quinta-feira, 10 de maio de 2012

COPA DO BRASIL 2012 - OITAVAS DE FINAL - BOTAFOGO X VITÓRIA



Botafogo 1 x 2 Vitória – Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)


Invicto até semana passada, Botafogo sofre segunda derrota seguida em um duelo decisivo – desta vez para o Vitória – e dá adeus à Copa do Brasil.

Com a missão de deixar o sonoro revés sofrido no primeiro jogo final do Carioca de lado e avançar na Copa do Brasil, o Botafogo foi escalado pelo Oswaldo de Oliveira no 4-2-3-1 com: Jefferson; Lucas, Brinner, Fábio Ferreira e Márcio Azevedo; Renato e Marcelo Mattos; Elkeson, Felipe Menezes e Maicosuel; Loco Abreu. Pelo lado rubro-negro, o técnico Ricardo Silva organizou o Vitória, que no domingo joga um Ba-Vi para decidir o Campeonato Baiano, no 4-2-3-1 com: Douglas; Léo, Gabriel Paulista, Rodrigo e Wellington Saci; Uelliton e Rodrigo Mancha; Pedro Ken, Tartá e Geovani; Neto Baiano.

O Botafogo começou o 1º tempo arriscando alguns ataques em velocidade e logo desperdiçou uma chance claríssima com o Loco Abreu, enquanto o Vitória, apesar da obrigação de marcar gols, não conseguia andar em campo. O jogo correu neste roteiro até o minuto 20, quando Elkeson abriu o placar na base da força e comemorou em tom de desabafo contra as vaias da torcida. Aí o Fogo tirou o pé, que já não pisava fundo, do acelerador e, mesmo sem um pingo de criatividade, o Rubro-Negro Baiano cresceu na base das bolas aéreas. Foi assim que Jefferson realizou bela defesa em cabeçada do Geovani e falhou feio duas vezes ao sair do gol como se fosse um arqueiro amador. Nestas saídas equivocadas coube ao lateral Lucas impedir que o Vitória colocasse a pelota no fundo do barbante. Mas em uma delas o fez com a mão. Resultado: expulsão do lateral e pênalti que Neto Baiano cobrou pessimamente para defesa de Jefferson.   

Após o intervalo, os baianos voltaram cheio de pimenta. Dinei, que entrara no lugar do Geovani, deu mais vida ao ataque, Pedro Ken e Tartá nem pareciam os jogadores sonolentos da etapa inicial e até o volante Uelliton se lançou para frente. E a ferocidade do “Leão” não tardou a se transformar em vantagem no placar. Pedro Ken, em forte arremate aos 11, e Tartá, de cabeça aos 23, colocaram o Vitória na frente do escore. Como o Botafogo sentiu a ausência do zagueiro Antônio Carlos! O sistema defensivo alvinegro foi de um caos aéreo digno dos piores aeroportos nacionais. Psicologicamente o Botafogo foi ao fundo do poço e nem mesmo a expulsão de Pedro Ken, aos 31 minutos, e a estreia do veloz Vítor Júnior foram capazes de animar a equipe, que teve em uma perigosa cabeçada com o Loco Abreu sua melhor chance de voltar às redes.

Além da eliminação em um torneio nacional importante, esta derrota alvinegra tira ainda mais as forças da equipe para a decisão do Carioca. Como disse um amigo após o apito final, “agora resta ao Botafogo comer a grama do Engenhão contra o Fluminense”.

terça-feira, 8 de maio de 2012

BIBLIOTECA DO FUTEBOLA - A HISTÓRIA DA SELEÇÃO BRASILEIRA EM CORDEL

Diversão garantida. A história da Seleção Brasileira em cordel é um daqueles livros prazerosos que ensina e diverte ao mesmo tempo. Vale muito gastar alguns minutos do seu dia para mergulhar nesta obra.













