terça-feira, 8 de janeiro de 2013

NOMES DOS ESTÁDIOS - ILHA DO RETIRO

Um palco tradicionalíssimo do futebol brasileiro, a Ilha do Retiro viveu um de seus momentos mais importantes em 1955, ano em que o Sport Club do Recife comemorava o seu cinquentenário. Inaugurada em 4 de abril de 1937, a Ilha finalizaria, 18 anos depois, sua segunda reforma – a primeira havia sido em 1950, quando o estádio ganhou a honra de ser uma das sedes da Copa do Mundo.

Na remodelação iniciada em 1953 e que acarretou na construção de um novo lance de arquibancada, poço artesiano, campo de treinamento, bilheterias e portão olímpico, além da instalação da iluminação, um nome foi essencial por seu apoio, sobretudo econômico: Adelmar da Costa Carvalho, que se tornaria o Presidente do clube entre 1955 e 1958.

Político, empresário e industrial de enorme sucesso em Recife, com obras que se tornaram cartões postais de uma época, como a Casa do Navio, uma residência bem semelhante ao famoso transatlântico Queen Elizabeth, Adelmar Carvalho trabalhou nas mais diferentes frentes. Seus esforços para a criação da Clínica do Câncer e alguns programas para difundir a arte entre os jovens são dois exemplos relevantes.

Ao nomear a Ilha do Retiro como Estádio Adelmar da Costa Carvalho, o Sport homenageia não só um rubro-negro de coração, mas um recifense que fez história.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

MULTICAMPEÕES ESTADUAIS - REGIÃO SUL


O pontapé inicial da série “Multicampeões Estaduais”, que listará aquele que mais títulos venceu consecutivamente em cada estado do país, será dado lá na parte de baixo do mapa nacional, na Região Sul, uma área repleta de esquadrões que marcaram história no futebol brasileiro, dentre eles, os dois únicos Octacampeões.

Em Santa Catarina, estado que atualmente tem sua força representada por cinco clubes nas duas primeiras divisões do Campeonato Brasileiro, o Joinville deixa os tradicionais da capital Florianópolis como Avaí e Figueirense a comer poeira. São nada menos do que oito taças conquistadas entre 1978 e 1985, um período que se tornou ainda mais glorioso para o torcedor tricolor pelo fato de ser Nardela a maior estrela da companhia. Nardela é, simplesmente, o maior goleador e jogador que mais vestiu a camisa do Joinville em todos os tempos.

Oito canecos também alcançou o Internacional, entre 1969 e 1976, no Rio Grande do Sul. Também, com lendas como a muralha Manga, o xerife Figueroa e o elegante Falcão – só para citar três dentre tantos geniais craques –, a vida do Colorado era só festa. E até o país se renderia a tamanha categoria no biênio 75/76, quando este gigante sagrou-se Bicampeão Brasileiro. O recorde deste Internacional se torna ainda mais valioso ao se recordar que ele não foi atingido nem mesmo por inesquecíveis “Seleções Gaúchas” como o também vermelho “Rolo Compressor” da década de 40, de craques como Tesourinha e Carlitos, e o Grêmio de Aírton Pavilhão, que conquistou 12 títulos em 13 anos nos anos 50 e 60.

Um empate entre gigantes é o resultado que a história até os dias de hoje reservou para o Paraná, onde o já extinto Britânia e o Coritiba têm o direito de gritar “Hexacampeão!”. O Britânia, conseguiu a façanha quando o futebol ainda dava seus primeiros passos no estado, entre os anos de 1918 e 1923. E para reforçar ainda mais a superioridade do Alvirrubro, todos os artilheiros do torneio nestes anos vestiam sua camisa. Foram eles: Joaquim Martin, duas vezes, Romualdo, Zito, Maximino e Faeco. As láureas, porém, não foram suficientes para manter o clube, e hoje, após uma série de fusões, pode dizer que existe um pouquinho do sangue do Britânia correndo nas veias do Paraná.

O feito do Britânia só viria a ser igualado quase meio século depois, quando o “Flecha Loira” Dirceu Krüger, adorado ícone coxa-branca, liderou um inesquecível time alviverde à hegemonia paranaense entre 1971 e 1976. Durante estes anos dourados, nomes como o goleiro Jairo, jogador que mais atuou pelo clube, o zagueiro Duílio, o lateral Nilo e o ponta Aladim também fizeram o torcedor coritibano sorrir de alegria. Troféus como estes e o do Torneio do Povo de 1973 foram de suma importância para a consolidação do Coxa no cenário nacional.

domingo, 6 de janeiro de 2013

COPA SÃO PAULO DE FUTEBOL JÚNIOR 2013 - FLAMENGO X RONDONÓPOLIS










Flamengo 0 x 0 Rondonópolis – Grupo E

Em 2012, os jogos do Rondonópolis-MT na Copinha apontaram uma média de mais de 6 gols por partida, enquanto o atacante do Flamengo Douglas Baggio, sozinho, ganhou destaque na mídia por marcar incríveis 72 gols em 57 jogos. Em outras palavras, tudo que o espectador esperava, estivesse ele no Estádio Benedito Teixeira ou na poltrona de casa, era uma partida com muitas bolas nas redes. Não foi. Pelo contrário, nem uma mísera bolinha sacudiu o filó.

O Flamengo, com Donizete “Panterinha”, Rodolfo, Douglas Baggio e Rafinha na linha de ataque, se fez mais presente no campo ofensivo e criou as melhores oportunidades de gols. Baggio finalizou fraco sem goleiro e cabeceou um milimétrico cruzamento por cima da meta, Rodolfo acertou um belo arremate que o goleiro Anderson desviou antes de raspar na trave, “Panterinha” levou perigo de dentro da área... Porém, este punhado de chances não foi suficiente para inaugurar a meta mato-grossense. Na realidade, o Rubro-Negro deu a impressão de ter jogado os 90 minutos sempre na primeira ou segunda marcha, como se fosse um motorista cauteloso recém-saído da autoescola, e este foi o principal motivo do placar mudo.

