sábado, 15 de janeiro de 2011
BIBLIOTECA DO FUTEBOLA
sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
COPA SÃO PAULO DE FUTEBOL JÚNIOR 2011 - 16 AVOS DE FINAL
Cruzeiro 2 (3) x (5) 2 Flamengo
Fluminense x Grêmio Prudente – 14 de janeiro
Vasco x Paulista – 14 de janeiro
No duelo mais atrativo da fase 16 avos de final da Copinha, o Flamengo bateu o Cruzeiro nas penalidades e garantiu a permanência no torneio. O Cruzeiro, conduzido pelo habilidoso meia Élber, que mandou bola na trave com apenas 1 minuto de jogo, sofreu pênalti que foi desperdiçado pelo Cristian quando o duelo estava 1 x 1 e marcou o segundo gol da “Raposa”, comandou as ações de ataque durante praticamente todo o jogo. Principalmente na 1ª etapa, apesar de o jogo ter ido para o intervalo com o placar de 1 x 1, com gol contra do Mayke para o Flamengo e gol de falta do Gabriel Araújo para o Cruzeiro, o confronto foi um verdadeiro ataque x defesa, com a Raposa quase que integralmente no campo defensivo rubronegro. Após o intervalo, o treinador do Flamengo, Paulo Henrique, decidiu aceitar de vez a estratégia de se defender e explorar os contra-ataques, que diga-se de passagem não surgiram na etapa inicial, e colocou o volante Victor Hugo para proteger a defesa e o excelente Rafinha para puxar os contra-golpes. O resultado rapidamente foi visto, com o Flamengo começando a arquitetar jogadas ofensivas e chegando ao 2 x 1 em um lindo contra-ataque no qual o Andersson deixou o Rafinha livre, leve e solto para sacudir o barbante. O Cruzeiro ainda chegaria ao empate no já citado gol do Élber, porém, e mais ainda após a saída por contusão do próprio Élber, os mineiros já não se mostravam tão senhores do jogo como no 1º tempo. O Flamengo ainda teve a chance de vencer a partida no tempo normal em jogada linda do Negueba aos 43 minutos, mas a finalização saiu por cima do gol. Na disputa de penalidades, o Rubronegro foi perfeito, acertando todas as suas cobranças, e ainda contou com o equívoco do volante cruzeirense Lucas para se classificar. Na próxima fase, o adversário do Flamengo sai do duelo entre São Paulo e Olé Brasil (SP). Depois de bater o forte time do Cruzeiro, os garotos do Mengão estão bem mais confiantes para um possível confronto contra o Tricolor Paulista, atual Campeão da Copinha. Isso se a zebra não decidir dar as caras...
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
COPA SÃO PAULO DE FUTEBOL JÚNIOR 2011

Voltando à Copinha, vamos analisar os duelos que envolvem os clubes cariocas que seguem no torneio, começando pelo Vasco da Gama. Na última edição da Copa São Paulo, o Vasco foi eliminado pelo Paulista, que será novamente o adversário do Vascão nesta primeira partida eliminatória. Apesar de ter vencido todas as suas partidas na fase de grupos e não ter sofrido nenhum gol, o Vasco deverá ter bastante cuidade com o Paulista, que também passou invicto pela 1ª fase, se quiser se vingar da última eliminação. A outra equipe do Rio que passou pela fase de grupos com 3 vitórias, o Fluminense, agora terá o Grêmio Prudente pela frente. Contando com uma equipe de elevado poder técnico, o Fluzão tem tudo para bater o Prudente e seguir na competição.
Por fim, falemos do Flamengo, que terá uma pedreira pela frente. Na fase de grupos, o Flamengo terminou com os mesmos 7 pontos do Mogi Mirim, porém, com um gol pró a menos, ficou com o 2º lugar. E os Rubronegros não imaginariam que um golzinho iria fazer tanta diferença. Por ter ficado em 2º lugar, o Flamengo pegará o forte time do Cruzeiro e, caso passe pelos mineiros, poderá enfrentar o São Paulo, atual Campeão da Copinha. É claro que o Flamengo tem todas as condições de vencer o Cruzeiro, mas enfrentar um adversário deste nível logo na primeira rodada do mata-mata não era o que os garotos do Mengão esperavam.
COPA DA ÁSIA 2011 - FASE DE GRUPOS

RESULTADOS
Jordânia 1 x 0 Arábia Saudita
Síria 1 x 2 Japão
Síria 1 x 2 Japão – Estádio Qatar SC, Doha
Em jogo emocionante o Japão bateu a Síria por 2 x 1 e alcançou a liderança do Grupo B da Copa da Ásia. Na última rodada os japoneses enfrentarão a já eliminada Arábia Saudita, enquanto Síria e Jordânia fazem um jogo que promete ser disputadíssimo.
