sábado, 14 de fevereiro de 2009

Grandes Clássicos - Flamengo x Botafogo 1995

Grandes Clássicos - Flamengo x Botafogo 1995

Olá pessoal!

Como vocês já estão se acostumando, semana de clássico no campo é semana de clássico no seu monitor. Neste domingo, Flamengo e Botafogo se enfrentarão. O jogo não tem caráter decisivo, visto que ambos já estão classificados para a fase semi-final do torneio. História diferente foi presenciada em 1995, quando o glorioso e o rubro-negro da Gávea se enfrentaram, decidindo o título da Taça Guanabara em um jogo onde a principal atração era o duelo de dois gênios da bola.

O ano de 1995 era especial para o Flamengo, pois o clube estava completando nada menos que 100 anos. Como presente para a torcida e com o objetivo de acabar com a hegemonia do tri-campeão Vasco, o presidente rubro-negro Kléber Leite contratou, simplesmente, o melhor jogador do mundo na época. Chegava ao Flamengo, após bem sucedida passagem pela Europa, o grande artilheiro Romário. Talvez no seu período de melhor equilíbrio físico/técnico, Romário conseguia aliar uma grande velocidade, demonstrada em arrancadas imparáveis, com a capacidade de finalização que o tornou um dos maiores centroavantes da história do futebol. E tem mais. Se esquecermos a parte técnica do baixinho e pensarmos na parte psicológica, ele estava nas nuvens. Não havia momento melhor para retornar ao Brasil. Romário voltava ao país mais ídolo do que nunca, logo após se sagrar campeão da Copa do Mundo de 1994. Sua participação no torneio foi de tão grande importância que alguns a comparam com a de Maradona em 1986 e de Garrincha em 1962.

Quem teria a missão e o privilégio de ser o parceiro de Romário no ataque? Vindo das divisões de base do clube, Sávio foi o escolhido para fazer dupla com o baixinho. Completamente adorado pela nação rubro-negra, um pouco até por sua semelhança física com Zico, Sávio tinha tudo pra ser o companheiro de ataque ideal de Romário. O tempo mostraria que o ego de Romário e a timidez de Sávio não foram feitos um para o outro, porém, o início da parceria trazia infinitas esperanças para o torcedor flamenguista. Claramente o ponto forte da equipe rubro-negra era o ataque, mas o time contava ainda com jogadores de muita experiência, que, comandados pelo já vitorioso Vanderlei Luxemburgo, formavam uma equipe competitiva. O sóbrio zagueiro Jorge Luís, o raçudo volante Charles Guerreiro e o extremamente técnico centrocampista Válber são exemplos desta experiente base rubro-negra.

Se 1995 era histórico para o Flamengo pelo seu centenário, os botafoguenses que tiveram o desejo de que o ano durasse para sempre, já que em dezembro, conquistariam pela primeira vez o Campeonato Brasileiro. O alvi-negro contava com uma das melhores espinhas da história clube e do futebol carioca, com Wilson Gottardo, Sérgio Manoel e Túlio Maravilha. Se o Maracanã fosse uma cidadezinha do velho oeste, poderíamos dizer que Wilson Gottardo seria o xerife, Sérgio Manoel o mensageiro e Túlio Maravilha o matador, o que torna até cômico o fato de, ao longo do ano, Túlio e Gottardo se desentenderem fora de campo. Wilson Gottardo era o tipo de zagueiro que dava segurança a toda equipe. Qualquer atacante, antes mesmo de a bola rolar, ao vê-lo tirar cara-ou-coroa, já devia ficar intimidado com sua autoridade. Sérgio Manoel era o responsável pela comunicação entre defesa e ataque. Sua ausência seria sentida tanto pelo setor defensivo, que sofreria ao tentar sair para o jogo, quanto pelo setor ofensivo, que não receberia as bolas redondas fornecidas pelo meia.

Túlio Maravilha é certamente um jogador especial. Seu carisma é tão grande que, no início de 1995, mesmo tendo conquistado apenas um tricampeonato goiano, ele rivalizava pelo posto de “Rei do Rio” com os multi-campeões Romário e Renato Gaúcho. Claro que não era só por ser extrovertido que Túlio era ídolo. Se os títulos eram raros em suas prateleiras, não se podia falar o mesmo em relação aos prêmios por artilharias. Duas vezes artilheiro do Campeonato Brasileiro ( em 1989 pelo Goiás e em 1994 pelo Botafogo ) ele sabia, como poucos, balançar as redes. Duas qualidades imprescindíveis para ser goleador ele possuía nos mais altos níveis: posicionamento dentro da área e finalização certeira.

O Campeonato Carioca de 1995 teve um fórmula de disputa complexa. Os 16 clubes foram divididos em 2 grupos onde jogariam entre si em dois turnos. Os 4 primeiros de cada grupo passariam para a fase final, sendo que o maior pontuador de cada grupo, em cada turno, receberia um ponto de bônus para essa última fase. Ao final dos dois turnos, Flamengo e Botafogo lideravam seus respectivos grupos e fariam a decisão da Taça Guanabara. Ao vencedor, além do troféu, mais um ponto de bônus na disputa da fase final. Nada simples, não é?

No dia 23 de março de 1995, o Maracanã seria palco de um jogo que envolvia, além dos dois gigantes Flamengo e Botafogo, dois dos maiores atacantes da história do futebol brasileiro. A idolatria da torcida flamenguista por Romário e da botafoguense por Túlio naquele momento era algo extraordinário.

O juiz apita o início do jogo. Os torcedores alvi-negros não imaginavam o tamanho do pesadelo que teriam durante a 1ª etapa da partida. Era dia de Romário e, quando o dia é dele, nada há para o adversário fazer. Com menos de 10 minutos, o baixinho entra na área e Gottardo só lhe consegue roubar a bola com uma rasteira. Falta. Pênalti. Gol de Romário. O Flamengo abre o placar e não recua. Aos 22 minutos, após jogada pela esquerda, o meia rubro-negro William cruza perfeita bola para uma, mais perfeita ainda, cabeçada de Romário. 2 a 0 Flamengo, e o Botafogo ainda sofreria mais no 1º tempo. Não mais um gol. Pior. Em uma discussão entre o zagueiro flamenguista Agnaldo e Túlio, ambos recebem o cartão vermelho. O Flamengo perdia um jogador e o Botafogo “o jogador”.

O jogo volta do intervalo e o torcedor botafoguense não sabia onde buscar esperanças. Sem Túlio em campo e, perdendo por 2 a 0, é provável que muito torcedores alvi-negros tivessem abandonado o estádio. Aqueles, porém, que sabem que futebol nunca termina no intervalo, permaneceram e viram o jovem meia Adriano, que havia substituído o também jovial Beto, colocar fogo na partida. Adriano era a esperança que o torcedor do Botafogo procurava. Aos 28 minutos ele, chutando de fora da área, diminuiu a vantagem rubro-negra. Apenas 6 minutos depois, em cobrança de pênalti, ele igualou o placar e colocou fogo no jogo.

