terça-feira, 4 de dezembro de 2012

PRÊMIO FUTEBOLA BRASILEIRÃO 2012



Craque Futebola Brasileirão 2012

Futebola de Ouro – Fred (Fluminense)
Futebola de Prata – Diego Cavalieri (Fluminense)
Futebola de Bronze – Ronaldinho (Atlético Mineiro)

Seleção Futebola Brasileirão 2012

Diego Cavalieri (Fluminense)

Não existe camisa mais fácil de entregar para a Seleção Futebola Brasileirão 2012 do que a número 1. Diego Cavalieri, com defesas que fizeram céticos a pensar em outros mundos, foi quem mais deixou torcedores boquiabertos neste campeonato. Não existe a possibilidade de escolher somente uma atuação do arqueiro tricolor como “a melhor”, mas, até mesmo quando o troféu já estava endereçado para as Laranjeiras, no duelo contra o Sport, ele fez milagres. Em poucas palavras, Cavalieri fez jus a um símbolo que já foi brilhantemente defendido por Marcos Carneiro de Mendonça, Castilho e Félix.

Marcos Rocha (Atlético Mineiro)

Na Copa do Mundo de 1974, a Holanda entrou para a história com um jogo de intensa movimentação e dinamismo tático que ficou conhecido como “Futebol Total”. Pois não seria exagero, então, dizer que Marcos Rocha foi um “lateral total” neste Brasileirão. Durante os melhores momentos do Atlético Mineiro no torneio, Marcos Rocha foi uma alternativa ofensiva por quase todos os cantos do campo e que deixava as retaguardas rivais perdidas. Seus pés foram essenciais para muitas vitórias mineiras.

Gum (Fluminense)

Num Fluminense reconhecido pelo número de craques e pelo forte investimento do patrocinador, Gum foi a raça indispensável para qualquer Campeão, o símbolo guerreiro que a torcida tricolor tanto canta nas arquibancadas. Nos momentos  - muitos! – em que o Flu fazia das tripas o coração para segurar um resultado, Gum se transformava num leão e deixava litros e mais litros de suor em campo. Na sua melhor temporada com a camisa das três cores que traduzem tradição, Gum merece estar presente na Seleção Futebola Brasileirão.

Réver (Atlético Mineiro)

Ao lado de Leonardo Silva, Réver formou a melhor dupla de zaga do Brasileirão. É lógico, claro e evidente que um sistema defensivo não é feito somente dos zagueiros, mas Leonardo Silva e Réver foram fundamentais para o Atlético Mineiro terminar o campeonato com uma média de menos de um gol sofrido por jogo. A Seleção Futebola poderia contar tanto com um quanto com outro, mas, para obedecer critérios de posicionamento, o escolhido foi o Réver, que atua pelo lado esquerdo. Mas vale ressaltar que já não é a primeira vez que Réver faz um grande Brasileirão. Ano passado, também pelo “Galo”, e em 2009, pelo Grêmio, o zagueiro já havia mostrado do que era capaz. Não à toa é, hoje, jogador de Seleção Brasileira.

Cortês (São Paulo)

Nas últimas duas Seleções Fifa de melhores da temporada, os escolhidos para lateral-esquerdo foram os espanhóis Puyol (2010) e Sergio Ramos (2011), ambos improvisados. Para este ano de 2012, até o meia-ofensivo galês Gareth Bale é um dos candidatos para a posição. Por aí, é possível perceber a carência mundial de laterais pela esquerda, e no Brasileirão não poderia ser diferente. Assim, o são-paulino Cortês não precisou nem mostrar o futebol de seu melhor momento no ano passado, quando jogou um bolão pelo Botafogo e até Seleção Brasileira, para voltar a figurar no Prêmio Futebola. Presente em 35 das 38 partidas do São Paulo no torneio, Cortês segue como o melhor nome de sua posição em gramados tupiniquins.

Jean (Fluminense)

Se Abel Braga exagerou um pouco ao decretar Jean como o melhor jogador do Brasileirão, sua empolgação com as apresentações do volante teve todo o sentido. As sustentação e dinâmica que Jean deu ao meio de campo tricolor provam que sua posição é realmente a de volante, e colocá-lo na lateral-direita é quase um crime. Forte na marcação e íntimo da bola, é um exemplo da tão desejada modernidade que muitos pedem aos nossos volantes. E o principal é a sensação de que Jean ainda tem muito a crescer no futebol.

Paulinho (Corinthians)

Leandro Damião, Wellington Nem, Lucas e Romarinho são três promessas/realidades do futebol canarinho. Todos homens de frente, que sempre estão próximos à meta adversária. E não é que nenhum deles fez mais gol no Brasileirão do que o Paulinho? Mas não é só pela capacidade de chegar na zona de perigo e balançar as redes que o corintiano merece estar na Seleção Futebola Brasileirão, e sim porque, de uns tempos para cá, nenhum brasileiro entende mais do que ele do assunto “o que é ser um volante”. Hoje, é inconcebível uma Seleção, seja ela a nacional ou a do campeonato nacional, sem o Paulinho a vestir a camisa 8.

