segunda-feira, 8 de março de 2010

TAÇA RIO - 3ª RODADA

Madureira 0x2 Volta Redonda
Macaé 2x1 Bangu
Resende 0x4 Flamengo
Duque de Caxias 2x1 Tigres
Olaria 0x1 América
Americano 1x1 Friburguense
Vasco 1x0 Boavista
Fluminense 2x1 Botafogo

Olá amigos do FUTEBOLA!

A 3ª rodada da Taça Rio contou com uma bela vitória do Flamengo sobre o Resende e uma difícil vitória do Vasco sobre a boa equipe do Boavista. O destaque da jornada, porém, ficou por conta da virada do Flu sobre o Bota. Vamos aos comentários do clássico.

Fluminense 2 x 1 Botafogo – Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)

O Clássico Vovô, pela 3ª rodada da Taça Rio, foi quente e emocionante, com cara de uma partida decisiva. A única característica do duelo que lembrou um jogo de fase de grupos do Carioca foi o pequeno público, o que já está se tornando rotina nos Estaduais pelo Brasil afora.

Na final da Taça Guanabara, onde o Fogão venceu o Vasco por 2 x 0, disse em minha postagem que aquela era uma partida que exemplificava a importância de um treinador, no caso Joel Santana, para um time de futebol, devido à mudança na equipe botafoguense entre a goleada de 6 x0 sofrida pelo mesmo Vasco e o título conquistado. Pois bem, o duelo entre Flu e Bota é daqueles que servem de perfeito exemplo para mostrar que no futebol o resultado de uma partida nem sempre diz o que foi os 90 minutos de jogo. Do primeiro ao último minuto, assistimos um verdadeiro massacre tricolor. Com 3 minutos de partida, Fred já havia perdido um gol inecraditável debaixo da trave e Julio Cesar realizado um bom chute, com ambas as jogadas contando com a direta participação do lateral-direito Mariano. E o Flu continuou pressionando, mantendo sua equipe bem postada ofensivamente e avançando com os defensores, já que o Botafogo nada produzia para assutar a defesa tricolor. Fred em cobrança de falta, Julio Cesar de bicicleta e Mariano, após um sensacional tabela entre Maicon e Fred, tiveram chances de abrir o placar para o Flu, mas ficaram no quase. Aí, aos 35 minutos, o Botafogo deu o primeiro sinal de que estava em campo. Em minha opinião, Joel precisa alertar seus comandados sobre a diferença entre apenas se defender e se defender e contra-atacar. Nesta partida, os laterais alvi-negros Jancarlos e Marcelo Cordeiro estiveram péssimos e, como Lúcio Flávio só aparece em campo nas jogadas de bola parada, Herrera e Abreu ficaram completamente fora de órbita. Voltando ao jogo, L.Flávio cobrou falta na área, e, no rebote, o tricolor Maicon tentou sair jogando, perdeu a pelota e cometeu pênalti em Wellington. Herrera cobrou e abriu o placar. Logo depois, aos 43, na única jogada organizada pelos laterais do Fogo, Jancarlos alçou bola na área e Loco Abreu, de cabeça, quase marcou. E foi somente neste pequeno intervalo de 8 minutos que o Botafogo mostrou algo parecido com futebol em campo.

Após o intervalo, o jogo voltou idêntico, ou seja, um duelo entre ataque (Flu) x defesa (Bota). E durou mais 15 minutos a resistência alvi-negra. Maicon chegou na linha de fundo, realizou perfeito cruzamento para Fred e o artilheiro tricolor provou que aquele gol perdido no início do jogo foi algo raro ao acertar um voleio com selo de qualidade Bebeto. Golaçoaçoaço! O gol deveria fazer o Flu, se é que era possível, pressionar ainda mais, porém, aos 22 minutos, o argentino Conca deu dura entrada em L.Flávio – sim, o capitão botafoguense estava em campo – e foi expulso. Entre os 22 e os 32 minutos, quando o seu atacante Herrera receberia o segundo amarelo e também iria mais cedo para o chuveiro, o Botafogo contou com um homem a mais em campo e nada fez. Nadica de nada, nem mesmo uma bola alçada com qualidade para Abreu usar sua principal arma, a cabeçada, ou uma bola aberta na ponta para explorar a velocidade do Herrera. E isso com o talismã Caio já em campo. Logo após a expulsão de Herrera, Cuca resolveu sacar Maicon e colocar Welington Silva em campo. Sobre a atuação do Maicon, de quem sou um grande fã, acredito que, com exceção de duas bobeadas na defesa, uma delas quando teve que cometer a penalidade, o veloz ponta esteve bem. O comentarista André Loffredo, do canal PFC, que transmitia o jogo, foi perfeito em sua análise: “O Maicon deve saber que na defesa ele é jogador de defesa”.