Tudo estava indefinido, entretanto, não podemos esquecer do que já foi falado neste texto. Era dia de Romário. O narrador do famoso programa “Canal 100”, define com perfeitas palavras o que se sucedeu: “O Maracanã enlouquece, qualquer lance pode decidir a partida. Em um momento mágico, a bola procura Romário e o maior jogador do mundo, num chute furioso, faz o gol da vitória.”. O momento mágico é realmente inesquecível. Após um lançamento para frente, o zagueiro botafoguense Márcio Theodoro tenta recuar uma bola para o goleiro Wagner. A genialidade de Romário o faz perceber a tentativa do defensor. A qualidade de Romário o faz decidir o jogo. 3 a 2 Flamengo, o campeão da Taça Guanabara de 1995. O torcedor alvi-negro, a partir deste jogo, pensaria várias vezes antes de cantar “Urubu otário...Quem tem o Túlio não precisa do Romário...”, e a torcida flamenguista, com toda a alegria do mundo gritava “Márcio te adoro!!! Márcio te adoro!!!”.

Flamengo 3 x 2 Botafogo
23 de março de 1995
Maracanã – Público: 50865 torcedores
Gols: 1º tempo: Romário ( Fla ) aos 7’ e Romário ( Fla ) aos 22’; 2º tempo: Adriano ( Bot ) aos 28’, Adriano ( Bot ) aos 34’ e Romário ( Fla ) aos 37’.
Flamengo: Emerson; Fabinho, Jorge Luís, Agnaldo e Marcos Adriano; Charles Guerreiro, Válber, Marquinhos e William ( Nélio ); Sávio ( Mazinho ) e Romário
Botafogo: Wágner; Wilson Goiano, Wilson Gottardo, Márcio Theodoro e Jefferson; Jamir ( Guga ), Moisés, Beto ( Adriano ) e Sérgio Manoel; Narcízio e Túlio

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

SEXTA RODADA DA TAÇA GUANABARA 2009

Mesquita 4 x 2 Macaé – Mesquita
Bangu 2 x 0 Volta Redonda – Moça Bonita
Vasco 0 x 0 Cabofriense – São Januário
Flamengo 2 x 2 Boavista – Maracanã
Duque de Caxias 1 x 1 Madureira - Duque de Caxias
Tigres 1 x 3 Resende – Xerém
Americano 1 x 2 Fluminense – Campos
Friburguense 1 x 5 Botafogo - Friburgo

Olá amigos do FUTEBOLA!

Penúltima rodada da primeira fase da Taça Guanabara e, como era de se esperar, completamente nada definido no grupo A. Em dois jogos mais do que dramáticos, o Vasco não garantiu sua classificação e o Fluminense se colocou na briga. Pelo grupo B, o Flamengo conseguiu um pontinho que o garante, momentaneamente, na liderança e o Botafogo, com uma bela goleada, ainda briga pelo primeiro lugar. Vamos destacar então o que ocorreu nesta importante rodada do Campeonato Carioca de 2009.

MANDOU BEM!

- O setor de criação do Vasco deu um show contra o Cabofriense. A dupla de laterais Paulo Sérgio e Ramón, junto com o meia Carlos Alberto, criaram aproximadamente 15 chances de gols para sua equipe. Se o time não soube transformar essas chances em gols, é um outro problema, que digamos é um problemão, porém, é melhor criar as oportunidades de gols e desperdiçá-las, do que não criá-las. Não será esta a primeira vez que elogio os três citados jogadores. Paulo Sérgio, que se destaca nas bolas paradas, tem chegado muito bem ao ataque, também, com a bola rolando. Alterna momentos em que vai, literalmente, até a linha de fundo, com jogadas onde o cruzamento sai mais de trás. Ramón tem mostrado um fôlego impressionante, levando vantagem na maioria das vezes que aposta corrida com seus marcadores. Além fazer belas jogadas ofensivas, também trabalha defensivamente, mas, seu grande teste na marcação, ainda não ocorreu. Vamos ficar de olho para ver como ele irá se sair contra os laterais-direito Léo Moura ( Flamengo ) ou Alessandro ( Botafogo ), por exemplo. Carlos Alberto, definitivamente, está com vontade de jogar bola. Dentro de campo, ele permanece penando com as inúmeras faltas sofridas, que sempre o atormentaram. Quando não é parado com infração, tem conseguido criar boas jogadas e, está aparecendo para o jogo durante todo o tempo.

- Se o maior problema do Vasco, em seu jogo, foram as conclusões, o Botafogo nem de longe sofreu deste mal contra o Friburguense. Até marcar o seu quinto gol, o time de General Severiano havia criado exatas 5 chances de gols. Nenhuma oportunidade criada pelo time havia sido desperdiçada. O nome do jogo foi Maicosuel, que foi muito bem auxiliado por Fahel, com dois belos gols de cabeça e, Reinaldo, com boa movimentação e um gol de oportunismo. Maicosuel, entretanto, estava impossível. Toda vez que ele pegava na bola uma jogada de gol era preparada. Córner batido por ele e gol de Fahel. Pênalti sofrido por ele e gol dele mesmo. Outro córner batido por ele e outro gol de Fahel. Mais um gol de Maicosuel após entrar costurando na área adversária. E por último, fez a jogada mais linda da noite ao, pelo lado da área, entortar o marcador e dar linda assistência para Reinaldo. Mesmo com sua infantil expulsão após este show, esta foi uma das grandes atuações individuais do torneio até o momento.

- Dois jogadores dos considerados times “pequenos”, uma vez mais atuaram de maneira destacada contra os “grandes”. O atacante Tony do Boavista, havia feito um partidaço, enfrentando o Botafogo, na estréia do campeonato. Contra o Flamengo, nesta rodada, mesmo sem ter uma atuação espetacular, participou diretamente dos dois gols da sua equipe e mostrou qualidade com a bola nos pés. O goleiro Flávio, do Cabofriense, havia fechado o gol, na vitória do seu time sobre o Fluminense, na primeira rodada do torneio. Contra o Vasco nesta quarta-feira, uma vez mais foi responsável por um resultado positivo da sua equipe, com uma grande atuação e inúmeras defesas. Se continuar assim, é favorito ao posto de melhor goleiro do Cariocão.

MANDOU MAL!

- Não sou contra, em casos de partidas tranquilas, o treinador decidir poupar alguns jogadores, entretanto, vejamos o exemplo do Flamengo. Já classificado para a próxima fase da Taça Guanabara, Cuca decidiu fazer, contra o Boavista, experiências na equipe e, colocou em campo, nada menos do que 6 reservas. Aí sim deixo de concordar com o treinador. Como observar a atuação de um jogador em uma equipe que nunca atuou junta? Será que em alguma situação ao longo do ano, Cuca precisará contar com aqueles 11 jogadores em campo? O que acrescentou à preparação da equipe, entrar em campo com o time misto? Cuca deveria se importar com situações que podem ocorrer ao longo da temporada, como por exemplo Léo Moura ser suspenso ou Marcelinho Paraíba não poder atuar. Que colocasse em campo apenas Éverton Silva e Jônatas, e mantivesse os outros 9 titulares. Trocar meio time não. O resultado de seu teste foi um Flamengo completamente sem criatividade, levando perigo, na maioria das vezes, em bolas alçadas para a área adversária.

