segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

PAPO CABEÇA - A QUEBRA DE UMA TRADIÇÃO

Desde 1991, quando o alemão Lothar Matthaüs teve a honra de ser o escolhido, a FIFA elege o melhor jogador de cada ano. O Brasil, apesar de já não ver um filho de sua terra receber o prêmio desde 2007, é o país com o maior número de vencedores, com oito conquistas: Romário (1994), Ronaldo (1996, 1997 e 2002), Rivaldo (1999), Ronaldinho Gaúcho (2004 e 2005) e Kaká (2007).

Para a premiação referente à 2010, uma novidade: o FIFA World Player of the Year se uniu ao tradicionalíssimo prêmio Ballon d'Or, da revista France Football, colocando fim à confusão que era gerada com a escolha de dois melhores do mundo, um pela entidade e outro pela revista. E ao conquistar este prêmio unificado, o argentino Lionel Messi realizou um feito inédito. Pela primeira vez o prêmio de melhor do mundo da FIFA entregue em ano de Copa do Mundo não foi para um Campeão Mundial. Anteriormente, Romário (1994), Zidane (1998), Ronaldo (2002) e Cannavaro (2006) haviam recebido o prêmio de melhor jogador e conquistado a Copa do Mundo em uma mesma temporada.

Em minha opinião, era uma incoerência enorme a FIFA praticamente esquecer o que havia ocorrido durante toda uma temporada e levar em consideração apenas a Copa do Mundo para entregar o prêmio em ano de Mundial. Tudo bem que esta não era uma regra. Nunca um representante da FIFA disse: “O melhor do Mundo é o melhor da Copa”. Porém, como justificar a FIFA entregar o prêmio de melhor jogador de 2006 para o zagueiro italiano Cannavaro? Não sou maluco de discordar que o Cannavaro realizou uma Copa do Mundo inesquecível, porém, se ele foi o melhor do Mundial de 2006, que tivesse recebido o prêmio de melhor da Copa do Mundo, não o de melhor da temporada.

No recém findado ano de 2010, a Espanha conquistou sua primeira Copa do Mundo e não tenho uma gota de dúvida em afirmar que Xavi e Iniesta foram essenciais para este feito. Confirmando o que digo, o PRÊMIO FUTEBOLA COPA DO MUNDO 2010 de melhor jogador foi para o Iniesta. No entanto, e apesar de realizar uma Copa do Mundo no máximo razoável, ninguém jogou mais bola em 2010 do que Lionel Messi. Arrancadas, dribles, assistências, gols, golaços, golaçoaçoaços... Parece mentira, mas o argentino marcou 58 gols em 54 jogos no ano de 2010, o que lhe confere uma média de 1,07 gols por jogo.

A cada dia que passa, a dupla Xavi e Iniesta sobe mais e mais no meu conceito, mas o dono do mundo em 2010 foi, realmente, o imparável e impagável Lionel Messi. Sorte do Barcelona, que pode contar com um trio deste quilate. E sorte do futebol, que vê um esquadrão como este Barcelona desfilar pelos gramados.

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