A História da Seleção Brasileira em Cordel
Autor: Claudio Aragão
Editora Bom Texto


segunda-feira, 7 de maio de 2012

PREMIER LEAGUE 2011/2012 - 37ª RODADA









RESULTADOS

Arsenal 3 - 3 Norwich                 
Newcastle 0 - 2 Manchester City                    
Aston Villa 1 - 1 Tottenham                  
Bolton 2 - 2 West Bromwich                
Fulham 2 - 1 Sunderland                       
Queens Park Rangers 1 - 0 Stoke City           
Wolverhampton 0 - 0 Everton             
Manchester United 2 - 0 Swansea City                     
Blackburn 0  - 1 Wigan               
Liverpool – Chelsea / Terça-feira, 08 de maio

ARTILHARIA
30 Gols – Robin van Persie (Arsenal)
26 Gols – Wayne Rooney (Manchester United)
22 Gols – Kun Agüero (Manchester City)

GIRO PELA “TERRA DA RAINHA”

Yaya Touré comanda o magnífico triunfo do Manchester City sobre o Newcastle e os torcedores azuis já estampam largos sorrisos pelas ruas de Manchester. O caneco está mais próximo dos “Citizens” do que nunca.

- Folhas e mais folhas vão virar nos calendários e os torcedores do Manchester City não se esquecerão da atuação de Yaya Touré contra o Newcastle. “Citizens” e “Magpies” faziam um jogo duríssimo, típico de quem briga na parte de cima da tabela. O City, pelo título. O Newcastle, pela vaga na próxima Champions League. Foi então que, aos 17 minutos da 2ª etapa, o treinador azul Roberto Mancini trocou o meia Nasri pelo volante De Jong e adiantou Yaya Touré para jogar mais perto do gol adversário. Resultado: o marfinense mostrou toda sua mescla de força e bom futebol para marcar dois gols e deixar o seu City com uma mão e mais quatro dedos na taça. A uma rodada do fim, basta um triunfo em casa diante do Queens Park Rangers (que ainda luta para não cair) e que o rival United não tire uma diferença de oito gols de saldo para o City - que possui 17 vitórias e um empate como mandante – levar o título que não vem desde 1968. Aos “Red Devils” resta esperar pelo improvável, que, no futebol, adora aprontar das suas. E, claro, fazer o seu papel.

- Antes de começarmos a falar da briga por vagas na próxima Champions League, vale lembrar que se o Chelsea vencer a decisão continental deste ano, contra o Bayern de Munique, apenas os três primeiros colocados no Inglês garantirão a vaga no tão sonhado torneio europeu. Como os clubes de Manchester não perdem mais as duas primeiras posições, terminar em terceiro passou a ser a missão de Arsenal, Tottenham e Newcastle. Contudo, este fim de semana foi péssimo para todos os três. O Arsenal, mesmo com dois gols do impossível van Persie, não passou de um empate, em casa, com o Norwich. O Tottenham enfrentou o frágil Aston Villa e também não saiu da igualdade. Por fim, o Newcastle, que, como vimos linhas acima, sucumbiu diante da atuação iluminada de Yaya Touré. Diante de tanta instabilidade dos concorrentes à vaga na próxima Champions, qualquer previsão para a última rodada se torna um baita de um chute.

- Em jogo crucial na luta contra a foice, o Wigan deu sequência à ótima fase que já contava com vitórias sobre Manchester United, Arsenal e Newcastle e bateu o Blackburn fora de casa pelo placar mínimo. Com o triunfo, os “Latics” não só escaparam da Segundona como decretaram a queda do Blacburn. Aston Villa (38 pontos), Queens Park Rangers (37) e Bolton (35) lutam para não se juntar a Wolverhampton e Blackburn no grupo dos três degolados. É, amigos, a emoção no Inglês está por toda a parte.

domingo, 6 de maio de 2012

CAMPEONATO CARIOCA 2012 - FINAL - FLUMINENSE X BOTAFOGO



Fluminense 4 x 1 Botafogo – Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)


Digno da Máquina! Fluzão relembra os melhores momentos do esquadrão dos anos 70, atropela o Botafogo e dá enorme passo rumo ao título carioca.

Com desfalques significativos para uma decisão, o Fluminense adentrou o gramado sem Wellington Nem, Anderson, Diguinho e Valencia e escalado pelo Abel Braga no 4-1-4-1 com: Diego Cavalieri; Bruno, Gum, Leandro Euzébio e Carlinhos; Edinho; Thiago Neves, Deco, Jean e Rafael Sóbis; Fred. Pelo lado do Fogão, a ausência era o meia Andrezinho e a notícia positiva o retorno de Renato. Assim, Oswaldo de Oliveira organizou seu time no 4-2-3-1 com: Jefferson; Lucas, Antônio Carlos, Fábio Ferreira e Márcio Azevedo; Renato e Marcelo Mattos; Elkeson, Fellype Gabriel e Maicosuel; Loco Abreu.

