Júlio César não é o culpado pelo fato dos cofres públicos terem bancado 83% dos 25,6 bilhões de reais gastos com a Copa do Mundo.
Daniel Alves não é o
culpado por o Brasil ter sido escolhido como sede do Mundial em 30 de outubro
de 2007 e não ser capaz de entregar sequer a metade do legado inicialmente
prometido.
Thiago Silva não é o culpado
pela promessa quebrada (destroçada!) de não se utilizar recursos públicos na
construção e reforma dos estádios.
David Luiz não é o
culpado da escolha de 12 cidades-sede e não oito por “questão de ajustes
políticos”, segundo declaração da FIFA.
Marcelo não é o culpado
de todos os aeroportos que deveriam estar reformados serem, em maior ou menor grau,
verdadeiros canteiros poeirentos de obras.
Luiz Gustavo não é o
culpado pela conclusão de apenas um terço das obras previstas de mobilidade
urbana.
Paulinho não é o
culpado por apenas um dos sete projetos portuários ter ficado pronto.
Hulk não é o culpado
por não existir nem sombra do trem-bala que deveria ligar São Paulo ao Rio de
Janeiro neste julho de 2014.
Oscar não é o culpado pelas
obras nos estádios terem reforçado o já inadmissível índice de acidentes fatais
na área da construção civil.
Neymar não é o culpado
de a Matriz de Responsabilidade do Governo Federal para a Copa do Mundo prever
gastos de aproximadamente cinco bilhões com os estádios e ultrapassar a marca dos oito bilhões.
Fred não é o culpado pelos
milhares de ingressos custando milhares de reais nas mãos dos cambistas.
Na Copa do Mundo, vamos apoiar quem precisa do nosso apoio e protestar contra quem merece nossos protestos.
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