sábado, 6 de outubro de 2012

CAMPEONATO BRASILEIRO 2012 - 28ª RODADA - FLUMINENSE X BOTAFOGO


Fluminense 1 x 0 Botafogo – Engenhão, Rio de Janeiro

Diego Cavalieri e Fred voltam a mostrar porque são, atualmente, os melhores do país em suas posições e Fluzão passa pelo Botafogo num jogo de tensão palpável. Numa rodada onde todos os postulantes ao título venceram, os três pontos tricolores ganham ainda mais importância.

Para o segundo clássico em menos de uma semana, Abel Braga decidiu por repetir o onze que vencera o Fla-Flu no último domingo e organizou o Fluminense no 4-3-3 com: Diego Cavalieri; Bruno, Gum, Digão e Carlinhos; Edinho, Jean e Deco; Wellington Nem, Thiago Neves e Fred. Numa proposta tática surpreendente e que precisa de mais tempo e treino para ganhar corpo, Oswaldo de Oliveira posicionou Seedorf como homem mais adiantado e montou o Botafogo no 4-2-3-1 com: Jefferson; Lucas, Fábio Ferreira, Dória e Márcio Azevedo; Jadson e Gabriel; Elkeson, Andrezinho e Fellype Gabriel; Seedorf.

Se o ditado diz que os jogadores deveriam disputar a bola como se fosse um prato de comida, os botafoguenses passaram o 1º tempo a brigar pela redonda como se esta fosse um rodízio de carnes e massas. Firmeza e pressão foram as palavras de ordem no Fogão, com Seedorf de comadante na marcação no campo de ataque. Além de mais enérgico do que o Fluminense, o Bota também foi mais perigoso em termos ofensivos. Sempre pelo lado direito, ora com Lucas, ora com Elkeson, os alvinegros criaram chances que, se não foram suficientes para levantar o véu da noiva, transformaram Cavalieri no melhor homem da etapa inicial. Pelo outro lado, Jefferson foi um espectador dentro das quatro linhas, tamanha a falta de encaixe do ataque das Laranjeiras.

O cenário pós-intervalo não se mostrava muito animador para a torcida tricolor, com o Flu todo concentrado em afastar o Botafogo de seu campo. Porém, quem acompanha o Fluminense no Brasileirão sabe que, pelo quilate de seus nomes, a equipe não precisa de muito tempo para decidir um confronto, por mais difícil que este seja. Assim, no intervalo entre os minutos 25 e 35, o “Clube tantas vezes Campeão” obrigou Jefferson a uma defesa de puro reflexo, em cabeçada do Digão, abriu o placar em um nobre gol do impossível Fred, após tabelinha com Nem, e por pouco não ampliou a vantagem em duas jogadas do Marcos Junior. Nos minutos derradeiros, o Fogo continuou na busca pelo tento, que insistiu – e insistiria até o apito final – em não nascer, enquanto, nas arquibancadas, os gritos tricolores de “Guerreiros!” se misturavam aos de “Seremos Campeões!”.

Para espelhar a importância de arqueiros e artilheiros, Dadá Maravilha dizia que “um time de futebol tinha nove posições e duas profissões: o goleiro e o centroavante”. Folclore à parte, o que Cavalieri e Fred fazem, rodada após rodada, é assustador. 

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