Entre o apito inicial e o intervalo do duelo, o Japão exerceu amplo domínio sobre a Seleção Síria, alcançando, nesta 1ª etapa, 68% de posse de bola. E não foi aquela posse de bola infértil, mas sim uma posse de bola que resultou em diversas tramas ofensivas bem arquitetadas e boas oportunidades de gols criadas. Com a dupla de volantes Endo e Hasebe se apresentando muito bem para o jogo, os japoneses se postaram quase que integralmente no campo de defesa sírio e as chances de abrir o placar foram surgindo naturalmente. Os nipônicos já haviam chegado perto de balançar as redes em cabeçadas do o atacante Maeda e do zagueiro Kono quando, aos 34 minutos, Honda escapou pela direita, cruzou para Kagawa e, após bela antecipação do bom goleiro sírio Balhous, Hasebe aproveitou o rebote para sacudir o barbante. A vantagem no placar não fez o Japão relaxar em campo, pelo contrário, já que por duas vezes o Maeda teve a chance de ampliar a vantagem, após receber passes açucarados do Hasebe e do Endo.
Após o intervalo, logo aos 3 minutinhos, e novamente com o Maeda, o Japão jogou fora outra possibilidade de colocar 2 x 0 no escore. No entanto, o 2º tempo não se mostrou um espelho do primeiro e a Síria começou a colocar as manguinhas de fora. E o principal responsável pela evolução ofensiva dos sírios na partida foi o meia Al Kathib, que entrara no intervalo. Com muita vontade e sem medo de assumir a responsabilidade de levar à equipe ao ataque, Al Kathib comandou a Síria rumo ao empate, que se não surgiu após cabeçada do zagueiro Dyab, veio na cobrança de pênalti do próprio Al Kathib, aos 30 minutos. Vale dizer o pênalti que resultou no empate surgiu após duas enormes bobeadas, uma do Hasebe, que errou feio na saída de bola, e outra do árbitro. Após o passe errado do Hasebe, a redonda foi parar nos pés do jogador da Síria que tocou para o atacante Malki, porém o juiz pensou que o passe tivesse sido dado pelo defensor japonês, não marcou impedimento, assinalou penalidade máxima e ainda expulsou o goleiro Kawashima.
Porém, a festa da grande torcida síria presente no estádio duraria pouco tempo, pois, aos 33 minutos, Okasaki recebeu bela assistência do Endo e foi derrubado na área pelo lateral-direito Abduldaim. Na cobrança da penalidade Honda bateu quase no meio do gol e devolveu a vantagem aos nipônicos. A emoção do duelo não parou por aí. Com um homem a mais em campo, a Síria partiu para o ataque e quase conquistou o empate por duas vezes, ambas em finalização do Al Kathib, que não pode ser reserva desta Seleção Síria de maneira alguma.
A 3ª rodada da fase de grupos tem tudo para confirmar o Japão na próxima fase. Contudo, sobre o duelo entre Jordânia e Síria fica muito difícil fazer qualquer previsão, mesmo com a Jordânia tendo a vantagem do empate.
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
FIGURINHA CARIMBADA - NININHO

Nome: Octávio Fantoni
Data de nascimento: 4 de abril de 1908
Faleceu em 8 de fevereiro de 1935
Posição: médio-esquerdo
Clubes:
Palestra Itália – MG (1922 a 1923 e 1925 a 1931)
Avante – MG (1924)
Lazio – ITA (1931 a 1935)
Seleção Italiana – 1 jogo
Títulos:
Campeonato Mineiro – 1926, 1928, 1929 e 1930
Antes de começarmos a falar sobre a carreira do grande Octávio Fantoni, o Nininho, um rápido esclarecimento. Em 1942, o Palestra Italia (MG) trocou de nome para Cruzeiro Esporte Clube. O motivo? A Itália era um país inimigo do Brasil na II Guerra Mundial, diga-se de passagem foi o país onde nossas forças mais atuaram durante o conflito, e não era bem visto um clube brasileiro ter o nome de Palestra Itália. Por motivo semelhante o Palestra Itália (SP) passou a se chamar Sociedade Esportiva Palmeiras. Bom, amigos, agora sim podemos falar sobre o nosso Figurinha Carimbada.