A entrada de W.Silva, aos 35 minutos, decidiu a partida. Primeiro, ele entortou Jancarlos e colocou a redonda no pé de Mariano, que marcou o tento da vitória. Escolho o tricolor Mariano como melhor homem em campo e este gol da vitória serviu para fechar sua atuação com chave-de-ouro. Além de não sofrer nenhum problema defensivo, pois Marcelo Cordeiro foi nulo em campo, o lateral-direito do Flu esteve sempre presente no campo de ataque e criou ótimas jogadas. No fim, aos 42, W. Silva tabelou com Fred e poderia ter marcado um golaço, mas Jefferson realizou ótima defesa.

Na postagem referente a vitória do Flu sobre o Tigres, disse que Joel precisava alertar seus comandados quanto a marcação sobre Maicon e W. Silva. Bom, cada um deu uma assistência na partida e ambos foram responsáveis diretos pelo vitória do Flu. Para não dizer que o Botafogo não teve nenhum mérito no jogo, Leandro Guerreiro conseguiu marcar o argentino Conca com bastante competência. Em minhas anotações, o Flu criou 11 boas chances de balançar as redes e o Conca só esteve presente em uma delas.

Provavelmente esta derrota não irá influenciar na classificação do Bota para a próxima fase, mas é bom a equipe rever sua postura em alguns momentos do jogo. Ser defensivo não signfica se defender os 90 minutos. Quanto ao Flu, mostrou ser tão favorito ao caneco quanto qualquer rival.

JOGADA RÁPIDA!

Enquanto no Corinthians os veteranos Roberto Carlos, Ronaldo, Tcheco e outros não estão apresentando um bom futebol, o prata-da-casa Dentinho está se esforçando ao máximo para colocar a equipe na próxima fase. Na difícil vitória por 1 x 0 sobre o São Caetano, foi ele quem garantiu os três pontos e o retorno do Timão ao G4.

E NO VELHO CONTINENTE...

Real Madrid 3 x 2 Sevilla – 25ª rodada do Campeonato Espanhol

Com muita garra e qualidade técnica o Real Madrid conseguiu uma virada sensacional, bateu o Sevilla e assumiu a liderança do Campeonato Espanhol.

O jogo começou com um Real que parecia não ter realizado aquecimento e um Sevilla que se mostrava tranquilo, mesmo com o jogo ocorrendo no Santiago Bernabéu, que, como sempre, estava entupido de gente. Aos 9 minutos, o ponta/meia-direita Jesús Navas arrancou pelo seu lado, cruzou a pelota e, após passe de Capel para o meio da área, Xabi Alonso marcou contra. Com a vantagem no marcador, o Sevilla, claro, adotou uma postura mais defensiva. Até os 30 minutos da etapa inicial, o Sevilla, com muitas faltas e mais cera ainda, conseguiu segurar o time da casa. Apesar de saber da dificuldade de se enfrentar uma Seleção Mundial, como é o Real de Cristiano Ronaldo e Kaká, sou totalmente contrário à atitude do Sevilla em se retrair e apenas segurar o jogo, abdicando completamente das ações ofensivas. A partir dos citados 30 minutos, os “Merengues” pressionaram bastante e começaram a transformar o goleiro Palop, do Sevilla, em um grande destaque. Com o brasileiro Marcelo atuando bem na meia-esquerda e Cristiano Ronaldo mostrando seu futebol característico, o Real criou 5 oportunidades de empatar a partida em menos de 10 minutos, mas nenhuma delas balançou o véu da noiva.

