória de 1 x 0 diante do Palmeiras no último domingo, porém desta vez o Tite exagerou. Resta saber de onde ele tirou a idéia de que, nesta reta final da competição, empatar é um bom resultado.

Voltando ao jogo, o Flamengo só iria conseguir superar a muralha do Timão aos 47 minutos, em ótima jogada de Diego Maurício e arremate do Renato que desviou no Chicão e foi parar nas mãos do Júlio César. Sendo assim, o placar terminou com um nada positivo empate de 1 x 1.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

PREMIER LEAGUE 2010/2011 - 9ª RODADA



RESULTADOS


Tottenham 1 - 1 Everton
Birmingham 2 - 0 Blackpool
Chelsea 2 - 0 Wolverhampton
Sunderland 1 - 0 Aston Villa
West Bromwich 2 - 1 Fulham
Wigan 1 - 1 Bolton
West Ham 1 - 2 Newcastle
Stoke City 1 - 2 Manchester United
Liverpool 2 - 1 Blackburn
Manchester City 0 - 3 Arsenal

ARTILHEIROS


Carlos Tévez (Manchester City) – 7 gols
Florent Malouda (Chelsea) – 7 gols
Dimitar Berbatov (Manchester United) – 6 gols
Didier Drogba (Chelsea) – 6 gols

COMENTÁRIOS

Manchester City 0 x 3 Arsenal – City of Manchester Stadium

Em visita a Manchester, o Arsenal triturou o City por 3 x 0 e alcançou a 2ª colocação da tabela. Com menos de um minutinho de partida, Carlitos Tévez arrancou pela direita, deixou o zagueiro Djourou para trás, deu assistência para David Silva finalizar de letra e o goleiro Fabianski realizar difícil defesa. Como D. Silva vem realizando boa temporada e Tévez talvez seja o melhor jogador do Campeonato até o momento, ficou difícil não imaginar uma grande atuação do City. No entanto, a história do jogo se redefiniu três minutos depois quando o zagueiro do City Boyata impediu o atacante Chamakh de sair na cara do gol com uma dura falta e foi expulso. A partir daí, o panorama do jogo era de um Arsenal que trabalhava bem a posse de bola no campo de ataque e um City que sabia como aproveitar a fragilidade defensiva do rival. Assim as oportunidades de gols foram criadas aos montes e por ambos os lados. Pelo City, um arremate fraco do Tévez, um chute torto do lateral Richards e uma cabeçada do zagueiro Kompany são os lances dignos de nota. Já o Arsenal, mais organizado e produtivo, conseguiu uma perigosa cabeçada com o Djourou, um lindo gol com o Nasri após tabela com Arshavin e um pênalti sofrido e desperdiçado pelo Fábregas. Um outro fato que chamou a atenção na 1ª etapa foi o número de faltas duras, com o juiz aplicando cinco amarelos além de um vermelho. Os primeiros 15 minutos do 2º tempo apresentaram a mesma cara de antes do intervalo, com ambas as equipes criando chances de sacudir o filó. Fábregas, em troca de passes com Nasri, quase ampliou o escore, enquanto o City chegou perto do empate em arremate cruzado do D. Silva, que Joe Hart voou para buscar, e cabeçada do Adebayor, substituindo o contundido Tévez. Contudo, dos 15 minutos até o apito final, o Arsenal, com maior participação da dupla de volantes Denílson e Song e a qualidade técnica do meia francês Nasri, dominou o City por completo. Os “Gunners” criaram boas chances com Arshavin, Chamakh e Sagna, e sacudiram o barbante duas vezes, com Song em passe de Fábregas e Bendtner em passe de Nasri, aos 20 e 43 minutos, respectivamente. Ausente da Seleção Francesa na última Copa do Mundo, o meia Nasri é um dos poucos grandes jogadores franceses no momento e o considero essencial para sua Seleção voltar a apresentar um bom futebol. O apito final deixou o Arsenal, o Manchester City e o Manchester United empatados com 17 pontos, todos atrás do Chelsea, que lidera com 22. Ainda é cedo para qualquer afirmação, mas que o Chelsea está abrindo uma boa vantagem, isso é inegável.