Ronaldinho (Atlético Mineiro)

Não poucas foram as vezes em que ouviu-se neste Brasileirão um “Viu o Ronaldinho? Jogou como nos tempos de Barcelona”. E não somente atuações contra adversários tetas – até porque é difícil de os encontrar no nosso campeonato –, mas sim contra carne de pescoço. Diante do Grêmio, no Olímpico, e do Fluminense, no Independência, por exemplo, o Gaúcho jogou uma barbaridade. E o golaçoaçoaço no clássico contra o Cruzeiro? Sem pensar duas vezes, pode-se afirmar que o agora camisa 49 foi pedra fundamental para dar ao “Galo” mineiro um vice-campeonato nacional que não vinha desde 1999. Desta vez, Ronaldinho fez por merecer toda a idolatria dos que por ele torcem.

Bernard (Atlético Mineiro)

Sem dúvidas Bernard foi a grande revelação do Brasileirão 2012. Suas apresentações encheram os olhos tanto dos que não largam a prancheta tática, quanto dos que olham o futebol como arte – vide a assistência que deu para o Jô marcar o gol da vitória contra o Grêmio, no Olímpico, após abrir uma chapelaria, em lance que merecia ficar em exposição permanente no museu do futebol. Rivalizou com Juninho Pernambucano para ser o melhor jogador do 1º turno e termina o ano atraindo olhares da Europa e como forte pretendente para a nova Seleção Brasileira do Felipão.

Neymar (Santos)

As Seleções Brasileiras principal e Olímpica permitiram ao Neymar participar de menos da metade do Brasileirão, exatos 17 jogos. Porém, estes foram suficiente para incluir o camisa 11 santista na Seleção Futebola Brasileirão 2012. Para os que dizem que os números não mentem, o Santos com Neymar em campo conquistou 62,7% dos pontos disputados, um aproveitamento inferior apenas aos de Fluminense e Atlético Mineiro. Mais números? Ok, o melhor jogador brasileiro da atualidade marcou 14 gols no torneio, marca que lhe confere a melhor média de tentos/jogo (0,82). Porém, existe uma maneira bem mais simples de entender a presença de Neymar no melhor onze do Brasileirão. Basta comprar o ingresso de um jogo do Santos e sentar na arquibancada ou pagar o pay-per-view e se acomodar na poltrona. É, simplesmente, ver para crer.

Fred (Fluminense)

Se faltava algo para Fred adentrar a galeria de maiores ídolos da história do Fluminense, já não falta mais. Fred foi líder, goleador, decisivo – vide as duas vitórias contra o rival Flamengo e as essenciais contra Ponte Preta e Palmeiras, só para citar quatro dos 12 triunfos tricolores que contaram com gols do artilheiro do certame. Fred esteve mais em campo neste torneio do que na conquista de 2010 e na inesquecível salvação de 2009, e esta maior participação do camisa 9 e capitão tricolor foi responsável direta pela magnífica campanha do Fluzão. Neste campeonato, ninguém jogou mais bola do que Fred, o terror dos zagueiros e goleiros adversários, o Craque Futebola Brasileirão 2012.

Treinador: Abel Braga

O atleticano Cuca, o gremista Luxemburgo e o são-paulino Ney Franco voltaram a realizar grandes trabalhos. Mas tem como não dar o prêmio de melhor “professor” do Brasileirão para Abel Braga? Abelão soube tirar o melhor do muito que os reconhecidamente qualificados jogadores tricolores tinham para dar. Claro que foi facilitado por um elenco que lhe permitiu ter um banco de reservas com jogadores renomados como Wagner e Rafael Sóbis e garotos promissores como Marcos Junior e Samuel, mas são inúmeros os exemplos na história de grupos excelentes que ficaram pelo meio do caminho. Com Abelão no comando, o Flu passou voando baixo pelo meio do caminho e rumo a um final feliz.

3 comentários:

  1. Pow ninguém do fogão?

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    1. Olá, amigo!

      É verdade, desta vez não teve ninguém do "Glorioso". Jefferson foi ocultado pela magnífica fase do Cavalieri, Seedorf fez um campeonato excelente, até diria surpreendente, e Bruno Mendes mostrou muito no pouco tempo que teve. Quem sabe eles não estarão aqui em 2013?

      Grande abraço!

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  2. Fabiano de Alencar da Conceição7 de dezembro de 2012 às 16:50

    Cortês na lista?

    No lugar dele colocaria o Carlinhos do Fluminense!

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