Após o intervalo, o Sevilla recebeu um presente dos céus. Logo aos 7 minutos, o zagueiro Dragutinovic bateu falta de longe e o goleirão Casillas aceitou um frangaço. 2 x 0 Sevilla e o jogo se tranformaria em um verdadeiro ataque x defesa. Depois de marcar este segundo gol, o Sevilla, se é que era possível, recuou mais ainda e o Real foi com tudo para cima. Buscando melhor criatividade no meio e mais qualidade nos passes, o treinador madrilenho Manuel Pellegrini realizou duas substituições que se mostraram excelentes. Saíram Arbeloa e Diarra e entraram Guti e Van der Vaart, com o Marcelo retornando à sua posição de origem, a lateral-esquerda. As alterações melhoraram, e muito, a equipe e, em menos de 5 minutinhos, o Real empatou a partida. Primeiro, Marcelo encontrou C. Ronaldo na área e o português sacudiu o filó, e, depois, Van der Vaart bateu córner e Sérgio Ramos, de cabeça, empatou. Faltando aproxidamente 30 minutos, a equipe de Madrid buscaria a vitória e, por consequência, a liderança, com todas suas forças. Kaká, apesar de ter passado longe de uma atuação que se espera dele, se movimentou por todos os cantos e não se escondeu em campo. Guti e Van der Vaart qualificaram o passe da equipe e fizeram com que as jogadas não ocorressem de forma precipitada. O atacante Higuaín passou a infernizar a defesa do Sevilla, chegando a mandar duas bolas na trave, e foi um dos melhores jogadores em campo. Diego Maradona, que estava presente no estádio acompanhado de um baita de um charuto, deve ter ficado feliz com a atuação de Higuaín, seu atacante de confiança na Seleção Argentina. Os laterais Marcelo e Sérgio Ramos eram verdadeiros pontas, já que o Sevilla nada criava ofensivamente. E foi dos pés de Sérgio Ramos, que como eu disse na postagem da vitória da Espanha sobre a França, em amistoso realizado na quarta-feira passada, acredito ser um lateral completo que sabe atacar e defender com qualidade, que surgiu o gol da virada. Foi após um cruzamento seu que Higuaín arrematou e, no rebote, Van der Vaart decidiu a partida.

Após empatar com o Almería, que permitiu o Real Madrid assumir a ponta, o Barcelona tem dois motivos para se preocupar no Espanhol. O primeiro é o espetacular futebol que os “Merengues” apresentaram nesta virada, o que tem tudo para empolgar a equipe. O segundo é que o próximo adversário é o forte Valencia. Se o Barça bobear, o Real vai disparar.

sexta-feira, 5 de março de 2010

GRANDES SELEÇÕES DA COPA DO MUNDO - ARGENTINA 1966

ARGENTINA – 5ª COLOCADA NA COPA DO MUNDO DE 1966

ELENCO
Goleiros: Antonio Roma, Rolando Irusta, Hugo Gatti
Defensores: Roberto Perfumo, Silvio Marzolini, Roberto Ferreiro, Nelson López
Meio-Campistas: José Varacka, Oscar Calics, Carmelo Simeone, Antonio Rattín, José Omar Pastoriza, Rafael Albrecht, Juan Carlos Sarnari, Jorge Solari
Atacantes: Mario Chaldú, Alberto González, Alfredo Rojas, Ermindo Onega, Oscar Más, Aníbal Tarabini, Luis Artime

CAMPANHA
Argentina 2 x 1 Espanha
Argentina 0 x 0 Alemanha Ocidental
Argentina 2 x 0 Suiça
Argentina 0 x 1 Inglaterra

Nas vésperas da Copa do Mundo de 1966, que seria realizada na Inglaterra, não havia ninguém que ousasse dizer que o Brasil não era o favorito ao título. Após se consagrar Bi-Campeão em 58/62, Pelé, Garrincha e cia chegavam à “Terra da Rainha” como os principais candidatos à conquistar o caneco. Bem, este favoritismo passou longe de se concretizar e, após perder para Hungria e Portugal, o Brasil foi eliminado ainda na primeira fase da competição. Porém, não podemos dizer que, por este motivo, o futebol Sul-Americano fez feio na Copa do Mundo, afinal a Seleção Argentina apresentou um grande futebol e terminou entre as 5 melhores equipes do planeta.