CAMPEONATO BRASILEIRO 2010 - 31ª RODADA

Botafogo 1 x 0 Vitória
Guarani 0 x 1 Atlético-GO
Corinthians 1 x 0 Palmeiras
Ceará 0 x 2 São Paulo
Goiás 1 x 0 Avaí
Atlético-PR 2 x 2 Fluminense
Vasco 1 x 1 Flamengo
Santos 2 x 3 Grêmio Prudente
Cruzeiro 3 x 4 Atlético-MG
Grêmio 2 x 2 Internacional

Vasco 1 x 1 Flamengo – Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)

Vasco e Flamengo realizaram um agitado “Clássico dos Milhões” no Engenhão, que ficou indefinido até o apito final. O empate em 1 x 1 foi pior para o Vasco, que em caso de vitória ganharia três posições e se encontraria a apenas 4 pontos do G4.

De maneira muito surpreendente o treinador vascaíno PC Gusmão iniciou a partida com o Felipe sendo responsável por organizar as tramas ofensivas, Zé Roberto e Éder Luís de pontas e o Nunes de centroavante, abandonando assim o seu teu característico esquema com três volantes. E nos primeiros 15 minutos de partida essa ofensividade vascaína conseguiu se impor diante do Flamengo e o Cruzmaltino assustou o goleiro rubronegro Marcelo Lomba por duas vezes, em cabeçada do Dedé após cruzamento do Fágner e em chute longo do Éder Luís. No entanto, num estalo de dedos, o domínio do jogo trocou de lado quando o meia Kléberson e o atacante Diego Maurício começaram a comandar o Flamengo. Entre 15 e 25 minutos, o Fla mostrou um belo futebol pelo lado direito do seu ataque e criou três boas oportunidades de gols. Primeiro Kléberson finalizou de peixinho uma jogaça do Léo Moura, que havia deixado o goleiro Fernando Prass deitado no chão, mas o estreante lateral-esquerdo Diogo salvou o Vasco em cima da linha. Depois foi a vez de Renato chutar torto após bela troca de passes de Diego Maurício e Kléberson. Por fim, o infernal Diego Maurício realizou grande jogada individual pela direita e cruzou para Deivid cabecear para fora. E foi neste panorama de um Flamengo melhor postado ofensivamente que o Vasco conseguiu abrir o placar. O relógio marcava 26 minutos quando Zé Roberto arrancou pela direita, cruzou a redonda na área, a defesa do Fla deu tilte com o zagueiro Welington chutando a bola em cima de Juan e, após a pelota acertar a trave, o zagueiro vascaíno Cesinha, que havia iniciado a jogada, sacudiu o filó. Além de ter marcado o gol que abriu o placar, vale também ressaltar a boa atuação defensiva do Cesinha na 1ª etapa, assim como a de seu companheiro Dedé. Antes do intervalo, o Vasco quase ampliou em cobrança de falta do Dedé e o Fla teve chance de empatar em cabeçada fraca do Deivid depois de cruzamento do Kléberson.

Para a 2ª etapa, Luxemburgo decidiu sacar Kléberson e colocar Petkovic em campo. Concordo que o Kléberson não estava tendo uma atuação primorosa, mas ele esteve presente em três das quatro melhores tramas ofensivas criadas pelo Rubronegro no 1º tempo e, a meu ver, não merecia ser substituído. O primeiro lance de perigo ocorrido após o intervalo foi do Vasco, um chute longo do Felipe. Contudo, enganou-se quem acreditou que por ter chegado primeiro perto do gol na 2ª etapa o “Gigante da Colina” iria permanecer atacando o Flamengo. Como já virou praxe neste Brasileirão, basta o Vasco sair ganhando para recuar demasiadamente e buscar apenas os contra-ataques. Se aproveitando dessa postura equivocada da equipe vascaína e Flamengo se colocou mais ofensivamente e foi ganhando cada vez mais espaço em campo. Aos 16 minutos, Luxemburgo resolveu colocar sua equipe mais para frente e trocou Deivid e Juan por Diogo e Marquinhos, tornando o Flamengo mais forte pelos lados do campo. E se a situação do Vasco começava a se mostrar ruim quando o Fla quase empatou com o Diogo segundos após sua entrada, em outra boa jogada do Diego Maurício, ela piorou de vez com a expulsão do zagueiro Dedé, aos 19 minutos, por entrada criminosa no volante Willians. O mais intrigante é que os jogadores vascaínos e o treinador PC Gusmão reclamaram exageradamente do árbitro, como se o Dedé não tivesse feito absolutamente nada.

