quinta-feira, 18 de junho de 2015

COPA AMÉRICA 2015 – FASE DE GRUPOS – BRASIL X COLÔMBIA


Brasil 0 x 1 Colômbia – Estádio Monumental, Santiago (Chile)

Sem nenhuma dúvida Neymar fez diante da Colômbia sua pior apresentação com a camisa brasileira desde seus shows na Copa das Confederações de 2013. Irritado, perdido taticamente e com erros técnicos que não condizem com sua habilidade, o camisa dez viveu uma noite tenebrosa. Daí ao ato covarde de culpá-lo pelo revés existe uma distância enorme, até porque o capitão jamais se escondeu na partida. E não se escondeu pelo seguinte motivo: ele não pode se esconder. Diferente de quando atua pelo Barcelona, quando pode se dar ao luxo de perceber que não se encontra em uma jornada inspirada e passar apenas a fazer o simples até o retorno da confiança, no Brasil Neymar sabe que o time nada criará se não for através de seu talento. Como, de fato, não criou.

Nos primeiros 30 minutos, mesmo sem pressionar, foi a Colômbia quem buscou alternativas ofensivas para se aproximar do gol, enquanto o Brasil parecia não ter ideia de como construir uma trama. A maior dedicação ofensiva colombiana deu resultado nos últimos 15 minutos da etapa inicial, quando não somente Murillo abriu o placar como este poderia ter sido ampliado. O Brasil? Apenas uma cabeçada de Neymar. Na segunda etapa, uma mudança de cenário. Por 45 minutos, foi o Brasil quem se lançou ao ataque. E foi de dar dó... Exceto uma finalização por cima do Firmino em jogada que nasceu de uma trapalhada colombiana, a Seleção não criou nada. Nadica de nada.

No fim, venceu uma Colômbia que não foi brilhante, mas foi superior em termos técnicos, táticos, físicos e psicológicos. Sobre o psicológico, vale ressaltar o seguinte: desde o fim da Copa do Mundo, os primeiros comentários sobre a Copa América foram no sentido de que não apenas Argentina e Uruguai dariam a vida contra o Brasil, mas Colômbia e Chile, desejosos de vingança pela eliminação no Mundial, entrariam sedentos diante da Seleção. Após esta derrota, a sensação que fica é a de que a sede da Colômbia não foi levada em conta em nenhum momento da preparação brasileira. Um equívoco do tamanho da nossa dependência do Neymar, que, suspenso, não pega a Venezuela. Como será o amanhã? Responda quem puder.

Brasil: Jefferson; Daniel Alves, Thiago Silva, Miranda e Filipe Luís; Fernandinho, Elias (Diego Tardelli), Fred (Philippe Coutinho) e Willian (Douglas Costa); Neymar e Roberto Firmino. Técnico: Dunga.

Colômbia: Ospina; Zuñiga, Zapata, Murillo e Armero; Sánchez e Valencia (Mejía); Cuadrado e James Rodríguez; Teo Gutiérrez (Bacca) e Falcao Garcia (Ibarbo). Técnico: José Peckerman.

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