Dois anos antes do Mundial, em 1964, o futebol argentino mostrou sua força na Taça das Nações, realizada no Brasil. Neste torneio, nossos “hermanos” enfrentaram, e venceram, Brasil, Inglaterra e Portugal. Para se ter idéia do show argentino, o Brasil levou uma sapecada no Pacaembu por 3 x 0, com Pelé em campo e tudo. Não podemos deixar de ressaltar também a força de Inglaterra e Portugal, respectivamente Campeã e 3º lugar na Copa do Mundo de 1966. Entretanto, a Seleção Argentina que iria disputar o Mundial era bem diferente da Campeã do Torneio das Nações. A da Copa era bem mais forte.

Como diz a velha máxima do futebol, todo grande time começa por um grande goleiro. Defendendo a meta da Seleção Alvi-Celeste estava Antonio Roma, o “Tarzan”, apelido recebido devido aos vôos e saltos que dava para agarrar a pelota. Roma é uma verdadeira lenda da história do Boca Juniors. Falando em lenda do Boca Juniors, não dá para esquecer de Antonio Ubaldo Rattín. Líder e comandante do grande Boca da primeira metade da década de 60, que conquistou três Campeonatos Nacionais (62/64/65), Rattín era daqueles que amarrava a chuteira com as veias, fosse em jogo de seu clube ou da Seleção, e para algum atacante batê-lo, deveria suar muito. Ainda compondo o sistema defensivo argentino, um craque muito conhecido do torcedor brasileiro, em especial do torcedor cruzeirense. Aos 23 anos, o zagueiro Perfumo já mostrava toda sua qualidade na defesa do Racing e da Seleção. Em um futuro próximo, conquistaria, pelo Racing, nada menos do que o Mundial de Clubes de 1967, e, pelo Cruzeiro, faria espetacular dupla de zaga com Wilson Piazza, no início da década de 70. E tem mais! José Albrecht, que seria Campeão Argentino de 1968 invicto, com a equipe do San Lorenzo conhecida como “Los Matadores”, não era um defensor comum. Além de muita capacidade defensiva, Albrecht é, de acordo com a IFFHS (International Federation of Football History & Statistics), o sétimo defensor que mais gols marcou em partidas válidas pela Primeira Divisão do futebol mundial.

Se a Argentina estava otimamente servida de defensores, o mesmo pode se dizer do seu trio ofensivo. O comando do ataque ficava com o centroavante Luis Artime. Sobre ele, vamos às palavras de Hans Henningsen, autor do livro “Os Melhores Jogadores Sul-Americanos do Século XX”. Ele disse: “Sinônimo de gol. Demolidor, sagaz, inteligente, ótimo posicionamto, não era muito habilidoso mas protegia a pelota como poucos.”*. O torcedor brasileiro teve um curto contato com o artilheiro Artime, pois ele teve uma passagem por Palmeiras e Fluminense e, apesar de pouco tempo atuando em nossos gramados, claro que deixou sua marca muitas vezes. A dupla que teria a missão de deixar Artime na cara do gol era das grandes do futebol mundial: Onega/Más. A maior prova de o quanto Onega era um cracaço de bola foi que, apesar de ter atuado no River Plate em mais de uma década, seu único título foi o Argentino de 57, quando atuou em somente 1 jogo, e, mesmo assim, ele está entre os maiores ídolos da história do clube. Muito inteligente, criativo e com grande velocidade de raciocínio, era um dos pilares da equipe alvi-celeste. Dividindo com ele a responsabilidade de servir Artime estava o ponta-esquerda Oscar Más, que se utilizava de toda sua velocidade para marcar uma tonelada de gols.

A Argentina passou pela fase de grupos da Copa com grande autoridade. Bateu a forte Espanha, do histórico meia Luis Suárez e empatou com a Alemanha Ocidental, de ninguém menos que Franz Beckembauer e que seria a Vice-Campeã do torneio. A vitória sobre a Suiça fechou com chave-de-ouro a participação argentina na 1ª fase da Copa. Nas quarta-de-final, um duríssimo jogo contra a Inglaterra, que só foi decidido após a expulsão do capitão Rattín. O motivo? O juiz alemão Rudolf Kreitlen supostamente não ficou satisfeito com sua expressão facial enquanto reclamava. Como não entendia o que Rattín dizia, o argentino pediu um tradutor em campo mas não foi atendido, mandou o craque para o chuveiro. Após este caso, a FIFA decidiu implantar a utilização de cartões para a melhor comunicação entre juízes e jogadores.

