terça-feira, 28 de julho de 2009

CAMPEONATO BRASILEIRO 2009 - 14ª RODADA - SÉRIE A

SÉRIE A

Grêmio 3 x 2 Santo André
Atlético Paranaense 1 x 3 Avaí
Botafogo 3 x 2 Internacional
Corinthians 0 x 3 Palmeiras
Santos 1 x 2 Flamengo
Atlético Mineiro 0 x 1 Goiás
Sport 3 x 3 Náutico
Barueri 1 x 2 São Paulo
Fluminense 1 x 1 Cruzeiro
Vitória 1 x 0 Coritiba

Olá amigos do FUTEBOLA!

Se no meio de semana o Atlético Mineiro teve motivos para sorrir, com o tropeço de Palmeiras e Internacional, desta vez foi o Verdão, que sapecou 3 a 0 no Corinthians, que terminou a rodada mostrando os dentes. No Mineirão lotado, o Galo perdeu para o bom time do Goiás e, no Rio de Janeiro, o Colorado jogou uma bola pequenininha e foi derrotado pelo Fogão. Quem também se deu bem na rodada foi o Vitória, que com o triunfo sobre o Coritiba assumiu a 3ª colocação do Brasileirão. Vamos aos comentários dos jogos que assisti desta 14ª rodada.

Botafogo 3 x 2 Internacional – Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)
Santos 1 x 2 Flamengo – Vila Belmiro, Santos (SP)
Fluminense 1 x 1 Cruzeiro – Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)

MANDOU BEM!

- Sensacional o 1º tempo do Botafogo contra o Internacional. A equipe alvi-negra criou nada menos do que 7 chances de gols, enquanto o Inter só ameaçou o goleiro Castillo uma única vez. Com 16 minutos de jogo, o Fogão já vencia por 2 a 0 e Juninho já havia obrigado o goleiro colorado Michel Alves voar para buscar uma bomba sua no cantinho. Mesmo com a bela vantagem no placar, o Botafogo não relaxou e poderia ter decidido a partida, não fosse duas belas oportunidades perdidas por Victor Simões e outro foguete de Juninho ter estourado na trave. Eu acreditava que após o intervalo, o Botafogo não fosse manter o ritmo ofensivo, mas sim iria recuar e explorar os contra-ataques. Fico bastante feliz de ter me enganado, pois o fato de recuar após realizar uma boa 1ª etapa vem sendo o principal foco de minhas críticas às atuações alvi-negras. Apesar de o Internacional ter conseguido igualar o marcador, em duas falhas infantis do sistema defensivo botafoguense, primeiro com Leandro Guerreiro cometendo pênalti e depois com Wellington e Juninho dormindo no ponto, o Bota não parou de atacar em momento algum. Sei que no futebol não existe justiça, mas o gol de Alessandro, aos 30 minutos, foi bastante merecido, pois uma grande atuação, como foi esta do Botafogo, não merecia apenas 1 pontinho.

- Apesar da incrível média de quase 0,6 gols/jogo, que André Lima teve em sua primeira passagem pelo Botafogo, sua característica que mais me agradava era o fato de saber jogar como um autêntico pivô de futsal. O atacante sabe como poucos usar seu corpo como uma parede e servir os companheiros que estão chegando de trás. Até mesmo quando uma boa jogada ofensiva não é produzida, o fato de André segurar a bola no campo de ataque evita que o adversário recupere rapidamente a posse de bola e pressione o Bota. No duelo contra o Internacional, o atacante teve uma grande atuação, sabendo utilizar muito bem esta sua característica além de sacudir o barbante uma vez. Outro ponto positivo do sistema ofensivo do Fogão foi a participação dos 3 zagueiros. Juninho, como sempre, levava perigo em cada bomba que mandava. Eduardo deu duas arrancadas dignas de Kaká. Em uma delas colocou Victor Simões na cara do gol e, na outra, ele mesmo finalizou para boa defesa de Michel Alves. O zagueiro-direito Wellington, além de marcar o primeiro gol do Fogão, daria a assitência para mais um gol de André Lima, porém o bandeira anulou, erradamente, o lance. Para uma equipe que semanas atrás contava apenas com a bola parada do Juninho, o Fogão está se saindo muito bem.

- A primeira partida da final da Libertadores, entre Cruzeiro e Estudiantes, disputada na Argentina, foi a que colocou, de vez, o goleiro cruzeirense Fábio entre os melhores do país. Nesta partida contra o Fluminense, Fábio mostrou novamente toda sua qualidade. Com menos de 10 minutos de jogo, o goleirão já havia salvado sua equipe por 2 vezes. Primeiro foi o Conca que apareceu livrinho em sua frente, logo em seguida, foi o Marquinho. Em ambos os lances Fábio estava atento e conseguiu realizar as defesas, pois caso contrário, dificilmente o Fluminense não venceria a partida. Quem também jogou muita bola pelo lado azul foi o lateral-direito Jonathan. Além da bela jogada criada, que resultou no gol do volante Henrique, Jonathan foi a principal arma ofensiva do Cruzeiro na partida. Mesmo após a expulsão do zagueiro Leonardo Silva, o lateral continuou levando a defesa tricolor a loucura e por muito pouco não fez o gol da vitória de sua equipe, quando mandou um balaço no travessão.