Toda a expectativa alvinegra quanto a presença de Renato na decisão mostrou seu motivo quando o volante acertou um lindo e milimétrico arremate no cantinho do goleiro Cavalieri e inaugurou o placar no Engenhão. O relógio apontava 8 minutos e, daí ao intervalo, o Fogo não jogou mais. O setor de meio-campo, ponto forte na belíssima vitória sobre o Vasco, esteve frágil como caixa de papelão. Renato, Maicossuel, Elkeson, Fellype Gabriel... nenhum deles chamou o jogo. Assim, o Fluminense cresceu pouco a pouco e em boas jogadas de pivô do centroavante Fred e chutes de fora da área de Carlinhos, Jean e Thiago Neves fez o torcedor botafoguense prender a respiração. Até que, no finalzinho da etapa, a superioridade tricolor transformou-se em gol. E que gol! Carlinhos alçou a pelota na área, Thiago Neves tocou de cabeça e Fred, em jogada de cinema, bicicletou para o fundo das redes. Uma maravilha!

 O Botafogo voltou do intervalo disposto a fazer o que não fez em quase toda a 1ª etapa: atacar. A prova foi a primeira cabeçada de Loco Abreu em direção à meta tricolor na partida. Porém, o ímpeto alvinegro pouco durou. Aos 11 minutos o lateral Lucas cometeu falta criminosa no Thiago Neves e recebeu o vermelho. Menos de dez minutos depois o placar do Engenhão já apontava: Fluminense três, Botafogo um. Rafael Sóbis – como gosta de finais! – duas vezes chegou às redes, em lindos passes de Deco e Thiago neves, nesta ordem. E para a alegria de seu torcedor, o Flu decidiu não administrar a vantagem de tentos e um homem e continuou com o pé no acelerador, postura que resultou no gol do garoto Marcos Junior, aos 38 minutos, após espetacular trama que teve início com o Deco e passou pelos pés de Sóbis e Fred.

Amigos, quando a mágica do Deco dá o ar da graça, Fred leciona uma aula de como ser um centroavante, Thiago Neves coloca todo seu ímpeto e disposição em campo e Rafael Sóbis relembra os melhores tempos de Internacional, fica muito – mas muito! – difícil segurar o Fluminense. A história do futebol, e do Botafogo, não permite a ninguém dizer que o Carioca já acabou. Mas o troféu já fez sinal para o ônibus parte rumo às Laranjeiras.


CURTINHAS PELO BRASIL!


- O Guarani se esforçou, se entregou e fez um bom 1º tempo. Porém, quando com menos de um minutinho de partida o Neymar arranca do meio do campo, passa por cinco adversários e só é parado com falta na entrada da área, significa que a coisa vai ficar feia para o adversário do “Peixe”. A vitória santista sobre o “Bugre” por três a zero – dois gols do impossível Neymar e um do Ganso – só será revertida se o Guarani tiver a maior atuação dos seus mais de 100 anos.

- Oscar carimbou sua volta aos gramados com um importante gol no empate do Internacional com o Caxias, lá em Caxias do Sul. Sem entrar nos méritos sobre questões judiciais, é bom para o futebol brasileiro o retorno de um jovem que sabe como tratar a redonda como é o Oscar.

- E o Figueirense, ein! Campeão do 1º turno, Campeão do 2º turno, passou pelo Joinville na fase semi final e levou três a zero do Avaí no primeiro jogo da decisão.

- Empate nos primeiros jogos decisivos em Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Goiás, Ceará, Bahia e Paraná. Equilíbrio pouco é bobagem. E que venha o próximo fim de semana!

sábado, 5 de maio de 2012

UMA IMAGEM



















O "Kaiser" alemão, Franz Beckenbauer, com a camisa do Mengão. Qual torcedor rubro-negro não queria que esta fosse uma cena constante nos anos 60 e 70?

quinta-feira, 3 de maio de 2012

GÊNIOS DAS PALAVRAS - ARMANDO NOGUEIRA


Tu em campo parecias tantos
E, no entanto
- que encanto –
eras um só: Nilton Santos.