- Se fosse eu Dorival Júnior, os atacantes do Vasco ganhariam, no nínimo, um mês de treinamentos intensivos de chutes ao gol. É inconcebível o setor de criação proporcionar ao time mais de uma dezena de oportunidades de gols, como foi contra o Cabofriense, e o placar terminar em branco. Élton, Faioli e Rodrigo Pimpão perderam tantos gols, que alguns torcedores devem ter sentido falta de Alan Kardec, que está longe de ser a solução para este problema vascaíno. É fato que os outros jogadores, que não os atacantes, também tiveram chances, porém, a crítica maior deve ser sobre os chamados homens-gol. Esquecendo este problema no tribunal, que acredito em nada resultará, o Vasco deixou de ganhar preciosos pontos e não pode nem pensar em perder seu jogo, contra o Madureira, na próxima rodada.

- Não é de hoje que o Botafogo vem recebendo muitos cartões em suas partidas. No duelo contra o Friburguense, um jogo que se desenhou fácil, o alvi-negro recebeu 6 cartões amarelos e um vermelho, sendo alguns destes, aplicados após o placar apontar 5 a 1 para o Fogão. Este comportamento da equipe merece urgentemente um sermão do treinador Ney Franco, pois já acarreta em sérios problemas. Com o jogo decidido, em um momento de total despreparo, Maicosuel, que vinha fazendo uma apresentação espetacular, perdeu a cabeça e agrediu o defensor adversário sendo expulso de campo. Esta expulsão não somente manchou sua atuação como o tirou do clássico de domingo, contra o Flamengo, que valerá a liderança do grupo.

- Vejam vocês a situação. Ao comentar a quinta rodada, critiquei, e muito, a atitude do Bangu de, após fazer um gol, pensar somente em se defender. Por ser um time fraco tecnicamente é até possível entender a atitude do time alvi-rubro. O Fluminense, porém, se utilizar deste recurso é uma incompetência das grandes. Contra o Duque de Caxias, pela 4ª rodada, o tricolor levou uma virada após estar vencendo por 2 a 0, justamente por esta atitude. Nesta rodada, contra o Americano, o mesmo quase ocorreu. Após abrir o marcador, a equipe treinada por René Simões se fechou em seu campo e desistiu totalmente do ataque. Em uma surtada do goleiro Fernando Henrique, que fez um pênalti tolo, o time de Campos empatou a partida. O Fluminense, nos últimos 5 minutos do jogo, decidiu fazer o que não fez em todo o 2º tempo, ou seja, atacar. Por sorte, numa jogada fortuita, Fernando Henrique ( isso mesmo, o goleiro ) sofreu um pênalti e garantiu os 3 pontos para o time das Laranjeiras. Existem várias maneiras de segurar um resultado, e o Fluminense não pode utilizar a pior delas.

ENQUANTO ISSO NA INGLATERRA...

- Jogando praticamente em casa, já que o Emirates Stadium é o palco que mais recebe a Seleção Brasileira atualmente, a equipe do técnico Dunga realizou uma boa apresentação. No 1º tempo, o Brasil soube trocar bons passes, valorizou a posse de bola e envolveu a marcação italiana. Ainda senti falta dos laterais brasileiros avançando. Maicon e Marcelo, apesar da boa atuação, poderiam ser mais agressivos. O resultado desta falta de jogadas pelas laterais, foi a fraca atuação de Adriano, que pouquíssimas vezes recebeu a bola. Ainda não me entra na cabeça, jogadores como Marcelo, Gilberto Silva, Felipe Melo e Elano estarem na seleção, porém, desta vez, eles estão de parabéns pela boa atuação. A 2ª etapa da partida, aí sim, teve cara de amistoso. Muitas substituições e o Brasil tocando a bola sem nenhuma objetividade. A Itália ainda tentou explorar a entrada de Luca Toni, mas Júlio César mostrou toda sua qualidade. A ausência da dupla Del Piero e Totti mostrou que, além de deixar a "Azzurra" mais fraca ofensivamente, a deixa mais sem graça.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

QUINTA RODADA DA TAÇA GUANABARA 2009 - FLUMINENSE X VASCO

Olá amigos do FUTEBOLA.

Após assistir, na íntegra, ao clássico Fluminense x Vasco, me sinto confortável para opinar. Como dito antes, devido a chuva que caiu durante o jogo, não consegui assistir ao primeiro tempo, ao vivo, pois o sinal da trasmissão caiu. Graças ao reprise, podemos ir ao que interessa e falar da partida.

MANDOU BEM!

- Os laterais vascaínos fizeram excelente partida, tanto defensiva quanto ofensivamente. Paulo Sérgio, pela direita, esteve bem, como de costume, nas bolas paradas e correu demais. Pelo lado esquerdo, Ramón se destacou ao ponto de ser o melhor homem em campo. Após fazer uma bela primeira etapa, voltou para o segundo tempo voando. Se Alex Teixeira não tivesse sido expulso no início do 2º tempo, talvez a participação ofensiva do lateral-esquerdo vascaíno fosse ainda melhor. O que tenho percebido, porém, é que tanto Paulo Sérgio quanto Ramón, estão sem companhia, conseguindo as jogadas quase sempre na individualidade.

- Dois volantes tiveram boas atuações no clássico. Pelo lado tricolor Diguinho e pelo lado vascaíno Nílton. Diguinho, que até no banco já foi colocado por René Simões, enfim mostrou um pouco de sua qualidade. Sempre presente na marcação, ao roubar uma bola em seu campo ele não utiliza o famoso e inútil chutão para frente. No Botafogo ele era excelente para fazer o papel de transição defesa-ataque, e nesta partida, mostrou que pode fazer isso pelo Fluminense também. Já o cruzmaltino Nílton manteve a média de boas apresentações. Assim como toda sua equipe, ele mostrou muita raça e é raro vê-lo perder uma dividida. Em suas boas atuações, estou sentindo falta apenas de seus potentes chutes longos.

- Muito legal a atitude do Thiago Neves. Claramente fora de forma e de ritmo de jogo, ele poderia passar uma ou duas semaninhas treinando antes de entrar em campo, porém, mostrou vontade de ajudar ao participar de mais da metade do clássico. Sua atuação não foi destacada, mas, sua inteligência e pensamento rápido foram vistos em alguns esporádicos lances. Esta vontade, aliada a sua qualidade técnica, será muito útil na formação desta nova equipe tricolor. O problema é que ele ficará por pouco tempo e o time pode sofrer depois, assim como o Flamengo em 2008, que após se estruturar, perdeu seus atacantes. O rubro-negro, no caso, demorou cerca de 2 meses para encontrar novamente o equilíbrio. Ainda é cedo, mas seria bom o Fluminense pensar nas opções para suprir a ausência de Thiago.

MANDOU MAL!

- Leandro Amaral sofreu, durante todo o primeiro tempo do clássico, marcação individual de seu xará, o volante Amaral. O atacante quase nada pode criar pelo simples fato de que, a cada bola recebida, sofria uma falta. Em casos assim que me vem a mente a idéia de limitar o número de faltas por cada atleta. É inadmissível o Amaral cometer o número de faltas que cometeu e sair de campo impune. Ao sair para o intervalo da partida, Leandro foi entrevistado com um visível arranhão no pescoço. Ossos do ofício? Não deveria ser para um jogador de futebol.

