O Brasil derrubou na final da Copa das Confederações. A
Holanda matou na estreia do Mundial. O Chile esfolou nesta quarta-feira. Os que
estiveram no entupido Maracanã presenciaram o fim de uma das maiores seleções
que o Planeta Bola já viu. Aquela Espanha que encurralava e desesperava
qualquer adversário com trocas de passes intermináveis, aquela Espanha que ignorava
salas de troféus e se agigantava diante de Itálias e Alemanhas, aquela Espanha que
durante anos acreditamos ser imbatível, aquela Espanha, amigos, virou história.
E a queda espanhola se torna ainda mais marcante pela monumental
apresentação do Chile, que nem esperou o apito inicial para sair na frente. O
futebol é tão complexo que o Chile se favoreceu pelo fato de seu hino ter
letra, enquanto o espanhol, não. Os onze chilenos em campo e os milhares nas
arquibancadas cantaram o hino com tamanha alma que energizaram o Maracanã. Já os
espanhóis, com um hino “não-cantável”, não puderam extravasar a tensão pré-jogo
e se inflar da mesma maneira.
Com a bola rolando, pelos olhos de qualquer tipo de análise, o
Chile foi superior. Ocupou os espaços como se conhecesse todos os atalhos do
campo; alternou com eficiência uma marcação por pressão com uma mais recuada; aumentou
a velocidade do jogo para fazer um a zero (gol de Vargas) em belíssima troca de
passes; foi eficiente para chegar ao segundo tento com o multi-homem Aránguiz; trocou
passes ao som do “Olé” quando precisou tirar o calor do jogo; chegou junto e
com vigor do início ao fim (Medel foi raça pura); esbanjou técnica (mais uma
grande atuação de Sánchez)... E se em alguns momentos, principalmente no final
do embate, a Espanha conseguiu ameaçar, o goleiro Bravo foi bravíssimo e pegou
tudo.
Sem dúvida uma tarde inesquecível para os classificadoschilenos. E, por
motivos diferentes, para os eliminados espanhóis. A Espanha caiu. Pilares como Casillas, Puyol,
Xavi e David Villa não durariam para sempre. E se é difícil substituir cada um
deles, será quase impossível substituir todos de uma só vez.
-----------------------------------------
HISTÓRIA DA COPA DO MUNDO
Apenas dois jogadores conseguiram marcar ao menos 5 gols em
duas edições da Copa do Mundo. O peruano Cubillas alcançou esta marca
balançando as redes nos Mundiais de 1970 e de 1978. Já o alemão Klose realizou
o feito de marcar 5 gols nas Copas de 2002 e 2006.
Nenhum comentário:
Postar um comentário