segunda-feira, 25 de outubro de 2010

CAMPEONATO BRASILEIRO 2010 - 31ª RODADA

Botafogo 1 x 0 Vitória
Guarani 0 x 1 Atlético-GO
Corinthians 1 x 0 Palmeiras
Ceará 0 x 2 São Paulo
Goiás 1 x 0 Avaí
Atlético-PR 2 x 2 Fluminense
Vasco 1 x 1 Flamengo
Santos 2 x 3 Grêmio Prudente
Cruzeiro 3 x 4 Atlético-MG
Grêmio 2 x 2 Internacional

Vasco 1 x 1 Flamengo – Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)

Vasco e Flamengo realizaram um agitado “Clássico dos Milhões” no Engenhão, que ficou indefinido até o apito final. O empate em 1 x 1 foi pior para o Vasco, que em caso de vitória ganharia três posições e se encontraria a apenas 4 pontos do G4.

De maneira muito surpreendente o treinador vascaíno PC Gusmão iniciou a partida com o Felipe sendo responsável por organizar as tramas ofensivas, Zé Roberto e Éder Luís de pontas e o Nunes de centroavante, abandonando assim o seu teu característico esquema com três volantes. E nos primeiros 15 minutos de partida essa ofensividade vascaína conseguiu se impor diante do Flamengo e o Cruzmaltino assustou o goleiro rubronegro Marcelo Lomba por duas vezes, em cabeçada do Dedé após cruzamento do Fágner e em chute longo do Éder Luís. No entanto, num estalo de dedos, o domínio do jogo trocou de lado quando o meia Kléberson e o atacante Diego Maurício começaram a comandar o Flamengo. Entre 15 e 25 minutos, o Fla mostrou um belo futebol pelo lado direito do seu ataque e criou três boas oportunidades de gols. Primeiro Kléberson finalizou de peixinho uma jogaça do Léo Moura, que havia deixado o goleiro Fernando Prass deitado no chão, mas o estreante lateral-esquerdo Diogo salvou o Vasco em cima da linha. Depois foi a vez de Renato chutar torto após bela troca de passes de Diego Maurício e Kléberson. Por fim, o infernal Diego Maurício realizou grande jogada individual pela direita e cruzou para Deivid cabecear para fora. E foi neste panorama de um Flamengo melhor postado ofensivamente que o Vasco conseguiu abrir o placar. O relógio marcava 26 minutos quando Zé Roberto arrancou pela direita, cruzou a redonda na área, a defesa do Fla deu tilte com o zagueiro Welington chutando a bola em cima de Juan e, após a pelota acertar a trave, o zagueiro vascaíno Cesinha, que havia iniciado a jogada, sacudiu o filó. Além de ter marcado o gol que abriu o placar, vale também ressaltar a boa atuação defensiva do Cesinha na 1ª etapa, assim como a de seu companheiro Dedé. Antes do intervalo, o Vasco quase ampliou em cobrança de falta do Dedé e o Fla teve chance de empatar em cabeçada fraca do Deivid depois de cruzamento do Kléberson.

Para a 2ª etapa, Luxemburgo decidiu sacar Kléberson e colocar Petkovic em campo. Concordo que o Kléberson não estava tendo uma atuação primorosa, mas ele esteve presente em três das quatro melhores tramas ofensivas criadas pelo Rubronegro no 1º tempo e, a meu ver, não merecia ser substituído. O primeiro lance de perigo ocorrido após o intervalo foi do Vasco, um chute longo do Felipe. Contudo, enganou-se quem acreditou que por ter chegado primeiro perto do gol na 2ª etapa o “Gigante da Colina” iria permanecer atacando o Flamengo. Como já virou praxe neste Brasileirão, basta o Vasco sair ganhando para recuar demasiadamente e buscar apenas os contra-ataques. Se aproveitando dessa postura equivocada da equipe vascaína e Flamengo se colocou mais ofensivamente e foi ganhando cada vez mais espaço em campo. Aos 16 minutos, Luxemburgo resolveu colocar sua equipe mais para frente e trocou Deivid e Juan por Diogo e Marquinhos, tornando o Flamengo mais forte pelos lados do campo. E se a situação do Vasco começava a se mostrar ruim quando o Fla quase empatou com o Diogo segundos após sua entrada, em outra boa jogada do Diego Maurício, ela piorou de vez com a expulsão do zagueiro Dedé, aos 19 minutos, por entrada criminosa no volante Willians. O mais intrigante é que os jogadores vascaínos e o treinador PC Gusmão reclamaram exageradamente do árbitro, como se o Dedé não tivesse feito absolutamente nada.

Após a expulsão, a partida se transformou num verdadeiro ataque x defesa, com o Fla quase empatando em jogada individual de Diego Maurício. A pressão rubronegra, todavía, só deu resultado aos 36 minutos, quando Renato desviou cruzamento de Marquinhos e empatou o escore. Daí até o final o Flamengo não desistiu de buscar o empate, atacando com tudo e com todos, enquanto o Vasco se defendeu com unhas e dentes. Já nos acréscimos, depois de linda jogada de Willians pela direita, Diego Maurício quase virou o jogo e coroou sua grande atuação, mas Fernando Prass, o melhor em campo junto ao atacante rubronegro, salvou sua equipe com uma grande defesa.

Em sua época de cronista esportivo, o genial Nelson Rodrigues escreveu: “Ora, o empate é o pior resultado do mundo. O torcedor sente-se roubado no dinheiro da entrada e inclinado a chamar os 22 jogadores, o juiz e os bandeirinhas de vigaristas”. Pois para a tristeza dos torcedores cariocas em geral, pela nona vez em 11 jogos um clássico do Rio terminou empatado neste Brasileirão.

TRÊS TOQUES!

- Êta Campeonato embolado! Dos 11 primeiros colocados no início da rodada, apenas o Corinthians e o Botafogo conseguiram sair de campo com a vitória. E estas vitórias foram de grande valia para ambos, pois o Timão está apenas um pontinho atrás do líder Fluminense e o Fogão voltou ao G4.

- Que domingo pro Atlético Mineiro! Se para o Galo vencer o Cruzeiro já é bom, tirar o rival da liderança, escapar da zona da degola e ver Obina balançar as redes três vezes é ainda mais saboroso. É inegável os méritos do Dorival Junior na recuperação do Galo. Assim como também é inegável que o Obina é um bom centroavante.

- Se vencesse o lanterna Prudente, o Santos ficaria a apenas três pontos da liderança. Jogando na Vila Belmiro, o Peixe abriu 2 x 0 e, acreditem, permitiu a virada. Vai entender...

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