- Se, pela atuação na partida, os laterais do Vasco estão de parabéns, os do Fluminense merecem puxões de orelha. Uma vez mais Leandro passou longe de ser aquele jogador útil dos tempos de Palmeiras. Sua falta de ofensividade está limitando até a atuação do Conca. O meia argentino tem enorme facilidade de usar os avanços dos laterias para fazer jogadas, mas Leandro, até agora, parece estar se escondendo. Quanto à Wellington Monteiro, parece que até René Simões se cansou. O lateral-direito tricolor tem falhado constantemente ao longo do campeonato e nada, absolutamente nada, de útil faz no ataque. No início da 2ª etapa do clássico, o vascaíno Ramón o deixou duas vezes comendo poeira em apenas 8 minutos. Aos 9 minutos, René percebeu que a situação estava difícil e o substituiu por Mariano., que se não foi espetacular, esteve longe da péssima atuação de Wellington.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

QUINTA RODADA DA TAÇA GUANABARA 2009

Madureira 1 x 1 Americano – Édson Passos
Macaé 1 x 2 Flamengo – Volta Redonda
Cabofriense 4 x 1 Tigres – Cabo Frio
Resende 1 x 2 Duque de Caxias – Resende
Botafogo 4 x 1 Bangu – Engenhão
Boavista 1 x 1 Mesquita – Saquarema
Volta Redonda 2 x 3 Friburguense – Volta Redonda
Fluminense 0 x 0 Vasco - Maracanã

Olá amigos!

Infelizmente, pelos famosos motivos técnicos, não consegui acompanhar o primeiro tempo do clássico Fluminense x Vasco. Começou a chover imediatamente junto com o jogo e fiquei sem o sinal da transmissão. Assisiti toda a 2ª etapa, porém prefiro esperar o reprise da partida ( ocorrerá hoje as 23h ) para poder comentar com melhor embasamento. Portanto, terça-feira à tarde, no máximo, estarão aqui minhas opiniões sobre o empate no Maracanã.

A quinta rodada, porém, não foi apenas de clássico. O Flamengo, uma vez mais, precisou suar a camisa até o final para obter os três pontos e o Botafogo, teve tranquilidade e bom futebol para vencer o Bangu em um jogo que se desenhava difícil. Vamos ver então quem vai pra galera e quem merece aquela vaia nesta quinta rodada do Cariocão 2009.

MANDOU BEM!

- Não está, ainda, no ponto de exigir sua titularidade, porém, Jônatas está jogando um bolão. No jogo passado contra o Mesquita, seu primeiro toque na bola foi um golaço de primeira. Nesta rodada, contra o Macaé, uma vez mais ele entrou bem na segunda etapa. Sua visão de jogo é algo raro de se encontrar no futebol brasileiro. O que gera um certo preconceito contra ele, é seu porte em campo. Longe de querer comparar tecnicamente, Ademir da Guia sofria muito com isso nas décadas de 60 e 70. É o chamado falso lento. Contra o Macaé, praticamente todas as jogadas da equipe passaram por seus pés enquanto esteve em campo. O Flamengo sufocou até conseguir a vitória aos 41 minutos. Se perguntarmos aos zagueiros do macaé se o Flamengo estava lento em campo, eles responderão negativamente. Pena que dificilmente Ibson permanecerá para o segundo semestre pois, se os dois se entrosassem, o Flamengo teria uma bela dupla de meias.

- Se na partida contra o Volta Redonda disse, aqui mesmo, que o Cuca tinha errado ao tirar Aírton e Éverton e colocar, respectivamente, Maxi e Josiel, deixando o Flamengo apenas com Ibson e Marcelinho no meio, contra o Macaé o técnico esteve ótimo. Sem cometer nenhuma loucura ele conseguiu deixar o time mais ofensivo e incisivo. Por cerca de 10 minutos ele manteve Obina e Josiel e, ao ver que não estava dando certo, Maxi entrou no lugar de Obina. Abrir Zé Roberto pela esquerda não deve ser considerado uma loucura, pois a tempos que quem atua pela ala-esquerda do Flamengo tem total liberdade ofensiva. Resumindo, o time terminou a partida com a defesa armada e o ataque pressionando. E pontos também por ele acreditar na estrela de Zé Roberto, deixando o jogador em campo até o fim.

- O Botafogo esteve ótimo ofensivamente contra o Bangu. Reinaldo não parou em campo e criou lindas oportunidades, porém infelizmente não era seu dia de “balançar o véu da noiva”. Se Maicosuel esteve menos presente que Reinaldo, quando apareceu foi decisivo. Com lindos passes e jogadas de muita criatividade, colocou mais duas assistências em seu currículo e ajudou muito o time. Ainda que eu acredite que os alas Thiaguinho e Alessandro devessem aparecer mais ofensivamente, ambos estiveram bem, assim como o volante Fahel que até gol marcou. Falando em Fahel, ele participou do lance mais bonito da rodada. Não tenho dúvidas em afirmar que se a jogada terminasse em gol, seria o mais bonito, até aqui, do torneio. Uma tabelinha pelo alto simplesmente espetacular com o centroavante, onde este finalizou de primeira, sem deixar a bola cair. O centroavante? Victor Simões. Concorrente fortíssimo ao prêmio de melhor jogador do campeonato. Se contra o Volta Redonda ele criou, praticamente sozinho, todas as jogadas do Botafogo e o time não venceu, desta vez, contra o Bangu, manteve o mesmo ímpeto ofensivo e tudo deu certo. Jogador de porte físico privilegiado, Victor não faz o estilo “robô”. Sua técnica, principalmente nos arremates, é muito boa e sempre que sai da área para buscar jogo, sabe o que está fazendo. Quem não viu o seu segundo gol contra o Bangu, trate de ver. Um balaço digno de Adriano na Copa das Confederações de 2005.

- Quando falei para ficarmos de olho em Bruno Meneghel, do Resende, acabei secando o garoto. Nos jogos de seu time contra Vasco e Fluminense ele criou pouquíssimas chances de gols e não “sacudiu o filó”nenhuma vez. Agora chegou a vez de falar de Anselmo Ramón, junto com Victor Simões, artilheiro do campeonato. O atacante do Cabofriense meteu 4 gols no Tigres e enfrentará o Vasco na próxima rodada. Jogo morno? Nunquinha. Se o time de Cabo frio vencer, se iguala ao Vasco com 10 pontos e afunda mais ainda o Fluminense.

MANDOU MAL!

- Na partida contra o Macaé, em nenhum momento Obina teve uma clara chance de gol. Mas o time rubro-negro não pode, nem poderá, jogar em função de Obina. O Flamengo é um time com muitos recursos ofensivos e não pode ser para Obina o que foi, por exemplo, o Santos de 2008 para Kléber Pereira. Imaginem Léo Moura, Juan, Ibson, Marcelinho e Zé Roberto apenas com a função de servir o centroavante. Apesar de participar bem em alguns lances da partida, dificilmente se confundindo na hora das tabelinhas, o “xodó” não pode passar a partida inteira sem finalizar perigosamente. E já são 5 jogos sem gols.

- Defensivamente, dois jogadores estiveram péssimos nesta rodada. Juninho pelo lado do Botafogo e Aírton pelo lado do Flamengo. Se Juninho não falhou constantemente, no lance do gol do Bangu ele teve grande parcela de culpa. O goleiro Renan errou junto com ele, porém, ele não pode ficar para trás toda vez que estiver marcando um jogador veloz. Já Aírton tomou um baile do veterano Roma. Em toda partida, o jovem rubro-negro ganhou apenas uma bola do baixinho. Em um dos dribles que levou, uma linda gauchinha, Roma passou a bola para Jackson sofrer o pênalti cometido por Willians. Que Aírton fique de olhos bem abertos, pois daqui pouco terá que marcar Conca, Maicosuel, Carlos Alberto, e aí vai ser mais complicado.

