Estariam as seleções contagiadas pelos ares do país que
consagrou o futebol-arte? Se desde 1958 uma Copa do Mundo não termina com média
de gols superior a três por jogo, estamos nos esbaldando em bolas nas redes. E
se um alto índice de gols não é necessariamente um indicativo de bom futebol, estamos
nos banhando prazerosamente em ótimas partidas. Este domingo levantou tantos
assuntos que vamos seguir a cronologia dos embates para não embolar o meio de
campo.
Se tem um lance que merece entrar naqueles DVDs de videoaula
este foi proporcionado pelo suíço Behrami. Acréscimos da etapa final. Um a um
no placar. Equador dentro da área para finalizar e... Behrami desliza em
carrinho de rara perfeição, raciocina rápido para iniciar o contragolpe, leva
uma traulitada digna de expulsão, rola no chão, se levanta, e solta a bola
limpinha para os avantes. Resultado: gol da virada e vitória da Suíça.
Na sapecada de três a zero da França em Honduras, Benzema
lavou a égua e o meio-campo francês flutuou como se jogasse sobre algodão. O
destaque, porém, ficou por conta da garantia tecnológica recebida pelo juiz Sandro
Meira Ricci para confirmar que a bola ultrapassara a linha no segundo gol azul.
Em lances de não-interpretação, como este, a tecnologia é mais do que
necessária e só traz justiça, pois ninguém gosta de debater uma jogada que a TV
já deu o veredicto. Discussões boas são as geradas em lances de interpretação.
Falando nisso, José Roberto Wright, Luís Fernando Veríssimo e Maradona afirmam
ter sido pênalti em Fred.
E a Argentina? Bom, a Argentina destoou das atuações empolgantes do torneio, foi de uma pobreza franciscana na etapa
inicial e abusou de desperdiçar os espaços oferecidos na etapa final. Um gol contra
no início e outro nascido no único brilho de Messi foram suficientes para
garantir um suado triunfo que quase foi para o brejo quando a Bósnia diminuiu
no fim. Seria exagerado descer a lenha na atuação argentina. Foi apenas a
estreia, a Bósnia não é nenhuma teta e Messi até fez um salseiro de leve depois
do intervalo, quando recuou para a posição de armador e teve Higuaín e Agüero a
sua frente.
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HISTÓRIA DA COPA DO MUNDO
Com três derrotas cada, Itália e a Inglaterra são os países que
mais perderam disputas de pênaltis na história da Copa do Mundo. Vale citar que
Roberto Baggio esteve presente nas três derrotas italianas, porém desperdiçou
sua cobrança apenas na decisão do Mundial de 1994.
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