Brasil 3 x 1 Croácia – Arena Corinthians, São Paulo (SP)
Foi difícil demais! Deu azia, soltou a bexiga, secou a boca...
Em nós e nos jogadores. Júlio César e Thiago Silva estavam tão tensos que antes
mesmo de começarem a deixar o suor em campo já haviam deixado lágrimas. Para dobrar
os sintomas descritos acima, a vibração coletiva do hino nacional não resultou naquela
blitz inicial que marcou as atuações na Copa das Confederações. E para triplicar
o mal-estar, Marcelo, aos 10, empurrou a pelota contra o próprio patrimônio para
fazer Croácia um a zero.
Com qualidade nos passes, os croatas dominavam o meio de campo,
que às vezes não tinha uma alma vestindo amarelo, pois Oscar estava pregado ao
lado direito, Hulk ao esquerdo e Paulinho, exceto uma boa infiltração, não preenchia
o setor. Como os laterais estavam péssimos tecnicamente e Fred precisa que a
bola chegue, o Brasil parecia ter uma única saída: a individualidade de Neymar,
o melhor jogador de Seleção do mundo. Aos 21, o camisa dez arrancou pela
direita e Oscar finalizou para linda defesa de Pletikosa. Depois, aos 29, a
arrancada da Joia foi pelo meio e culminou em arremate no cantinho para igualar.
O gol fez bem ao Brasil, que terminou a etapa com forte
marcação por pressão, cenário que se manteve no princípio do segundo tempo,
apesar da Croácia sempre encontrar espaços no setor de Daniel Alves, em jornada
horripilante à frente e pior atrás. Com o passar dos minutos o jogo encaixotou
e nenhum dos goleiros tinha suas luvas testadas. Foi neste cenário que, aos 24,
Fred recebeu bola de Oscar, caiu sozinho como um saco de batatas, o juiz
Nishimura assinalou pênalti e Neymar colocou o Brasil em vantagem.
Vantagem que a Seleção fez das tripas coração para segurar.
Oscar, Luiz Gustavo e David Luiz se matavam e, mesmo assim, a Croácia
encontrava buracos para levar perigo, como nos chutes de Modric e Perisic. A
paz verde e amarela só chegaria nos acréscimos, quando Oscar – jogou e se
entregou demais! –, de biquinho, decretou o triunfo por 3 a 1 e nos fez soltar
aquele “ufa”.
Brasil: Júlio César; Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e
Marcelo; Luiz Gustavo e Paulinho (Hernanes); Oscar, Neymar (Ramires) e Hulk
(Bernard); Fred. Técnico: Luiz Felipe Scolari.
Croácia: Pletikosa; Srna, Corluka, Lovren e Vrsaljko;
Perisic, Modric, Rakitic e Olic; Kovacic (Brozovic) e Jelavic (Rebic). Técnico:
Niko Kovac.
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HISTÓRIA DA COPA DO MUNDO
A Alemanha chega ao Mundial de 2014 como o país que mais
jogos disputou na história da competição. Ao todo, os alemães já entraram em
campo 99 vezes, com o retrospecto de 60 vitórias, 19 empates e 15 derrotas.
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