- A situação está ficando crítica para o Bangu. Único time que ainda não venceu no torneio, o torcedor alvi-rubro não tem em que se agarrar para ter esperanças. Comentendo o mesmo erro que a maioria dos times “pequenos”, o Bangu, contra o Flamengo e contra o Botafogo, abriu o marcador e recuou completamente. É o problema de acreditar que defender é apenas colocar os 10 jogadores em seu próprio campo, o que é completamente errado. Jogar na defesa exige qualidade e muito treinamento, não apenas disposição. Veremos se com a contratação do bom jogador Tiano ( quase que ele tem nome de craque ein? Hahahaha ), que marcou 2 gols em sua estréia contra o Friburguense e mostrou qualidade contra o Botafogo, o time consegue fazer o suficiente para não ficar entre os dois últimos colocados.

ENQUANTO ISSO NA INGLATERRA...

- Rodada de muitos clássicos no Brasil e também na terra da rainha. Apenas recentemente, após a chegada de Roman Abramovich, o Chelsea passou a figurar entre os grandes times da Europa. Em Londres, o principal clássico é Arsenal x Tottenham. Querem uma prova? No site oficial do Arsenal, existe uma sessão, na parte da história do clube, apenas com os recordes sobre o Tottenham e nada específico contra o Chelsea. Bom, falei disso para poder comentar sobre o jogo ocorrido domingo entre estes grandes rivais londrinos. Estádio lotado, volta do ídolo Robbie Keane para o Tottenham e o recém-contratado Arshavin no banco do Arsenal. O jogo teve mesmo cara de decisão. O Arsenal teve Adebayour se machucando, Eboué expulso e Clichy com um corte na cabeça assustador como problemas. Jogando na casa do adversário escolheu por, após perder Eboué, recuar e atuar nos contra-ataques, porém sem Fábregas, contundido, esta tática perde muito a sua força. O Tottenham esteve mais presente no campo ofensivo, porém Pavlyuchenko, Keane e o bom meia Modric´ não estavam com a pontaria em dia. O jogo foi uma impressionante demonstração de raça por ambas as equipes e nos últimos 15 minutos qualquer uma poderia ter vencido, mas no final, o placar mostrou um empate sem gols. Apesar de não ajudar nem um pouco na tabela de classificação, onde ainda se encontra em 5º, a 5 pontos da zona de classificação para a Champions League, o empate foi melhor para o Arsenal pelas situações adversas do jogo. A estréia do russo Arshavin, que encantou todos na Eurocopa, não ocorreu. Na próxima partida do Arsenal estarei novamente de cara na tv, esperando-o entrar em campo.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Grandes Clássicos - Fluminense x Vasco 1976

Grandes Clássicos - Fluminense x Vasco 1976

Olá amigos!

Chegamos enfim ao primeiro clássico do Campeonato Carioca 2009. Diferente do ano passado quando os clássicos nada valiam na fase de grupos, desta vez o jogo é quente. Vasco x Fluminense farão um jogo importante para suas pretensões no torneio.

Semana de clássico é semana de reviver clássicos no FUTEBOLA. Em 1976 a decisão do título estadual foi sensacional, daquelas que provam que o jogo só termina quando o juiz apita. Contarei agora para vocês como foi esta inesquecível partida.

O tricolor das Laranjeiras contava, em 1976, com um elenco que se participasse de uma Copa do Mundo, entraria como um dos favoritos à conquista. Era a segunda versão da lendária “Máquina Tricolor”. Digo segunda versão pois, com o famoso troca-troca realizado pelo presidente tricolor Fancisco Horta, o time era muito diferente do que conquistara o Campeonato Carioca de 1975. Duas histórias ilustram a força desta verdadeira seleção de três cores. A primeira ocorreu em Paris durante o mês de junho de 1976, em um torneio que contaria com Fluminense, Seleção Brasileira olímpica, PSG e um combinado europeu. Este combinado europeu contaria com os melhores jogadores do continente, segundo a revista France Football. Entre os destaques europeus, os mais extraordinários eram Acimovic, capitão da Seleção Iuguslava e o holândes vice-campeão mundial em 1974, Rensenbrink. Não teve pra ninguém. O Fluzão ficou com a Taça, uma miniatura da Torre Eiffel, que já vi pessoalmente e é, realmente, uma das mais lindas taças já feita. Na vitória final contra o combinado do velho continente por 3 a 1 a torcida aplaudia até os raros lançamentos errados de Rivelino, tamanho era o show proporcionado pelo tricolor.

Já pelo Campeonato Carioca de 1976, tivemos uma cômica história ocorrida no jogo Fluminense x Goytacaz no Maracanã. O tricolor dava um baile no time de Campos e havia acabado de colocar 9 a 0 no placar quando os auto-falantes do estádio anunciaram: “A SUDERJ informa: o marcador não tem 10”. Claro que todo o estádio inteiro caiu em risadas. O placar não deu problemas pois o jogo terminou mesmo no 9 a 0.

Imaginem o que passa pelas cabeças dos defensores que entravam em campo para enfrentar o ataque tricolor. Comecemos por Paulo César Caju e um fato irá adjetivar sua categoria. Um dos maiores jogos da história das Copas do Mundo foi Brasil 1 x 0 Inglaterra, em 1970. Jogo duríssimo contra os “pais do futebol”. Sabem quem foi eleito o melhor jogador em campo na nossa vitória? Pois é, Paulo César Caju. Além desta fera, havia também a velocidade de Gil, conhecido como “Búfalo Gil” tamanha sua força ofensiva, o dinamismo de Dirceu que não parava de se movimentar um minuto em campo e o oportunismo do galã argentino Doval, que possuía, na mesma proporção, raça, técnica e faro de gol. Acabou? Ainda não. “Só” falta um dos maiores jogadores do mundo. Neste time tão estrelado havia sim uma estrela maior. Era Rivelino. Não é possível identificar sua maior qualidade. Como dizer que é o chute depois de ver seu elástico sobre o vascaíno Alcir Portela? Como dizer que é o drible após ver seus gols de falta? Eram tantas qualidades que se uma imagem vale como mil palavras, precisaremos de mil imagens para descrever Rivelino. Muitos jornalistas falaram neste início de 2009 que a contratação de Ronaldo pelo Corinthians foi a maior da história do Brasil e eu discordo completamente. Nenhuma transferência no cenário nacional se compara com a chegada de Riva ao Fluminense, vindo do Corinthians. Mas será que com tantos jogadores ofensivos o time não era frágil em sua defesa? A dupla de zaga contava com ninguém menos que o “Capita” Carlos Alberto Torres e o ex-vascaíno Miguel ( adquirido a peso de ouro, na transação onde o Vasco recebeu, por ele, Abel, Marco Antônio e Zé Mário ) e esta dupla ainda era protegida por Carlos Alberto Pintinho. Nada frágil né?

