domingo, 7 de novembro de 2010

CAMPEONATO BRASILEIRO 2010 - 34ª RODADA

Grêmio 5 X 1 Ceará
Atlético-GO 2 X 2 Internacional
Atlético-MG 2 X 2 Santos
Prudente 4 X 1 Goiás
Avaí 0 X 0 Botafogo
São Paulo 0 X 2 Corinthians
Vitória 0 X 1 Cruzeiro
Flamengo 0 X 1 Atlético-PR
Fluminense 1 X 0 Vasco
Palmeiras 1 X 0 Guarani

Fluminense 1 x 0 Vasco – Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)

Vitória de Campeão! Assim pode ser definido o triunfo do Fluminense diante do Vasco no Engenhão, com o Tricolor superando o nervosismo de ter a obrigação de ganhar, já que Corinthians e Cruzeiro haviam acabado de vencer seus jogos, e também um adversário que vendeu caríssimo a derrota.

Antes do apito inicial já era possível imaginar duas equipes taticamente espelhadas em campo. O Fluminense entrou com o mesmo esquema que segurou o Internacional na última quarta-feira, com dois volantes e o tripé Tartá, Conca e Marquinho, da direita para a esquerda, atrás do Washington. Pelo lado do Vasco, o mesmo, com Jonathan, Felipe e Éder Luís, também da direita para a esquerda, atrás do atacante Nunes. Se o torcedor tricolor esperava um jogo difícil, como deve ser todo clássico, com menos de um minutinho após o apito inicial a situação quase se tornou ainda mais complicada, quando Jonathan arrancou pela direita, cruzou a pelota e Nunes perdeu o gol na pequena área. No entanto, esse mesmo torcedor rapidamente soltaria a tensão, pois aos 3 minutos Tartá iniciou o contra-ataque e aproveitou o rebote do chute de Washington para balançar as redes e tranquilizar todos os tricolores. Com a vantagem no placar e maior tranquilidade para trocar passes o Fluminense conseguiu controlar o adversário e tirar o calor da partida. O jogo estava tão bom para o Flu que o placar quase foi ampliado aos 20 minutos em assistência do Washington que Conca bateu cruzado. Contudo, como vem ocorrendo recentemente, o Fluminense decidiu recuar e apostar somente nos contra-ataques. Se por ordem do Muricy Ramalho ou não, o fato é que este recuo permitiu ao Vasco criar nada menos do que três oportunidades de gols nos últimos 10 minutos da 1ª etapa. Em ordem cronológica: Max cobrou falta e Éder Luís desviou para boa defesa de Ricardo Berna, Felipe arriscou de longe e a redonda passou rente a trave e, por fim, Mariano deu uma bobeada enorme e o lateral-esquerdo Max arrematou torto para fora.

O clássico voltou do intervalo e os primeiros 20 minutos foram bastante parecidos com o final do 1º tempo. Tudo bem que o Vasco não voltou tão impetuoso, mas o Flu permaneceu postado defensivamente. Washington estava mais isolado que Tom Hanks em “Náufrago”, Conca não conseguia prender a bola e iniciar as tramas ofensivas como de costume e Tartá e Marquinhos mais trabalhavam defensivamente do que ofensivamente. Sendo assim, nada mais natural do que o Vasco criar chances de empatar a partida. E as duas melhores oportunidades cruzmaltinas surgiram dos pés do bom atacante Jonathan, que mandou um canudo de fora da área, muito bem defendido pelo Ricardo Berna, e deu perfeita assistência para Éder Luís chutar cruzado para fora. Entre 20 e 35 minutos, o Fluminense não mudou um pingo a sua postura, mas melhorou a qualidade da marcação, com a dupla de volantes Valencia e Fernando Bob aparecendo melhor, e conseguiu levar perigo ao gol defendido pelo Fernando Prass. Primeiro o meia Marquinho perdeu um gol incrível, cara a cara com o goleiro, após cometer falta não marcada no lateral Fagner. Depois, aos 33, Mariano deu uma rara arrancada pela direita, o que mostra como o Flu estava recuado, já que o Mariano é peça constante no campo de ataque, mas o Washington não alcançou o seu cruzamento.

Para os defensores dos pontos corridos, que dizem que cada jogo é uma decisão, este Flu x Vasco foi um prato cheio, tamanha a tensão envolvida na partida. E o ponto máximo ainda estava por vir. Foi aos 37 minutos, em jogada iniciada com um passe magistral do Felipe que foi escorado pelo Fagner e terminou com a finalização do Nunes tocando a trave. Amigos, não é nenhum exagero dizer que este lance foi fundamental para o futuro do Brasileirão. Um gol do Vasco e o consequente empate jogaria o Flu da liderança para o 3º lugar. E a história do jogo não parou por aí. Aos 48 minutos, com o placar ainda indefinido, Conca arrancou em contra-golpe e, mesmo com claras chances de de arrematar, rolou a pelota para Washigton que livre, leve e solto se enrolou todo e não conseguiu por fim ao seu jejum pessoal de gols. Tá feia a coisa pro “Coração Valente”.

A quatro rodadas para o fim do Campeoanato, Fluminense, Corinthians e Cruzeiro brigam ponto a ponto pelo caneco. Por este motivo, a vitória no Clássico foi um passo enorme para as pretensões do Flu. Agora é, pensando em um degrau por vez, bater o Goiás no Engenhão, em jogo onde a vitória é mais que obrigação.

TRÊS TOQUES!

- Com o empate diante do Avaí, o Botafogo deu adeus ao sonho de ser Campeão. A briga do Glorioso será mesmo pela quarta colocação, que poderá dar a vaga na Libertadores, contra Grêmio e Atlético Paranaense.

- O Flamengo perdeu sua primeira partida sob o comando de Luxemburgo. No entanto, para a sorte do Rubronegro, nenhum dos rivais que estavam abaixo dele na tabela conseguiu vencer.

- Assim como a maioria, também achei muito estranho o treinador Adílson Batista ter sido demitido – ou seria ter abandonado? – o Corinthians, mesmo com a equipe brigando pelo título. No entanto, é impossível negar que a entrada de Tite deu vida nova ao Timão. A vitória no Clássico diante do São Paulo foi a terceira da equipe sob a batuta do novo treinador, ainda invicto em quatro jogos.

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