Os amantes do futebol estão em êxtase. Como não bastasse a
alegria proporcionada por uma Copa do Mundo com média de quase três gols por
partida e repleta de jogos que enchem de tensão até os que não torcem por nenhuma
das seleções envolvidas, muitos craques jogam aqui, em gramados tupiniquins, a
fina flor de seu futebol. O alemão Müller detonou Portugal, o italiano Pirlo
deu um concerto em Manaus e o francês Benzema acabou com Honduras. E se o
holandês Robben parece um passo à frente quando o assunto em questão é o craque
do Mundial, dois jogadores que entraram em campo nesta quinta-feira já estão
fungando o cangote do carequinha holandês: James Rodríguez e Luís Suárez.
Basta observar um punhado de minutos do belo futebol do
colombiano James Rodríguez para saber que ele só pode ter o número dez às
costas. Para a alegria dos saudosistas, é um clássico camisa dez. Arma seu time
de trás com lançamentos valiosos, arma seu time na frente com passes
açucarados, arma seu time ao acionar os pontas (principalmente o fogoso
Cuadrado) e arma seu time em contra-ataques com uma velocidade de ação tão
rápida quanto a de raciocínio. Para completar, ainda aparece na grande área com
finalizações letais, como fez ao abrir o triunfo diante de Costa do Marfim que
classificou Los Cafeteros.
Enquanto Rodríguez é um clássico camisa dez, o uruguaio Luís
Suárez não é o que se pode chamar de clássico camisa nove. Não é alto, não joga
fixo entre os zagueiros e não exige bolas aéreas forçadas. E daí? Nenhuma
destas ausências o impede de ser bárbaro. Talvez estas ausências o fazem bárbaro.
É bárbaro na sua inquietude, na sua movimentação, ao não crer em bolas
perdidas, no seu posicionamento, no seu instinto, no seu arremate certeiro e no
seu exalar de emoção após decidir com dois gols a “Batalha de Itaquera” contra
a Inglaterra. O Uruguai parecia morto após a derrota na estreia. “A Costa é tão
Rica que já comprou a passagem de volta dos uruguaios”, brincavam alguns.
Suárez não havia jogado... a Celeste vive.
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HISTÓRIA DA COPA DO MUNDO
A Suíça é a Seleção que possui o recorde de mais partidas
consecutivas em Mundiais sofrendo ao menos um gol e o recorde de mais minutos
consecutivos sem sofrer gols. Entre as edições de 1934 e 1994 da Copa do Mundo,
a Suíça sofreu ao menos um golzinho em 22 partidas seguidas. Porém, se
contarmos o próprio Mundial de 1994, o de 2002 e o de 2006, a Suíça passou um
total de 559 minutos consecutivos sem buscar a redonda no fundo das redes.
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