Após a expulsão, a partida se transformou num verdadeiro ataque x defesa, com o Fla quase empatando em jogada individual de Diego Maurício. A pressão rubronegra, todavía, só deu resultado aos 36 minutos, quando Renato desviou cruzamento de Marquinhos e empatou o escore. Daí até o final o Flamengo não desistiu de buscar o empate, atacando com tudo e com todos, enquanto o Vasco se defendeu com unhas e dentes. Já nos acréscimos, depois de linda jogada de Willians pela direita, Diego Maurício quase virou o jogo e coroou sua grande atuação, mas Fernando Prass, o melhor em campo junto ao atacante rubronegro, salvou sua equipe com uma grande defesa.

Em sua época de cronista esportivo, o genial Nelson Rodrigues escreveu: “Ora, o empate é o pior resultado do mundo. O torcedor sente-se roubado no dinheiro da entrada e inclinado a chamar os 22 jogadores, o juiz e os bandeirinhas de vigaristas”. Pois para a tristeza dos torcedores cariocas em geral, pela nona vez em 11 jogos um clássico do Rio terminou empatado neste Brasileirão.

TRÊS TOQUES!

- Êta Campeonato embolado! Dos 11 primeiros colocados no início da rodada, apenas o Corinthians e o Botafogo conseguiram sair de campo com a vitória. E estas vitórias foram de grande valia para ambos, pois o Timão está apenas um pontinho atrás do líder Fluminense e o Fogão voltou ao G4.

- Que domingo pro Atlético Mineiro! Se para o Galo vencer o Cruzeiro já é bom, tirar o rival da liderança, escapar da zona da degola e ver Obina balançar as redes três vezes é ainda mais saboroso. É inegável os méritos do Dorival Junior na recuperação do Galo. Assim como também é inegável que o Obina é um bom centroavante.

- Se vencesse o lanterna Prudente, o Santos ficaria a apenas três pontos da liderança. Jogando na Vila Belmiro, o Peixe abriu 2 x 0 e, acreditem, permitiu a virada. Vai entender...

sábado, 23 de outubro de 2010

PARABÉNS!

No meado desta semana que está terminando, participei de um belíssimo seminário sobre a história do Jornal do Brasil e os motivos que o levaram ao fim de sua circulação em papel desde o final de agosto. Entre diversas e valiosas palavras de todos os participantes, um importante e já veterano jornalista criticou, de maneira até contundente, o fato de um jornal de grande circulação ter dedicado considerável espaço ao aniversário de 60 anos de Chico Buarque, celebrado em 2004. Seu argumento era o de que todo dia alguém faz 60 anos e que, independente de ser famoso ou não, a comemoração de um aniversário não é uma informação relevante para ser divulgada em um jornal. A meu ver, e sem entrar nos méritos de Chico Buarque, até porque meu gosto musical é bastante peculiar, é inquestionável o papel do cantor/compositor como ídolo de milhões de brasileiros e, assim como qualquer personalidade relevante do nosso país, merece sim ser festejado. Como hoje o FUTEBOLA festeja o aniversário de 70 anos do mais importante símbolo de todo o nosso país, o homem que foi chamado de Rei pelo monarca espanhol Juan Carlos, o homem que já parou uma guerra, o homem para o qual Ronald Reagan disse: “Oi, eu sou o presidente dos Estados Unidos. Você não precisa se identificar. Todo mundo sabe quem é Pelé”.

