sábado, 27 de abril de 2013

A LIÇÃO DO FOGÃO


Botafogo 5 x 0 Resende – Estádio da Cidadania, Volta Redonda (RJ)

Avassalador! Fogão não toma conhecimento do Resende, goleia por 5 a 0 e pode conquistar o Cariocão já na próxima semana.

Fora Bota, Fla, Flu e Vasco, o Carioca conta com 12 clubes que não disputam sequer a Série B nacional – sendo que apenas três (Duque de Caxias, Macaé e Madureira) jogam a Terceirona. Diante deste cenário, os quatro mais fortes, os favoritos, entram em campo com a obrigação de vencer todas as partidas que não os clássicos. E para tal, nada melhor do que a estratégia adotada pelo Fogão na semifinal contra o Resende: começar com tudo, mostrar “quem é que manda” e fazer o placar o mais cedo possível.

Mesmo com a ausência do meia Marcel, organizador e líder técnico da equipe, o Resende tinha condições de surpreender. Mais ainda por entrar em campo com o espírito do “nada a perder”, pois a classificação à fase semifinal e a campanha que terminou com o mesmo número de pontos que o Vasco já eram bem melhor que os planos iniciais resendenses. O maior erro que o Botafogo poderia cometer, mesmo com a vantagem do empate, seria deixar este adversário gostar do jogo e colocar as manguinhas de fora.

E foi assim que, com apenas 17 minutos, gols de Dória e Lodeiro, o Fogão já havia encaminhado sua classificação. É verdade que não teve uma atuação impecável – chegou a cometer um pênalti que poderia complicar um pouco mais o duelo, caso não fosse desperdiçado pelo Elias, e deu alguns espaços defensivos que obrigaram Jefferson mostrar seus dotes de goleiro de Seleção Brasileira. Porém, com 2 a 0 no placar antes mesmo da parada técnica, a chance de sair de campo derrotado para um adversário que não é da mesma grandeza é muito pequena. Não é nula, como, por exemplo, o Flamengo mostrou ao levar uma virada contra o mesmo Resende. Mas é muito pequena.

Depois de deletar o sonho da cabeça dos resendenses, o Botafogo, já sem a necessidade de jogar no volume máximo, encontrou muito mais facilidade para fazer valer sua superioridade técnica, tática, física e psicológica. Fellype Gabriel, ainda na etapa inicial, e Rafael Marques e Seedorf, já no segundo tempo, transformaram o dois em cinco e decretaram a goleada do Fogão.

O que fica de lição desta grande vitória botafoguense é a postura que se deve adotar em partidas válidas pelos Estaduais diante de equipes de porte menor. Nestes jogos, os poderosos não devem deixar uma fase de estudos se alongar. Devem, sim, entrar em campo com ímpeto e volume de jogo para decidir o confronto o mais rápido possível. E depois, é claro, não se esquecer da máxima de que a partida só termina quando o juiz apita.

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