quarta-feira, 9 de setembro de 2015

AMISTOSOS DA SELEÇÃO BRASILEIRA


Uma vez mais os amistosos da seleção brasileira se mostraram preparativos que não preparam. Contra a Costa Rica, o Brasil fez acontecer nos 15 minutos iniciais para, depois, abandonar o jogo. Somente no finzinho apareceram alguns brilharecos técnicos de Kaká e Neymar, mas nada capaz de ampliar o triunfo pelo placar mínimo. Diante dos Estados Unidos, mais um gol cedo de Hulk e mais um primeiro tempo morno. No intervalo, veio Neymar. Dezoito minutos depois, Lucas e Rafinha. Os três juntos e misturados esbanjaram técnica e o magro um a zero virou uma goleada por 4 a 1.

Além de Neymar, que em 22 minutos contra os EUA sofreu pênalti, converteu a cobrança, fez corta-luz no gol de Rafinha e anotou mais um golaço, o Brasil apresentou outros destaques técnicos. Douglas Costa parece mais confiante após a chegada ao Bayern, William é e será titular absoluto, Rafinha entrou solto, Lucas Lima pode se soltar mais e Lucas não ficará mais de fora das convocações. No entanto, se os amistosos permitiram que o Brasil apresentasse uma parte de seu potencial técnico, estes mesmos amistosos não ajudaram em nada para que a seleção crescesse em termos físicos, táticos e psicológicos.

Fisicamente, os jogos foram lentos e frouxos, sendo possível contar nos dedos os momentos em que o Brasil teve sua saída de bola pressionada seriamente, o que, diga-se de passagem, não impediu que a seleção exagerasse nas ligações diretas, principalmente contra a Costa Rica. Taticamente, costarriquenhos e americanos pareciam bonecos de time de totó, incapazes de qualquer deslocamento ou variação que pudesse complicar a retaguarda brasileira. Psicologicamente, os embates não exigiram mais dos brasileiros do que exigiriam partidas beneficentes de fim de ano. Catimba, faltas duras e bate-bocas passaram longe dos amistosos com cara e focinho de amistosos.

Assim, se o objetivo dos amistosos era o de encher um pouco mais os cofres da CBF, talvez eles tenham sido bem sucedidos, apesar do público bem mais ou menos. No entanto, se o objetivo era preparar a seleção para a encardida, intensa, pegada, dinâmica, discutida e tensa Eliminatórias da Copa do Mundo, ambos os amistosos não serviram para nada.

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