Poderia gastar linhas e linhas apresentando dados que provassem a superioridade de Pelé em relação aos outros gênios do futebol mundial. Todavía, e desculpem-me a franqueza, considero o Rei tão superior a qualquer outro mortal que já pisou em um gramado de futebol que seria uma maldade menosprezar tantos craques ao tentar colocá-los no mesmo patamar de Pelé. Poderia, também, descrever os gols do Pelé – não todos, pois assim só conseguiria terminar a tarefa na comemoração dos seus 80 anos. O nosso Rei é tão importante mundialmente que eu poderia destacar aqui frases ditas nos mais remotos cantos e nas mais diversas datas provando o quanto ele é querido e idolatrado. No entanto, meu objetivo, pelo menos hoje, não é contar sobre Pelé, falar sobre Pelé ou elogiar Pelé. Queria apenas agradecer ao Pelé. Em menor porte queria agradecê-lo por eu poder dizer que sou o melhor de todos naquilo que eu mais gosto, afinal o futebol é minha vida e graças ao Pelé ninguém pode questionar que eu vivo no país do futebol. Contudo, meus agradecimentos maiores são por Pelé conseguir passar toda a sua vida sendo considerado o sinônimo de Brasil e nunca, em nenhum minuto sequer, ter tomado uma atitude que manchasse a imagem do nosso país. É inacreditável como alguém consegue ser uma bandeira de uma nação durante tanto tempo e só proporcionar para esta frutos positivos. É por este motivo que hoje, todos os brasileiros deveriam, antes de dormir, bater palmas e desejar feliz aniversário à esta figura sensacional.

PARABÉNS, MINHA MAJESTADE! E MUITO OBRIGADO!

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

UMA IMAGEM...


Djalma Santos, Djalma Dias e Procópio. Esta defesa do Palmeiras é ou não é um primor de entrosamento?
Foto: Domício Pinheiro

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

PREMIER LEAGUE 2010/2011 - 8ª RODADA




RESULTADOS

Arsenal 2 - 1 Birmingham
Bolton 2 - 1 Stoke City
Fulham 1 - 2 Tottenham
Manchester United 2 - 2 West Bromwich
Newcastle 2 - 2 Wigan
Wolverhampton 1 - 1 West Ham
Aston Villa 0 - 0 Chelsea
Everton 2 - 0 Liverpool
Blackpool 2 - 3 Manchester City
Blackburn 0 - 0 Sunderland

ARTILHEIROS

Carlos Tévez (Manchester City) – 7 gols
Dimitar Berbatov (Manchester United) – 6 gols
Florent Malouda (Chelsea) – 6 gols
Didier Drogba (Chelsea) – 6 gols

COMENTÁRIOS

Everton 2 x 0 Liverpool – Goodford Park

No clássico da “Terra dos Beatles” o Everton venceu o Liverpool por 2 x 0 e afundou ainda mais o rival, agora 19º colocado na competição. Pode-se dizer que o duelo foi um espelho da situação vivida pelo Liverpool. E não estou falando só do que ocorre fora de campo, com o conturbado processo de venda do clube, mas também do que se passa dentro das quatro-linhas. Adoto a teoria de que o bom desempenho de uma equipe se sustenta sobre quatro pilares – físico, técnico, tático e psicológico, sendo que os “Reds” estão pecando em todos eles. Como exemplo da fragilidade física temos Fernando Torres, que é um baita centroavante mas está claramente fora de sua melhor forma. Tecnicamente a equipe encontra seu principal ponto fraco pelos lados do campo. Neste clássico em especial, os laterais Carragher e Konchesky foram peças nulas ofensivamente, enquanto os meias abertos Joe Cole e Maxi Rodríguez estiveram abaixo da crítica, não causando nenhum problema aos laterais do Everton. No plano tático a equipe se apresentou a maior parte do tempo em um congelado 4-5-1, que dependeu em excesso do meia Gerrard para organizar o trabalho de buscar a redonda com a defesa e levá-la até o ataque, já que pelo lado do campo o terreno se mostrou infértil. Por fim, no entanto não menos importante, temos o psicológico do time que está completamente destruído, com técnico, jogadores e torcedores sem uma gotinha de confiança. Diante de um adversário tão debilitado, o Everton encontrou espaço para apresentar um bom jogo ofensivo, quando foi necessário, e defensivo no momento em que o Liverpool partiu em busca do empate na base do abafa. Ofensivamente os destaques do Everton foram o autraliano autor do primeiro gol Tim Cahill, o segundo seria marcado pelo meia espanhol Arteta, e o “Tanque” nigeriano Yakubu, que deu bastante trabalho à perdida defesa dos “Reds”. Já na retaguarda, o ponto positivo ficou com o zagueirão francês Distin que esteve impecável pelo alto e por baixo. A vitória no clássico pode ser o ponto de partida para o Everton subir na tabela, pois não tem elenco para brigar na zona de rebaixamento. Assim como o Liverpool também não tem. Porém estamos carecas de saber que no futebol não se ganha só com elenco.