sexta-feira, 3 de abril de 2009

SÉTIMA RODADA DA TAÇA RIO 2009

Duque de Caxias 4 x 2 Mesquita – Duque de Caxias
Bangu 2 x 1 Tigres – Moça Bonita
Cabofriense 2 x 1 Volta Redonda – Cabo Frio
Americano 0 x 1 Flamengo – Campos
Macaé 0 x 1 Vasco – Maracanã
Fluminense 2 x 2 Boavista – Maracanã
Friburguense 1 x 0 Resende – Friburgo
Botafogo 3 x 2 Madureira – Engenhão

A sétima rodada da Taça Rio, deixou o Flamengo em situação tranquila para obter sua classificação à próxima fase. Somente um desastre (o Bangu vencer, o Flamengo perder e uma diferença de 8 gols de saldo for retirada) que faria o rubro-negro perder a vaga. O Botafogo também conseguiu importante vitória contra o Madureira e permanece empatado com o Bangu, ambos com 13 pontos e perseguidos pelo Friburguense com 12. Se neste grupo B, tudo será decidido somente na última rodada, Fluminense e Vasco se encontram de “férias” no Grupo A, pois ambos já estão classificadíssimos para a fase final da Taça Rio. Os jogos desta rodada foram disputados na terça e na quinta, pois na quarta-feira era dia de Seleção Brasileira. Desta vez, o vexame não ficou por nossa conta, mas por parte dos nossos hermanos argentinos. Os destaques dos jogos envolvendo Flamengo e Fluminense, além dos duelos Brasil 3 x o Peru e Bolívia 6 x 1 Argentina, você encontra logo abaixo.

MANDOU BEM!

- O Flamengo teve sérias dificuldades para vencer, por 1 a 0, o Americano, em Campos. A situação rubro-negra teria sido ainda mais complicada, se o goleiro Bruno não estivesse em um dia inspirado. O arqueiro fez pelo menos três excelentes defesas e teve, após um tempinho, seu nome gritado pela torcida novamente. A defesa que realizou no chute do atacante Cafézinho, foi espetacular. Com certeza foi uma daquelas que valem por um gol, afinal se aquela bola entrasse, o Flamengo dificilmente conseguiria os três pontos. Após um série de infelicidades dentro e fora de campo, cabe a Bruno seguir fechando o gol e a boca para ajudar o Flamengo e ele próprio.

- Se Maicon é, até o momento, a promessa do Fluminense que mais vem se destacando no torneio e Alan ganhou muitos créditos com o gol marcado sobre o Botafogo, o terceiro componente do trio, Tartá, andava em baixa nas Laranjeiras. Tartá, o mais experiente dos inexperientes tricolores, estava precisando, e muito, de uma apresentação como a que teve contra o Boavista. Não que ele tenha jogado uma barbaridade, mas foi o melhor jogador de sua equipe, marcando os dois gols do empate em 2 a 2. O meia conseguiu mostrar sua velocidade, habilidade e até seus chutes de fora da área, como no golaço que abriu o placar do jogo. Se Parreira está pensando, com razão, em enxugar o elendo tricolor, que ele passe longe de descartar o trio de Xerém.

- Muitos dizem que os jogadores dos times “pequenos” se esforçam mais quando jogam contra os “grandes”, pois conseguem obter maior destaque. Sendo esta tese verdadeira, ou não, dois jogadores mostraram ótimo futebol quando enfrentaram os times de maior tradição. Um deles é o ala-esquerda Ernani, do Americano. O jogador chama atenção tanto pelo seu porte físico, já que é alto para atuar pelos lados do campo, como pela boa qualidade com a bola nos pés. Contra o Flamengo apareceu bem, na parte ofensiva. O outro jogador é um que já citei algumas vezes aqui no blog. O atacante Tony do Boavista, fez uma excelente partida contra o Botafogo, marcando um golaço, ótima partida contra o Flamengo, participando dos dois gols do seu time, e uma boa partida, nesta quinta-feira, contra o Fluminense, deixando mais uma vez sua marca.

MANDOU MAL!

- Sei que muitos irão discordar desta minha opinião, e até na imprensa já existem vários que pensam diferente de mim. Não gosto desta formação que Cuca vem usando no Flamengo, só com Willians como volante. Foi possível perceber, neste jogo contra o Americano, Willians se desdobrando, tomando cartão, correndo como um louco, para segurar o ataque do time de Campos. E mesmo ele tendo se apresentado bem, não tem como conseguir, sempre sozinho, parar um ataque inteiro a todo momento. Imaginem em um jogo contra o Palmeiras de Keirrisson, Willians e Marquinhos, ou contra o Internacional de Nilmar, Taison e D´Alessandro, o Cuca armando o Flamengo desta maneira. Não seria viável, né? Nem mesmo em um jogo decisivo do Carioca o Cuca escalaria o time assim. Portanto, mantenho minha opinião. O Flamengo precisa começar a se organizar dentro de campo, do zero. Sem invencionices, sem “futebol moderno”.

