Poderíamos falar de como a arbitragem dificultou a vida do
México ao anular dois gols legais de Giovani dos Santos na vitória por um a zero
diante de Camarões. De como o veterano Rafael Márquez esbanjou conhecimento de
como ser zagueiro da sobra. De como o Brasil precisará ter cuidado com o ala mexicano
Layún às costas de Daniel Alves. De como Camarões provou que não basta porte
físico e empacotamento de jogadores para se formar uma sólida retaguarda. Porém,
amigos, temos que falar mesmo é da falta de misericórdia holandesa contra a Espanha.
Se antes do apito inicial esperava-se equilíbrio, bola nos
pés da Espanha e saídas letais por parte da Holanda, o primeiro tempo veio para
reforçar esta crença. Em alguns (poucos) momentos, Xavi, David Silva e Inista
deixaram a criatividade aflorar e o jogo espanhol se soltou. Em outros, os
holandeses acionaram o trio Sneijder, van Persie e Robben e provaram que não
precisam de muito tempo com a redonda para chegar lá. A reedição da última
final foi para o intervalo com o placar empatado em um gol (Xabi Alonso, em
pênalti cavado pelo vaiado Diego Costa, e van Persie, em magistral peixinho) e
a promessa de um segundo tempo no mesmo estilo.
Promessa feita é promessa cumprida, certo? Errado. Sedenta
por revanche, a Holanda conseguiu levar à perfeição o estilo de jogo que
propunha e fez história. Marcação pesada e forte, ocupação de todos os espaços
defensivos, saída de bola em altíssima velocidade e muita – muita! – técnica do
trio de ataque. Sneijder foi o homem de passes curtos, longos, rasteiros e
altos e deu assistência para dois gols (de Vrij e Robben). Van Persie fez o
diabo, tornou simples as mais difíceis finalizações e foi outra vez às redes. E
Robben...
Foi de arrepiar o que Robben fez. “Que se dane que a Copa do
Mundo acontece logo após o fim da temporada europeia”, ele pensou. E voou. Voou
alto. Acabou com o jogo. Fez o gol da virada e o que fechou a goleada. Este em arrancada
divina. Acreditem, amigos, foi ele quem fez chover em Salvador.
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HISTÓRIA DA COPA DO MUNDO
Ao entrar em campo para enfrentar Camarões, o zagueiro Rafael
Márquez não somente se tornou o jogador que mais vezes defendeu o México na
história da Copa do Mundo (13 partidas), mas também o primeiro jogador a ser
capitão de sua Seleção em quatro Mundiais.
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