- Como já comentei algumas vezes, fico muito feliz quando um jogador que veio de um dos considerados times pequenos do Rio começa a mostrar trabalho. No duelo contra o Cruzeiro, o atacante tricolor Kieza, ex-Americano, realizou uma apresentação excelente. Em nenhum momento da partida o jovem atacante teve medo de chamar o jogo. Recebia bolas sozinho, segurava a pelota, sofria faltas, caía pelas pontas, buscava o cabeceio... Kieza atormentou tanto a zaga cruzeirense, que além do gol ter saído de seus pés, a expulsão de Leonardo Silva ocorreu após uma falta cometida nele. Sua boa atuação também faz crescer o futebol do argentino Conca. Não que o pequenino meia tenha jogado bem, longe disso, mas já deu para perceber que com o tempo, o bom posicionamento e a movimentação de Kieza se entenderão perfeitamente com os açucarados passes do Conca.

- Amigos, sou muito suspeito para falar do Adriano, afinal sou um grande fã do seu futebol. Porém, a grande atuação do “Imperador”, na partida contra o Santos, merece ser muito elogiada. Mesmo com um Flamengo sem um pingo de criatividade, Adriano não parou de tentar, em momento algum, levar seu time à vitória. Tentou em cobrança de falta, meia bicicleta, cabeçada, chute na pequena área, chute longo... Fora o fato de não parar de brigar pela bola. O gol de empate rubro-negro foi marcado após uma bomba mandada por ele, de fora da área, e se o lateral santista, Pará, não empurrasse a bola contra o próprio gol, Adriano estava logo atrás para garantir o triunfo rubro-negro. O Flamengo nunca havia vencido uma partida oficial na Vila Belmiro e jogava seu milésimo jogo em Brasileiros. Nada melhor do que uma vitória em um jogo assim para Adriano continuar se solidificando como um dos grandes ídolos da Gávea.

- Após uma vitória histórica do Flamengo, na Vila Belmiro, o Andrade merecia ganhar sua chance como treinador do Flamengo. Com exceção de Carlos Alberto Parreira, qual treinador presente no mercado tem mais condições de fazer um bom trabalho no Flamengo do que o Andrade? Os nomes cogitados pela diretoria flamenguista não merecem mais a oportunidade do que Andrade que, além de conhecer o grupo, tem um coração tão rubro-negro dá gosto de ver.

MANDOU MAL!

- A atuação do Internacional diante do Botafogo foi fraquíssima. Com exceção de alguns raros lances onde o Andrezinho teve liberdade para criar algumas jogadas, o Internacional foi de uma falta de criatividade impressionante. O argentino D´Alessandro, enquanto esteve em campo, não criou sequer um lance ofensivo produtivo. Já o atacante Taison, mesmo atuando os 90 minutos, por várias vezes parecia ter sido substituído, tamanha a falta de participação no jogo. Prefiro acreditar que esta foi apenas uma (mais uma) atuação ruim do Colorado, pois a dependência do Nilmar não pode ser tão grande. Fazendo justiça, o setor defensivo do Inter também não foi nada bem. A maioria das jogadas do Botafogo que foram bem trabalhadas, como por exemplo as arrancadas do zagueiro Eduardo, as bolas alçadas na área pelo Lúcio Flávio ou André Lima trabalhando de pivô, levavam muito perigo à frágil defesa colorada. Este time do Internacional está precisando mesmo levar uma sacudida para acordar, pois o futebol apresentado não representa a qualidade dos seus jogadores.

- Ainda estou em dúvidas se o Flamengo sentiu mais a aposentadoria do capitão Fábio Luciano ou a saída do meia Íbson. Além dos problemas defensivos que atormentam o torcedor rubro-negro, já que até mesmo o tão seguro Ronaldo Angelim está dando umas pixotadas, agora o Flamengo tem que conviver com a falta de criatividade do setor de meio-campo. O tripé central escalado neste duelo contra o Santos foi formado por Willians, Toró e Kléberson. Pode-se dizer sem o mínimo exagero que nenhuma jogada ofensiva criada pelo Flamengo saiu dos pés destes jogadores. O principal responsável por organizar as tramas ofensivas rubro-negras deve ser o Kléberson, tanto por sua experiência como por sua categoria, porém o volante/meia da Seleção Brasileira nem sequer foi notado em campo. O novo treinador do Fla, seja quem for, terá bastante trabalho para ajustar o setor.

JOGADA RÁPIDA!

- Os três gols que Obina fez contra o Corinthians já são suficientes para a torcida palmeirense idolatrá-lo por um bom tempo. O “Anjo Negro” é assim. Com tranquilidade, bom ambiente de trabalho e, principalmente, apoio da galera, ele não deve nada para muito centroavante que a mídia bate palmas. Pelo profissional que é, podem ter certeza que torço muito pelo sucesso do Obina.

Um comentário:

  1. A vitória do Fla, serviu mais uma vez pra mostrar a força da camisa rubro-negra. Adriano, definitivamente, vale cada centavo que recebe!
    Andrade é rubro-negro de coração, afinal, é emocionante pra qualquer torcedor ver um tabu de décadas ser quebrado!
    A nota triste vai pelo falecimento do ex-goleiro do fla, Zé Carlos, vulgo "Zé Grandão". Particularmente, tive a oportunidade de curtir muitas partidas com ele no gol. Vlw, Zé Grandão!

    Abcs!!

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