O Estadual de 1976 contou com 3 turnos e uma fase final. Vasco ( vencedor do 1º), Botafogo ( vencedor do 2º ), Fluminense ( vencedor do 3º ) e América ( vencedor da repescagem ) chegaram a fase final. Após todos os 4 se enfrentarem, Vasco e Fluminense terminaram com o mesmo número de pontos e ainda empataram em 2 a 2 nesta fase. Com o que o Vasco contava para se encontrar em nível tão parelho com a constelação tricolor? Simples. Com um jovem jogador que aos 20 anos já havia se sagrado campeão e artilheiro do Campeonato Brasileiro em 1974. Seu nome? Roberto. O apelido? Dinamite. Uma das provas da qualidade gigantesca de Dinamite ocorreu neste mesmo carioca de 1976 do qual falamos. Pelo primeiro turno ( Taça Guanabara ), ele fez um dos gols mais belos da história do Maracanã, ao, contra o Botafogo, matar a bola no peito, aplicar um lençol espetacular no zagueiro Osmar e concluir de virada para o gol.

Não poderíamos falar que o Vasco era um time de estrelas, mas era sim uma ótima equipe. O goleiro Mazarópi era excelente nos pênaltis e já havia mostrado isso na decisão da Taça Guanabara contra o Flamengo quando defendeu cobranças de Zico e Geraldo, dando o título do turno ao time de São Januário. Na zaga Abel jogava com duas estrelas no peito. Uma era a cruz de malta, a outra, aquela que todo xerife possui, tamanha sua autoridade e liderança. No meio de campo, Zé Mário era o motor do time. Zé não parava de correr um minuto, e quando tinha a bola nos pés sabia muito bem o que fazer. Além da qualidade, ele possuía a experiência de ter conquistado os dois últimos Campeonatos Estaduais. Em 1974 pelo Flamengo e em 1975 pelo Fluminense.

Domingo, dia 3 de outubro de 1976 estes gigantes cariocas se enfrentaram. O Maracanã contava com mais de 120 mil torcedores, em sua maioria tricolores. O Fluminense, apesar do favoritismo sabia que não podia bobear, principalmente com Dinamite. Talvez por este motivo o time tenha entrado em campo totalmente concentrado. Com apenas 10 minutos de jogo Rivelino já havia colocado uma bola na trave. A superioridade tricolor era grande e ficou mais visível ainda no 2º tempo. Durante a etapa final o Fluminense criou várias chances e jogava o mesmo futebol ofensivo que encantou os europeus. Velocidade nas pontas, tabelinhas pelo meio e chutes longos. O time tentava de tudo mas a bola não entrava. Chegou a prorrogação e, talvez com medo de enfrentar Mazarópi nos pênaltis, o tricolor não parava de atacar. O Vasco era até valente, porém, apenas se defendia. Dizem que um time de estrelas não tem gana, raça, garra, vontade. Tudo isto o Fluminense teve, o tempo todo. A prova é que aos 13 minutos do segundo tempo da prorrogação, após um cruzamento de Paulo César Caju, Doval de orelha colocou a bola na rede. Gol de artilheiro. Gol do artilheiro do campeonato. Gol do título. Mais um título para o Fluminese. Mais um título para Rivelino, que havia saído do Corinthians por não conquistar troféus. Agora ídolo tricolor, ele manda sua mensagem ao presidente de seu antigo time: “E o senhor, seu Matheus ( Vicente Matheus, lendário presidente corintiano ), vai continuar na fila guardando esse rico dinheirinho?”. Nota: O Corinthians não conquistava o Campeonato Paulista desde 1954.

Fluminense 1 x 0 Vasco
3 de outubro de 1976
Maracanã – Público: 127052 torcedores
Gol: 2º tempo da prorrogação: Doval ( Flu ) aos 13´
Fluminense: Renato; Rubens Galaxe, Carlos Alberto, Miguel e Rodrigues Neto; Carlos Alberto Pintinho, Paulo César caju e Rivelino; Gil, Doval e Dirceu
Vasco: Mazarópi; Toninho, Abel, Renê e Luiz Augusto; Zé Mário, Gaúcho e Luiz Carlos; Dé ( Luís Fumanchu ), Roberto Dinamite e Galdino

QUARTA RODADA DA TAÇA GUANABARA 2009

Cabofriense 1 x 1 Americano – Cabo Frio
Tigres 2 x 0 Madureira – Xerém
Boavista 1 x 1 Macaé – Saquarema
Flamengo 4 x 1 Mesquita – Maracanã
Resende 1 x 3 Vasco – Volta Redonda
Bangu 3 x 3 Friburguense – Moça Bonita
Duque de Caxias 3 x 2 Fluminese – Xerém
Botafogo 1 x 2 Volta Redonda - Engenhão

Olá amigos do FUTEBOLA. Como é bom presenciar a história acontecendo. Quando iríamos imaginar que em uma mesma rodada do Campeonato Carioca, em um mesmo dia, Flamengo e Vasco venceriam com gols de goleiro? Mas se a quarta-feira foi dos sonhos para os times “grandes”, a quinta-feira foi de pesadelos para Botafogo e Fluminense. Foram de encher os olhos as demostrações de garra de Volta Redonda e Duque de Caxias. Vamos então aos fatos marcantes desta quarta rodada do Campeonato Carioca de 2009.

MANDOU BEM!

- Impossível não começar os destaques positivos da rodada com eles: Bruno e Tiago. Se existe uma coisa diferente de se ver em um jogo de futebol, esta é gol de goleiro. Talvez só a torcida do São Paulo esteja acostumada já que Rogério Ceni tem quase uma centena de gols. Estava no Maracanã quando Bruno marcou seu primeiro gol de falta com a camisa rubro-negra, contra o Coronel Bolognesi ( Per ), pela Copa Libertadores. É realmente empolgante ver o goleiro correndo o campo todo com a torcida gritando seu nome. Ele sabe que o estádio inteiro está olhando ele, afinal, a bola está parada na sua frente e não tem mais para onde se olhar. Não é como um camisa 10 cobrando, é diferente. Existem dez jogadores no seu time que passam a semana inteira com a bola nos pés enquanto ele trabalha com as mãos e, de repente, lá está ele para fazer o que tem obrigação de evitar. Alguns jornalista dizem não existir golaço de falta. Discordo completamente. Contra o Mesquita, quarta-feira, Bruno fez um golaço com todas as letras. Se existe uma definição para “tapa na bola”, ela está a mostra no gol do camisa 1 rubro-negro. O gol de Tiago, goleiro do Vasco, contra o Resende, pode não ter sido tão mágico quanto o do rival flamenguista. Lembremos porém o seguinte, neste mesmo torneio os atacantes Obina ( Flamengo ) e Reinaldo ( Botafogo ) já disperdiçaram cobranças de pênaltis. Quando Rodrigo Pimpão foi derrubado na área pelo defensor do Resende e a torcida vascaína começou a gritar “Ti-a-go...Ti-a-go...Ti-a-go...” o goleiro não fugiu da responsabilidade e com muita categoria cobrou a penalidade máxima.

