sábado, 6 de agosto de 2011

PAPO CABEÇA - EQUÍVOCOS DOS DOIS LADOS

Nos últimos dias voltou com força às manchetes o assunto sobre a vida do jogador de futebol fora das quatro linhas. O protagonista desta vez é o atacante tricolor Fred, que foi ameaçado por “torcedores” do Fluminense após ser visto, ao lado do companheiro de equipe Rafael Moura, em um barzinho, na noite anterior ao duelo contra o Internacional.

Para alguns, após o expediente, o jogador de futebol pode fazer o que quiser de sua vida pessoal, enquanto outros argumentam que um profissional da bola tem obrigações mesmo fora das paredes do clube. A minha opinião? O meio do caminho entre as duas citadas segundos atrás. É claro que um jogador de futebol tem direito a tomar sua cerveja, escutar o seu samba ou sair para boates, mas será que ir para um bar na noite anterior a um jogo é realmente necessário? Particularizando ainda mais o caso, com o Fluminense vivendo um momento de altos e baixos no Brasileirão e colocado atrás dos três rivais cariocas, o Fred não poderia ter passado a noite vendo um filminho ou escutando uma boa música em sua casa?

Escolhas do Fred à parte, nada justifica a atitude dos dois “torcedores” em ameaçar o centroavante quando este retornava para sua casa. Ao sentir que o comportamento de determinado jogador não é compatível com os interesses do clube, o torcedor tem todo o direito de protestar, mas é lógico, claro e evidente que o protesto não deve ocorrer através de ameaças e violência.

Fred e Rafael Moura se equivocaram pela escolha de sair para um bar na noite anterior ao jogo contra o Internacional, da mesma maneira que um engenheiro estaria errado ao fazer o mesmo antes da apresentação de um projeto ou um advogado antes de um julgamento. No entanto, o lugar para a torcida do Fluminense protestar – se este é o seu desejo – é nas arquibancadas, e não com ameaças pelas ruas.

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