segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

MULTICAMPEÕES ESTADUAIS - REGIÃO SUL


O pontapé inicial da série “Multicampeões Estaduais”, que listará aquele que mais títulos venceu consecutivamente em cada estado do país, será dado lá na parte de baixo do mapa nacional, na Região Sul, uma área repleta de esquadrões que marcaram história no futebol brasileiro, dentre eles, os dois únicos Octacampeões.

Em Santa Catarina, estado que atualmente tem sua força representada por cinco clubes nas duas primeiras divisões do Campeonato Brasileiro, o Joinville deixa os tradicionais da capital Florianópolis como Avaí e Figueirense a comer poeira. São nada menos do que oito taças conquistadas entre 1978 e 1985, um período que se tornou ainda mais glorioso para o torcedor tricolor pelo fato de ser Nardela a maior estrela da companhia. Nardela é, simplesmente, o maior goleador e jogador que mais vestiu a camisa do Joinville em todos os tempos.

Oito canecos também alcançou o Internacional, entre 1969 e 1976, no Rio Grande do Sul. Também, com lendas como a muralha Manga, o xerife Figueroa e o elegante Falcão – só para citar três dentre tantos geniais craques –, a vida do Colorado era só festa. E até o país se renderia a tamanha categoria no biênio 75/76, quando este gigante sagrou-se Bicampeão Brasileiro. O recorde deste Internacional se torna ainda mais valioso ao se recordar que ele não foi atingido nem mesmo por inesquecíveis “Seleções Gaúchas” como o também vermelho “Rolo Compressor” da década de 40, de craques como Tesourinha e Carlitos, e o Grêmio de Aírton Pavilhão, que conquistou 12 títulos em 13 anos nos anos 50 e 60.

Um empate entre gigantes é o resultado que a história até os dias de hoje reservou para o Paraná, onde o já extinto Britânia e o Coritiba têm o direito de gritar “Hexacampeão!”. O Britânia, conseguiu a façanha quando o futebol ainda dava seus primeiros passos no estado, entre os anos de 1918 e 1923. E para reforçar ainda mais a superioridade do Alvirrubro, todos os artilheiros do torneio nestes anos vestiam sua camisa. Foram eles: Joaquim Martin, duas vezes, Romualdo, Zito, Maximino e Faeco. As láureas, porém, não foram suficientes para manter o clube, e hoje, após uma série de fusões, pode dizer que existe um pouquinho do sangue do Britânia correndo nas veias do Paraná.

O feito do Britânia só viria a ser igualado quase meio século depois, quando o “Flecha Loira” Dirceu Krüger, adorado ícone coxa-branca, liderou um inesquecível time alviverde à hegemonia paranaense entre 1971 e 1976. Durante estes anos dourados, nomes como o goleiro Jairo, jogador que mais atuou pelo clube, o zagueiro Duílio, o lateral Nilo e o ponta Aladim também fizeram o torcedor coritibano sorrir de alegria. Troféus como estes e o do Torneio do Povo de 1973 foram de suma importância para a consolidação do Coxa no cenário nacional.

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