- Flamengo x Mesquita. Uma vez mais o rubro-negro estava tendo dificuldades para vencer a partida, já que, no intervalo, o placar apontava 1 a 1. Uma vez mais Ibson voltou para decidir. Não sei se é por motivos físicos, já que a temporada acabou de começar, que o meia fica acanhado nos primeiros 45 minutos e volta voando para a etapa final. O fato é que em todos os jogos do Flamengo até o momento, suas atuações após o intervalo dos jogos são destacadas. Concordo que Cuca esteve perfeito nas substituições e Éverton e Jônatas entraram muito bem, assim como a atuação de Léo Moura foi digna do melhor lateral-direito do país, porém, o ritmo do time inteiro muda junto com a evolução de Ibson. Suas arrancadas são impagáveis e imparáveis. Quando ele pega a bola no seu próprio campo e começa a correr podem ter certeza que, ou sairá um jogada boa, ou ele receberá a falta. Seu chute no travessão, neste último jogo, mostra como ele está ligado e com vontade de jogar. Ibson está se tornando cada vez mais essencial para o Flamengo e, novamente escrevo isto, é bom a diretoria se mexer para ele não ir embora em abril.

- Assim como o Flamengo que só conseguiu decidir sua partida na segunda etapa, o Vasco só garantiu os três pontos, contra o Resende, pela atuação na metade final da partida. O time vascaíno realizou um fraco primeiro tempo sentindo muito a falta de Carlos Alberto, já que seu substituto Fernandinho não ajudava em nada na criação. De útil apenas o gol de Nílton de cabeça, novamente em cruzamento de Paulo Sérgio, que empatou o jogo, no fim da primeira etapa, e deu tranquilidade para o time voltar do intervalo com uma atitude completamente diferente. A entrada de Élton no lugar de Fernandinho melhorou muito o time que ganhou um jogador mais participativo. Cresceram em campo também Alex Teixeira e Rodrigo Pimpão. Com boa movimentação ofensiva a equipe cruzmaltina conquistou a vitória, manteve o posto de melhor ataque da competição e Rodrigo Pimpão está nos braços da galera. Com a torcida cantando que quem tem Pimpão não precisa de Leandro Amaral, o garoto vai entrar voando domingo no Maracanã, pois algo que não falta para ele é raça. Ex-estudante de odontologia, sua comemoração fingindo que cuidava dos dentes de Ramón foi hilária.

- Desta vez o destaque dos times “pequenos” não serão individuais. Toda equipe do Duque de Caxias e do Volta Redonda estão de parabéns. Contra o Fluminense, o Duque de Caxias que saiu para o intervalo perdendo por 2 a 0 tinha tudo para desistir da partida. Era o lanterninha do campeonato, perdia por 2 gols para um Fluminense que precisava da vitória e o principal, tinha uma péssima atuação. Eis então que o time volta com tudo para o 2º tempo. Com raça e velocidade, pressionou durante quase toda a etapa e conquistou, com a ajuda da péssima atuação do sistema defensivo tricolor, uma histórica virada. E que estrela tem o autor do gol da vitória Deni. A vitória do Volta Redonda sobre o Botafogo foi uma outra história. Quando o time da “cidade do aço” colocou 2 a 1 no placar aos 10 minutos do segundo tempo, não tardou a recuar e armar uma muralha defensiva. Foi mais de meia hora de ataque botafoguense. O trio defensivo do Volta Redonda teve atuação para ficar na história do clube. Se Dedé e Arlindo estavam excelentes, o zagueiro da sobra era ninguém menos que Júnior Baiano. Não me lembro de tê-lo visto perder uma bola aérea todo o jogo e teve uma atuação merecedora de muitos aplausos.

MANDOU MAL!

- Da atuação do Fluminense no segundo tempo da partida contra o Duque de Caxias não se salva ninguém. A começar pelo técnico René Simões que decidiu poupar o Conca achando que a vitória estava decidida. Fernando Henrique cometeu o pênalti que originou o primeiro gol do adversário de maneira completamente precipitada. Se o lateral-esquerdo Leandro quase nada fez de útil, Wellington Monteiro mais uma vez apareceu falhando defensivamente. E foi uma falha daquelas. A dupla de zaga estava completamente insegura, com o experiente Luiz Alberto cometendo erros dignos de sub-17. Após mais um erro do técnico René ao tirar Leandro Bonfim, o meio de campo não conseguiu durante um minuto sequer controlar a posse de bola e por consequência o jogo. Se no primeiro tempo Leandro Amaral se movimentou melhor que nas últimas partidas e Roger fez dois gols, no segundo tempo ambos fizeram apenas número em campo. Resumo da ópera: foi a pior etapa do Fluminense em todo o campeonato.

- O Botafogo tentou a vitória até o fim contra o Volta Redonda, porém, esbarrou na defesa adversária e em sua própria desorganização. Se o time taticamente esteve péssimo, tecnicamente pode-se falar o mesmo. Com Fahel e Túlio Souza de volantes, já era provável que a criação do time estivesse debilitada e, como Maicosuel parece não ter entrado em campo a situação foi pior ainda. Victor Simões foi o único que buscou o jogo, tanto na criação quanto na conclusão, sendo o único do time a merecer aplausos. O goleiro Renan falhou grosseiramente no lance do gol da virada do Volta Redonda e mostra, cada vez mais, que está apenas guardando a posição para o Castillo voltar. Voltemos ao Maicosuel. Ele, em minha opinião, é o que merece o maior puxão de orelhas do time alvi-negro. Com a qualidade técnica que possui não pode se esconder do jogo. Após pintar na estréia, contra o Boavista, como um dos prováveis destaques do torneio, ele esteve longe de uma atuação digna de craque do campeonato. Ney Franco tem o trabalho de colocar em sua cabeça que o time depende, e muito, de uma boa atuação sua para render em campo.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

TERCEIRA RODADA DA TAÇA GUANABARA 2009

Vasco 3 x 1 Duque de Caxias - São Januário
Madureira 2 x 1 Cabofriense - Édson Passos
Fluminense 3 x 0 Resende - Maracanã
Americano 0 x 0 Tigres - Campos
Macaé 1 x 0 Bangu - Araruama
Friburguense 1 x 3 Boavista - Friburgo
Volta Redonda 0 x 1 Flamengo - Volta Redonda
Mesquita 0 x 2 Botafogo - Xerém

Realmente a Taça Guanabara é um torneio muito rápido. Em menos de 10 dias cada time já entrou em campo 3 vezes. Nesta terceira rodada tivemos pela primeira vez a vitória dos 4 “grandes”. O Americano daria um passo gigantesco para a classificação se vencesse, em casa, o Tigres. Com o empate, todo o grupo A está embolado. Vamos então ao que de bom e ruim ocorreu nesta rodada.

MANDOU BEM!

- Mesmo que muito pequena, já é possível notar uma evolução no Vasco. Nílton, desde que entrou no 2o tempo contra o Americano, mostrou que deve ser titular neste, ainda em formação, time vascaíno. Seu toque de bola ajuda a diminuir o número de chutões para a frente dados por Fernando, e até agora foi o único que aproveitou os cruzamentos de Paulo Sérgio, marcando dois gols de cabeça no torneio. Algumas jogadas como a bola parada do Paulo Sérgio, os avanços do lateral-esquerdo Ramón e a velocidade de Rodrigo Pimpão começam a aparecer. Carlos Alberto está mostrando que realmente vai ser o dono do time, participando muito da partida e, que a cada 3 jogos, ele terá uma folga, pois continua tomando um cartão amarelo por jogo. Vale ressaltar também que o nível do adversário, o Duque de Caxias, é fraquíssimo e, talvez, por este motivo que foi possível notar algumas qualidades vascaínas.

