sábado, 14 de dezembro de 2013

MUNDIAL DE CLUBES 2013 - PARA MATAR A SAUDADE


A expectativa era grande para voltar a assistir ao futebol de Darío Conca, dois anos após sua saída do Fluminense. Como estariam sua canhota, sua dinâmica e seus passes precisos e preciosos? Bom, amigos, na vitória do seu Guangzhou Evergrande sobre o Al Ahly, na fase quartas de final do Mundial de Clubes, o pequeno argentino voltou a mostrar o enorme futebol de seus melhores dias.

Em um time que se esforça ao máximo para obedecer todas as ordens do treinador Marcello Lippi, a criatividade fica por conta dos brasileiros Muriqui e Elkeson e, principalmente, de Conca. Para tirar o máximo possível da relação íntima entre Conca e a bola, Marcello Lippi o escala bem próximo ao único volante do 4-1-4-1 chinês. Conca se posiciona na segunda linha de quatro, por dentro, e é o encarregado de arredondar as saídas de bola. Este posicionamento, porém, não lhe tira a liberdade de se aproximar dos homens de frente para deixar sua criatividade aflorar. Em poucas palavras, Conca tem a missão de iniciar, organizar e, às vezes, finalizar as tramas chinesas.

E, diante do Al Ahly, Conca fez isso tudo. Quando, na saída de jogo, os chineses se encontravam naquela situação do “dá para quem sabe”, Conca lá estava para ser aquele que sabe. Quando Muriqui, Elkeson e o participativo Gao precisavam de companhia inteligente, Conca se apresentava. Quando a jogada precisava daquele algo a mais para ser transformada em lance de perigo, Conca descobria um passe. Foi assim que o Guangzhou, com um futebol bem melhor do que se esperava, fez dois a zero no Al Ahly (gols de Elkeson e do próprio Conca) e se classificou para enfrentar o Bayern de Munique na fase semifinal. 


A belíssima apresentação de Conca não é definitiva. Não podemos nos precipitar e afirmar que o pequeno canhoto vai retornar ao Fluminense, em 2014, com o mesmo protagonismo de antes. Porém, para quem estava sem ver o seu futebol há mais de 800 dias, deu para matar a saudade. 

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