A vitória levemente encardida sobre Camarões nos trouxe uma
boa velha e uma boa nova. A boa velha é que Neymar segue sendo o melhor jogador
de seleção do mundo. A boa nova é que a entrada de Fernandinho e a
centralização de Oscar começam a dar mais cara de time ao time.
Falar que o Brasil chega pressionado pelo favoritismo em uma
Copa do Mundo é lugar comum. Nunca, porém, o peso foi tão grande quanto é
agora. Nem em 1950, até porque muito da atual pressão se dá pelo dolorido gol
de Ghiggia. Como já está claro há anos o quão dependente esta seleção é de
Neymar, nada mais lógico do que depositarem sobre os ombros do camisa dez a
maior parte das esperanças e, consequentemente, da pressão. E sabem o que é
mais surreal de tudo isso, amigos? É que o Neymar não mudou o seu jogo. Repete
neste Mundial todos os seus muitos acertos e até os seus raros tropeços.
Assim como diante da Croácia, quando o caldo começou a
engrossar contra Camarões foi ele quem nos trouxe paz e alegria. Paz com dois
gols que colocaram para dentro as manguinhas que os camaroneses estavam botando
para fora, principalmente após Matip empatar em um a um. A alegria veio com
dribles e toques da mais refinada plasticidade. No meio da tensão do difícil
embate, era possível ver sorrisos com a arte de Neymar.
No primeiro tempo, a salvação precisou vir pela genialidade
de Neymar porque, mais uma vez, o Brasil não conseguiu encaixar seu jogo.
Marcou pressão com eficiência por um período, usou e abusou dos lançamentos
originados pelos zagueiros (arma que pode ser útil, mas não pode ser a única,
contra os pequeninos chilenos) e voltou a ser frágil no meio-campo. A volta do
intervalo com Fernandinho no lugar de Paulinho e com Oscar deslocado do flanco
para o centro mudou o cenário. Pela primeira vez na Copa nosso meio-campo foi
sólido.
Nem o maior defensor da entrada de Fernandinho podia imaginar
que o volante se sentiria tão à vontade. Desarmou, arrancou, passou, encostou,
fechou, participou do gol de Fred e arrematou de maneira certeira para transformar
a vitória em goleada. Estamos encontrando nosso time. E temos Neymar.
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HISTÓRIA DA COPA DO MUNDO
O treinador com mais vitórias na história da Copa do Mundo é
o alemão Helmut Schön, que comandou a Alemanha Ocidental em todos os Mundiais
de 1966 até 1978, com 25 vitórias. Já o único técnico que conquistou dois
títulos é o italiano Vittorio Pozzo, feito alcançado com a própria Itália em
1934 e 1938. Quando o assunto é número de vitórias consecutivas, Luiz Felipe
Scolari, o Felipão, possui 11 triunfos seguidos: sete com o Brasil de 2002 e quatro
com Portugal de 2006.
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