sexta-feira, 19 de junho de 2009

COPA DAS CONFEDERAÇÕES - 2ª RODADA

ESPANHA 1 X 0 IRAQUE

ÁFRICA DO SUL 2 X 0 NOVA ZELÂNDIA

BRASIL 3 X 0 EUA

EGITO 1 X 0 ITÁLIA

Olá amigos do FUTEBOLA!

A 2ª rodada da Copa das Confederações foi completamente imprevisível. Quem acreditaria que a Espanha só iria conseguir fazer um golzinho no Iraque? E ainda foi depois do intervalo. Quem esperava uma atuação vistosa do Brasil, após o sufoco passado diante do Egito? E o mais incrível. Quem imaginava que o Egito, depois deste citado calor que deu no Brasil, iria vencer a tradicional Itália. Pois é, a Copa das Confederações está se saindo melhor que a encomenda.

Vamos aos destaques dos jogos que consegui assistir.

ESPANHA 1 X 0 IRAQUE

O jogo entre Espanha e Iraque mostrou mais atrativos do que prometia. Assim como na partida diante da África do Sul, a Seleção Iraquiana, comandada pelo lendário técnico Bora Milutinovic, conseguiu armar uma muralha na frente de sua área e bloquear os avanços adversários. Mesmo com sua paciência característica e valorização da posse de bola, a Espanha sofria para chegar ao gol defendido pelo ótimo arqueiro Kassid, pois insistia em jogar pelo meio. Porém, diferentemente da África do Sul, que não utilizou os lados do campo para transpor a barreira iraquiana, a Espanha soube enxergar o desenho do jogo.

Logo no início da 2ª etapa, já era visível a maior exploração espanhola dos lados do campo. Se antes do intervalo, apenas Sérgio Ramos tentava algo pelas laterais, agora, pelo lado esquerdo, Mata e Capdevila apareciam mais. Foi assim que saiu o gol da vitória da “Fúria”, em um belo cruzamento de Capdevila e cabeçada de David Villa. Sobre este meia, o Mata, confesso que não conhecia o seu futebol, mas gostei bastante do que vi. Aparecendo pelos lados do campo, ele alternou boas jogadas tanto pela direita quanto pela esquerda.

Foi uma bela atuação tática do Iraque, que se tudo correr como o previsto, dependerá apenas de um bom resultado contra a Nova Zelândia para conseguir uma histórica classificação. Já a Espanha fez o que devia. Sem se desgastar muito, pois em fim de temporada o preparo físico é um fator ainda mais relevante, a Espanha venceu na paciência e na qualidade técnica de seus atletas. Falando em qualidade técnica, realmente a Espanha vive um momento de ouro. Sem poder contar com Marcos Senna e Iniesta contundidos e Fábregas poupado, a equipe entra em campo com a dupla Xabi Alonso e Xavi. Que privilégio!

BRASIL 3 X 0 EUA

Quem diria que o Dunga iria dar uma lição em muitos treinadores experientes brasileiros. Não foi uma lição tática, mas sim de coerência. Dunga mostrou, no duelo contra os Estados Unidos, como se deve poupar jogadores em um time saturado. Sem cair na baboseira de muitos dos nossos técnicos, que decidem poupar o time inteiro e colocar em campo 11 jogadores que praticamente nunca atuaram juntos, Dunga fez o certo. Poupou quem necessitava, 4 jogadores, e manteve a base titular.

Com esta sua medida coerentíssima, Dunga permitiu que Maicon, Ramires, Miranda e André Santos, entrassem em um time ajustado (pelo menos, o mais ajustado possível pelos jogos recentes) e mostrassem um belo futebol. Posso até estar exagerando ao falar de Maicon, que já atuou várias vezes pela Seleção, porém os três jogadores que atuam em nossos campos, se sentiram muito mais à vontade. Ramires que o diga! Com muita movimentação, velocidade e qualidade técnica, podemos chegar ao ponto de falar que Ramires teve uma atuação magnífica. Com exceção de um pequeno período do jogo onde não esteve muito presente, Ramires participou da organização de muitas jogadas ofensivas. Para se ter uma idéia, o primeiro gol, marcado por Felipe Melo, foi originado de uma falta sofrida por ele. O segundo gol surgiu após uma arrancada sensacional de Ramires, percorrendo nada menos que 66 metros e deixando Robinho na cara do goleiro. O último tento também contou com sua participação, em uma triangulação na direita com Kaká e Maicon, que resultou no golaço do vigoroso lateral brasileiro.

Por falar em Maicon, ele foi o dono do jogo. Engraçado o futebol. Enquanto estamos buscando, já faz um tempo, o substituto de Roberto Carlos na lateral-esquerda, o lado direito conta com Daniel Alves e Maicon, ambos em excelente forma. Pressionado pelas ótimas atuações que Daniel Alves vinha tendo, Maicon sabia que teria que mostrar trabalho contra os EUA, porém acho que nem ele acreditava que iria se sair tão bem. Disparado a melhor arma ofensiva do Brasil na partida, Maicon não parou de correr um minuto. Podia ser na marcação ou na criação, Maicon mostrou-se um verdadeiro “touro indomável”. Ninguém o parava. Mesmo voltando de contusão, fico impressionado com sua condição física. A vaga na lateral-esquerda está deixando Dunga com uma pulga atrás da orelha, mas quem irá ocupar o lado direito do campo também está consumindo o sono do treinador.

Muito bem coadjuvado por Kaká, Robinho, Gilberto Silva (boa atuação depois de tempos) e outros, Maicon e Ramires fizeram a Seleção vencer e convencer, fato com o qual eu já estava me desacostumando.

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