Chegou a hora de a cobra trocar o cigarro pelo charuto
cubano. A hora em que cada seleção pode acordar na Copa do Mundo e ir dormir
fora dela. A sexta-feira não terá bola rolando e, como disse uma vez Luis
Fernando Veríssimo, “nada melhor para discutir futebol do que a ausência de
futebol”. Assim, amigos, vamos conversar aqui sobre quatro dos duelos das oitavas
de final. Na próxima postagem, papearemos sobre os outros embates.
O Brasil terá um meio mais sólido e fluido com Fernandinho,
os zagueiros podem lançar a força de Hulk atrás dos pequeninos chilenos, a
marcação por pressão promete dar resultado e Neymar sabe como encontrar espaços
diante de um time que mais se preocupa em jogar do que em não deixar jogar. A
dinâmica e as bolas de pé em pé do Chile atordoam e encantam, mas o Brasil tem
poder de fogo e alternativas para vencer.
A punição ao vampiro Suárez torna o Uruguai a maior das
incógnitas. Os celestes entrarão em campo sonolentos como diante da Costa Rica
(quando Luisito não jogou) ou com sangue nos olhos por se sentirem injustiçados?
Por parte da Colômbia, fica a expectativa em saber se a alegria do “armeration”,
o esplendor de James Rodíguez e o assanhamento do Cuadrado darão as caras em uma
partida que pode virar uma batalha encardida.
Nenhuma seleção produziu mais “melhores momentos” do que a
França. Os laterais e os volantes azuis vão à frente simultaneamente e os
avantes, liderados por Benzema, criam sozinhos e em conjunto. Mesmo que não
queira, a Nigéria será acuada pela França e precisará defender a meta do bom
goleiro Enyeama. O estilo de jogo francês e o receio de ser atropelado como a
Suíça obrigarão a Nigéria a apostar nos contra-ataques.
Contra a Alemanha, a Argélia vai se agarrar ao direito que o
mais fraco tem de se defender contra um adversário titânico, mas tem homens na
frente (Feghouli, Brahimi e Slimani) que podem fazer fumaça quando se juntam ou
em bolas paradas. Os alemães trocarão trilhões de passes, atacarão em massa,
esbanjarão autoridade e buscarão um gol o mais rápido possível para repetir com
os argelinos o que fizeram com os portugueses.
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HISTÓRIA DA COPA DO MUNDO
A Espanha de 2010 foi a campeã mundial que menos vezes
balançou as redes: apenas oito. Por outro lado, a Alemanha de 1954 conquistou o
caneco tendo anotado 25 gols, a maior marca obtida por uma seleção campeã.
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