Cruzeiro 3 x 0 Flamengo – Parque do Sabiá, Uberlândia (MG)
Sem nem ideia de como se defender e ainda mais incapaz de
atacar, Flamengo é atropelado pelo líder Cruzeiro e termina o período pré-copa
na zona da degola.
Amigo, pegue qualquer pedaço de cinco minutos de duração da
partida. Do primeiro ou do segundo tempo, do início ou do final do jogo, e estes
cinco minutos bastarão para mostrar o quanto os que vestiram azul foram
superiores aos que vestiram vermelho e preto. O Cruzeiro fez o que quis com Flamengo.
Quando quis trabalhar a bola, trabalhou-a bem. Quando quis se postar com todos
seus homens em seu campo, dificultou ainda mais a vida do limitado ataque
rubro-negro. E quando quis avançar a marcação para pressionar e acelerar o
ritmo, fez da vida flamenguista um inferno.
Além de Ricardo Goulart e Éverton Ribeiro, que jogaram a mesma
bola redondinha que de seus melhores momentos em 2013, o volante Henrique foi o
senhor do meio de campo, marcando com vigor e atacando com dinâmica. Estes três
foram os grandes destaques individuais mineiros, mas os laterais Mayke e Egídio
também avançaram bem, Borges deixou sua marca, Nilton ajudou na solidez da
meiúca e os zagueiros Bruno Rodrigo e Léo pouco trabalharam. Menos ainda
trabalhou o quíper Fábio.
Os gols cruzeirenses foram todos marcados na etapa inicial. Aos
15, depois de muita bola de pé em pé, Ricardo Goulart entrou livre e abriu o
placar. Dois minutos depois foi a vez de Éverton Ribeiro aproveitar roubada e
passe de Henrique e ampliar. O terceiro tento, e que fechou de vez um caixão
que já parecia ter começado lacrado, nasceu em linda trama de Egídio, Éverton
Ribeiro e Ricardo Goulart que Borges completou. No segundo tempo, o Cruzeiro não
pisou no freio, apenas acelerou menos, pois as chances de gols seguiram e a
vitória esteve muito próxima de se tornar uma goleada.
Para falar do Flamengo não precisamos de muito. Uma atuação
precária em termos táticos (com improvisos e alterações de estratégia quase
aleatórias), físicos (como é possível ver nas diversas perdas de divididas), psicológicos
(um time entregue em campo) e técnicos (apenas um “melhor momento” foi criado
em 90 minutos). Em resumo, uma atuação que espelha a posição do time na tabela.
Cruzeiro: Fábio; Mayke, Léo, Bruno Rodrigo e Egídio; Henrique
e Nilton; Éverton Ribeiro, Ricardo Goulart (Luan) e Marlone (Élber); Borges (Júlio
Baptista). Técnico: Marcelo Oliveira.
Flamengo: Paulo Victor; Léo Moura, Chicão, Wallace e Samir
(João Paulo); Amaral (Gabriel) e Márcio Araújo; Negueba, Luiz Antônio e Paulinho;
Alecsandro (Mugni). Técnico: Ney Franco.
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