* “Os Melhores Jogadores Sul-Americanos do Século XX” – Hans Henningsen

quinta-feira, 4 de março de 2010

TAÇA RIO - 2ª RODADA

Boavista 2 x 1 Macaé
Bangu 0 x 2 Vasco
Volta Redonda 4 x 0 Resende
Flamengo 2 x 0 Madureira
América 3 x 1 Americano
Friburguense 1 x 2 Olaria
Tigres 0 x 3 Fluminense
Botafogo 2 x 1 Duque de Caxias

Olá amigos do FUTEBOLA!

Uma vez mais os 4 grandes clubes do Rio de Janeiro conseguiram garantir os três pontos em uma rodada do Carioca. O rubro-negro Vágner Love e o botafoguense Herrera sacudiram o filó e estão em lua-de-mel com suas respectivas torcidas. O vascaíno Dodô também deixou sua marca e colocou fim no jejum. Sobre a vitória do Flu? Vamos ver como foi.

Tigres 0 x 3 Fluminense – Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)

Como era de se esperar, o Fluzão não precisou suar a camisa para vencer o Tigres. Para a torcida tricolor, valeu por ver gol de Fred, mais um pouquinho de Wellington Silva e Maicon “Bolt” voltando a sua forma.

Nos primeiros minutos de jogo, o Fluminense, mesmo pisando no freio, conseguia criar oportunidades de abrir o placar devido à baixa qualidade defensiva do Tigres. Mariano colocou a pelota na cabeça de Fred que mandou pra fora, a defesa do Tigres entregou a bola nos pés de Fred que chutou fraco e no meio, Wellington Silva e Conca fizeram boa trama pela meiúca que quase resultou em gol, e, por fim, Conca cobrou córner e, desta vez, Fred acertou a cabeçada no fundo do gol. Em ritmo lento, o Flu continuou com o domínio do jogo até os 39 minutos, quando W.Silva, Fred e Éverton fizeram linda jogada e o último sacudiu o filó. Apesar de ser apenas a segunda partida de W.Silva, já é possível admirar a inteligência e raciocínio rápido do jogador. Na estréia da Taça Rio, contra o Friburguense, já foi a velocidade de pensamento no lance do gol que ele marcou, quando dominou a pelota no peito já preparando-a para o arremate, foi sensacional. Neste duelo contra o Tigres, acertou passes que não são triviais de se realizar. Olho nele!

No intervalo, o jovem treinador do Tigres Sorato deu uma sacudida nos seus comandados. A equipe de Xerém voltou voando e, se aproveitando da sonolência que atacou o Flu, criou nada menos do que quatro oportunidades de balançar as redes. A mais clara delas, uma bomba do zagueiro Zé Carlos que Rafael defendeu. Nas outras três, tivemos a participação decisiva do atacante Luiz Henrique, que se movimentou bastante e atrapalhou muito o sistema defensivo tricolor criando boas oportunidades para seus companheiros. Isso tudo em 20 minutos. No tempo técnico, deu para observar o treinador Cuca ressaltar que estava tudo “horrível”. Realmente o Flu andava em campo. Aproveitando a parada, Cuca colocou Maicon no lugar de W.Silva. Aí o jogo mudou e o Flu cresceu. Mariano apareceu muito bem pela direita e Conca voltou à Terra, pois parecia estar em outro planeta. Entre 29 e 32 minutos, o Flu criou nada menos do que 4 grandes chances de ampliar a vantagem. Isso mesmo, mais de uma chance por minuto. Mas estas oportunidades serviram apenas para colocar o goleiro do Tigres Rodolfo ao lado do atacante Luís Henrique como os melhores de sua equipe. Aos 42 minutos, Conca cobrou uma falta daquelas meio-chute, meio-cruzamento que Rodolfo não teve o que fazer, e deu números finais ao jogo. Como sou grande fã do futebol de Maicon, fico feliz em vê-lo retornar a sua ótima forma.