Destaques:
- Fundado em 1921, o Palestra Itália levantaria o seu primeiro troféu mineiro em 1926 para logo tomar gosto pelo negócio: em 28/29/30 seria Tricampeão Estadual. Nesta histórica conquista do Tri, o Palestra era um verdadeiro esquadrão, que contava, por exemplo, com o “artista” ponta-direita Piorra, o artilheiro de mão cheia Ninão, que se chamava João Fantoni e era primo de Nininho, além do próprio Nininho. Atuando como médio-esquerdo, Nininho era daqueles jogadores chamados de "policial". Assim como a missão de um policial é proteger e servir, esses foram os trabalhos que Nininho executou com raríssima qualidade nos gramados mineiros e italianos. Jogador de muita força e grande capacidade de roubar bolas sem cometer faltas, Nininho também era dono de dribles categóricos e passes perfeitos. Além de tudo, era de uma vontade digna de um herói, capaz de estar com a perna engessada em um dia e sair de campo com a camisa encharcada de suor no seguinte.
- Em 1931, os primos Nininho e Ninão embarcaram para a Itália, onde iriam defender a Lazio. Vale dizer que Leonízio Fantoni, o Niginho, e Orlando Fantoni, irmãos de Ninão e, claro, primos de Nininho, também se destacaram pelo Palestra Itália e pela Lazio. Ou seja, a família Fantoni foi uma verdadeira fonte de craques para estes dois clubes. Atuando no duro futebol italiano, Nininho continuou o gigante de sempre. A prova disso foi a convocação para disputar a partida contra a Grécia pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 1934 (nota: mesmo sendo país sede do Mundial de 1934 a Itália precisou disputar as Eliminatórias, sendo o único anfitrião na história a ter que decidir no campo uma vaga para o torneio). Com dois brasileiros em campo, já que o ex-corintiano Filó foi companheiro de Nininho nesta partida, os italianos atropelaram os gregos com uma goleada por 4 x 0. Por sinal, pouco tempo após este confronto Filó seria Campeão Mundial com a Itália, se tornando o primeiro brasileiro a conquistar o caneco da Copa do Mundo. “E por que o Nininho não estava ao lado de Filó?” – o amigo deve estar perguntando. Pois, infelizmente, uma contusão afastou o ex-palestrino do Mundial.
- Provavelmente, os mais íntimos de Nininho devem ter ficado tristes com a não convocação para a Copa do Mundo de 1934. No entanto, a ausência no Mundial não era nada perto do que iria ocorrer no dia 20 de janeiro de 1935. Em duelo contra o Torino, Nininho disputou uma bola com o também brasileiro Benedito e cortou o nariz. Talvez por não ter parecido um ferimento grave, talvez pela já citada heróica força de vontade, o craque permaneceu em campo até o fim do jogo. Nem Nininho, nem os médicos, nem torcedores poderiam imaginar que, por causa deste ferimento no nariz, Nininho viria a falecer pouco mais de duas semanas depois. Comprovando o carinho que tinham pelo brasileiro, milhares de fãs do craque, não somente os da Lazio, estiveram presente nas ruas de Roma para se despedir deste verdadeiro colosso do nosso futebol.
Referências
Páginas Heróicas – Jorge Santana. Editora DBA.
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
COPA DA ÁSIA 2011 - FASE DE GRUPOS
Grupo D
Coréia do Norte 0 x 0 Emirados Árabes
Iraque 1 x 2 Iran
Iraque 1 x 2 Iran – Estádio Ahmed bin Ali, Doha
Da mesma maneira que o esporte influencia a sociedade em diversos níveis, o que ocorre na sociedade influencia também o esporte. Envolvidos em uma guerra que resultou na morte de mais de um milhão de pessoas durante a década de 80, é fácil imaginar o tamanho da rivalidade existente entre Iran e Iraque. E esta rivalidade pôde ser vista em um disputadíssimo duelo de futebol entre estes países, válido pela 1ª rodada da fase do Grupo D da Copa da Ásia, que terminou com a vitória de virada do Iran.
Com um início de partida mais incisivo, o Iraque apresentou maior poder ofensivo que o adversário e, após o bom atacante Younis perder um gol logo aos 3 minutinhos, o mesmo Younis abriu o placar aos 12 minutos, depois de cruzamento perfeito do lateral esquerdo Mahdi e assistência de cabeça do Raza. Mesmo com a desvantagem no escore, o Iran não se desesperou e aos poucos conseguiu se organizar na partida, quase empatando o placar aos 23 minutos, em excelente cobrança de falta do Mobali que o zagueiro Aghli cabeceou para grande defesa do Mohammed. O 1º tempo corria e apesar do Iran mostrar uma maior vontade ofensiva, afinal estava atrás no placar, nenhuma das equipes conseguia controlar o duro e pegado duelo. Até mesmo nos minutos finais da etapa inicial, quando o jogo esquentou, o equilíbrio foi mantido. Se aos 41 minutos o impetuoso meia direita Rezaei empatou a partida para o Iran após linda assistência do Andranik, aos 44 e 45 minutos o Iraque criou duas grandes oportunidades de ir para o intervalo com a vitória parcial e deu muito trabalho ao arqueiro Rahmati. A primeira oportunidade surgiu em jogada do meia esquerda Hawar e finalizada pelo Alaa, e a segunda foi um tijolo de fora da área do lateral direito Samal.