Difícil entender a falta de sede de vitória flamenguista. Seria por considerar o Rondonópolis o adversário mais forte do grupo? Seria frio na barriga, sempre maior numa estreia? Seria a confiança na vitória nos próximos dois jogos? Bom, apenas os próximos dias revelarão um pouco mais do verdadeiro potencial ofensivo da garotada rubro-negra.

GIRO PELA COPINHA!

Os alvinegros cariocas começaram o torneio com vitórias pra lá de suadas. Pelo grupo K, o Vasco venceu o Botafogo de Ribeirão Preto por 2 x 1. O time que lançou Dr. Sócrates para o mundo saiu na frente com gol de Hugo, mas o Cruz-Maltino conseguiu a virada com a ajuda do zagueiro Jam, que marcou contra, e, aos 42 minutos da 2ª etapa, através do Marquinhos. Já no grupo O, o Botafogo cortou um dobrado para bater o Santo André pela diferença mínima. Fernandez foi às redes quase nos acréscimos finais.

Neste domingo, o atual vice-campeão, Fluminense, estreia contra o Atlético Acreano em partida válida pelo grupo S. 

sábado, 5 de janeiro de 2013

UMA IMAGEM



















O ainda menino Falcão na Copa São Paulo de Futebol Júnior. Eram os primeiros passos que o tornariam o maior nome da história colorada e o levariam a ser chamado de “Rei de Roma”.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

BIBLIOTECA DO FUTEBOLA - UM SÉCULO DE FUTEBOL NO BRASIL


Logo nas primeiras páginas deste livro é possível ler a declaração de fundação do Sport Club Rio Grande (RS), mais antigo clube de futebol do país. E não termina por aí. Claudio Dienstmann e Pedro Ernesto Denardin fazem uma linha do tempo dos, digamos, “futebóis ancestrais” até o estabelecimento do futebol moderno, e ainda contam como os principais clubes brasileiros nasceram. “Um Século de Futebol no Brasil – do Sport Club Rio Grande ao Clube dos Treze” traz, em poucas páginas, muita informação relevante para quem se interessa pela história do futebol.




















Um Século de Futebol no Brasil – do Sport Club Rio Grande ao Clube dos Treze
Autores: Claudio Dienstmann e Pedro Ernesto Denardin
Editora: Aplub

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

BATENDO BAFO - BOTAFOGO VICE-CAMPEÃO BRASILEIRO DE 1992


Apenas duas vezes na história do futebol nacional a decisão do Campeonato Brasileiro foi palco de um clássico carioca. A primeira delas foi em 1984, quando o Fluminense de Romerito passou pelo Vasco de Roberto Dinamite, enquanto a segunda veio oito anos depois, em 1992. Nesta, o Flamengo do “Vovô Garoto” Júnior venceu um Botafogo que muitos na época consideravam um melhor time no papel. Time este que o amigo pode ver nas figurinhas abaixo com uma precisão de quase 100%, pois de todos os botafoguenses que participaram das duas partidas finais (3 x 0 Flamengo e empate em 2 x 2), apenas Vivinho não está no álbum. Os cromos de maior destaque são o do zagueiro Márcio Santos, que em breve se tornaria Campeão da Copa do Mundo de 1994, e o do letal trio ofensivo formado por Valdeir “The Flash”, Pichetti e Renato Gaúcho, este envolvido numa baita confusão por participar de um churrasco com o flamenguista Gaúcho após a derrota alvinegra na primeira decisão.







quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

LUZ, CÂMERA, GOL! - EL CHANFLE II (1982)


Nesta sequência do imperdível El Chanfle (1979), o personagem que dá nome a série, interpretado por Roberto Bolaños, deixou de ser o roupeiro para ser o treinador das divisões infantis do América do México.

Preocupado com a situação do clube e a queda do número de torcedores no estádio, o Presidente, Sr. Matute (Rubén Aguirre), convoca um simpósio a ser realizado em um hotel de luxo. Nele, além de Chanfle e sua esposa, Tere (Florinda Meza), estarão presentes, entre outros, o famoso treinador Secudo (Sergio Ramos) e o médico Dr. Najera (Edgar Vivar). E todos acabarão envolvidos num esquema de contrabando organizado por bandidos pra lá de atrapalhados.

Alguns debates futebolísticos bem interessantes e atuais são levantados, como um entre Chanfle e Secudo sobre qual seria a melhor estratégia entre apostar nas divisões de base ou contratar jogadores já formados – algo muito semelhante ao que vemos hoje em dia com os gigantes espanhóis Barcelona e Real Madrid.

Já para dar gargalhadas, Bolaños e companhia não precisam de apresentações ou comentários. Para os fãs do seriado Chaves e Chapolin, El Chafle II lembra muito os episódios que se passam em Acapulco, quando um hotel paradisíaco é o cenário de muita risada.

Como diz a máxima – que como qualquer outra possui suas exceções – a sequência não é tão boa quanto a primeira película. Porém, rir com estes atores que marcaram época no México e no Brasil é sempre uma boa pedida.

 

















El Chanfle II (1982)
Direção: Roberto Bolaños
Roteiro: Roberto Bolaños
Elenco: Roberto Bolaños, Florinda Meza, María Antonieta de las Nieves, Rubén Aguirre, Edgar Vivar, Raúl 'Chato' Padilla, Angelines Fernández, Sergio Ramos