Apesar de o Flu não ter enfrentado um adversário difícil, acredito que Joel Santana deva assistir à vitória tricolor para preparar seu Botafogo para o Clássico Vovô de domingo. O motivo? Welington Silva e Maicon são dois jogadores perigosos e completamente diferentes, com o primeiro preferindo o meio e o segundo os flancos, e o Bota precisará saber se defender deles.

JOGADA RÁPIDA!

Enquanto Neymar, Robinho e cia continuam voando no Paulistão, o São Paulo não faz nada de positivo e Corinthians e Palmeiras só decepcionam seus torcedores. A apresentação do Corinthians contra o Botafogo foi abaixo da crítica, e o time de Ribeirão Preto mostrou o motivo de estar no G4. O empate em 1 x 1 nem de longe traduz a partida.

quarta-feira, 3 de março de 2010

AMISTOSO INTERNACIONAL - FRANÇA X ESPANHA

França 0 x 2 Espanha – Stade de France, Paris (FRA)

No duelo entre duas das mais tradicionais Seleções Européias, a Espanha nem precisou suar a camisa para, mesmo fora de casa, bater a nada inspirada Seleção Francesa.

Durante toda a partida, foram poucas as oportunidades de gols criadas por ambas as equipes. A França buscava, sempre o lado direito, aquele que é sua maior esperança – seria a única? – o ponta Ribéry. Mesmo deslocado de lado, já que pelo Bayern de Munique ele atua pela esquerda, Ribéry era a única opção de jogo da França, mas as jogadas por aquele lado sempre terminavam com um cruzamento do lateral Sagna que não levava o mínimo perigo ao goleiro espanhol Casillas. Como Henry estava completamente fora de órbita e o meia Gorcouff não conseguia iniciar sequer uma jogada bem trabalhada, estes infrutíferos avanços de Sagna, pela direita, foram a única arma da França nos primeiros 45 minutos. Já a Espanha, apesar de ter passado longe de fazer um excelente 1º tempo, conseguiu mostrar grande solidez defensiva e aproveitou duas das três oportunidades de gols criadas. Aos 21 minutos, Iniesta buscou David Silva no meio da defesa francesa mas acabou encontrando David Villa, que não desperdiçou a chance cara-a-cara com o goleiro Lloris. Logo no finalzinho da etapa, o lateral Sérgio Ramos recebeu a pelota na direita, cortou o defensor e ampliou a vantagem. Apesar de as vezes se mostrar violento, gosto muito do futebol do Sérgio Ramos, pois o acho um verdadeiro lateral, que defende e, quando possível, ataca.

Após o intervalo, a Espanha apertou ainda mais o freio. Não discordo da atitude da equipe espanhola, afinal vencendo a França por 2 x 0, fora de casa e em um amistoso, nada mais normal do que diminuir o ritmo. Porém, não gostei de como a Espanha resolveu administrar a vitória. Para quem tem na memória a atuação da “Fúria” na EURO 08 e as recentes apresentações de Sérgio Busquets, Iniesta e Xavi, no Barcelona, o mínimo que se espera da Espanha é manter o controle do jogo tocando a bola com qualidade. Tudo bem que Xavi, que entrou no intervalo, e Iniesta, que foi sacado para a entrada de Jesus Navas, não ficaram muito tempo juntos em campo, mas os que estavam no gramado tinham qualidade para manter a posse da bola. Aproveitando que a Espanha abdicara do ataque e a troca de todo o trio ofensivo, já que Raymond Domenech substituiu Ribéry/Anelka/Henry por Govou/Cissé/Malouda, a França apresentou, durante aproximadamente 15 minutos, algo próximo de um razoável futebol. De destaque mesmo, apenas uma jogada do Cissé, pela direita, que Malouda quase marcou. Queria aqui dar um pitaco na Seleção Francesa. Acredito ser um grande equívoco do Domenech a escalação do Ribéry fora de posição para poder colocar o Henry aberto pela esquerda. Além de Ribéry perder muito do seu jogo quando atua pelo lado direito, o Henry não está produzindo nada já faz um bom tempo.

