Uma das ideias mais sem cabimento de todo o futebol é: “Se
fulano não vai à Copa do Mundo, azar da Copa do Mundo”. Às vésperas deste magnífico
Mundial com o qual nos deliciamos diariamente, o sueco Ibrahimovic´ e o galês Bale
foram os principais fulanos da vez. Grandes jogadores, sem dúvida, mas não
foram bem sucedidos como líderes técnicos de suas seleções e são eles que perdem
por não disputar o Mundial.
Deixemos Neymar, Messi e Robben de fora desta discussão e
vamos ficar apenas com as seleções que, assim como aconteceria com a Suécia de
Ibra e o País de Galês de Bale, não chegaram à Copa do Mundo como protagonistas.
Após o corte de Falcao Garcia, o camisa dez (e ele pode mesmo dizer que é um camisa
dez) James Rodríguez assumiu com autoridade a função de líder técnico da Colômbia.
Jogo após jogo Rodríguez esbanja o mais variado repertório de passes, arma seu
time de tudo quanto é canto, anota gols e, de quebra, ainda faz isso com um quê
de arte.
No dinâmico, fluido e entrosado Chile, todo mundo sabe jogar
bola, mas ninguém tem jogado mais e chamado mais o jogo do que Sánchez, que
demonstra uma maturidade que não era visível no Barcelona. Volta para organizar
a saída de bola, sofre faltas em sequência, não se intimida, parte para cima, parte
para os lados, parte em diagonal... Shaqiri foi decisivo e marcou três gols em
Honduras quando a Suíça precisava de uma vitória ampla. O goleiro costarriquenho
Keylor Navas não só não cometeu sequer uma falha até o momento como realizou
defesas que mereciam ser emolduradas. Rafa Márquez, aos 35 anos, lidera o México
como se fosse um Beckembauer azteca. Hazard ainda não jogou a bola redonda que
sabe, mas os gols das duas vitórias belgas nasceram de suas assistências e inteligência.
Ao invés de se valorizar os que não estão no Mundial pelo que
não fizeram dentro das quatro linhas, dizendo que a Copa tem azar por estas
ausências, devemos elogiar efusivamente algumas brilhantes atuações de quem tem
feito no Mundial o que de Ibrahimovic´ e Bale se esperava nas Eliminatórias.
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HISTÓRIA DA COPA DO MUNDO
O húngaro Sándor Kocsis (1954), o francês Just Fontaine
(1958) e o alemão Gerd Müller (1970) são os únicos a terem conseguido dois hat-tricks em uma mesma edição da Copa
do Mundo. O argentino Batistuta também chegou à marca de três gols em uma mesma
partida em duas oportunidades, porém o fez uma vez no Mundial de 1994 e outra
no de 1998.
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