- Pelo segundo jogo seguido, Maicon e Tartá deram nova cara ao Fluminese após saírem do banco. Se contra o Madureira não conseguiram, apesar da boa atuação, dar a vitória ao tricolor das Laranjeiras, contra o Resende foi diferente. Mesmo com um jogador a mais desde os 27 minutos do 1o tempo ( Fabinho, do Fluminense, foi expulso ) o Resende ameaçava muito pouco, e o Fluminese, apesar de melhor, não fazia por merecer a vitória. Aos 15 e 22 minutos do 2o tempo entraram em campo, respectivamente, Tartá e Maicon e com a expulsão de Bruno Leite, do Resende, o Fluminense foi com tudo em busca da vitória. Os garotos de Xerém deixam o Fluminense com um estilo de jogo mais veloz. Se Wellington Monterio nada faz ofensivamente pelo lado direito, Maicon transforma o lado em um pandemônio para a defesa adversária. Se Leandro Amaral está em má fase e não consegue acertar uma jogada individual, não se pode dizer o mesmo de Tartá, que só é parado com faltas. Desta vez, os meninos decidiram para o Flu.

- Alguns jogadores rubro-negros estão atuando bem neste início de temporada. O zagueiro Ronaldo Angelim mantém o mesmo bom nível faz tempo e é ótima opção ofensiva pela esquerda e nas bolas aéreas. Willians parece não estar em início de temporada e corre como se estivesse com 100% da forma física. O volante além de bom marcador, tem ajudado bastante ofensivamente. O argentino Maxi sempre que entra durante o jogo faz o papel que Léo Moura não tem feito, por falta de condições físicas, de chegar literalmente até a linha de fundo. Tem sido muito útil e é peça importante no elenco. O melhor jogador do time neste início de ano, porém, é Íbson. Com a vontade que a torcida o cobrou durante um tempo em 2008, o meia tem evoluído de forma visível. Contra o Volta Redonda, mostrou como sua lucidez é essencial para a equipe. Com uma determinação impressionante roubava bolas na defesa e as levava ao ataque com qualidade. Jogando com essa raça, não deve, em nada, aos melhores jogadores do Brasil.

- No sábado Duque de Caxias e Resende tiveram fracas atuações contra, respectivamente, Vasco e Fluminense. O Volta Redonda deu algum trabalho para o Flamengo conseguir a vitória, porém ofensivamente teve apenas o atacante Zambi como destaque. Jogando sozinho na frente durante todo o primeiro tempo, o atacante fez o que pode com muita movimentação. Nesta rodada porém, o time “pequeno” a se destacar é o Mesquita. O técnico Rubens Filho merece os parabéns pela armação da equipe. O Mesquita passou toda a primeira etapa sem dar um chutão para frente. Os laterais quando avançavam eram bem protegidos e o time explorava muito bem os chutes de fora da área. O volante Haroldo, ex-Vasco, com sua careca e cavanhaque lembrava o Verón. Brincadeiras a parte, Haroldo esteve presente em praticamente todas as saídas de bola da equipe. Recebia a pelota dos zagueiros e levava ao ataque. Foi uma enormidade o número de passes que ele acertou, e mesmo que não sejam passes longos, são essenciais e deixam o jogo muito mais bonito de se ver. Uma falha bizonha da defesa, no fim do primeiro tempo, deu a vitória parcial ao Botafogo, que soube controlar e concretizar a vitória na segunda etapa.

MANDOU MAL!

- Parece que uma vaguinha na sessão dos destaques negativos ficará ocupada por muito tempo pelo sistema defensivo vascaíno. A furada de Amaral no lance do gol do Duque de Caxias é cômica. O Fernando também deu uma pixotada do mesmo nível, porém, como não terminou em gol, não foi tão marcante. Individualmente o trio Fernando, Titi e Amaral é fraquíssimo e não acredito que coletivamente eles possam passar segurança para laterais avançarem e meias terem mais liberdade.

- Mais desprazeroso do que ler sobre arbitragens ruins é escrever sobre o assunto. Fico muito triste com o nível da arbitragem do Campeonato Carioca 2009. O criticado da vez é Luiz Antônio Silva dos Santos, árbitro de Fluminense x Resende. O juiz, que já possui uma certa experiência, esteve completamente perdido em campo. A expulsão de Fabinho foi seu erro principal, porém seu descontrole deixou uma impressão pior.

- O Flamengo, pela terceira vez seguida, venceu o jogo no sacrifício. Na primeira etapa da partida, o Volta Redonda esteve melhor em campo e o Flamengo criou ofensivamente apenas duas jogadas com o volante Willians. Apesar de estar no início do trabalho, o Cuca tem feito alterações na equipe as quais não concordo. É louvável sua atitude de querer vencer o jogo, mas o Flamengo terminou a partida apenas com Íbson e Marcelinho no meio de campo, já que Willians fazia o papel de terceiro zagueiro. Será que em um futuro duelo contra, por exemplo, São Paulo ou Internacional, o treinador fará estas modificações? Não seria melhor ter um sistema ofensivo mais consistente como opção para vencer o jogo? A formação que o Flamengo terminou o jogo foi treinada durante a semana?

- A postura de Leandro Amaral ao ser substituído foi patética. O experiente jogador, que ainda deve uma atuação digna de sua qualidade, deveria sair de campo dando apoio para a entrada do jovem Tartá. O que fez Leandro? Mesmo sabendo que inúmeras câmeras estavam apontadas para ele, caminha fazendo sinais negativos com a cabeça e cara de poucos amigos. Sua reação é uma falta de respeito com o companheiro que entrou e com o treinador.

ENQUANTO ISSO NA ALEMANHA...

- Iniciou-se sexta-feira passada o 2o turno do Campeonato Alemão. Uma notícia ruim para os amantes do futebol. O Hoffeinheim, campeão do 1o turno, provavelmente só contará com Ibisevic ao final da temporada, por motivo de contusão. O Bósnio foi o melhor jogador e artilheiro da primeira metade do campeonato com incríveis 18 gols e 7 assistências em 17 jogos. Pelas oportunidades que o vi atuar, posso afirmar, sem dúvidas, que ofensivamente ele é o perigo em pessoa. A notícia boa foi o jogão de reestréia do certame entre Hamburgo x Bayern de Munique, em Hamburgo. Tecnicamente o jogo não foi de alto nível, mas a emoção durou do apito inicial ao final. Quem não acompanha o Campeonato Alemão poderá observar na seleção da Alemanha o meia esquerda Trochowski. Tecnicamente muito bom, tem nos chutes longos sua principal qualidade e ajuda muito na marcação. O jogo foi para o intervalo com 1 a 0 para o Hamburgo e o segundo tempo pegou fogo. Com cerca de 15 chances de gols criadas, a partida foi equilibrada até os 15 minutos finais quando o time da casa decidiu recuar. O centroavante italiano do Bayern Luca Toni cria e perde muitas oportunidades ao longo do jogo. Desta vez, criou 5 ou 6 chances de gols, perdeu um gol na linha e infelizmente o árbitro errou ao anular um gol legal seu. Placar final: Hamburgo 1 x 0 Bayern de Munique. Com este revés e a vitória do Hertha Berlim sobre o Frankfurt, o time de Munique caiu para a quarta colocação.