- Vou fazer aqui minha primeira crítica ao Carlos Alberto Parreira, mas não será nada grande. Acredito apenas, que em nada favorece o Fluminense escalar um time inteiro que nunca atuou junto, como foi na partida contra o Boavista. Se o treinador quer testar alguns jogadores, que mantenha a base titular e troque uns 3 ou, no máximo, 4 jogadores. Assim, os próprios pratas da casa, que eram muitos, vão se sentir mais seguros para mostrar o que sabem. Só dando um exemplo ilustrativo. Acredito que o jovem zagueiro Digão não teria sido expulso, se ao seu lado estivesse o experiente Luiz Alberto, lhe passando maior tranquilidade. Só me falta agora o Parreira escalar esse time no Fla-Flu de domingo.

ENQUANTO ISSO EM PORTO ALEGRE...

- Enfrentar o fraquíssimo Peru, não podia ter sido melhor para a Seleção Brasileira apagar a imagem horrorosa deixada após o empate em 1 a 1 com o Equador, onde merecia ter perdido de goleada, certo? Nem tanto. Já perceberam que constantemente a nossa Seleção vem sendo inconstante? Vou me expressar melhor. Já estou me acostumando a assistir nosso escrete realizar, alternadamente, boas e péssimas atuações. Perdemos amistoso para a Venzuela e goleamos o Chile. Empatamos com a Bolívia e trituramos a Venezuela, fora de casa. Empatamos com a Colômbia em 0 a 0, no Maracanã, e metemos humilhantes 6 a 2 em Portugal. E por último, a vitória fácil por 3 a 0 sobre o Peru, após pífia atuação contra o Equador. Uma daquelas montanhas-russas dignas da Disneylândia. Mas se não devemos exagerar nos elogios pela vitória sobre o fraquíssimo Peru, não podemos deixar de bater palmas para Kaká e Luís Fabiano. O meia já provou ser o líder técnico da equipe. Mesmo sendo um dos melhores jogadores do mundo, com uma categoria invejável, não se importa em marcar a saída adversária ou fechar o meio-de-campo. E Luís Fabiano cada dia impressiona mais pela facilidade em fazer gols e pela tranquilidade em jogar pelo Brasil, parecendo um atacante veterano. Atualmente só três jogadores são essenciais para a Seleção Brasileira: os dois que acabei de citar e o “invencível” Júlio César.

ENQUANTO ISSO NA BOLÍVIA...

- Esse negócio de idade é um problema. Depois de escrever mil maravilhas sobre a nossa Seleção, após a partida contra o Equador, descobri que quem vestia unforme amarelo eram os gringos. Vocês não têm ideia de onde minha pressão foi parar. Acho que ela baixou e subiu ao mesmo tempo. Fiquei tão nervoso que o meu médico, o Dr. Gonçalves, me proibiu de assistir ao jogo Brasil x Peru. Nem reclamei muito, pois um jogo que começa depois das 22h não é para senhores da minha idade. Mas não é por isso que eu deixaria de assitir os outros jogos, afinal, com tantos canais de tv, o que mais passa é futebol e teleshop, minhas diversões favoritas. Na quarta-feira, nem consegui tirar o meu soninho da tarde, pois aguardava o jogo da Seleção Argentina. Seria moleza para os nossos hermanos vencerem a Bolívia, apesar de que quando eu estive em La Paz, fui internado 3 vezes com falta de ar, em uma única semana. O jogo teve início e, acreditem, se eu não estivesse recém-vacinado no assunto, acreditaria que a Argentina que vestia verde. Como jogaram os bolivianos! Os primeiros 20 minutos apresentados pela Seleção Boliviana foram encantadores. Atacaram muito pela esquerda, chutaram de longe, cabecearam, chutaram de perto e deram mais trabalho ao goleiro argentino do que eu ao meu nutricionista em semana de Páscoa. Todo o time boliviano jogava bem, mas saltavam aos óculos a atuação do trio ofensivo. O meia com a camisa 10 fazia o papel de um verdeiro camisa 10, o que é difícil de achar nos dias de hoje. No ataque, um de cabelo curto e outro de cabelo longo mostravam diferença apenas nas madeixas, pois eram, ambos, perigosíssimos com a bola nos pés. Com exceção de uns 15 minutinhos, onde o jogo ficou equilibrado após o atacante cabeludo abrir o placar para a Bolívia, a Argentina foi massacrada. A cada jogada do atacante de menos cabelo, eu pensava ser o jogo uma brincadeirinha de 1º de abril. Ele já havia dado o passe para o primeiro gol e ainda fez gol de pênalti, deu lindo cruzamento para o gol de cabeça do camisa 10, marcou um golaço de cabeça, que poucos fariam, e balançou as redes com um toquinho de classe. Três gols, duas assistências e inúmeras jogadas de qualidade. Aplaudi todos seus lances, menos os que ocorreram quando eu estava com o aparelhinho de tirar pressão no braço. No final (o remédio de memória está fazendo efeito, pois não perdi a conta), a Bolívia meteu incríveis 6 a 1 na Argentina e não posso deixar de agradecer aos bolivianos. Vocês são muito novos para lembrar, mas em 1978, uma estranha vitória da Argentina sobre o Peru por 6 a 0 nos tirou da final da Copa do Mundo. Agora, os argentinos acabam de receber mais uma parcela da dívida, e espero que não seja a última. [ Sr. Arantes dos Santos, um velhinho surdo que tem muitas dificuldades em guardar os nomes dos jogadores]

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