Após o intervalo os dois times diminuíram o volume e a partida caiu em emoções. Durante toda a primeira metade da 2ª etapa nenhuma oportunidade clara de gol foi criada e os sistemas defensivos se sobressaíram sobre os ataques. No entanto, mesmo durante este período infértil, a rivalidade continuava ditando o ritmo do confronto e o jogo se manteve muito disputado. Quando as chances de balançar as redes voltaram a aparecer, mais igualdade, com o Iraque chegando bem pela direita com o Raza e o Iran em trama entre Goulami e Rezaei. O jogo caminhava para o apito final com as duas equipes buscando a vitória, porém com dificuldades para arquitetar boas tramas ofensivas. Foi então que, aos 38 minutos, em jogada de bola parada, uma forte arma da Seleção Iraniana, Mobali alçou a redonda na área, ninguém a desviou e e ela foi parar no fundo do barbante, decretando vitória do Irã.
A vitória sobre o rival Iraque, atual Campeão da Copa da Ásia, é de grande valia para a Seleção Iraniana, que na próxima rodada terá outro difícil duelo pela frente, desta vez contra a Coréia do Norte, Seleção presente na última Copa do Mundo. Já o Iraque, pelo futebol apresentado nesta estréia, ainda pode sonhar com a classificação para a próxima fase.
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
PAPO CABEÇA - A QUEBRA DE UMA TRADIÇÃO
Desde 1991, quando o alemão Lothar Matthaüs teve a honra de ser o escolhido, a FIFA elege o melhor jogador de cada ano. O Brasil, apesar de já não ver um filho de sua terra receber o prêmio desde 2007, é o país com o maior número de vencedores, com oito conquistas: Romário (1994), Ronaldo (1996, 1997 e 2002), Rivaldo (1999), Ronaldinho Gaúcho (2004 e 2005) e Kaká (2007).
Para a premiação referente à 2010, uma novidade: o FIFA World Player of the Year se uniu ao tradicionalíssimo prêmio Ballon d'Or, da revista France Football, colocando fim à confusão que era gerada com a escolha de dois melhores do mundo, um pela entidade e outro pela revista. E ao conquistar este prêmio unificado, o argentino Lionel Messi realizou um feito inédito. Pela primeira vez o prêmio de melhor do mundo da FIFA entregue em ano de Copa do Mundo não foi para um Campeão Mundial. Anteriormente, Romário (1994), Zidane (1998), Ronaldo (2002) e Cannavaro (2006) haviam recebido o prêmio de melhor jogador e conquistado a Copa do Mundo em uma mesma temporada.
Em minha opinião, era uma incoerência enorme a FIFA praticamente esquecer o que havia ocorrido durante toda uma temporada e levar em consideração apenas a Copa do Mundo para entregar o prêmio em ano de Mundial. Tudo bem que esta não era uma regra. Nunca um representante da FIFA disse: “O melhor do Mundo é o melhor da Copa”. Porém, como justificar a FIFA entregar o prêmio de melhor jogador de 2006 para o zagueiro italiano Cannavaro? Não sou maluco de discordar que o Cannavaro realizou uma Copa do Mundo inesquecível, porém, se ele foi o melhor do Mundial de 2006, que tivesse recebido o prêmio de melhor da Copa do Mundo, não o de melhor da temporada.
No recém findado ano de 2010, a Espanha conquistou sua primeira Copa do Mundo e não tenho uma gota de dúvida em afirmar que Xavi e Iniesta foram essenciais para este feito. Confirmando o que digo, o PRÊMIO FUTEBOLA COPA DO MUNDO 2010 de melhor jogador foi para o Iniesta. No entanto, e apesar de realizar uma Copa do Mundo no máximo razoável, ninguém jogou mais bola em 2010 do que Lionel Messi. Arrancadas, dribles, assistências, gols, golaços, golaçoaçoaços... Parece mentira, mas o argentino marcou 58 gols em 54 jogos no ano de 2010, o que lhe confere uma média de 1,07 gols por jogo.
A cada dia que passa, a dupla Xavi e Iniesta sobe mais e mais no meu conceito, mas o dono do mundo em 2010 foi, realmente, o imparável e impagável Lionel Messi. Sorte do Barcelona, que pode contar com um trio deste quilate. E sorte do futebol, que vê um esquadrão como este Barcelona desfilar pelos gramados.