Com um sistema defensivo forte, um meio-campo de gigante qualidade, apesar de, neste duelo, não ter mostrado isso, e um ataque rápido e mortal, a Espanha irá para África do Sul buscar o caneco. Já a França, precisará trabalhar muito nos treinamentos da véspera da Copa, pois se a equipe do Mundial mostrar toda esta buracracia e falta de criatividade, corre o risco de, assim como em 2002, ser eliminada sem sacudir o filó.

terça-feira, 2 de março de 2010

AMISTOSO INTERNACIONAL - BRASIL X IRLANDA

Brasil 2 x 0 Irlanda, Emirates Stadium – Londres (ING)

Jogando em sua atual casa, o Emirates Stadium, o Brasil venceu facilmente a Irlanda em seu último jogo oficial antes da Copa do Mundo.

Desde o primeiro até o último minuto, o jogo transcorreu como era de se esperar, com cara de amistoso. Com exceção de dois lances onde o Kaká se revoltou com a dureza de seus marcadores, a partida foi fria como a temperatura londrina. Na primeira metade do 1º tempo, a Irlanda tentou controlar a partida e mostrar que poderia enfrentar o Brasil de igual para igual. Como a Seleção Brasileira tinha absurda dificuldade na saída de jogo, já que o trio formado por Felipe Melo, Gilberto Silva e Ramires não mostrava a mínima qualidade nos passes, a Irlanda até se apresentava melhor em campo. Aos 15 minutos, ocorreu a melhor oportunidade de gol irlandesa em uma cabeçada do atacante Doyle que Júlio César salvou. Com o caminhar do jogo, o Brasil cresceu lentamente, tentando contra-atacar e apostando nas bolas paradas, o que não é nenhuma novidade pra quem conhece o trabalho do Dunga. Faltando 2 minutinhos para o fim da 1ª etapa, uma bela trama entre Káka e Maicon chegou aos pés de Robinho, que cruzou na área e o irlandês Andrews empurrou contra o próprio patrimônio.

Após o intervalo, o jogo mudou bastante. A Irlanda se tornou completamente nula ofensivamente e seu setor defensivo começou a “paçocar” em sequência. Entre os 19 e 24 minutos, a defesa irlandesa entregou a pelota para Daniel Alves, que driblou o goleiro e perdeu o gol, para o Maicon, quando a bola chegou ao impedido Robinho, e para o Kaká encontrar outra vez Robinho que, livre, leve e solto, chutou por cima. Cinco minutos, três falhas tremendas do adversário e o Brasil não soube aproveitar. Se fosse um jogo decisivo... Enquanto a Irlanda só se defendia, o Brasil havia se empolgado com as entradas de Daniel Alves e Grafite, este último no lugar do irreconhecível Adriano. Aos 31 minutos, a jogada que valeu o ingresso. Kaká, Grafite e Robinho tabelaram por entre os defensores irlandeses como se estes fossem cones inofensivos e o “Rei das Pedaladas” sacudiu o filó. Gol de propaganda televisiva. Apesar de não ter mostrado um futebol sensacional, a dupla Kaká/Robinho se movimentou bastante e esteve presente nos dois gols brasileiros. Novamente a criatividade do setor de meio-campo se resumiu ao Kaká, o que é bastante perigoso pois, apesar de ser genial, não é bom depender apenas de um jogador. Já Robinho parece ter colocado um ponto final nos que ainda duvidavam de sua convocação e titularidade. Ele tem toda a confiança do técnico.

Após esse amistoso, que acredito não tenha mudado muito os conceitos e opiniões do Dunga, nos resta esperar pela convocação para o Mundial. As dúvidas que temos, só acabarão na divulgação da lista.

segunda-feira, 1 de março de 2010

UMA IMAGEM...

Olá amigos do FUTEBOLA! Essa é uma postagem comemorativa no nosso blog, afinal é a de número 200. Para celebrar esta marca, um presente para todos os fãs do FUTEBOLA. Hoje estréia mais uma sessão no nosso blog, chamada de “Uma imagem”. Toda semana postarei aqui no blog uma foto marcante da história do futebol mundial. Espero que vocês gostem da novidade.



O inglês John Butcher durante o duelo contra a Suécia pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 1990. Isso sim é dar o sangue em campo!