Poema de Armando Nogueira em homenagem a Nilton Santos

COPA LIBERTADORES 2012 - OITAVAS DE FINAL - VASCO X LANÚS



Vasco 2 x 1 Lanús (ARG) – São Januário, Rio de Janeiro (RJ)


Vasco faz ótimo 1º tempo, vê Diego Souza transformar seus pés em pincéis para criar uma obra de arte, sai de campo com a vitória e – acreditem – com o Cristovão Borges sob as vaias da torcida.

Para por fim à tristeza que paira sobre São Januário desde a derrota na decisão da Taça Rio, Cristovão Borges decidiu apostar na volta de Juninho ao onze inicial e organizou o Vasco no 4-3-3 com: Fernando Prass; Fagner, Renato Silva, Rodolfo e Thiago Feltri; Juninho Pernambucano, Rômulo e Felipe; Éder Luis, Alecsandro e Diego Souza. De volta ao Rio de Janeiro após ser um dos responsáveis pela eliminação do Flamengo na Libertadores, o Lanús foi esquematizado pelo técnico Gabriel Schurrer no 4-4-1-1 com: Marchesin; Araujo, Goltz, Braghieri e Velásquez; Fritzler, Pizarro, Valeri e Regueiro; Camoranesi; Pavone.

Em uma competição onde o gol fora de casa tem um peso enorme, o Vasco soube se postar no 1º tempo para evitá-lo sem que isso o impedisse de atacar o adversário. Foram necessários poucos minutos para o jogo ganhar seu cenário. O Vasco com a bola em seus pés e o Lanús a espera do momento certo para dar o bote, que quase foi certeiro em uma bobeada da defesa cruz-maltina que terminou em finalização do Valeri e ótima defesa do Fernando Prass. Mas, por parte do Lanús, foi só. O Vasco arriscou muitos chutes longos, até pelo gramado molhado, explorou mais o lado direito do que o esquerdo, como é de costume, tentou infiltrações pela meiúca e conseguiu transformar sua superioridade ofensiva em vantagem no placar. Primeiro, aos 25 minutos, Alecsandro mostrou faro de gol para abrir a contagem. Depois, já perto dos acréscimos, Diego Souza colocou toda sua força e habilidade em destaque para dominar a pelota dentro da área, aplicar um humilhante chapéu no zagueiro Braghieri e estufar as redes. Espero que, a esta altura, a imagem desta maravilha de gol já esteja em exposição no museu do futebol.

A 2ª etapa começou com um susto para os vascaínos quando Regueiro sofreu pênalti marcado pelo juiz e bem anulado pelo bandeirinha devido ao impedimento do camisa 10 do Lanús. Após este lance, o Vasco até conseguiu colocar a bola para rodar, principalmente nos pés de Juninho e Felipe, e voltar a criar chances de gols, mas já não era tão superior como nos primeiros 45 minutos. Se Camoranesi parecia nem estar em campo e Pavone pouco recebia bolas, Regueiro começava a incomodar a retaguarda cruz-maltina. O resultado do crescimento argentino no duelo viria aos 17 minutos, através do próprio Regueiro, que aproveitou falha do Fagner e quase afundou o Fernando Prass dentro gol. Ato contínuo, Cristovão Borges trocou Felipe “Maestro” por Fellipe Bastos. A torcida explodiu em vaias e gritos de “Burro! Burro! Burro!”. Pior. O Vasco sentiu o gol sofrido, a substituição e a reação das arquibancadas e ficou mais perdido que cupim em metalúrgica. Ainda apareceu algumas poucas vezes no campo de ataque, a melhor delas uma finalização do Éder Luis, mas o Lanús, sempre com participação do uruguaio  Regueiro, esteve mais perto de levar um empate na bagagem do que o Vasco de ampliar o escore.

No fim das contas, o Vasco conseguiu um bom resultado. Poderia ter sido melhor, o que não significa que não foi bom. Fato que torna a ensurdecedora vaia da torcida após o apito final, toda ela direcionada ao treinador Cristovão, exagerada.